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terça-feira, 30 de setembro de 2014

VICIADOS EM AÇÚCAR


Dependentes químicos trocam drogas pelo açúcar



Rodney Zimmers tinha 21 anos e pesava 61 quilos quando deixou de consumir heroína e cocaína. Três anos depois, ainda estava livre das drogas, mas pesava 113 quilos. Ele atribui o ganho de peso aos alimentos calóricos que eram servidos no centro de reabilitação.
"Depois que fiquei sóbrio, continuei a comer essas coisas horríveis", disse Zimmers, hoje com 29 anos e fundador do Blueprints for Recovery, um centro de tratamento no Arizona.
"Aprendi a estar sóbrio, mas não me cuidava em relação às outras coisas. Não sabia cozinhar nem fazer supermercado, porque nunca tinha feito isso."
Sua história é semelhante às dos que estão em recuperação, pessoas que geralmente engordam muito na caminhada rumo ao bem-estar. A maioria dos programas de reabilitação não dá muita atenção à nutrição.
"O principal foco era apenas 'livrá-los da substância', e o resto se ajeitaria por si só", disse Carolyn Coker Ross, especialista em tratamentos para dependência química e transtornos alimentares, que já assessorou centros de reabilitação.
Apesar de frutas, hortaliças e proteínas serem servidos nos centros de reabilitação, as dietas também incluíam açúcares refinados, refrigerantes, energéticos e petiscos açucarados, gordurosos ou com muito sal (os chamados "hiperpalatáveis").
O açúcar foi considerado um substituto inofensivo para as drogas e o álcool. Os Alcoólicos Anônimos pedem que os dependentes sempre tenham um doce.
Mas, apesar de os doces terem aliviado a "fissura" por drogas de algumas pessoas, muitas delas acabaram "transferindo o vício" para o açúcar.
"Uma vez livre das drogas, o cérebro sente falta das recompensas dos hiperpalatáveis", disse a médica Pamela Peeke, autora do livro "The Hunger Fix" ("o conserto da fome").
"Então você acaba por transferir o vício", acrescentou. "Da cocaína para os cupcakes."
Estudo publicado em 2013 no "The American Journal of Clinical Nutrition" mostrou que o açúcar estimula a "fissura".
Outro estudo de 2013 constatou que, pelo menos em ratos, biscoitos ativaram o núcleo accumbens, o centro de recompensas ou prazer do cérebro, tanto quanto a cocaína e a morfina. Isso tem um efeito na psique e na autoestima do dependente.
"Alguns têm recaídas porque estão muito desgostosos com a quantidade de peso que ganharam", disse a médica Marianne Chai, da clínica de recuperação New York Center for Living.
"Não querem investir de quatro a seis meses em dieta rigorosa e exercícios. Por isso consomem estimulantes, ou às vezes cocaína, para perder peso."
Com maior consciência dos efeitos do açúcar, algumas clínicas de reabilitação estão reformulando suas dietas. "Estamos substituindo as soluções ruins pelas saudáveis", disse Peeke.
No Center for Living, os pacientes plantam hortaliças e estão proibidos de consumirem açúcares processados, cafeína ou bebidas energéticas.
"A maioria dos jovens não sabe como escolher os alimentos", disse Chai, para quem uma dieta apropriada pode desempenhar um papel vital, pois maximiza a recuperação de uma "maneira sustentável e duradoura".
Nem todo mundo concorda. O médico Mark Willenbring, fundador da clínica Alltyr, em St. Paul (Minnesota), diz que a reabilitação deve fornecer uma dieta saudável. "Mas isso afetará a recuperação? Acho que não."
Christopher Kennedy Lawford, autor de "What Addicts Know" ("o que os viciados sabem"), disse: "Quando você se acostuma a se injetar heroína ou a tomar uma garrafa de vodca, o açúcar realmente parece inofensivo. É difícil levá-lo a sério."
Ele disse que seu primeiro vício foi o açúcar. "O que você pensa, o que ingere, como se exercita, tudo está relacionado", disse. "Precisamos aprender mais sobre isso."
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2014/09/1524253-dependentes-quimicos-trocam-drogas-pelo-acucar.shtml

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

VINHO + SUOR = SAÚDE


Vinho só faz bem quando associado a exercício

Pesquisa diz que bebida, sozinha, não traz benefício cardíaco, como se supunha
CLÁUDIA COLLUCCIDE SÃO PAULO
Inúmeros estudos já demonstraram que o vinho faz bem ao coração, mas um novo trabalho joga um balde de água fria na questão: a bebida só seria benéfica quando associada a exercícios físicos.
A pesquisa, chamada de In Vino Veritas (No Vinho, a Verdade, numa tradução livre),forneceu vinho a 146 participantes e controlou, durante um ano, os efeitos nos marcadores cardíacos (taxas de colesterol, por exemplo).
Os homens beberam de dois a dois copos e meio da bebida diariamente (0,3-0,4 litros) cinco vezes por semana. As mulheres, de um a dois copos (0,2-0,3 litros).
Metade dos indivíduos bebeu vinho tinto e a outra metade, branco. Registraram numa agenda todo o consumo de álcool. Também houve controle de suas dietas e das atividades físicas.
Segundo o chefe da pesquisa, Milo? Táborský, professor de cardiologia no Hospital Universitário Palacký (República Tcheca), beber vinho, por si só, não afetou os níveis de colesterol, glicemia, triglicérides, e níveis de marcadores inflamatórios como a proteína C-reativa.
Táborský explica que o benefício da bebida só foi observado no grupo de pessoas que se exercitavam ao menos duas vezes por semana.
Nele, houve melhora significativa nos níveis de colesterol. O HDL (bom colesterol) aumentou e o LDL (mau colesterol), diminuiu. O estudo, apresentado no congresso europeu de cardiologia, em Barcelona, no início do mês, ainda não foi publicado.
O trabalho também derruba outro mito: o de que o vinho tinto é mais benéfico ao coração do que o branco. Mesmo com dez vezes mais polifenois, o tinto não promoveu nenhum benefício adicional, segundo Táborský.
SURPRESA
Os resultados do estudo causaram surpresa entre os cardiologistas brasileiros, mas eles afirmam que nada muda na conduta clínica.
"Não adianta beber vinho, fazer dieta, comer alimento funcional se isso tudo não for acompanhado de atividade física. Sempre oriento os pacientes sobre isso", afirma o cardiologista Marcos Knobel, do hospital Albert Einstein.
O cardiologista Sergio Timerman, da diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular, tem a mesma opinião. "Vinho não faz milagre e não é indicação médica. Dieta adequada e atividade física é que são fundamentais."
O grande desafio dos médicos, segundo ele, é fazer com que o paciente mude hábitos em relação às bebidas. "É comum o paciente dizer que não bebe e depois um familiar dizer que ele bebe muito. O que fazer?"
Para Knobel, pessoas com fatores de risco cardíacos devem ter a atenção redobrada. "Atendi um paciente diabético que tomava vinho todo dia achando que fazia bem, sem perceber que a bebida é calórica e contém açúcar."
O cardiologista Protásio Lemos da Luz desenvolve no InCor (Instituto do Coração) um estudo sobre o efeito protetor cardíaco do vinho tinto e do suco de uva em bebedores de longa data (mais de 18 anos). "Nesse grupo, observamos que há melhora os níveis de colesterol", afirma.
Na sua opinião, o fato de o estudo tcheco não ter verificado o mesmo benefício pode ser porque o acompanhamento foi de apenas um ano. "Parece-me um tempo curto para avaliar mudanças."
    FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/188004-vinho-so-faz-bem-quando-associado-a-exercicio.shtml

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

DIABETES TIPO 2 e NOVO TRATAMENTO: DULAGLUTIDE (TRULICITY)

EUA aprovam novo tratamento injetável contra diabetes tipo 2

Medicamento faz parte de classe de remédios que estimulam o pâncreas a produzir mais insulina

Diabetes tipo 2: pacientes precisam controlar os níveis de glicose no sangue
Diabetes tipo 2: pacientes precisam controlar os níveis de glicose no sangue (Thinkstock/VEJA)
O FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou um novo tratamento contra o diabetes tipo 2. Trata-se de um medicamento injetável que faz parte de uma nova classe de drogas chamada GLP-1, cuja ação consiste em estimular o pâncreas a produzir maiores quantidades de insulina após as refeições.
O medicamento dulaglutide, que será vendido com o nome comercial de Trulicity, é fabricado pelo laboratório Eli Lily and Co. A aprovação do tratamento se baseou em seis estudos feitos com 3 342 pessoas que mostraram que uma injeção da droga por semana, junto com exercícios físicos e dieta adequada, ajuda a controlar a taxa de açúcar no sangue de diabéticos. 
Segundo o FDA, o Trulicity pode ser prescrito individualmente ou ser combinado com outros medicamentos já existentes contra o diabetes tipo 2. O remédio deve ser recomendado apenas aos pacientes que não conseguiram controlar a doença com a prática de atividades físicas e alimentação correta. A droga ainda não está disponível no Brasil.
Mesmo com a autorização do FDA, o laboratório deverá fazer novos testes com o Trulicity para dar informações mais precisas sobre os possíveis efeitos adversos da droga, que ainda não estão claros. Testes feitos em ratos, por exemplo, mostraram que alguns animais desenvolveram câncer de tireoide.
A doença — Pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvem resistência à ação da insulina, hormônio responsável por controlar os níveis de glicose no sangue. A doença pode ser causada por fatores genéticos ou ambientais, como obesidade, sedentarismo e tabagismo, por exemplo. Um levantamento divulgado neste ano pelo Ministério da Saúde mostrou que 6,9% dos brasileiros têm diabetes tipo 2 – em 2005, a prevalência era de 5,5%.

12 formas evitar o diabetes tipo 2 - Para reportagem completa acesse http://veja.abril.com.br/noticia/saude/eua-aprovam-novo-tratamento-injetavel-contra-diabetes

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

PROJETO PEDAL

Projeto Pedal vai monitorar a saúde de ciclistas urbanos
Juliana Pinheiro Prado, do USP Online

Durante a atividade física o corpo necessita de uma maior oxigenação, ou seja, ser melhor ventilado. Entretanto, em locais com grande concentração de poluentes como os centros urbanos, ocorre, juntamente com o acréscimo de oxigênio, um aumento de poluentes inalados. Foi com esta preocupação que, durante pesquisa da fisioterapeuta Izabela Cozza sobre o papel da ventilação na inalação de poluentes, surgiu a ideia do projeto Pedal.
Iniciativa busca realizar um cadastro do perfil de ciclistas da cidade de São Paulo
Baseado em uma iniciativa belga, o Pedal busca realizar um cadastro do perfil de ciclistas da cidade, seja daqueles que usam a bicicleta para lazer, atividade física ou mesmo para o trabalho. Formado por pesquisadores do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (HCFMUSP), o projeto foi nomeado a partir do acrônimo em inglês “Prospective Evaluation of Daily Activities and Life style in cyclists” ou, em português, “Avaliação Prospectiva das Atividades Diárias e Estilo de vida dos ciclistas de São Paulo”.
Os ciclistas interessados em participar podem se cadastrar voluntariamente no site do InCor. Além de acompanhar as condições de saúde dos participantes, outro objetivo do estudo é estimular esta atividade, que, mais que um exercício físico, contribui para a mobilidade urbana e para a preservação do meio ambiente.
Bicicleta: (muito) pior sem ela
A importância de incentivar o uso da bicicleta fica evidente quando se tem que a atividade física reduz de 20% a 30% o risco de diversas doenças, e que, apesar da poluição, um estudo na Holanda aponta que os benefícios para as pessoas saudáveis parecem compensar em muito os efeitos negativos do ambiente poluído, conforme explica o pneumologista Ubiratan Santos.

Com os perfis será possível realizar estudos clínicos e experimentais com essa população, conhecer o trajeto dos ciclistas, os acidentes que sofrem, as doenças que apresentam, bem como estimular políticas públicas, “identificando fatores que dificultam a implementação do transporte cicloviário e áreas com maior risco de acidentes ou de intercorrências clínicas”, comenta o coordenador Gustavo Prado. O destaque para os portadores de doenças crônicas tem especial relevância, pois “ainda não se sabe com certeza se essa interação da atividade física com a poluição nessas populações pode ser mais benéfica ou acrescentar um dano adicional”, resume.
Com o propósito de se conhecer melhor o projeto de instalação de ciclovias na cidade e ter maior acesso a esses ciclistas que estão passando, progressivamente, a usar essas faixas, o secretário municipal do Transporte foi convidado a participar do evento, constituindo mais um meio de se chegar aos ciclistas, em especial àqueles que usam a bicicleta para o trabalho, que são menos acessíveis do que os que a utilizam para lazer ou atividade física.
O pneumologista Carlos de Carvalho conta que, historicamente, a disciplina de Pneumologia da FMUSP tem manifestado interesse nos estudos da poluição – e para o patologista Paulo Saldiva, o InCor se alinha, agora, às últimas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em agosto aconteceu sua primeira reunião sobre mudanças climáticas, e se propôs que o setor da saúde deveria participar da educação da população.
Para Saldiva, o uso da bicicleta tem um papel importante nas modificações necessárias. Como justificativa o patologista utilizou o conceito de velocidade efetiva. No conceito, a velocidade do modal (veículo particular, transporte coletivo, bicicleta) não é medida apenas pela sua velocidade de deslocamento, mas também pela quantidade de horas necessárias para o pagamento pela viagem. “É quanto do dia se tem que trabalhar para pagar a viagem. O carro é o que tem a menor velocidade efetiva, pois é preciso pagar o veículo, a manutenção, o combustível… Já a bicicleta é o modal com maior velocidade efetiva, pois se anda três vezes mais depressa do que a pé e o custo é muito baixo. Além de trazer uma série de benefícios à saúde”, explica Saldiva.
O médico prossegue avaliando que não se deve estigmatizar o carro, mas entender que ele não é o único meio de transporte viável em uma metrópole, e destaca que a participação do InCor nesse campo despolitiza a questão, colocando evidências científicas em prol da saúde das pessoas. Indo além, ele explica que “há o espaço da equidade, da ética urbana, que perpassa toda a questão das bicicletas, pois há uma classe com menor poder aquisitivo que não possui, nem tempo, nem dinheiro, para pagar uma academia.” E finaliza dizendo que a mudança é cultural. “Nós conseguimos isso com o cigarro, conseguimos com tantas coisas, por que não com a bicicleta?”.
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Mais informações: (11) 2661-5191 email: projetopedal@incor.usp.br
http://www.usp.br/agen/?p=185687

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

METILGLIOXAL: INIMIGO DO HDL



04/09/2014
Substância do açúcar desativa colesterol bom

Embora se saiba que o excesso de açúcar eleva o risco de câncer, os cientistas ainda discutem se devemos eliminar a gordura ou o açúcar da dieta.[Imagem: Joanna Barwick/BBC]

O "colesterol bom" pode ser transformado em "colesterol ruim" por uma substância derivada do açúcar.
A substância - metilglioxal, ou MG - danifica o colesterol HDL, que remove o excesso de colesterol ruim do corpo.
Baixos níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade) têm sido estreitamente associados às doenças cardíacas. E um aumento dos níveis de MG parece ser comum em idosos e em pacientes com diabetes ou problemas renais.
Os pesquisadores descobriram que o MG desestabiliza as moléculas de HDL, fazendo com que elas percam as propriedades que nos protegem contra doenças cardíacas.
Danos ao HDL
O MG danifica o aminoácido arginina do HDL em um ponto funcionalmente importante, fazendo com que a molécula torne-se instável e perca suas funções principais.
Embora os rótulos de colesterol "bom" e "ruim" venham sendo duramente criticados nos últimos anos, o HDL danificado pelo MG é rapidamente eliminado do sangue, ou é mantido no plasma, mas sem suas funções benéficas.
"Os danos do MG ao HDL são uma nova e provavelmente importante causa de um HDL baixo e disfuncional, e poderia representar até 10% do risco de doença cardíaca," disse a Dra. Naila Rabbani, da Universidade de Warwick (Reino Unido).
Alimentação
Atualmente não há drogas que possam reverter baixos níveis de HDL, mas a descoberta de como o MG danifica o HDL pode proporcionar novas estratégias para a redução dos níveis de MG.
E, eventualmente, estratégias não medicamentosas, mas ações ligadas ao estilo de vida e à alimentação, envolvendo o controle na ingestão de açúcares.
Uma substância potencialmente nociva, o MG é formado a partir da glucose presente no organismo - ele é 40.000 vezes mais reativo do que a glicose.
FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=substancia-acucar-desativa-colesterol-bom&id=10010&nl=nlds

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

DIABETES TIPO 2: MUDANÇA NO DIAGNÓSTICO

Estudo defende mudança no diagnóstico de diabetes tipo 2

Pesquisadores descobriram forma de prever a doença antes de taxa de açúcar no sangue aumentar - e antes de parte dos danos do diabetes ao corpo ocorrer

Diabetes tipo 2: danos a vasos sanguíneos ocorrem antes de taxa de glicose elevar-se
Estudo defende mudança no diagnóstico de diabetes tipo 2 (Thinkstock/VEJA)
Cientistas britânicos identificaram uma forma de detectar o diabetes tipo 2 antes de os níveis de glicose no sangue ficarem elevados. Segundo eles, isso é importante pois, quando a taxa de açúcar aumenta, alguns danos causados pela doença já ocorreram, especialmente nos vasos sanguíneos dos olhos, rins e cérebro. 
CONHEÇA A PESQUISA





Onde foi divulgada: Plos One



Quem fez: Simon G. Anderson, Warwick Dunn, Moulinath Banerjee, Marie Brown, David Broadhurst, Royston Goodacre, Garth Cooper, Douglas Kell e Kennedy Cruickshank​



Instituição: King's College London e Universidade de Manchester, Grça



Resultado: Alterações em um grupo de partículas de gordura presentes no sangue podem indicar que o paciente desenvolverá diabetes tipo 2, e podem ser detectadas antes mesmo da taxa de açúcar no sangue elevar-se.
A descoberta se baseia em um estudo feito com 106 mulheres que não tinham diabetes tipo 2. Elas foram classificadas como tendo um risco alto, intermediário ou baixo de desenvolver a doença e, então, acompanhadas por 22 meses.
Durante esse tempo, os autores mediram os níveis de determinadas substâncias na corrente sanguínea das participantes. Isso foi feito antes de parte delas apresentar taxas elevadas de açúcar no sangue, caracterizando um quadro de pré-diabetes (níveis altos de glicose, mas não suficientes para indicar a doença) ou de diabetes tipo 2.
Os pesquisadores descobriram que alterações em um grupo de partículas de gordura presentes no sangue preveem o surgimento do diabetes tipo 2, mesmo podendo ser detectadas antes do aumento da taxa de glicose.
“Os vasos sanguíneos se danificam como parte da doença, mas esses problemas começam antes de a taxa de açúcar se elevar no quadro pré-diabético”, diz o coordenador do estudo, Kennedy Cruickshank, professor de medicina do King’s College London, na Grã-Bretanha. “Nosso trabalho acrescenta evidências ao argumento de que o diabetes tipo 2 não deve ser classificado como ‘diabetes’ apenas medindo a taxa de glicose no sangue.”
Para Cruickshank, os achados do estudo, que foi publicado nesta semana no periódico Plos One, podem, mudar a forma de diagnosticar e tratar o diabetes tipo 2 no futuro. Sua equipe tem alguns estudos em andamento sobre, por exemplo, formas de tratar precocemente os danos da doença aos vasos sanguíneos.
12 FORMAS DE EVITAR O DIABETES TIPO 2
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/cientistas-defendem-mudanca-no-diagnostico-de-diabetes-tipo-2

terça-feira, 2 de setembro de 2014

CÂNCER DE PRÓSTATA: VACINA?

Todo homem tem uma glândula que fica na parte baixa do abdômen e recebe o nome de próstata. É ela que produz parte do sêmen, que é liberado durante o ato sexual. O problema é que muitos homens sofrem de câncer de próstata. No Brasil, ele é o segundo mais frequente em pessoas do sexo masculino, ficando atrás apenas de câncer de pele.
A maioria dos acometidos tem mais de 65 anos de idade e, como alguns desses tumores crescem de forma rápida e espalham-se por outros órgãos, é necessário que os homens fiquem atentos e vão frequentemente ao médico para fazerem os exames necessários. A boa notícia é que o Brasil desenvolveu uma vacina que está obtendo bons resultados e pode ser uma aliada no tratamento e prevenção da doença.
O problema é que muitos homens sofrem de câncer de próstata. No Brasil, ele é o segundo mais frequente em pessoas do sexo masculino, ficando atrás apenas de câncer de pele.  A maioria dos acometidos tem mais de 65 anos de idade e, como alguns desses tumores crescem de forma rápida e espalham-se por outros órgãos, é necessário que os homens fiquem atentos e vão frequentemente ao médico para fazerem os exames necessários. A boa notícia é que o Brasil desenvolveu uma vacina que está obtendo bons resultados e pode ser uma aliada no tratamento e prevenção da doença.

Vacina contra câncer de próstata desenvolvida no Brasil

Uma pesquisa realizada no estado do Rio Grande do Sul já deu frutos bastante promissores. A vacina desenvolvida foi testada em humanos e obteve uma resposta eficaz, melhor do que uma medicação que já está sendo usada nos EUA desde 2010.  ”Obtivemos taxas espetaculares de redução da doença e de diminuição da mortalidade por câncer de próstata”, disse à Agência Efe o pesquisador Fernando Kreutz, responsável pela pesquisa e dono do FK Biotec, o laboratório com sede em Porto Alegre que patenteou a vacina.
O laboratório pretende lançar a vacina em no máximo três anos. Ela atua estimulando o sistema imunológico e ajudando a identificar e eliminar as células cancerígenas. De acordo com o responsável por essa inovação, embora o ponto de partida para a pesquisa e elaboração de produtos tenha sido o câncer de próstata, os cientistas acreditam que a mesma vacina possa ser usada para outros tratamentos.
Eles já começaram a fazer estudos usando a vacina no tratamento de câncer de mama, de pâncreas, de intestino e melanoma. Embora o número de pessoas tratadas tenha sido pequeno e ainda não possa dar uma resposta eficaz para a eficiência do uso ou não no tratamento de outras doenças, um dos indivíduos tratados impressionou aos pesquisadores. Era um paciente com câncer de pâncreas que teve uma resposta clínica parcial.

Como o fármaco foi criado?

Para elaborar essa vacina os pesquisadores usam as células do tumor do próprio paciente. É feita uma coleta do tumor de cada um dos tratados e elaborada a vacina especial. Essa, depois de elaborada e aplicada, estimula o organismo a entender que as células tumorais são intrusas que não deveriam estar no corpo. Com isso, o organismo começa a combatê-las e a eliminá-las. Como visto, trata-se de uma vacina para tratamento e não para prevenção da doença.
Para ter a certeza de que essa técnica era realmente eficaz, um primeiro estudo foi realizado utilizando 107 pacientes com câncer de próstata diagnosticado e em estado avançado. Todos já tinham sido submetidos à cirurgia ou retirado a próstata. Além disso, foram acompanhados por cinco anos depois de vacinados. O resultado foi bom, pois 85% dos pacientes vacinados não possuíam mais o PSA cinco. Já os não vacinados e apenas submetidos aos outros tratamentos apenas 48% não possuíam mais o PSA. A mortalidade dos vacinados foi de 9% enquanto a dos não vacinados chega a 19%.
FONTE: https://grupodeandrologia.com.br/vacina-contra-cancer-de-prostata/#.VAZOE8VdW-1