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sábado, 31 de agosto de 2013

VITAMINA D: PESQUISA COMPROVA DEFICIÊNCIA EM MENINAS


Pesquisa descobre que 4 em cada 5 meninas têm falta de vitamina D.Pesquisa foi feita pelas universidades federais do Paraná e do RS.
Falta de vitamina D em crianças e adolescentes pode causar doenças.Alerta para os pais: uma pesquisa feita com estudantes em Curitiba mostrou que quatro em cada cinco meninas têm falta de vitamina D.
A rotina da Ana Julia quando não está na escola é assim: quase o tempo todo dentro de casa. "Prefiro ficar jogando computador, porque é mais divertido", conta a menina de 11 anos.
Os apelos dos pais, do médico, é para ela tomar mais sol, porque desde pequena tem pouca vitamina D. Para melhorar esse quadro, a alimentação teve que mudar.
"O pediatra pediu é que ela ingira pelo menos duas vezes por semana o salmão ou a sardinha, que são ricos em ômega, para ajudar na vitamina D", conta a mãe, a bancária Sirlei Lenartowiscz.
Os hábitos da vida moderna, longe do sol, revelam que a falta dessa vitamina é muito mais comum do que as pessoas imaginam. É o que indica uma pesquisa feita pelas universidades federais do Paraná e do Rio Grande do Sul.
A pesquisa foi feita com 500 meninos e meninas de 10 a 15 anos de idade, em escolas públicas de Curitiba e chegou a um resultado preocupante: 80% das meninas que participaram apresentaram falta de vitamina D no organismo.
"Foi uma reação de espanto, porque não era esperado. O Brasil, por ser um país tropical, a gente esperaria um grau de insuficiência ligeiramente menor do que foi encontrado, 80% é muito alto", conta o pesquisador Luis Paulo Mascarenhas.
A falta de vitamina D em crianças e adolescentes pode levar à deficiência óssea precoce, ao diabetes, a alguns casos de câncer e à obesidade.
FONTE: Edição do dia 31/08/2013 - 31/08/2013 10h52 - Atualizado em 31/08/2013 11h51 -

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

CONTROLE DO TABAGISMO e o ENGORDAR APÓS A CESSAÇÃO

Ao parar de fumar, mulheres engordam mais do que os homens

Pesquisa da USP observou que mulheres que abandonam o cigarro ganham, em média, 6,7 quilos, contra 3,8 quilos dos homens. Deixar o vício, porém, faz com que a maioria das pessoas passe a se sentir melhor

Juliana Santos
Cigarros
Tabagismo: mesmo com o ganho de peso, 85,6% dos pacientes que pararam de fumar relataram se sentir melhor (Denis Tevekov/Hemera/Getty Images)
Uma nova pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que, de fato, pessoas que deixam de fumar tendem a ganhar peso — especialmente as mulheres e os indivíduos que costumavam fumar muitos cigarros no dia. Por outro lado, o trabalho reforçou que, apesar disso, a mudança é muito benéfica à saúde: quatro em cada cinco participantes do estudo que pararam de fumar relataram se sentir melhor depois de abandonar o vício.
Pesquisas anteriores sobre o assunto já demonstraram que, em média, fumantes tendem a apresentar um peso menor do que não fumantes. No entanto, as razões para isso ainda não estão claras — existem hipóteses de que a nicotina age sobre neurotransmissores que regulam o apetite e a saciedade, aumentando os níveis de substâncias que inibem o apetite. Alguns pesquisadores relacionam a perda de peso decorrente do cigarro ao fato de o tabagismo prejudicar o olfato e o paladar de uma pessoa, o que pode contribuir para a redução da ingestão de calorias.
O estudo da USP foi realizado com 887 pacientes que participaram de um programa de cessação de tabagismo no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da universidade entre 2008 e 2011. Após 52 semanas de acompanhamento, os pacientes foram divididos em três grupos: sucesso, recaída ou fracasso.
Resultados — O aumento de peso foi maior entre os pacientes que conseguiram parar de fumar: eles engordaram, em média, 5,5 quilos, enquanto aqueles que tiveram recaídas ganharam 1,4 quilo e os que falharam, apenas 700 gramas. Entre os pacientes bem sucedidos, os fatores que apresentaram maior relação com o ganho de peso foram o sexo (as mulheres ganharam 6,7 quilos, em média, contra 3,8 quilos dos homens) e a quantidade de cigarros que a pessoa fumava: quanto mais cigarros, maior o ganho de peso.
Apesar disso, 85,6% dos pacientes que conseguiram abandonar o cigarro relataram se sentir melhor depois o término do tratamento, enquanto menos de 1% relatou se sentir pior. O restante não sentiu diferenças nesse sentido. O tipo de tratamento utilizado pelos participantes não influenciou o ganho de peso. As conclusões da pesquisa serão apresentadas em novembro, durante o evento anual da Sociedade Americana do Coração.


Jaqueline Issa, coordenadora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor e principal autora do estudo, diz que a possibilidade do ganho de peso não deve ser um obstáculo para quem deseja abandonar o vício. “O cigarro certamente causa mais danos ao organismo do que o ganho de peso”, afirma a cardiologista. A autora sugere também que um programa preventivo para evitar o ganho de peso seja adotado nos grupos considerados de maior risco (mulheres e fumantes com alto consumo de cigarros).

RÓTULOS EM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS: É NECESSÁRIO APRENDER A INTERPRETÁ-LOS

Rótulos orientam consumidores sobre calorias e sódio nos produtos

Em São Paulo
Cada alimento industrializado é identificado pelo rótulo presente na embalagem, mas nem sempre as informações são lidas e entendidas pelo consumidor.

SAIBA O QUE OLHAR NO RÓTULO DOS ALIMENTOS

  • 1) Lista de ingredientes: Os componentes dos alimentos aparecem em ordem decrescente de importância, ou seja, o que estiver em primeiro lugar é o que tem em maior quantidade. Observe se o alimento contém ingredientes saudáveis entre os primeiros listados e se não contém excesso de açúcares, glicose, gorduras, corantes, conservantes e estabilizantes.
    2) Medida caseira da porção: Em cada alimento, o cálculo dos nutrientes vai ser feito a partir de uma porção determinada (pode ser 1 xícara, 1 colher, ½ unidade). Essa medida deve ser levada em consideração ao comparar dois produtos diferentes e ver qual deles é o menos calórico, com menos sal ou menos açúcar.
    3) Quantidade de sódio nos alimentos: A quantidade deve ficar o mais próximo possível da proporção de 1:2, ou seja, para cada 100 gramas de alimento deve ter no máximo 200 mg de sódio. Quanto mais longe dessa proporção, pior. Produtos que tiveram a proporção acima de 1:10, que equivale a 1.000 mg de sódio a cada 100 gramas, tem um altíssimo teor de sódio.
    4) Teor de fibras: Quanto mais fibras, maior sensação de saciedade e controle das taxas de açúcar no sangue, além de menor absorção da gordura dos alimentos e garantia de um bom funcionamento intestinal. O indicado é comer de 20 a 30 gramas de fibras por dia. O teor de fibras também informa a qualidade do carboidrato do alimento. Se a embalagem diz que o alimento é integral, mas tem menos de 1 grama de fibra por porção, talvez esse alimento não seja tão integral assim.
    5) Teor de gorduras: As gorduras saturadas devem ser consumidas com moderação e o ideal é dar preferência para alimentos que tenham presença de gorduras polinsaturadas e monoinsaturadas. A gordura "trans" deve ser evitada ao máximo. Os rótulos podem trazer a informação "livre de gordura trans" quando houver até 0,2g de gordura trans por porção. Ou seja, pode ser que na porção de 3 biscoitos especificada no rótulo do produto não haja quantidade significativa de gordura trans, mas se comermos o pacote inteito podemos estar ingerindo quantidades significativas dessa gordura, que ainda costuma estar presente na maior parte dos salgados, biscoitos, sorvetes e pipocas de microondas.
  • Fonte: Talita Drecksler, nutricionista funcional do Kurotel, Centro de Longevidade e Spa.
De acordo com a engenheira de alimentos do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL), Marcia Paisano Soler, o rótulo informativo é fundamental para as pessoas escolherem o que vão comer, principalmente para quem segue dietas alimentares. O rótulo contribui também para desfazer alguns equívocos comuns, como o do suposto excesso de sódio no refrigerante.
"Além da informação nutricional básica, que inclui as quantidades de carboidratos, proteínas, gorduras (totais, saturadas e trans), fibra alimentar e sódio, é obrigação da indústria informar as calorias do produto como primeira referência na tabela nutricional", disse Márcia à EFE.
A Anvisa regulamentou em lei a obrigatoriedade de informações publicadas na embalagem e o tamanho da letra no rótulo, além do nome e tipo do produto, fabricante, data de validade, instruções de preparo e, se o produto for importado, é preciso informar de qual país e os dados precisam estar traduzidos.
A lei da Anvisa é a mesma dos países do Mercosul, uma vez que os rótulos de produtos que são exportados entre as nações do bloco econômico devem ser uniformizados.
A engenheira explica que o rótulo também deve apresentar o percentual do Valor Diário de Referência (VD) - quantidade recomendada de consumo diário - de cada nutriente, tendo como base uma dieta de 2000 kcal ou 8400 kJ.
A quantidade de sódio explicitada na tabela nutricional em uma lata de refrigerante, por exemplo, é de 18 mg, o que corresponde a 1% do indicado para ingestão de sódio diário de uma pessoa.
Segundo Márcia, além de ser descrita em mililitros ou gramas, a Anvisa exige que a porção seja apresentada em uma medida caseira de fácil compreensão do consumidor. Por exemplo, 350 ml de refrigerante correspondem a dois copos e 30 g de biscoito, a seis unidades.
No entanto, é importante observar a porção à que as informações se referem, discriminada no topo da tabela. No caso do refrigerante, esse valor de sódio é relativo a 350 ml da bebida, ou seja, ao total de uma lata.
Porém, nem sempre as quantidades são referentes à porção total da embalagem. Um pacote de biscoito, por exemplo, tem 200 g, mas as informações nutricionais são referentes a uma porção de 30 g, ou seja, de apenas 1/6 da embalagem.
"Apesar de nem todos checarem às informações no rótulo, percebe-se que este comportamento está mudando, pois as pessoas estão mais preocupadas com qualidade de vida e boa forma", aponta Márcia.
O consumidor bem informado deve observar que um alto percentual de VD indica que o produto apresenta grande quantidade de determinado nutriente. Por isso, a Anvisa recomenda dar preferência aos produtos com baixo percentual de VD para gorduras saturadas, trans e sódio.
Márcia lembra a exigência do telefone do Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) no rótulo, que serve como um controle de qualidade para as empresas responsáveis pelo produto.

ÁGUA EMAGRECE!

Leve a sério a matéria: esta foto é só para desestressar, ok?
FONTE: www.fotoshot.com.br

Estudo demonstra pela primeira vez que beber água emagrece

Em Berlim
Uma equipe de cientistas alemães demonstrou pela primeira vez que, como assegura a tradição popular, beber água emagrece.
Uma pesquisa clínica da universidade Charité de Berlim publicada nesta quinta-feira (29) na revista American Journal of Clinical Nutrition assegura que a ingestão de água reforça os efeitos de uma dieta de emagrecimento.
"Apesar de nas dietas normalmente ser recomendado beber muita água, até agora não havia nenhuma recomendação com base científica", disse o responsável da equipe de pesquisa, Rebecca Muckelbauer.
A partir da análise de cerca de 5.000 referências de diferentes bancos de dados de artigos científicos, os especialistas puderam comprovar que beber água efetivamente acelera os processos de emagrecimento quando se está fazendo uma dieta.
O estudo destaca a conclusão de uma série de dados sobre o sucesso de uma dieta em um grupo de idosos que aumentaram seu consumo médio de água.
As pessoas estudadas que aumentaram em um litro ao dia seu consumo de água emagreceram entre um e dois quilogramas a mais que o grupo de controle, que manteve sem alteração a quantidade de líquido que bebia.
O efeito de emagrecimento da água em combinação com uma dieta pode acontecer, segundo os cientistas, à simples sensação física de saciedade com a ingestão do líquido e à aceleração do metabolismo.

APAGÃO NO NORDESTE - AGOSTO DE 2013

Publicada na sexta-feira, 30 de agosto de 2013
FONTE: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/18171-charges-agosto

terça-feira, 27 de agosto de 2013

FRANGO COM WHISKY

FONTE: INTERNET (AUTORIA DESCONHECIDA, POR ENQUANTO)

EPIDERMÓLISE BOLHOSA

FONTE: www.dermis.net
Na semana passada, um incidente no avião em que estava a família da coreógrafa Deborah Colker fez muita gente tomar conhecimento da epidermólise bolhosa, ou simplesmente EB, a doença de seu neto, Theo. Por exigência do comandante, o avião só decolou depois que a família conseguiu um atestado médico comprovando que a doença não era contagiosa. Isso depois de 2 horas de sofrimento dentro do avião.
O que é EB?
Pessoas com EB têm a pele tão frágil que qualquer atrito ou machucado ou mesmo calor pode causar bolhas. Tanto pode atingir somente a parte superficial da pele, quanto pode ser mais grave e atingir a mucosa da boca, do esôfago, ou os dedos, que então chegam a aderir uns aos outros.
É uma doença genética e não tem cura. Os tratamentos existentes consistem em várias medidas para evitar e também tratar os machucados. Por ser uma doença de pele, não há como disfarçar, e por ser desconhecida da maioria das pessoas, causa estranhamento.
Como escreveu a mãe de Theo:
“Meu filho tem machucados pelo rosto. Sua imagem desperta curiosidade, atenção, olhares, como qualquer um outro que não se encaixa nos padrões. Mas e aí?! Qual é o problema disso? Penso que por ter tais fragilidades deva ser recebido pela sociedade com respeito, amor, zelo, carinho.”
Informação é importante
Uma criança com essas fragilidades sem dúvida deve ser acolhida com respeito e carinho. Quanto mais as pessoas souberem sobre o assunto, menos chance haverá para que se repita um episódio como o ocorrido no avião. De todo modo,  para prevenir possíveis desgastes em várias situações, vale a pena ter à mão um atestado médico.
Por Lucia Mandel
FONTE: http://veja.abril.com.br/blog/estetica-saude/tratamento/epidermolise-bolhosa/

OPERAÇÃO LIXO ZERO CARIOCA: TINHA UMA GUIMBA NO MEIO DO CAMINHO

POR QUE SÓ NO RIO DE JANEIRO??????
I DÓNDI NÓIS MORA, PÓDI????
I NÓIS? POR QUE NÃO IMITAMOS ISTO?

TINHA UMA GUIMBA NO MEIO DO CAMINHO (21/8/2013)
O Globo 

Essa notícia possui um anexo: 2360_Guimba_Globo.pdf
Depois das baforadas, basta um peteleco para a guimba voar longe rumo a alguma fresta de pedra portuguesa, meio-fio ou asfalto. Quando não é apagado na sola do sapato, o resto de cigarro cai, aceso, no chão. E o fumante, livre do lixo, segue o seu caminho. a cena é comum no rio e ganhou destaque nas ruas do Centro hoje, o primeiro dia da Operação Lixo Zero, da prefeitura, que multa quem joga dejetos na cidade.

O hábito parece cristalizado em muitos fumantes de qualquer classe social, que, cada vez mais, precisam sair às ruas por causa da legislação que proíbe o fumo em locais fechados. Inclusive entre alguns fumantes que não jogariam qualquer outro resto na rua, mas, por alguma razão, pensam que guimba não é lixo. 

Assim, canteiros com plantas, bueiros e pontos de ônibus, entre outros locais ou equipamentos urbanos, ficam cheios de filtros. Áreas privadas sofrem com o mesmo problema, e não raro playgrounds, toldos e andares térreos de prédios ficam repletos de bitucas. a partir de hoje, quem for flagrado por um guarda municipal cometendo essa infração deverá pagar R$ 157 de multa.

Apesar de ser um lixo quase imperceptível na hora em que é descartado, o filtro de cigarro traz diversos problemas ao meio ambiente, já que tem metais pesados em sua composição.

Segundo a Anvisa, o cigarro descartado polui até os oceanos. algumas consequências desse hábito são óbvias, como o risco de incêndios, e outras, inimagináveis para os dependentes da nicotina.

O economista e professor da PUC Sérgio Besserman exemplifica.
— Sou de uma geração que achava bacana ir à praia descalço. Hoje ninguém mais faz isso. Mas o meu querido amigo e companheiro bolo, meu cachorro cocker spaniel, ainda anda descalço e já pisou numa guimba de cigarro acesa. É muito chato — conta Besserman, que tenta entender a lógica de quem dá o peteleco fumegante. — a interpretação psicológica é uma aventura, mas quem fuma está preso ao vício, sabe que faz mal. Vejo nesse gesto alguém querendo escapar do cigarro num conflito interno entre o prazer e o risco. um gesto impulsivo, algo como “se eu não fizer agora, vou continuar”.

Para o economista, as multas podem funcionar como ocorreu na implantação do Código de Trânsito brasileiro, quando as pessoas passaram a usar o cinto de segurança com medo da multa. Hoje, diz ele, quando são raras as multas, os motoristas entenderam que o cinto é importante para que não se machuquem em acidentes.
No Centro do Rio, a promotora de vendas Luciene Zaria, de 32 anos, jogou guimba no chão da rua Uruguaiana justamente no primeiro dia de fiscalização. um guarda municipal e um agente da Comlurb correram até ela, que já entrava num edifício.
— a senhora jogou lixo no chão e, por isso, será multada. a senhora sabe que começou hoje a Operação Lixo Zero? — perguntou o agente da Comlurb.
— Vou ser multada porque não tinha aquela areia para apagar o cigarro na lixeira? poxa, espera aí! Se jogasse na caçamba ia pegar fogo — respondeu ela aos fiscais.

A desculpa é comum. Afinal, segundo essa lógica, é melhor o filtro no chão do que uma lixeira incendiada. Mas há sempre a opção de apagar antes de descartar o cigarro. O presidente da Comlurb, Vinicius Roriz, argumenta que o atual modelo de lixeira usado pela empresa oferece uma placa de metal justamente para isso:
— A função dessa placa é permitir que as pessoas apaguem ali antes de jogá- -lo no lixo. Infelizmente, por causa do vandalismo, muitas dessas placas acabam sendo arrancadas.

Agora, novas soluções são sempre bem-vindas, e acredito que as próprias fabricantes de cigarro deveriam se envolver nessa questão.
Professor de História na UERJj, André Azevedo diz que uma das explicações para tantas bitucas nas calçadas cariocas está no passado escravocrata brasileiro. Ele explica que, a partir do século XIX, quando o crescimento urbano se acelerou, a população passou a ser mais relapsa quanto ao seu lixo:

- Quase todo serviço público era prestado pelos escravos, como
recolhimento de lixo, calçamento, iluminação, fornecimento de água e limpeza das ruas. Isso provocou um relaxamento do homem livre, que podia sujar a rua e a própria casa, pois o escravo se encarregaria de limpeza. Faz parte da cultura da escravidão. Porcaria no rio é coisa de pobre, da classe média e dos ricos.

Médica do Instituto nacional do Câncer e coordenadora da Política Nacional de Controle do Tabaco do Ministério da Saúde, Tânia Cavalcante diz não conhecer estudos que expliquem o comportamento de quem joga guimba de cigarro no chão, mas avalia que a ação pode estar relacionada ao automatismo do consumo do cigarro. Ela explica que a dependência química, como o tabagismo, é hoje considerada uma doença do cérebro. Como a nicotina altera o funcionamento do cérebro das pessoas, o fumante faz coisas que não faria normalmente:
— um dos aspectos da dependência é o comportamento automático do consumo. Provavelmente a questão de fumar e jogar fora na rua pode estar nesse comportamento, que faz parte da dependência psicológica e física da falta de nicotina.
Já a vice-diretora da Ong Aliança de Controle do Tabagismo, Mônica Andreis, afirma que a maioria das pessoas costuma refletir muito sobre os danos que o cigarro faz à saúde, mas pouco pensa sobre seu impacto ambiental. por isso, ela acredita que muitos fumantes têm o hábito de descartar a bituca de cigarro no chão, como se não fosse lixo.

— a bituca é lixo, tem substâncias tóxicas, leva quase dois anos para se decompor e até cinco quando jogada no asfalto. Quando jogada na areia de praias, por exemplo, pode contaminar o solo e a água e prejudicar animais — explica Mônica.
A preocupação também chega ao governo federal.

Chefe da unidade de Controle de Produtos Derivados do Tabaco da Anvisa, André Luiz Oliveira explica que o filtro contém quase tantos elementos tóxicos quanto o próprio cigarro:
— São metais pesados como o chumbo e o cádmio, além da própria nicotina e de uma série de substâncias que causam câncer. Trata-se de um problema ambiental tremendo. Alguns organismos internacionais, inclusive, apontam que a maior parte da poluição marítima é provocada por guimbas de cigarro, que são de difícil degradação e contaminam animais.
O diagramador Milton Marinho, de 48 anos, foi outro fumante que recebeu multa nesta terça-feira por jogar uma guimba de cigarro no chão em frente ao Edifício Largo da Carioca, no número 10 da rua Uruguaiana. após conversar com os agentes, que o interpelaram na entrada do prédio, onde trabalha, Marinho disse achar justa a punição.
— Eu ouvi falar da operação, mas estou tão atarefado que esqueci o dia do início dela. Agora terei que pagar R$157 por um esquecimento bobo. Eu apoio a operação. Precisamos ter mais cuidado com nossa cidade — disse o diagramador, que jogou a guimba ao lado de uma papeleira.
flavio.tabak@oglobo.com.br thiago.jansen@oglobo.com.br gus@oglobo.com.br
FONTE: ACTBR

QUEIMADURAS: COMO LIDAR COM ELAS



Usar manteiga para tratar queimaduras é uma receita caseira que vem sendo repetida há séculos.
A ideia é selar a queimadura para que o ferimento não entre em contato com ar ou sujeiras, prevenindo assim infecções e acelerando a cura.
Mas será que a técnica funciona mesmo? Afinal, há muitos mitos em torno de remédios caseiros para tratar queimaduras.
Um papiro egípcio que data de 1.500 A.C. descreve o uso de barro, excrementos de animais e até de rãs banhadas com azeite. No século 4 A.C., os gregos preferiam gordura de porco, enquanto os romanos usavam uma mistura de mel e farelos, seguida de pedaços de cortiça e cinzas.
Pesquisas recentes com pais revelaram que apenas 10% dos entrevistados deram uma resposta considerada ideal.
Apenas 25% das pessoas colocariam água fria sobre as queimaduras - que é recomendação atual - enquanto metade sugeriu soluções erradas, como iogurte, pasta de dente, extrato de tomate, gelo, clara de ovo crua, entre outras.
Especialistas esclarecem que o aparente alívio proporcionado por essas substâncias frias não dura, podendo inclusive selar a queimadura, impedido a saída do calor. Assim, a pele continua queimando por dentro.
Como as queimaduras superficiais acabam curando sozinhas, assumimos erroneamente que essas receitas funcionaram, quando, na verdade, a queimadura teria melhorado de qualquer jeito.
Como lidar com queimaduras
As orientações de primeiros socorros para queimaduras variam de país para país, mas no geral, o conselho é: após remover roupas e todos os acessórios, como colares, relógios e anéis, abra a torneira e deixe água fria cair sobre a queimadura por pelo menos 20 minutos.
A água fria ajuda a adormecer a área afetada ao esfriá-la e, além disso, evita que a pele continue queimando.
Mas não se pode exagerar: o frio extremo pode prejudicar ainda mais o tecido, o que descarta a aplicação direta de gelo.
Finalmente, a queimadura deve ser coberta com uma gaze limpa para evitar infecção.
Quanto à manteiga, o melhor é usá-la no pão, a não ser que seja uma situação muito específica: se uma pessoa for azarada o bastante para ter um acidente com alcatrão quente caindo na pele, uma substância gordurosa como a manteiga pode ajudar na remoção do alcatrão, reduzindo a dor e facilitando o trabalho dos médicos na hora de avaliar a gravidade da queimadura.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

EXCESSO????


FONTE: Dr.Alexandre Milagres - REDE ACT

CONTROLE DO TABAGISMO e MANIFESTAÇÕES DA SOCIEDADE



O deputado Cesar Colnago  enviou uma resposta ao colunista de O Globo, Merval Pereira, a um artigo publicado na edição de 4 de agosto, intitulado Estado Babá, em que Merval trata da regulamentação de cigarros pela Anvisa. 

"Senhor jornalista                                                                                                                                                                                                                                               
Merval Pereira                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               MD. Colunista de O Globo

A propósito de seu artigo intitulado “Estado babá” publicado em 04.08.2013, no jornal O Globo, como médico e integrante da Frente Parlamentar da Saúde na Câmara dos Deputados, tomo a liberdade jogar luz em alguns aspectos obscuros fomentados pela indústria tabagista no país, a saber:

A Câmara dos Deputados teve uma atuação marcante na votação da Medida Provisória 540/11 conseguindo impedir um dos maiores retrocessos na área da saúde pública ao reprovar a inclusão de novas regras que, em última análise, estimularia o tabagismo no país.

Através desta MP foram contrabandeados outros temas no Legislativo referentes ao tabaco, pois a Medida Provisória originariamente tratava de preços e impostos. Os artigos contrabandeados através da MP tratavam de publicidade no ponto de venda, ambientes livres de fumo e proibição de aditivos (porém excluindo o mentol e cravo da proibição).
Esses artigos foram plantados na MP pela própria indústria do tabaco para evitar a regulação que estava sendo gestada pela ANVISA que tem a competência de regular produtos de tabaco. Após uma intensa mobilização por parte de entidades que defendem a saúde pública, a redação de alguns desses artigos foi melhorada.
No entanto, o artigo que tratava da proibição dos aditivos foi rejeitado pelo Congresso porque já estava sendo tratado através da resolução da ANVISA. Basta consultar as notas taquigráficas da sessão para comprovar isso. Após reação vigorosa da Frente Parlamentar da Saúde, da qual sou integrante, a proposta foi modificada eliminando essa ameaça à saúde dos brasileiros, haja vista que 200 mil pessoas morrem por causa do cigarro a cada ano no Brasil.

Caro articulista é fato que a indústria tabagista usa os cigarros aromatizados para atrair jovens e adolescentes. De 2007 a 2010, subiu de 21 para 40 o número de marcas desse tipo, subterfúgio que aumenta em pelo menos 50% a adesão ao tabagismo, de acordo com pesquisa da USP.

Tanto é verdade que decisão nesse sentido foi explicitado em longo despacho expedido em fevereiro deste ano pelo desembargador federal do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, Jirair  Aram Meguerian,  sobre agravo de instrumento interposto pela ANVISA para fazer valer os efeitos da Resolução   RDC  14/2012. “(...) Há risco de letalidade no consumo normal do cigarro, sendo que os aditivos cujo uso está vedado pela Res olução são atrativos para aumentar ou até iniciar o seu consumo”, deferiu o magistrado.

Mas, uma nova ameaça volta a pairar sobre a saúde pública brasileira. Está em discussão na CCJ desta Casa Projeto de Decreto Legislativo 3034/2010, resultado de articulações entre a “bancada do tabaco” e indústria, com parecer favorável do relator, e que tem como alvo a anulação dos efeitos da decisão do Colegiado da ANVISA.
Sou radicalmente contra este retrocesso contra a vida, com base nos seguintes argumentos:

- A adição de sabores e açúcar mascara o sabor desagradável do cigarro e aumenta as chances de vício, sobretudo entre os jovens, pois a cada dois que experimentam, um fica dependente. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o consumo de cigarros aromatizados entre adolescentes de 13 a 15 anos, e adultos e jovens de 17 a 35 anos no país chega a 44%.
Não bastasse, existem estudos científicos que revelam que aditivos como flavorizantes e adoçantes são deliberadamente usados para desenvolver os chamados produtos para iniciação;
- Segundo dados da OMS, 90% dos fumantes começam a fumar antes dos 19 anos;
- 60% dos adolescentes que fumam, fumam cigarros mentolados, segundo recente pesquisa da UFRJ e FIOCRUZ;
- A sociedade civil organizada apóia a proibição dos aditivos - Organizações da Sociedade Civil e Associações Médicas pedem a proibição dos aditivos: AMB (Associação Médica Brasileira), SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia), SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia), SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), ACT (Aliança de Controle do Tabagismo), PROTESTE (Defesa do Consumidor), IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), entre outros;
- A proibição dos aditivos nos cigarros não fomenta o contrabando – segundo demonstra a Análise contida no “Estudo dos Efeitos Socioeconômicos da Regulamentação, pela ANVISA, dos Assuntos que tratam as Consultas Públicas 112 e 117, de 2010” assinada pela FGV, e realizada pela Organização Pan-Americana de Saúde, John Hopkins School of Public Health, Tobacco Free Kids e Aliança de Controle do Tabagismo;
- A proibição dos aditivos não põe em risco a sobrevivência das famílias produtoras de tabaco, não há perdas econômicas para o setor pela seguinte razão: 87% da produção de fumo em folha é destinada ao mercado externo, portanto, as medidas previstas na CP 112 não afetarão a fumicultura. O Brasil é o maior exportador mundial de folhas de tabaco;
- De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2011), a indústria do tabaco oculta documentos internos que comprovam o desenvolvimento de patentes para tecnologias que permitem o uso do tabaco tipo Burley sem a inclusão de aditivos, sejam açúcares ou flavorizantes, que já existem para venda no mercado nacional e internacional, mas que para desespero dessa indústria, são menos atrativos ao público jovem. Por isso não divulgam esses documentos;
- Em pesquisa realizada pelo DESER – Departamento de Estudos Socioeconômicos Rurais (2009) nos três estados do Sul, com 1.128 famílias fumicultoras, 73,3% declaram que se pudessem, ou tivessem alguma alternativa agrícola, deixariam de produzir fumo. 38% dos fumicultores tiveram renda de até 2 salários mínimos  mensais, 33,9% entre 2 e 4 salários e 28,3% acima de 4 salários, mostrando que a atividade não é tão promissora quanto à indústria do tabaco tenta fazer parecer.
Sem entrar no mérito da polêmica jurídica sobre a competência da ANVISA sobre outros produtos, informo que no caso da proibição dos aditivos o parecer da AGU é favorável e traz uma infinidade de argumentos muito bem fundamentados em defesa da autoridade da ANVISA de regular produtos derivados do tabaco.
Na certeza de contribuir com o debate democrático em defesa da saúde dos brasileiros, principalmente de nossa juventude, despeço-me reiterando votos de respeito e consideração.

César Colnago
Deputado Federal (PSDB-ES)"

FONTE: REDE ACT

LÚPUS: DÚVIDAS???





Confira a reportagem do Dr. Luiz Carlos Latorre, reumatologista, especialista em Lúpus - Sociedade Brasileira de Reumatologia:

http://veja.abril.com.br/noticia/saude/especialista-tira-duvidas-sobre-o-lupus

sábado, 24 de agosto de 2013

COMO SE FAZ UM BEBÊ!

21/03/2013
 às 15:00 \ Tema Livre

DIVIRTA-SE COM ESSAS FOTOS: Como se faz um bebê

Uma coisa é verdade: o fotógrafo canadense Patrice Laroche se divertiu muito durante a gravidez de Sandra, sua esposa. E enquanto eles aguardavam a chegada da pequena Justine, Patrice imaginava formas de eternizar de forma brincalhona esse período precioso.
Criatividade não faltou a Patrice, e a cada dois ou três meses, ele e Sandra se colocavam, com os mesmos trajes, diante da mesma parede de um posto de gasolina dotado de um compressor de ar para encher pneus. Com o bico do calibrador de pneus encostado ao umbigo da mulher, o fotógrafo aos poucos clicava o que parecia ser um ventre progressivamente se enchendo de ar.
Alguns probleminhas foram surgindo no decorrer do projeto: Patrice perdeu os óculos escuros depois das três sessões de fotos iniciais, e Sandra, ganhando peso na gravidez, não conseguiu calçar as mesmas botas no final da série.
Além disso, a primeira foto foi feita no inverno, e, com o passar dos meses, o clima naturalmente foi esquentando – de forma que luvas, gorro e casaco tiveram que ir saindo de cena. Tudo isso acabou dando um pouco mais de realismo à história, contada em sete fotos, sobre a chegada da filha:
A visão divertida do fotógrafo Patrice Laroche começa aqui
A visão divertida do fotógrafo Patrice Laroche começa aqui
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Outras fotos divertidas, essas intituladas Festa em família:
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E o fotógrafo promete não parar enquanto Justine estiver crescendo:

OBESOS e o GLUCAGON

Hormônio que diminui a fome é ineficaz em obesos

Pesquisa concluiu que pessoas com obesidade não respondem ao glucagon, responsável por reduzir a ação de hormônios ligados ao apetite

Segundo pesquisa, comer poucas vezes ao dia pode contribuir com o sopreso e obesidade
Obesidade: Excesso de apetite em pessoas obesas pode ser explicado pela falta de resposta ao hormônio glucagon(ThinkStock)
O hormônio conhecido como glucagon é um dos responsáveis por ajudar a controlar o apetite das pessoas. No entanto, ele perde a sua capacidade de ativar a sensação de saciedade em obesos, segundo revelou um novo estudo feito na Alemanha. A descoberta, que pode ajudar a explicar a grande dificuldade que indivíduos com excesso de peso têm em emagrecer, foi publicada nesta terça-feira no periódico The Endocrine Society Clinical Endocrinology & Metabolism.
O glucagon é secretado pelo pâncreas e a sua principal função no organismo é sinalizar ao corpo que os níveis de glicose no sangue estão baixos e que é preciso liberar o açúcar que está armazenado. É um papel oposto ao da insulina, hormônio também secretado pelo pâncreas, mas que tem como função diminuir a taxa de glicose na corrente sanguínea quando ela está alta.
Há cada vez mais evidências de que o glucagon também desempenha um papel importante na regulação do apetite. Aparentemente, ele envia ao corpo o sinal de que é preciso reduzir a secreção de hormônios que aumentam a fome, como a grelina. “Uma vez que uma pessoa se torna obesa, o glucagon não as induz mais à sensação de saciedade”, diz o coordenador do estudo, Ayman Arafat, pesquisador do Charité-University Medicine, em Berlim, um dos maiores hospitais universitários da Europa.
A pesquisa de Arafat foi feita com 11 pessoas obesas, 13 pessoas com diabetes tipo 1 e 13 pessoas saudáveis e magras. O objetivo de analisar indivíduos com diabetes tipo 1 era saber se esta doença interfere na ação do glucagon. Isso porque, em pessoas com a condição, o pâncreas não produz quantidade suficiente de insulina, então os pesquisadores queriam saber se a doença também prejudicava a produção do glucagon — o que não aconteceu. Ou seja, os problemas com a resposta a esse hormônio acontecem exclusivamente devido ao excesso de peso.
No estudo, os participantes receberam injeções de glucagon e de placebo. Eles relataram se estavam com fome e a equipe também analisou seus níveis de grelina para medir o apetite dos voluntários. De acordo com os resultados, a sensação de saciedade entre os participantes obesos foi a mesma tanto quando eles receberam o glucagon quanto o placebo. Ou seja, eles não responderam ao hormônio. No entanto, os outros voluntários relataram sentir significativamente mais saciedade quando receberam o hormônio em comparação com o placebo. 
“Embora agentes que influenciam o glucagon e outros hormônios sejam considerados como um caminho promissor para as pesquisas sobre obesidade, o nosso estudo sugere que terapia envolvendo o glucagon pode ser ineficaz em reduzir o apetite de pessoas obesas”, diz Arafat.

AÇÚCAR NOSSO DE CADA DIA: NOCIVO!

Estudo mostra que açúcar, mesmo em doses consideradas normais, pode fazer mal à saúde

Quando alimentados com uma dieta rica em açúcar, camundongos apresentaram uma taxa de mortalidade maior e se reproduziram menos

Açúcar: segundo autores, 13% a 25% dos americanos consomem uma quantidade de açúcar diária igual à utilizada no estudo
Açúcar: segundo autores, 13% a 25% dos americanos consomem uma quantidade de açúcar diária igual à utilizada no estudo (Thinkstock)
Diversos estudos já mostraram que açúcar em excesso é prejudicial à saúde, mas uma nova pesquisa fornece evidências que ele pode ser tóxico também em quantidades consideradas normais por organizações de saúde. Pesquisadores da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, analisaram os efeitos do consumo de açúcar equivalente a três latinhas de refrigerante por dia, acompanhadas de uma dieta saudável e balanceada, em um grupo de camundongos.
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Nature Communications

Quem fez: James S. Ruff, Amanda K. Suchy, Sara A. Hugentobler, Mirtha M. Sosa, Bradley L. Schwartz, Linda C. Morrison, Sin H. Gieng, Mark K. Shigenaga e Wayne K. Potts

Instituição: Universidade de Utah, EUA, e outras

Dados de amostragem: 158 camundongos descendentes de animais que viviam na natureza

Resultado: Dentre os camundongos alimentados com uma dose de açúcar correspondente a 25% das calorias consumidas, as fêmeas apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o grupo de controle e os machos conseguiram 26% menos territórios e se reproduziram 25% menos do que os demais.
Apesar de não poderem ser diretamente transpostos para os seres humanos, os resultados são preocupantes: as fêmeas que receberam a dieta açucarada apresentaram uma taxa de mortalidade duas vezes maior do que o normal. Entre os machos, não houve mudança na expectativa de vida, mas sua capacidade de manter territórios e se reproduzir foi afetada. Os resultados foram descritos em um estudo publicado nessa terça-feira no periódico Nature Communications.
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores dividiram 158 camundongos em dois grupos. Os dois foram alimentados de forma balanceada e saudável, mas um dos grupos recebeu 25% das calorias em forma de açúcar – metade glicose e metade frutose.
Wayne Potts, professor de biologia da Universidade de Utah e um dos autores do estudo, explica que o Conselho Nacional de Pesquisa dos Estados Unidos recomenda que não mais do que um quarto das calorias consumidas deve vir de açúcar adicionado – aquele que é acrescentado aos alimentos durante o processo de fabricação. Não entram nessa conta os açúcares naturais, presentes em frutas e outros alimentos não processados. De acordo com o pesquisador, de 13% a 25% dos americanos consomem a dose de açúcar utilizada no estudo, que equivale, por dia, ao açúcar presente em três latas de refrigerante.
Instinto natural – Um detalhe importante deste estudo é o fato de que ele não foi feito com animais de laboratório. Como muitos ratos vivem dentro de casas, eles acabam compartilhando de certa forma os hábitos alimentares dos humanos, o que os torna um bom modelo para estudos relacionados à alimentação. "Eles têm vivido com o mesmo tipo de alimentação que nós desde a revolução agrícola, 10 000 anos atrás", diz Potts.
Os camundongos de laboratório em geral vêm de longas linhagens de animais criados em cativeiro, o que faz com que eles não tenham a mesma necessidade de explorar territórios como a encontrada em camundongos que vivem em liberdade. Por esse motivo, os pesquisadores utilizaram no estudo camundongos descendentes de animais "selvagens", e não animais de laboratório, como acontece na maior parte das pesquisas.
O instinto de explorar território era uma característica necessária devido à configuração do estudo. Os ratos foram colocados em uma sala apelidada de "estábulo de camundongos", contendo diversas caixas que serviam como ninhos. A ideia era criar um ambiente mais próximo da realidade do que as pequenas gaiolas em que eles costumam viver durante experimentos científicos. Dessa forma, os animais puderam competir naturalmente por parceiros e territórios, revelando então os efeitos da dieta em seu desempenho.
"Eles são muito competitivos no que se refere a comida, ninhos e território", afirma Potts. "E essa competição demanda um grande esforço físico, então, se existe um defeito em algum sistema fisiológico, eles tendem a se sair pior na competição", explica o pesquisador.
Antes de serem colocados no "estábulo" para o experimento, os animais foram mantidos em gaiolas por 26 semanas, durante as quais receberam a alimentação designada para o grupo ao qual pertenciam – com ou sem o açúcar adicionado. Quando foram colocados no ambiente de teste, todos passaram a receber a alimentação açucarada, de forma que o estudo avaliasse apenas as diferenças causadas pelas dietas diferentes durante aquelas 26 semanas anteriores.
Resultados – Após 32 semanas no "estábulo", 35% das fêmeas que estavam no grupo da dieta com açúcar morreram – quase o dobro do número de mortes entre fêmeas do grupo que recebeu a dieta saudável, que foi de 17%. Já entre os machos, não houve diferença no número de mortes entre aqueles que receberam ou não o açúcar extra.
Em compensação, os machos que foram alimentados com mais açúcar conseguiram 26% menos territórios do que os demais e se reproduziram 25% menos.
Os pesquisadores não encontraram diferenças entre os dois grupos no que se refere a obesidade e níveis de insulina, glicose e triglicérides em jejum. "Nosso estudo mostra que os efeitos negativos de uma dieta rica em açúcar adicionado não poderiam ser detectados por testes convencionais", afirma Potts.