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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PLANOS DE SAÚDE e os IDOSOS

Os planos de saúde de pessoas idosas não podem ser rescindidos em razão do alto risco do contrato, caracterizado pela idade avançada dos segurados. Esta foi a decisão da Terceira Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), tomada de forma unânime.
De acordo com a assessoria de imprensa do tribunal, o caso envolve um grupo da APM (Associação Paulista de Medicina) e a Sulamérica Seguro Saúde S/A. A APM comunicou aos detentores do plano que a seguradora não renovaria as suas apólices coletivas ''por causa da alta sinistralidade do grupo, decorrente de maior concentração dos segurados nas faixas etárias mais avançadas''. Eles deveriam procurar outro plano sob risco de terem aumentos de 100% na mensalidade.
Em primeira e segunda instâncias, a Justiça deu razão à APM e à Sulamérica afirmando que a informação constava do contrato. A relatora no STJ, ministra Nancy Andrighi, destacou que o consumidor está sempre amparado contra a abusividade de reajustes das mensalidades dos planos de saúde com base exclusivamente no alto risco da apólice, decorrente da faixa etária dos segurados. Segundo ela, os planos podem ser reajustados de forma não abusiva, mas os clientes não podem ser retirados.
(Fonte: Dimmi Amora-Folhapress/Folha de Londrina)

ESTRABISMO SOCIAL

Um estudo suíço, realizado pela equipe do oftalmologista Daniel Mojon, revela que crianças com 6 anos ou mais, com um estrabismo visível são menos aceitas socialmente pelo seu grupo. Outro dado importante do estudo destaca que o impacto negativo do estrabismo em interações psicossociais emerge muito cedo no universo infantil: por volta dos 6 anos de idade também.
Para chegar a estas conclusões, Mojon alterou fotografias de seis crianças e gerou versões com e sem estrabismo para comparação, como se as crianças fossem gêmeas. Em seguida, selecionou cento e dezoito crianças, entre 3 e 12 anos, para analisar as fotos e escolher, quatro vezes, quem elas convidariam para sua festa de aniversário.
Entre os 48 garotos entre 6 e 8 anos de idade, 18 não escolheram nenhuma criança com estrabismo, 17 selecionaram apenas uma e 11 convidariam duas. Apenas dois escolheram, três vezes, as fotografias que apresentavam pessoas com a doença. Entre os garotos de 4 a 6 anos, 19% afirmou ter notado a diferença no alinhamento dos olhos nas fotos. Este percentual subiu a 48 %, entre os garotos de 6 a 8 anos. Ao serem solicitadas a olharem novamente para as imagens com maior atenção, a detecção do estrabismo subiu para 39% e 77%, respectivamente.
Segundo os pesquisadores, se a discriminação não ocorresse, o padrão esperado seria outro: duas crianças com estrabismo deveriam ser escolhidas, em média, após as quatro avaliações. “O trabalho reforça o nosso entendimento que o estrabismo em crianças pode deixar sequelas psicológicas e que diferenças notáveis têm efeito negativo em relação a como as crianças são percebidas por seus pares”, afirma o oftamologista Virgilio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
Falta de paralelismo nos olhos
Além de lutar contra o incômodo de uma visão deficiente, os estrábicos - cerca de 4% da população mundial - ainda precisam superar o preconceito. O estrabismo é a perda do posicionamento normal dos olhos, conhecida popularmente como “vesguice”, que faz com que apenas um olho ou ambos sejam desviados para dentro, para fora, para cima ou para baixo. “O desvio pode se apresentar de três formas: constante, intermitente e latente. Em todos os casos são comuns o relato de pacientes que sofrem com o emprego de termos ofensivos”, diz a oftalmopediatra do IMO, Laura Duprat.
Para combater o preconceito e o “bullying social”, é preciso esclarecer os mitos sobre a doença, como aquele que diz que uma pessoa é capaz de ficar estrábica, se entortar o olho de propósito ou se for surpreendida por uma rajada de vento. “O problema, na maioria dos casos, é hereditário e se manifesta na infância, em decorrência de um desequilíbrio nos músculos que movimentam os olhos. Pode ser provocado por parto prematuro, doenças congênitas, elevado grau de hipermetropia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, dentre outros fatores genéticos”, explica a médica.
O tratamento em crianças requer cuidados especiais. O principal deles é a ajuda dos pais. O processo para alinhar os olhos pode ser demorado e as crianças precisam de apoio nesta fase. “Para facilitar o processo, os adultos podem, por exemplo, deixar a criança participar da escolha da armação dos óculos - que deve ser leve, de tamanho adequado e com lentes anti-risco e resistentes. Para a garotada que necessita de tampão, os pais devem explicar a importância desse tratamento e decidir por oclusores de borracha ou descartáveis feitos de esparadrapo antialérgico que não irritam a pele e incomodam menos”, recomenda Laura Duprat.
A família também tem que compreender uma possível queda no nível do rendimento escolar por conta da deficiência visual e pedir a colaboração dos professores para que, dentre outros cuidados, a criança possa sentar-se próxima à lousa.
“Os pais precisam ficar atentos a qualquer alteração de humor dos filhos e às queixas, veladas ou explícitas, que eles façam da escola, durante o tratamento. Em caso de problemas, os pais devem buscar ajuda por meio do serviço de orientação educacional e psicológica da instituição de ensino, pois as crianças têm direito a ambientes escolares onde existam alegria, amizade, solidariedade e respeito às características individuais de cada um deles”, destaca a médica.
Autor: MW Consultoria de Comunicação -Site Boa Saude/SIS.SAÚDE)

IMPLANTE COCLEAR GRATUITO

IMPLANTE COCLEAR
Os paranaenses poderão agora realizar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o implante coclear, indicado para casos de surdez acima de 80% nos dois ouvidos, independente da idade do paciente. A cirurgia gratuita era antes feita apenas em São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro.
O Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) passa a ser credenciado para realizar um implante por mês. O procedimento particular chega a custar R$ 70 mil e possui cobertura obrigatória dos planos de saúde.
O primeiro procedimento no HC da UFPR será realizado em outubro, em um jovem de 18 anos e ainda não há filas para realizar a cirurgia no Estado. Em São Paulo, onde o implante é feito há três anos pelo SUS, os pacientes esperam em média dois anos.
As pessoas interessadas no procedimento devem passar por avaliação e exames para ver se a cirurgia é indicada. Para isso, é necessário agendar consulta com um otorrinolaringologista em postos de saúde da rede pública de qualquer cidade do Paraná. Eles encaminham os casos para o HC, localizado em Curitiba.
Segundo o médico Rogério Hamerschmidt, professor do departamento de Oftalmo-Otorrinolaringologia do HC, aproximadamente três mil paranaenses podem recuperar a audição através deste procedimento.
(Fonte: Diogo Cavazotti-Folha de Londrina)

INTERATIVIDADE PARA DEIXAR O CIGARRO

A campanha "A falta de informação pode causar câncer", promovida pela Fundação do Câncer com o objetivo de alertar para os males do tabagismo, tem mostrado bons resultados ao utilizar como principal plataforma a Internet, em especial as mídias sociais.
Quinze dias após o lançamento, a audiência média diária do site da Fundação do Câncer quase triplicou, com aumento de 1.100 para 3200 visitantes/dia. O número de membros na comunidade do Orkut saltou de 36 para 233. O número de seguidores no perfil da instituição no Twitter também aumentou, de 360 para 410, além de cerca de 300 signatários da Petição em prol dos ambientes fechados 100% livres do tabaco.
A iniciativa busca atingir, principalmente, mulheres. Para isso, foi criado o hotsite que mostra de forma interativa as chances de uma pessoa desenvolver várias doenças relacionadas ao cigarro, como cânceres, alergias e problemas cardíacos.
Saiba mais  - Conheça o Hotsite:  http://www.cancer.org.br/lei-antifumo/
(Fonte: http://www.cancer.org.br/)

II CORRIDA e CAMINHADA COM VOCÊ, PELA VIDA - Doe medula óssea

DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA
Estão abertas as inscrições para a II Corrida e Caminhada Com você, pela vida – Doe Medula Óssea. Será no dia 12 de dezembro, domingo, na Praia de Copacabana.
O objetivo da Fundação do Câncer, que promove o evento, é reunir cerca de 2.500 pessoas. Juntos, os participantes vão completar o percurso de seis quilômetros e alertar a população para a importância da doação voluntária de medula óssea, ação que pode salvar vidas.
No dia do evento haverá uma unidade móvel do Hemorio para os interessados em se tornarem doadores.
A inscrição, que será revertida para projetos do Centro de Transplante de Medula Óssea do Instituto Nacional de Câncer (INCA), custa R$ 35 e dá direito a um kit com camiseta, boné e sacola.
(Fonte: Fundação do Câncer - Com você, pela Vida - setembro/10)

BRASIL LIDERA REAÇÃO À INDÚSTRIA DA MORTE

CAMPANHA ANTITABAGISMO
O Ministério da Saúde do Brasil conseguiu aprovar nesta quarta-feira (29) na Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) uma resolução para que os países do continente se unam contra as manobras da indústria do tabaco. O texto, apresentado pelo ministro José Gomes Temporão na reunião do Conselho Diretor da OPAS, em Washington, Estados Unidos, representa uma reação das Américas contra as ações adotadas pelo setor tabacaleiro. A medida permite que os países possam se preparar ou ajudar as autoridades de saúde pública na proteção de sua população. A indústria do tabaco tem buscado na Justiça local, nos tribunais e organismos internacionais impor obstáculos às medidas de controle de exposição das pessoas ao fumo.
O texto aprovado pela Opas reforça a necessidade de que os países adotem as diretrizes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado internacional assinado por mais de 190 países e que está em vigor desde 2005, sob os amparo da Organização Mundial de Saúde. A convenção prevê, entre outras ações, a implementação de leis rígidas para banir o fumo em ambientes coletivos, a disseminação de advertências sanitárias fortes nas embalagens dos produtos, a restrição da propaganda e do patrocínio de eventos culturais e esportivos por marc as de cigarros. No caso específico do Brasil, tais ações são importantes para impedir o avanço do consumo dos produtos do tabaco.
Pela resolução brasileira, os países americanos rechaçam, em conjunto, as medidas adotadas pelas empresas do tabaco quando interferem ou criam obstáculos para as ações de saúde pública. Com o objetivo de ampliar o potencial dessa união continental, será promovido, por meio da OPAS, o monitoramento, que colocará em evidência as estratégias da indústria. A ideia é que, por uma comunicação conjunta e ágil, os países consigam reduzir a eficácia das estratégias da indústria e fortalecer as medidas regionais antitabagistas.
A proposta brasileira é uma reação à indústria do tabaco, que vem buscando por meio da Justiça e foros internacionais de comércio combater as leis e medidas do poder público contra o fumo. Em relação ao Canadá, as empresas questionam internacionalmente a lei que proibiu o uso de flavorizantes nos produtos do tabaco. No Uruguai, o embate nos tribunais nacionais e internacionais é contra a medida que vetou a utilização de mais de uma apresentação comercial por marca, que davam enganosa a impressão de haver variedades menos nocivas do produto. No Brasil, a indústria tabagista tentou, em 2008, evitar a utilização das novas advertências sanitárias nas embalagens dos produtos de tabaco.
“Com esse movimento, espera-se que os países das Américas continuem a obter resultados positivos na redução do consumo de tabaco”, afirmou o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. O Brasil é hoje um dos principais atores no combate ao tabagismo no mundo. Uma pesquisa do IBGE, em parceria com o Ministério da Saúde, visitou 50 mil casas no Brasil, em 2008, e mostrou que a queda no consumo de tabaco entre 1989 e 2008 foi de quase 50%.
A pesquisa é resultado de uma ação realizada em 14 países, coordenada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Três em cada quatro entrevistados disse que viu, ouviu ou leu alguma informação sobre os riscos do tabaco para a saúde no mês anterior à pesquisa. Quase 100% responderam que sabem que o fumo causa doenças muito graves, como o câncer de pulmão, o infarto do coração e o derrame. Além disso, os entrevistados estão cientes de que até mesmo estar ao lado de quem está fumando faz mal.
Entre as medidas adotadas nos últimos anos no Brasil estão: a proibição de publicidade do tabaco, o aumento de impostos sobre o produto e a inclusão de advertências mais explícitas sobre os efeitos danosos do fumo nos maços. O Ministério da Saúde apoia ainda um projeto de lei que tramita no Congresso para acabar, de vez, com os fumódromos nos ambientes fechados e de uso coletivo.(Fonte:Rede Notícia, 30/09/2010/ Rede ACT)

CONTAMINANTES EMERGENTES NA ÁGUA

Durante a década de 1990, houve uma redução na população de jacarés que habitava os pântanos da Flórida, nos Estados Unidos. Ao investigar o problema, cientistas perceberam que os machos da espécie tinham pênis menores do que o normal, além de apresentar baixos índices do hormônio masculino testosterona.
Os estudos verificaram que as mudanças hormonais que estavam alterando o fenótipo dos animais e prejudicando sua reprodução foram desencadeadas por pesticidas clorados empregados em plantações naquela região.
Esses produtos químicos eram aplicados de acordo com a legislação norte-americana, a qual estabelecia limites máximos baseados em sua toxicidade, mas não considerava a alteração hormonal que eles provocavam, simplesmente porque os efeitos não eram conhecidos.
Assim como os pântanos da Flórida, corpos d’água de vários pontos do planeta estão sendo contaminados com diferentes coquetéis que podem conter princípios ativos de medicamentos, componentes de plásticos, hormônios naturais e artificiais, antibióticos, defensivos agrícolas e muitos outros em quantidades e proporções diversas e com efeitos desconhecidos para os animais aquáticos e também para pessoas que consomem essas águas.
“Em algumas dessas áreas, meninas estão menstruando cada vez mais cedo e, nos homens, o número de espermatozoides despencou nos últimos 50 anos. Esses são alguns problemas cujos motivos ninguém conseguiu explicar até agora e que podem estar relacionados a produtos presentes na água que bagunçam o ciclo hormonal”, disse Wilson Jardim, professor titular do Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), à Agência FAPESP.
O pesquisador conta que esses contaminantes, chamados emergentes, podem estar por trás de vários outros efeitos relacionados tanto à saúde humana como aos ecossistemas aquáticos.
“Como não são aplicados métodos de tratamento que retirem esses contaminantes, as cidades que ficam à jusante de um rio bebem o esgoto das que ficam à montante”, alertou o pesquisador que coordena o Projeto Temático “Ocorrência e atividade estrogênica de interferentes endócrinos em água para consumo humano e em mananciais do Estado de São Paulo”, apoiado pela FAPESP.
O aumento no consumo de cosméticos, de artigos de limpeza e de medicamentos tem piorado a situação, de acordo com o pesquisador, cujo grupo encontrou diversos tipos de produtos em amostras de água retirada de rios no Estado de São Paulo. O antiinflamatório diclofenaco, o analgésico ácido acetilsalicílico e o bactericida triclosan, empregado em enxaguatórios bucais, são apenas alguns exemplos.
A esses se soma uma crescente coleção de cosméticos que engorda o lixo químico que vai parar nos cursos d’água sem receber tratamento algum. “Estima-se que uma pessoa utilize, em média, dez produtos cosméticos e de higiene todos os dias antes mesmo de sair de casa”, disse Jardim.
Sem uma legislação que faça as empresas de distribuição retirar essas substâncias tanto do esgoto a ser jogado nos rios como da água deles captada, tem sido cada vez mais comum encontrar interferentes hormonais nas torneiras das residências. Os filtros domésticos disponíveis no mercado não dão conta dessa limpeza.
“Os métodos utilizados pelas estações de tratamento de água brasileiras são em geral seculares. Eles não incorporaram novas tecnologias, como a oxidação avançada, a osmose inversa e a ultrafiltração”, disse o professor da Unicamp, afirmando acreditar que tais métodos só serão incorporados pelas empresas por meio de uma legislação específica, uma vez que eles encareceriam o tratamento.
Peixes feminilizados
Uma das primeiras cidades a enfrentar esse tipo de contaminação foi Las Vegas, nos Estados Unidos. Em meio a um deserto, o município depende de uma grande quantidade de água retirada do lago Mead, o qual também recebe o esgoto da cidade.
Apesar de contar com um bom tratamento de esgoto, a água da cidade acabou provocando alterações hormonais nas comunidades de animais aquáticos do lago, com algumas espécies de peixes tendo apresentado altos índices de feminilização. Universidades e concessionárias de água se uniram para estudar o problema e chegaram à conclusão de que o esgoto precisava de melhor tratamento.
“Foi uma abordagem madura, racional e que contou com o apoio da população, que se mostrou disposta a até pagar mais em troca de uma água limpa desses contaminantes”, contou Jardim.
Alterações como o odor na água são indicadores de contaminantes como o bisfenol A, produto que está presente em diversos tipos de plásticos e que pode afetar a fertilidade, de acordo com pesquisas feitas com ratos no Instituto de Biociências do campus de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Jardim alerta que o bisfenol A é um interferente endócrino comprovado que afeta especialmente organismos em formação, o que o torna perigoso no desenvolvimento endócrino das crianças. Além dele, a equipe da Unicamp também identificou atrazina, um pesticida utilizado na agricultura.
Não apenas produtos que alteram a produção hormonal foram detectados na pesquisa, há ainda outros que afetam o ambiente e têm efeitos desconhecidos no consumo humano. Um deles é o triclosan, bactericida empregado em enxaguatórios bucais cuja capacidade biocida aumenta sob o efeito dos raios solares.
Se o efeito individual de cada um desses produtos é perigoso, pouco se sabe sobre os resultados de misturas entre eles. A interação entre diferentes químicos em proporções e quantidades inconstantes e reunidos ao acaso produz novos compostos dos quais pouco se conhecem os efeitos.
“A realidade é que não estamos expostos a cada produto individualmente, mas a uma mistura deles. Se dois compostos são interferentes endócrinos quando separados, ao juntá-los não significará, necessariamente, que eles vão se potencializar”, disse Jardim.
Segundo ele, essas interações são muito complexas. Para complicar, todos os dados de que a ciência dispõe no momento são para compostos individuais.
Superbactérias
Outra preocupação do pesquisador é a presença de antibióticos nas águas dos rios. Por meio do projeto “Antibióticos na bacia do rio Atibaia”, apoiado pela FAPESP por meio de um Auxílio à Pesquisa – Regular, Jardim e sua equipe analisaram de 2007 a 2009 a presença de antibióticos populares na água do rio paulista.
A parte da análise ficou por conta do doutorando Marco Locatelli, que identificou concentrações de cefalexina, ciprofloxacina, amoxicilina e trimetrotrin em amostras da água do Atibaia.
A automedicação e o consumo exacerbado desse tipo de medicamento foram apontados por Jardim como as principais causas dessa contaminação que apresenta como risco maior o desenvolvimento de “superbactérias”, microrganismos muito resistentes à ação desses antibióticos.
Todas essas questões foram debatidas no fim de 2009 durante o 1º Workshop sobre Contaminantes Emergentes em Águas para Consumo Humano, na Unicamp. O evento foi coordenado por Jardim e recebeu o apoio FAPESP por meio de um Auxílio à Pesquisa – Organização de Reunião Científica e/ou Tecnológica.
O professor da Unicamp reforça a gravidade da questão da água, uma vez que pode afetar de inúmeras maneiras a saúde da população e o meio ambiente. “Isso já deve estar ocorrendo de forma silenciosa e não está recebendo a devida atenção”, alertou. (Fonte: Fabio Reynol - FAPESP)

RISO É SAÚDE - 30!





PRIVAÇÃO DE SONO e DIABETES

CRIPTOCROMO
Pesquisadores americanos descobriram que uma proteína que regula o relógio biológico de mamíferos também está relacionada à síntese de glicose no fígado durante períodos de jejum prolongado.
A descoberta, publicada na revista Nature Medicine, ajuda a entender a relação entre privação de sono e distúrbios metabólicos, como obesidade e diabete, abrindo caminho para novas estratégias terapêuticas.
Quando ficamos muito tempo sem alimento, o organismo mantém a taxa de glicose no sangue estável e garante energia aos órgãos graças a um processo chamado gluconeogênese (síntese de glicose a partir de gordura ou das proteínas dos músculos). Os cientistas descobriram agora que esse mecanismo é regulado por uma proteína chamada criptocromo. Em experiências com ratos, foi possível reduzir a glicemia dos animais ao controlar os níveis de criptocromo no fígado.
"Acredito que estamos descobrindo novas formas de tratar o diabete tipo 2. Mas ainda estamos em um estágio muito inicial", afirmou ao Estado Steve Kay, diretor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade da Califórnia e coordenador do estudo. "Serão necessários pelo menos dez anos até se tornarem viáveis os testes clínicos."
Para Kay, o aumento na incidência de doenças como obesidade e diabete está intimamente relacionado ao estilo de vida moderno, que impede um padrão regular de sono.
O criptocromo foi inicialmente conhecido pelos cientistas como substância-chave na regulação do relógio biológico das plantas. Depois, descobriu-se que tem a mesma função nos mamíferos. Mas seu papel na regulação da produção de glicose no fígado foi uma surpresa para a equipe de pesquisadores.
O endocrinologista Antonio Carlos Lerario, professor da Universidade de São Paulo e membro da Sociedade Brasileira de Diabete, explica que já se sabia que os hormônios epinefrina e glucagon estimulam a gluconeogênese em situações de estresse ou quando a taxa de glicose no sangue fica muito baixa. "Mas não se sabia que havia uma mecanismo automático, relacionado ao relógio biológico, que também regula a gluconeogênese."
Embora os autores acreditem que o criptocromo possa ser usado por diabéticos para evitar a produção excessiva de glicose no fígado, alerta Lerario, é preciso cuidado. "Quando se interfere na expressão de um gene há o risco de alterar outras funções do organismo", diz.
Sono irregular.
Diversos estudos mostram que pessoas que sofrem privação de sono tendem a se tornar mais obesas e diabéticas ao longo dos anos, mas ninguém sabia como a alteração no relógio biológico prejudicava o metabolismo, afirma Dalva Poyares, pesquisadora do Instituto do Sono e professora da Universidade Federal de São Paulo. "Essa proteína parece ser o link, mas é precoce afirmar que não há outros mecanismos envolvidos."
O bom funcionamento do relógio biológico, diz Dalva, pode ser prejudicado não apenas quando se dorme pouco, mas também quando há um padrão de sono muito irregular, como o de pessoas que trabalham em turnos.
"Segundo pesquisas recentes mostraram, aqueles que dormem menos de seis ou mais de nove horas por noite morrem mais. O padrão considerado ideal é entre sete e oito horas por noite", conta Dalva. Horários regulares para dormir e acordar também são importantes.
(Fonte: Karina Toledo, Alexandre Gonçalves - Estadão - Saúde/SIS.SAÚDE)

DIABETES TIPO 2 - AVANDIA

REGISTRO CANCELADO
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) cancelou, nesta quarta-feira (29/9), o registro do medicamento Avandia, fabricado pela empresa Glaxo Smith Kline, que tem como princípio-ativo a substância rosiglitazona. O Avandia é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2.
A decisão foi tomada após a avaliação de estudos que demostraram que os riscos da utilização do medicamento superam seus benefícios. Também foi determinado que o laboratório produtor do medicamento faça o recolhimento do produto em todo o país.
Os pacientes que fazem uso deste medicamento devem procurar o seu médico para realizar a mudança necessária no tratamento. Atualmente, existem nove classes de medicamentos para este tipo de diabetes.
Entre os problemas identificados durante a avaliação do Avandia, está a alta probabilidade de ocorrência de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, derrame e outros distúrbios cardíacos associados à utilização do produto.(Fonte: Imprensa/Anvisa/SIS.SAÚDE)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

AH! SE A MODA PEGA! - 23 - Médico preso!

RESULTADO DE CIRURGIA FEITA PELO "MARGINAL"
O médico Alberto Jorge Rondon de Oliveira, preso na segunda-feira (21/9), em Bonito (MS), deve indenizar, juntamente com o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul, dezenas de pacientes por danos morais, materiais e estéticos, além de oferecer amplo e imediato tratamento médico e psicológico.
O dever de indenizar foi reconhecido na Justiça em ação movida pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul. Mas a indenização ainda depende do julgamento de recursos dos réus. Já o tratamento médico e psicológico pode ser feito imediatamente, pois os recursos não suspendem tal condenação.
A intimação das vítimas já foi solicitada à Justiça para que se manifestem quanto à necessidade de tratamento. “É fundamental que as vítimas cujo nome não constem do processo compareçam ao MPF, em Campo Grande, para se habilitarem à indenização”, pede comunicado do MPF.
O MPF recorreu ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região por entender que a sentença beneficia apenas 65 pacientes que constam da ação penal que condenou o médico por lesão corporal. O MPF pede a extensão do benefício da indenização a todas as vítimas, que já se apresentaram ou que venham a reclamar seus direitos.
O médico e ex-deputado estadual estava foragido desde 2002, quando foi condenado por lesão corporal, por ter feito cirurgias plásticas que resultaram em mutilações graves em pelo menos 120 mulheres. Algumas tiveram perda de movimentos corporais. O médico não era habilitado para fazer as cirurgias, mas não foi impedido nem fiscalizado pelo CRM-MS. Daí a condenação solidária do órgão quanto às indenizações para as pacientes. Para o MPF, o órgão foi “inerte e até mesmo omisso”. (Fonte: MPF-MS/ consumidorrs)

TÉCNICA FASCINANTE

Técnica desenvolvido em hospital da Universidade de Yale é
 usada em pacientes com problemas cardíacos complicados
Médicos nos Estados Unidos estão usando uma técnica revolucionária que congela os pacientes até um ponto em que eles poderiam ser considerados mortos para depois submete-los a cirurgias cardíacas complicadas.
A técnica, usada no Hospital New Haven da Universidade de Yale, induz a hipotermia reduzindo a temperatura do corpo do paciente dos 37 graus normais para apenas 18 graus centígrados.
"O corpo está essencialmente em real estado de animação suspensa, sem pulso, sem pressão, sem sinais de atividade cerebral", explica o médico John Elefteriades.
A baixa temperatura do corpo permite que os cirurgiões tenham tempo para realizar a operação reduzindo o risco de danos ao cérebro e outros órgãos e diminuindo a necessidade do uso de anestésicos e máquinas.
Depois da operação, o corpo do paciente é lentamente aquecido e seu coração, estimulado com um desfibrilador.
Em medicina, técnicas revolucionárias frequentemente surgem após acidentes. Onze anos atrás, Anna Bagenholme, uma esquiadora de 29 anos caiu por um buraco no gelo na Noruega e sobreviveu. Seu coração parou de bater por mais de três horas e sua temperatura corporal caiu para 13.7 graus centígrados. Esta foi a mais longa parada cardíaca da história, e com a temperatura mais fria já registrada.
Bagenholme parecia morta, mas os médicos que a atenderam sabiam que o frio que tinha feito seu coração parar também poderia ter preservado seu cérebro. Eles decidiram então seguir com a ressuscitação e começaram a aquecê-la lentamente.
Após algum tempo, o coração da esquiadora voltou a bater e três semanas mais tarde, ela abriu os olhos pela primeira vez e começou uma recuperação lenta e gradual.
O fato de ela ter sobrevivido sem seqüelas alterou o conceito de vida e morte e permitiu que os médicos tentassem manipular esse processo para salvar outros pacientes.
'Técnica fascinante'
Em circunstâncias normais, quando há necessidade de parar o coração para a realização de uma cirurgia, os médicos usam uma máquina coração-pulmão para substituir as funções do órgão durante a operação.
Mas em alguns casos, o uso dessa máquina não é possível e a técnica de hipotermia está se provando uma boa alternativa.
"É a técnica mais fascinante que já vi em medicina e, a cada vez, parece um milagre ela funcionar", diz Elefteriades.
Esmail Dezhbod, de 59 anos, precisava de reparos complicados em veias em torno de seu coração para impedir o rompimento fatal de um aneurisma na aorta. Em seu caso, as cirurgias tradicionais não podiam ser realizadas sem que houvesse danos cerebrais e o doutor Elefteriades optou pela indução de hipotermia.
Os riscos eram enormes, mas não havia alternativa melhor e a aposta deu certo, com o paciente sendo reanimado com sucesso após a cirurgia.
"Eu tenho dor, não é fácil. Mas sei que o fim será feliz e sei que meu problema foi resolvido", disse Dezhbod.
(Fontge: BBC-Site G1/SIS.SAÚDE)

AH! SE A MODA PEGA! 22- Hospital combate o tabagismo

INAUGURAÇÃO - 1962
O Hospital Ernesto Dornelles, de Porto Alegre, lança sua campanha de combate ao tabagismo.
As atividades vão iniciar no próximo dia 15 de outubro e o slogan da campanha é "Sorria, você pode parar de fumar". (Fonte: SIS.Saúde)

TRATAMENTO DO DIABETES NOS EUA

BOMBA DE INSULINA
Mais pessoas com diabete estão tomando comprimidos para tratar sua doença, enquanto os percentuais de insulina utilizando caíram, segundo um novo estudo do governo dos EUA divulgada na semana passada.
A proporção de americanos com diabete que tomaram medicamentos por via oral aumentou de 60% em 1997 para 77% em 2007, um aumento de 28%, de acordo com a Agência para Investigação e Qualidade da Saúde, parte do Departamento dos EUA de Saúde e Serviços Humanos. Durante o mesmo período, aqueles que relataram tomar insulina para controlar sua diabete caiu de 38% a 24%.
"Houve um deslocamento para o uso de novos e mais caros medicamentos para diabete", diz o principal autor do estudo, Eric Sarpong, um economista.
Isso pode refletir o fato de que os médicos estão tratando pacientes com diabete - cerca de 90% dos quais do tipo 2 - com comprimidos, já que mais alternativas vieram ao mercado, diz a endocrinologista Susan Spratt, da Duke University Medical Center.
"No passado, os médicos podiam ter recomendado primeiro uma mudança no estilo de vida, sem outra terapia médica. O novo paradigma é a mudança de estilo de vida e o antidiabético oral metformina no momento do diagnóstico", disse Spratt.
No entanto, os dados aqui provavelmente já estão ultrapassados, diz Martin Abrahamson, diretor médico e vice-presidente sênior do Joslin Diabete Center, em Boston.
O levantamento acompanha o uso de medicamentos apenas até 2007 e não inclui as recentes alterações devido a preocupações de segurança sobre os comprimidos de Avandia (rosiglitazona) e Actos (pioglitazona), diz Abrahamson. Ambas as drogas são uma classe de medicamentos chamados tiazolidinedionas ou TZDs.
(Fonte: New York Times- Estadão/SIS.SAÚDE)

PLANTAS AMEAÇADAS DE EXTINÇÃO

Uma em cada cinco espécies de plantas no mundo está sob o risco de extinção,
 de acordo com nova Lista Vermelha elaborada por instituições internacionais
 (foto: RBG Kew)
As plantas são tão ameaçadas pelo risco de extinção como os mamíferos, de acordo com uma análise global realizada por instituições europeias. O estudo revelou que uma em cada cinco espécies de plantas no mundo corre risco de extinção.
A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, com os resultados da análise realizada pelo Royal Botanic Gardens de Kew e pelo Museu de História Natural de Londres, no Reino Unido, e pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), foi divulgada nesta terça-feira (28/9), na capital inglesa.
O estudo, considerado uma das principais bases para a conservação, revelou a verdadeira extensão da ameaça às plantas do mundo, estimadas em cerca de 380 mil espécies.
Cientistas das três instituições realizaram avaliações a partir de uma amostra representativa de plantas de todo o mundo, em resposta ao Ano Internacional da Biodiversidade das Nações Unidas e às Metas de Biodiversidade – 2010.
Os resultados anunciados deverão ser considerados na Cúpula da Biodiversidade das Nações Unidas, que reunirá governos em meados de outubro em Nagoia, no Japão, com o objetivo de estabelecer novas metas.
O trabalho teve apoio principalmente na ampla base de informações botânicas do Herbário, Biblioteca, Arte e Arquivos de Kew – que inclui cerca de 8 milhões de espécimes preservadas de plantas e fungos –, nos 6 milhões de espécimes do herbário do Museu de História Natural, em dados digitais de outras fontes e nas bases de informação da rede de parceiros dos Royal Botanic Gardens em todo o mundo.
“O estudo confirma o que já suspeitávamos: as plantas estão sob ameaça e a principal causa é a degradação induzida por humanos em seus habitats”, disse Stephen Hopper, diretor dos Royal Botanic Gardens de Kew.
“Pela primeira vez temos um retrato global claro do risco de extinção das plantas mais conhecidas no mundo. Esse relatório mostra as ameaças mais urgentes e indica as regiões mais ameaçadas”, afirmou.
Segundo Hopper, existem questões cruciais para serem respondidas, como qual a velocidade e a causa da perda de espécies e o que pode ser feito com relação a isso.
“Para responder a essas questões, precisamos estabelecer uma base a partir da qual possamos medir as transformações. A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção faz exatamente isso, avaliando uma ampla amostra de espécies vegetais que são coletivamente representativas de todas as plantas do mundo”, disse.
O cientista acrescentou que as Metas de Biodiversidade para 2020, que serão discutidas em Nagoia, são ambiciosas. Mas um aumento de escala nos esforços se faz necessário em um momento de perda pronunciada da biodiversidade. “As plantas são o fundamento da biodiversidade e sua relevância para as incertezas climáticas, econômicas e políticas tem sido negligenciada por muito tempo”, afirmou.
“Não podemos ficar de braços cruzados olhando as espécies vegetais desaparecer – as plantas são a base de toda a vida na Terra, fornecendo ar limpo, água, comida e combustível. A vida de todo animal e ave depende delas, assim como a nossa. Obter as ferramentas e o conhecimento necessários para reverter a perda de biodiversidade é agora mais importante que nunca. A Lista Vermelha dá essa ferramenta aos cientistas e conservacionistas”, destacou.
Alguns dos dados revelados pelo estudo:
•Cerca de um terço das espécies (33%) da amostra é conhecida em grau insuficiente para permitir uma avaliação de conservação. Isso demonstra a escala da tarefa de conservação que será enfrentada por botânicos e cientistas – muitas plantas são tão pouco conhecidas que não é possível saber se estão ou não em perigo.
•De quase 4 mil espécies que foram cuidadosamente avaliadas, mais de um quinto (22%) foi classificado como ameaçado.
•Plantas são mais ameaçadas que aves, tão ameaçadas como mamíferos e menos ameaçadas que anfíbios e corais.
•Gimnospermas – o grupo vegetal que inclui as coníferas – são o grupo mais ameaçado.
•O habitat mais ameaçado são as florestas tropicais, como a Amazônia.
•A maior parte das plantas ameaçadas é encontrada nos trópicos.
•O processo mais ameaçador é a perda de habitat induzida pelo homem, em especial a conversão de habitats naturais para uso da agricultura.
Mais informações: www.kew.org/plants-at-risk (Fonte: FAPESP)

RECONSTRUÇÃO OCULAR

SUPERFÍCIE DOS OLHOS
O olho é revestido pela superfície mais especializada do corpo humano. Essa superfície é composta pelos epitélios da córnea, limbo e conjuntiva e necessita da lubrificação do filme lacrimal para manter sua função.
No limbo residem células-tronco que regeneram o epitélio compacto e transparente da córnea. O epitélio, por sua vez, é considerado o tecido mais ricamente inervado do ser humano. Na conjuntiva residem células produtoras de mucina e células do sistema imune, fundamentais para a defesa do olho.
Essa superfície altamente diferenciada e complexa pode ser alvo de diferentes tipos de agressões físicas, químicas e biológicas, que repercutem diretamente na função visual e qualidade de vida.
Estudar as estruturas envolvidas e desenvolver técnicas para contornar e evitar as chamadas doenças que acometem essa área nobre do corpo humano foi o objetivo da pesquisa “Reconstrução da superfície ocular: aspectos básicos, clínicos e cirúrgicos”, coordenada pelo professor Rubens Belfort Mattos Júnior, do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e apoiada pela FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Projeto Temático.
“A superfície ocular é muito importante em inúmeros aspectos. Procuramos abordar nesse projeto os aspectos básicos, clínicos e cirúrgicos dos problemas que afetam esse tecido”, disse Belfort à Agência FAPESP.
Uma das técnicas desenvolvidas no âmbito do projeto foi o transplante de membrana amniótica para a reparação da superfície ocular. Esse tecido, que é obtido da placenta, possui propriedades cicatrizantes e antiinflamatórias, além de ser considerado imunologicamente inerte. Pode ser conservado congelada em meio de cultura por meses, o que facilita a sua aplicação terapêutica.
A membrana amniótica se mostrou eficaz no tratamento da superfície ocular no caso de queimaduras, na síndrome de Stevens Johnson (forma grave de eritema bolhoso), no pterígio (espessamento vascularizado da conjuntiva) e na reparação dos afinamentos da córnea.
Outro estudo envolveu a aplicação de células-tronco do limbo na regeneração da superfície da córnea. “Não temos a necessidade de uma célula com pluripotencialidade, o que nos interessa são as funções ligadas ao olho nas quais a aplicação das células-tronco adultas do limbo apresentam bons resultados”, disse Belfort.
Segundo ele, as células-tronco límbicas podem ser transplantadas de um olho saudável para o outro comprometido em um mesmo paciente ou ainda serem recebidas de outra pessoa.
Outra vertente do Temático incluiu o cultivo em laboratório e o transplante das células-tronco do limbo para reparar a superfície ocular danificada, o que colocou a equipe da Unifesp em pé de igualdade com os grupos mais avançados nesse tipo de pesquisa, segundo Belfort.
“No mundo, poucos países estão no mesmo patamar. Itália, Alemanha, Inglaterra, Japão, Cingapura e Índia – e agora o Brasil – são os mais importantes”, afirmou.
Novo laboratório
Além do limbo, outras possíveis fontes de células-tronco são células da conjuntiva e dentes de leite. Um trabalho feito em parceria entre pesquisadores da Unifesp e do Instituto Butantan está experimentando células-tronco extraídas da polpa desses dentes também na reconstrução da superfície ocular.
A técnica de aplicação sobre a córnea é similar: o novo tecido cultivado em laboratório é aplicado sobre o olho, seguido de enxerto de membrana amniótica para proteger as células transplantadas.
Belfort destaca que o Projeto Temático possibilitou a criação do Laboratório de Biologia Celular em Oftalmologia da Unifesp, unidade especializada no cultivo de células-tronco epiteliais da superfície ocular, cujos equipamentos foram adquiridos com apoio da FAPESP.
A pesquisa ainda recebeu apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto de Visão, instituição filantrópica ligada ao Departamento de Oftalmologia da Unifesp.
“Um dos grandes méritos desse Temático foi consolidar um núcleo de pesquisa e formar novos talentos, como José Álvaro Pereira Gomes, que foi co-coordenador do projeto”, disse Belfort. Gomes defendeu sua livre-docência durante o projeto e atualmente também é professor do Departamento de Oftalmologia da Unifesp. (Fonte: FAbio Reynol - FAPESP)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

HIPOPÓTAMO RARO

(Foto: Burrard-Lucas / Barcroft Media)
Nas águas barrentas do rio Mara, no Quênia, um hipopótamo emerge lentamente e logo chama atenção. Ele tem a pele cor-de-rosa, uma tonalidade incomum para a espécie.
Segundo os fotógrafos que clicaram o adorável bichinho rosa, ele sofre de “leucismo”, condição caracterizada por pigmentação reduzida em animais.
Os irmãos e também fotógrafos Will e Matt Burrard-Lucas estavam visitando o país, quando souberam do hipopótamo cor-de-rosa por meio de seu guia. “Depois de uma manhã bastante monótona, paramos às margens do rio para um almoço. Após um tempo, para nossa surpresa, vimos o hipopótamo rosa emergir”, contam.
Segundo os irmãos, os outros hipopótamos não pareciam tratar o rosinha de forma diferente. “Ele parecia perfeitamente feliz ao redor dos outros”.
Normalmente, de acordo com informações do jornal Daily Mail, os animais com leucismo ou albinos não sobrevivem na natureza por muito tempo por serem visíveis aos predadores e por sofrerem queimaduras graves devido à exposição ao sol. (Fonte: globo.com/planetabicho)

GRAVIDEZ ECTÓPICA e TABAGISMO

GRAVIDEZ TUBÁRIA ou ECTÓPICA
De acordo com cientistas de Edimburgo, um produto químico no fumo do cigarro foi responsabilizado por causar uma reação que pode levar à gravidez ectópica.
A gravidez ectópica é um problema comum e que constitui um risco para a vida da mulher, que afeta uma em cada 100 mulheres grávidas. A gravidez ectópica (ou tubária) ocorre quando o ovo fertilizado se implanta fora da cavidade uterina. Conforme a gravidez se desenvolve causa dores e sangramento. Se não for tratada rapidamente pode romper a trompa e causar sangramento abdominal (que pode levar ao colapso cardiovascular e morte da mãe).
O estudo constatou que a cotinina desencadeia uma reação que aumenta a proteína das trompas de Falópio. A proteína, chamada PROKR1, aumenta o risco de  implantação de um ovo fora do útero.
Os pesquisadores acreditam que o excesso da proteína impede a contração dos músculos nas paredes das trompas, o que dificulta a transferência do óvulo ao útero.
Detalhes do estudo foram publicados no American Journal of Pathology. (Fonte: BBC News, 27 de setembro, 2010-Link: http://bbc.in/buN - ash.dailynews/multikulti.org)

TABAGISMO e PRÉ-DIABETES

TABAGISMO

Pesquisadores descobriram uma razão pela qual o tabagismo aumenta o risco de doença cardíaca e derrame: a nicotina promove a resistência à insulina, também chamada de pré-diabetes, que é um fator de risco para doença cardiovascular.
Além disso, os autores do estudo foram capazes de reverter parcialmente o efeito nocivo da nicotina em ratos, tratando-os com o mecamilamina, antagonista da nicotina, uma droga que entorpece a ação da nicotina. (Fonte: Medical News - 27 de setembro de 2010- Link: http://bit.ly/93rSEA/ash.dailynews)

PARCERIA CONTRA O CÂNCER

Estudo indica que combinação de Viagra com doxorrubicina
 diminui tumor na próstata e protege contra danos ao coração
provocados pelo medicamento usado em quimioterapia
Uma pesquisa feita na Virginia Commonwealth University (VCU), nos Estados Unidos, mostrou que a combinação da doxorrubicina, uma poderosa droga anticâncer, com o citrato de sildenafil (comercializado como Viagra), aumenta a eficácia do primeiro no combate contra tumores de próstata ao mesmo tempo em que protege contra eventuais danos ao coração.
A doxorrubicina é usada há mais de 40 anos em quimioterapia para tratar diversos tipos de câncer. Mas, apesar da eficácia clínica da droga, seu uso está associado com danos ao coração, que muitas vezes são manifestados mesmo anos após o fim do tratamento, apontam os autores do estudo.
Por conta disso, diversos grupos de pesquisa têm buscado uma solução para proteger o sistema cardiovascular contra a toxicidade associada à doxorrubicina.
Em artigo que será publicado esta semana no site e em breve na edição on-line da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, Rakesh Kukreja, diretor científico do Pauley Heart Center da VCU, e colegas descrevem o sildenafil como alternativa potencial para o problema.
Os cientistas realizaram uma ampla variedade de experimentos in vitro e in vivo (com camundongos) e verificaram que a combinação das duas drogas aumentou significativamente a geração de oxigênio reativo que dispara a apoptose (morte célular) em células de tumores de próstata.
Também observaram que a mistura não atingiu células epiteliais normais e saudáveis no órgão. “Acreditamos que o sildenafil pode ser um candidato excelente para protocolos de tratamento de câncer, com o potencial de aumentar a eficácia antitumoral ao mesmo tempo em que protege o coração contra danos de curto e de longo prazo promovidos pela doxorrubicina”, disse Kukreja.
Após o sucesso com experimentos com animais, o grupo pretende iniciar em breve testes clínicos da combinação, para verificar a eficácia em humanos com câncer.
O artigo Sildenafil increases chemotherapeutic efficacy of doxorubicin in prostate cancer and ameliorates cardiac dysfunction (doi: 10.1073/pnas.1006965107), de Rakesh C. Kukreja e outros, pode ser lido por assinantes da PNAS em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1006965107. (Fonte: FAPESP)

GENÉTICA DO DIABETES


Pesquisadores da USP, em Ribeirão Preto, mapeiam os transcriptomas de
três tipos de diabetes e demonstram, pela primeira vez, que eles são diferentes.
Estudo faz parte de Projeto Temático financiado pela FAPESP.

Ao analisar a expressão gênica de amostras de células sanguíneas de pacientes com três diferentes tipos de diabetes, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) demonstraram que o transcriptoma de cada uma delas é diferente. Isto é, as células do sistema imune reconhecem as três doenças como problemas distintos.
O estudo faz parte do Projeto Temático “Controle do transcriptoma no diabetes mellitus”, iniciado há um ano com o objetivo central de aprofundar a compreensão das bases moleculares da expressão gênica dessa enfermidade.
O transcriptoma é o conjunto dos RNAs das células, incluindo os RNAs mensageiros e os microRNAs. O projeto é apoiado pela FAPESP e coordenado por Geraldo Passos, das Faculdades de Odontologia e de Medicina, ambas da USP em Ribeirão Preto.
Passos apresentou os resultados dos estudos durante o 56º Congresso Brasileiro de Genética, realizado entre os dias 14 e 17 de setembro, no Guarujá (SP). A equipe envolvida com o Projeto Temático é formada também por Elza Sakamoto Hojo e Eduardo Antonio Donadi – também professores da USP em Ribeirão Preto –, além de bolsistas e estudantes.
De acordo com Passos, o estudo teve base na análise de amostras do sangue de 60 pacientes, sendo 20 com diabetes tipo 1 (DM1), 20 com diabetes tipo 2 (DM2) e 20 com diabetes gestacional (DMG). O DM1, de caráter autoimune, é herdado geneticamente. O DM2 é provocado por hábitos como ingestão de calorias em demasia e sedentarismo, enquanto o DMG é desenvolvido por determinadas mulheres durante a gravidez.
A partir de amostras de sangue periférico coletadas de pacientes – cada com uma das três formas da doença– , foram separados os linfócitos e depois os RNAs. Os cientistas aplicaram então a técnica de microarrays para avaliar a expressão gênica quanto aos RNAs mensageiros, ou seja, o transcriptoma.
“Construímos um mapa no qual são posicionados tanto os pacientes, considerando as formas da doença, como seus respectivos perfis de expressão dos RNAs mensageiros. Com isso, foi possível mostrar que cada uma das formas da doença tem um transcriptoma diferente.
Em outras palavras, os linfócitos do sangue dos pacientes reconhecem as três doenças como sendo distintas. Clinicamente já sabemos fazer essa distinção, mas pela primeira vez mostramos que as diferenças clínicas também se refletem no transcriptoma dos pacientes”, disse Passos à Agência FAPESP. O grupo conseguiu mostrar que células repórteres reconhecem o DM1, DM2 e DMG como doenças diferentes.
“É evidente que as três formas compartilham genes, mas o equipamento que usamos, financiado pela FAPESP, permitiu a análise de todo o genoma funcional. Com isso, foi possível estratificar os pacientes e apontar genes que identificam cada uma das doenças”, afirmou.
Mecanismos de controle
Os exames clínicos já são suficientes para classificar o DM1, DM2 e DMG como doenças diferentes, de acordo com Passos. No entanto, o estudo do transcriptoma é necessário para que se possa compreender o mecanismo de controle molecular que leva a essa distinção.
“A clínica é capaz de observar o fenótipo e identificar o tipo de diabetes. Mas a análise clínica não oferece muitas perspectivas para interferir na manifestação da doença. Por isso precisamos começar a analisar e compreender o que controla o fenótipo: qual das formas do diabetes está mais associada à genética – ao controle do transcriptoma – ou ao ambiente”, disse.
A questão, portanto, é saber o que torna cada tipo de diabetes diferente nos seus respectivos transcriptomas. “Se soubermos que gene está ativo ou inativo quando cada uma das formas da doença se manifesta, já começamos a nos aproximar dos mecanismos de controle. Demos um passo importante nessa direção. O que conseguimos não é trivial, mas se trata de uma pesquisa que ainda tem um longo caminho pela frente”, explicou.
Outro foco do grupo é estudar o transcriptoma para descobrir genes candidatos que possam ser usados como biomarcadores da emergência da doença. Segundo Passos, a literatura na área de imunogenética indica marcadores bem definidos apenas para DM1.
O professor explica que determinados alelos de genes do sistema HLA (Antígenos de Leucócitos Humanos, na sigla em inglês) determinam a suscetibilidade ao DM1. Se uma criança é portadora de um desses alelos de HLA, muito provavelmente desenvolverá a doença até a adolescência.
“Os alelos HLA são biomarcadores para DM1. Mas não temos biomarcadores para DM2 ou DMG. Descobrir marcadores de manifestação precoce dessa forma da doença é fundamental para melhorar seu controle. Para localizar esses marcadores, vamos precisar da ajuda das células repórteres. Estamos identificando essas células e tentando entender sua linguagem”, disse.
(Fonte: Fábio de Castro/FAPESP)

JAVA ROCKIN'LAND FESTIVAL - INDONÉSIA

The Smashing Pumpkins: cantor Billy Corgan 
O clipe da criança indonésia de “40 cigarros por dia”, mundialmente visto, foi um lembrete mórbido e chocante do problema do tabaco para o mundo desenvolvido. Mas o garoto não era uma anomalia - a maioria dos homens fumam na Indonésia e a maioria começa muito cedo.
Se já se assombra com estas taxas do tabagismo tão altas, você não precisa olhar muito mais longe porque o Java Rockin'Land Festival está programado para ser a maior série de concertos que o país já recebeu.
O patrocinador principal do evento de 8 a10 de outubro é a Gudang Garam International, uma das mais populares marcas de cigarros da Indonésia. Com um time de bandas de primeira linha, incluindo The Smashing Pumpkins, Stereophonics, Wolfmother e The Vines, é certo que atrairá um grande público para Jacarta, capital da nação.
Este tipo de patrocínio do tabaco é exatamente como a indústria estimula os jovens a se apegar ao hábito letal. Ao associar seus produtos com a música popular, equipes esportivas e tendo outros eventos para a juventude como foco, a indústria é capaz de efetivamente capitalizar sobre a imagem e identidade dos artistas, atletas e temas da cultura pop.
De acordo com a sua mensagem no site do festival, a companhia de tabaco faz um aceno de cabeça e atinge direto o público jovem, reconhecendo a tentativa de "criar uma maior proximidade com seus ídolos."
O slogan do Festival é "If It's Too Loud, You’re too old. Can You Handle It??" (“ Se está muito alto, você está muito velho. Pode você lidar com isto?” e isto deixa claro que a companhia de tabaco está apontando diretamente para jovens indonésios.
Se intencionalmente ou não, os músicos no festival serão essencialmente os embaixadores da marca para esta empresa de cigarros. Há uma razão para que a indústria do tabaco direcione milhões de dólares para esse tipo de patrocínio relacional: funciona!
Como o quinto maior mercado do tabaco do mundo, a Indonésia tem mais de 70 milhões de fumantes. É um dos poucos países no mundo que não assinou a Convenção Quadro para o Controle do Tabaco, da Organização Mundial de Saúde. Como resultado, existem limitadas políticas de controle do tabaco ou programas de educação no país.
Transnacionais e as empresas de tabaco locais estão muitos satisfeitas quando se trata de marketing, publicidade e patrocínio. De acordo com o Campanha para a Juventude Livre do Tabaco, o tabagismo mata pelo menos 200.000 pessoas na Indonésia, a cada ano.
No entanto, os músicos têm a capacidade de enfrentar a indústria do tabaco. Em abril de 2010, o vencedor do American Idol, Kelly Clarkson teve removida a publicidade e patrocínio do tabaco de sua turnê de Jacarta, a pedido dos fãs e dos grupos anti-tabagismo. Da mesma forma, Alicia Keys se recusou a fazer sua turnê na Indonésia, ao menos que o marketing e patrocínio da marca Sampoerna, da Philip Morris, fossem cancelados. E foram.
Muitos dos músicos internacionais na linha de frente sabem que a indústria do tabaco nunca poderia patrocinar um evento como este nos seus próprios países. Pesquisadores e estudiosos anti-tabagismo solicitaram que as bandas australianas Wolfmother e The Vines cancelassem as suas aparições, a menos que este patrocínio fosse retirado.
Smashing Pumpkins, líder americano de excursões, têm o mesmo poder. Eles podem se recusar a tocar, até que Gudang Garam Internacional cancele o patrocínio e promoção e retire seus logotipos da parafernália de concerto. Indonésia pode interromper a turnê 2010 do Smashing, mas eles podem deixar uma impressão duradoura no país - para melhor.
Assine uma petição exortando The Smashing Pumpkins a enfrentar as grandes tabaqueiras!
(Fonte: Brie Cadman, é editora de Change.org ; bioquímica, pesquisadora; Mestrado em Saúde Pública pela Universidade da Califórinia- Berkeley/ http://www.change.org/)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

VISITAS AO OFTALMOLOGISTA

OFTALMOLOGISTA
Você é daquelas pessoas que só lembram de ir ao oftalmologista quando está com alguma dificuldade para enxergar? Se a resposta é sim, deveria mudar de comportamento, pois segundo dados do IBGE, no Brasil, existem pelo menos 24,6 milhões de pessoas com alguma deficiência, sendo que 16,6 milhões (quase 70%) têm limitações visuais, são cegos ou possuem baixa visão.
Para o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) 60% dos casos de cegueira poderiam ser evitados e 20% revertidos se houvesse diagnóstico preventivo e um tratamento apropriado. “O cuidado com os olhos deve começar cedo. Assim que o bebê nasce já deve ser encaminhado para o primeiro exame ocular e continuar as consultas regularmente”, aponta oftalmologista e diretor da Clínica Canto, Marco Canto.
Engana-se quem pensa que por não ter dificuldade de enxergar, não precisa consultar-se regularmente.O médico recomenda que todas as pessoas deveriam fazer, pelo menos, uma consulta por ano ao oftalmologista.
É no exame clínico, que dura em média 30 minutos, que se avalia detalhadamente a saúde dos olhos. Já na pré-consulta são medidas a pressão ocular (com um tonômetro de sopro), a curvatura dos olhos e é feita a medição automatizada do grau ocular do paciente. Em seguida, o oftalmologista examina a gravidade visual, a refração, a medida da pressão ocular, o fundo de olho e faz o exame biomicroscópico da córnea e do cristalino.
Cada um desses exames tem a sua função e garante ao paciente a certeza de que seus olhos estão saudáveis.
“O exame de refração serve para detectar e registrar a boa visão do paciente, a biomicroscopia é realizada para verificar a córnea e o cristalino e prevenir a catarata ou degenerações. A fundoscopia avalia a retina, mácula e pupila e também examina as alterações em diabéticos, hipertensos e possíveis sinais de descolamento de retina ou mesmo glaucoma”, enumera. O médico ressalta que o glaucoma, que pode levar à cegueira, é diagnosticado pela medição da pressão ocular.
O médico explica que quando há algum problema ocular as consultas devem ser feitas com maior regularidade. “Os pacientes com glaucoma devem ir, em média, três a quatro vezes ao ano ou sempre que sentirem alguma alteração na visão”, ressalta. Os pacientes com miopia, que possuem mais risco de descolamento de retina, devem fazer anualmente um mapeamento com dilatação dos olhos. “Pode ser um pouco incômodo, mas é uma prevenção muito importante”, destaca o oftalmologista. Já diabéticos e hipertensos, mesmo que não tenham problema de visão, devem se consultar com oftalmologista duas vezes ao ano. (Fonte: Expressa Comunicação/SIS.SAÚDE)

AH! SE A MODA PEGA! - 21 - Egito aumenta impostos de cigarros

O Egito, um paraíso para 10 milhões de fumantes, que consomem mais de 75 bilhões de cigarros por ano, acaba de declarar guerra ao cigarro com uma drástica alta dos impostos e a proibição de se fumar em lugares públicos.
As novas medidas já estavam incluídas em uma lei aprovada pelo Parlamento egípcio em junho de 2007, mas sua aplicação, adiada durante meses, só começou agora, com poucas demonstrações de entusiasmo nas ruas.
Indiferentes à alta de 40% no preço do cigarro, dezenas de fumantes rodeiam um pequeno quiosque em um bairro do centro de Cairo, onde Karim Ashraf, um jovem de 23 anos, vende cigarros sem parar.
– A única coisa que mudou é que agora os clientes compram mais cigarros a varejo.
Ele explicou que o aumento dos preços atingiu todas as marcas, inclusive Cleopatra, a mais barata e popular, que passou de R$ 0,80 para R$ 1,20 (de 2,75 para 4,25 libras egípcias).
A batalha do governo contra o cigarro não tem apenas o objetivo de fazer com que milhares de pessoas deixem de fumar por causa do aumento dos preços, mas também proibir o fumo em prédios e meios de transportes públicos. Até a entrada em vigor da nova lei, nesta semana, 70% dos egípcios eram fumantes passivos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).
Acabar com o cigarro em hospitais, ônibus e demais locais é apenas um dos desafios de uma iniciativa que nasceu em 2008 com a inserção, nas embalagens de cigarros, da imagem de um homem ligado a aparelhos e a advertência que fumar mata. O indivíduo da foto, Hamdy Balala, processou o Ministério da Saúde por manipular a imagem, o que acabou gerando piadas entre os egípcios, lembra o vendedor.
– Balala está vivo e continua sendo um fumante convicto.
A campanha antifumo desperta a desconfiança de fumantes como Said Ali, de 67 anos, que deu sua primeira tragada há 50 anos entre amigos de escola e que diz não acreditar em outros dos alertas, como o de que o cigarro causa impotência.
– Durante esse tempo fumei um maço por dia e nunca tive esse tipo de problema.
Ele toma Viagra para ajudar no desempenho sexual e depois fuma para tirar o gosto do medicamento da boca. Os motoristas de ônibus públicos também estão preocupados, pois sabem que será difícil controlar os passageiros indisciplinados. O motorista Zabet Jamis espera que a nova lei faça com que muitos fumantes abandonem o vício.
– Quando alguém se negar a apagar o cigarro, pararei o ônibus e pedirei a essa pessoa que desça.
Se não for por convicção, alguns egípcios terão que se privar do cigarro pelo menos pelo medo das multas, que variam entre R$ 15 e R$ 30 (de 50 a 100 libras egípcias) para os fumantes e entre R$ 300 e R$ 6.000 (de 1.000 a 20 mil libras) para os responsáveis pelos lugares onde a lei não for respeitada.
Para garantir o cumprimento da lei, o governo anunciou que funcionários da unidade antitabaco do Ministério da Saúde percorrerão ônibus e dependências administrativas em busca de infratores.
Saleh, um metalúrgico de 34 anos, não se preocupa com a proibição.
– Nunca fumei no ônibus. É prejudicial para mim, mas não quero que também seja para os outros.
As medidas, segundo ele, não estimularão seu desejo de parar de fumar.
– A verdadeira motivação eu tenho em casa e é minha filha de três anos, que sempre pega a embalagem de cigarro e joga pela janela. (Fonte: R7 Notícias/SIS.SAÚDE)

DIABETES e I.M.C. (ÍNDICE DE MASSA CORPORAL)

Tabela IMC
Cálculo IMC Situação
Peso (kg) / altura ao quadrado (m)

Abaixo de 18,5 -  Você está abaixo do peso ideal
Entre 18,5 e 24,9 Parabéns — você está em seu peso normal!
Entre 25,0 e 29,9 -  Você está acima de seu peso (sobrepeso)
Entre 30,0 e 34,9 -  Obesidade grau I
Entre 35,0 e 39,9 -  Obesidade grau II
40,0 e acima  - Obesidade grau III

Estudo publicado, neste ano, na revista científica Obesity Research & Clinical Practice e coordenado pelos professores Mohsen Janghorbania e Masoud Aminib, da Universidade de Isfahan, no Irã, identificou que o índice de massa corporal (IMC) é tão eficaz na predição do diabetes tipo 2 quanto outros indicadores.
O objetivo do estudo foi comparar a capacidade do índice de massa corporal (IMC) com os índices da circunferência da cintura (CC), da relação cintura-quadril (RCQ) e da relação cintura/ estatura (WSR), para prever a progressão do diabetes tipo 2 em pessoas não-diabéticas, mas que possuíam parentes de primeiro grau com essa patologia.
Para a realização do estudo, foram avaliadas 704 pessoas não-diabéticas, entre 20 e 70 anos de idade, identificadas como não-diabéticas no período entre 2003 e 2005. Posteriormente, no ano de 2008, essas pessoas foram novamente avaliadas para a ocorrência do diabetes mellitus tipo 2.
Os resultados demonstraram que a incidência de diabetes tipo 2 foi de 3,3% por ano para os homens e 4,8% para as mulheres. Todos os índices avaliados foram relacionados ao diabetes, apresentando associações similares com incidência do diabetes. Portanto, os dados indicaram que o IMC foi tão eficaz como os outros índices avaliados na predição do diabetes tipo 2.
“Em conclusão, nosso estudo indica que o IMC e o CC são altamente correlacionados e, provavelmente, apresentam um comportamento semelhante na predição do diabetes. Já o WSR mostrou quase a mesma habilidade do discriminador”, comentaram os pesquisadores. O alto risco de desenvolver diabetes tipo 2 em pessoas não-diabéticas mas com parentes em primeiro grau com essa patologia sublinha a importância da prevenção do diabetes tipo 2 nesses indivíduos", pontuaram.
(Fonte: JANGHORBANIA, M.; AMINIB, M. Comparison of body mass index with abdominal obesityindicators and waist-to-stature ratio for prediction of type 2 diabetes: The Isfahan diabetes prevention study. Obesity Research & Clinical Practice, v. 4, n. 1, p. e25-e32, Jan.-Mar. 2010/SIS.SAÚDE)

CAMPANHA NACIONAL DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS e TECIDOS

DIA NACIONAL DOS DOADORES DE ÓRGÃOS - 27 DE SETEMBRO
"Seja um Doador e só assim Serei Feliz, Bem Feliz" foi o slogan adotado pelo Ministério da Saúde para a nova campanha que incentiva a doação de órgãos. O lançamento oficial ocorrerá nesta tarde de segunda-feira (27), em Brasília, de acordo com informações da Agência Brasil.
Essa ação faz parte de um projeto maior que visa aumentar a doação de órgãos no Brasil. O SUS financia mais de 95% das cirurgias de transplante de órgãos no Brasil, além de arcar com todo o custo de medicamentos necessários à realização do procedimento. (Fonte: SIS.SAÚDE)

domingo, 26 de setembro de 2010

ANGIOTOMOGRAFIA

TOMÓGRAFO
A tomografia computadorizada comum do coração e do tórax não é frequentemente utilizada para o diagnóstico das doenças cardíacas.No entanto, ela pode detectar anormalidades nas estruturas do coração, principalmente no pericárdio (membrana que reveste o coração) e nos vasos cardíacos principais.Os pulmões e outras estruturas de sustentação no tórax, também podem ser bem visualizadas através da tomografia.
Neste exame um computador gera imagens de cortes transversais de todo o tórax utilizando raios X , revelando a localização exata de qualquer anormalidade.O escore de cálcio e angiotomografia das artérias coronárias são modalidades da tomografia cardíaca, cuja indicação e utilização vêm crescendo dia a dia.
O escore de cálcio (EC)
O EC avalia a quantidade de cálcio nas artérias do coração, achado que apresenta uma relação direta com a presença e a extensão da doença arterial coronariana (presença de placas de gordura ou ateromas nas artérias do coração). Um escore de cálcio elevado (maior que 400) é indicativo de um maior risco de eventos cardíacos como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco).Muitos pacientes com EC elevado e médio risco no escore de Framingham, passam a ser considerados de alto risco.Valores de EC abaixo de 100 são considerados de baixo risco, e entre 100 e 400, médio risco.
Por isso, um escore de cálcio elevado, aumenta o perfil de risco do pacientes e tem uma boa correlação com pelo menos uma lesão coronariana crítica. Este exame não serve para identificar obstruções nas artérias do coração.O escore de cálcio pode ser feito juntamente com angiotomografia das artérias coronárias.
Angiotomografia das artérias coronárias (ATAC)
A ATAC é uma modalidade de tomografia computadorizada que utiliza inúmeros detectores de imagens (32 , 64 ou até mais de 300), permitindo a visualização das artérias do coração. A ATAC ainda não está indicada para substituir o cateterismo cardíaco e a cineangiocoronariografia no diagnóstico da doença arterial coronariana.
A ATAC ainda apresenta algumas dificuldades em quantificar estas placas de ateroma, podendo também sugerir a presença destas placas quando elas de fato não existem. Por um outro lado, quando uma ATAC não demosntra nenhuma presença de placas de ateroma, o quadro clínico passa a ser bastante tranquilizador, pois o exame é muito útil para afastar essa condição (valor preditivo negativo).
Uma limitação das imagens obtidas através da ATAC é uma consequência de que o coração é uma estrutura dinâmica, que se movimenta durante o exame. Este exame ainda usa uma quantidade significativa de contraste, aspecto que deve ser levado em conta nos pacientes com história de alergias ao contraste ou lesão renal.
Anomalias congênitas e inflamações das artérias (vasculites) podem ser bem visualizadas pela ATAC.
Outras indicações da ATAC
- Avaliação de artérias coronárias anômalas (mal formação congênita).
- Avaliação de obstruções nas artérias coronárias em pacientes com probabilidade intermediária de doença arterial coronariana (avaliada pelo escore de Framingham) e testes de isquemia (teste de esforço ou cintilografia miocárdica, por exemplo) duvidosos ou conflitantes.
- Avaliação de obstruções nas artérias coronárias em pacientes com baixa probabilidade de doença arterial coronariana (avaliada pelo escore de Framingham) e testes de isquemia (teste de esforço ou cintilografia miocárdica, por exemplo ) positivos.
- Avaliação da patência de enxertos cirúrgicos (funcionamento de pontes de safena ou mamárias ).
- Como uma opção à angiografia invasiva (cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia ) na diferenciação de cardiomiopatias isquêmicas versus não isquêmicas , ou seja , originadas ou não por placas de gordura na parede das artérias.
- Como opção à angiografia invasiva (cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia ) no seguimento de pacientes com doença de Kawasaki ( inflamação das artérias do coração).
- Avaliação de pacientes com dor torácica.
Riscos da ATAC
A ATAC apresenta alguns riscos como exposição à irradiação, reação alérgica e disfunção renal induzida ou agravada pelo uso do contraste. Matéria publicada por Dippe Gestão de Conteúdo em 21/05/2010