Pesquisadores canadenses descobriram que um medicamento receitado a pacientes com alta taxa de colesterol também pode ser eficaz no tratamento contra o câncer de próstata. De acordo com o estudo publicado na revista European Urology, a rosuvastatina (substância presente na medicação) parece impedir o crescimento de um tumor na próstata de ratos.
"Os resultados apresentam uma boa razão para que sejam iniciados os testes clínicos sobre os efeitos da enzima estatina no tratamento do câncer de próstata", diz o médico Xiao-Yan Wen, do hospital St. Michael's, de Toronto, no Canadá. A estatina atuaria como um inibidor angiogênico (impede que o tumor forme vasos sanguíneos e cresça), melhorando o tratamento hoje conhecido que não evita que vários pacientes cheguem a estágios avançados da doença.
Hoje, o câncer de próstata afeta um em cada sete canadenses - um em cada 27 morrerá.
A equipe de pesquisas administrou 2.000 moléculas a peixes tropicais chamados de Percina caprodes (tem o orrganismo com alguns pontos semelhantes ao humano) e identificaram que em sete deles o desenvolvimento de seus vasos sanguíneos secundários ficou mais lento. Em seguida, foi testada a eficácia de uma das moléculas, a rosuvastatina, em um rato portador de células de câncer de próstata. A substância impediu o crescimento do tumor, aparentemente, sem efeitos colaterais.
Os cientistas concluem, então, que essa molécula poderia tornar mais eficazes as radiações aplicadas em homens com o câncer. Se a hipótese for confirmada por meio de testes clínicos, o tratamento contra o câncer de próstata ficará mais barato e menos tóxico. (Com agência France-Presse)
(Fonte: vej.abril.com.br/notícias-saude)
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