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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

IMAGEM INTRIGANTE

FONTE: internet (autoria desconhecida, por enquanto)

AH! SE A MODA PEGA! COMPRA DE CIGARRO PERMITIDA SÓ AOS MAIORES DE 21 ANOS DE IDADE

Nova York eleva idade para compra de cigarro de 18 para 21 anos

Conselho Municipal aprovou medida, que deve ser sancionada pelo prefeito Michael Bloomberg

Cigarro: ao ver a cena de um ator fumando, uma área do cérebro, responsável por percepção e coordenação motora, é ativada
Nova York deu mais um passo no combate ao fumo (Thinkstock)
O Conselho Municipal de Nova York aprovou nesta quarta-feira uma lei que aumenta de 18 para 21 anos a idade mínima para a compra de cigarros. Para entrar em vigor, a legislação aguarda a sanção do prefeito, Michael Bloomberg, um histórico inimigo do tabagismo. Com a medida, Nova York vai se tornar a primeira grande cidade americana a adotar 21 anos como idade mínima para a venda desse tipo de cigarros, assim como ocorre com o álcool em todo o país.
A restrição inclui também cigarrilhas e cigarros eletrônicos, que contêm nicotina. Também contempla a proibição de descontos na venda de tabaco, estabelecendo um preço mínimo de 10,50 dólares (cerca de 22 reais) por maço. 
Leia também: 

Os vereadores fizeram apenas uma concessão ao votar a proposta: retiraram um artigo que previa a proibição da exibição das carteiras de cigarro nas lojas. Tal medida foi alvo de críticas de comerciantes, que afirmaram que ela prejudicava as vendas.  
Segundo o secretário de Saúde da cidade, Thomas Farley, a nova legislação “representa um avanço histórico na luta contra a maior causa de mortes na cidade”. Segundo dados da prefeitura que foram usados como base do projeto, 80% dos fumantes de Nova York começaram a consumir o produto antes dos 21 anos. 
O vereador James Gennaro disse que a lei vai ajudar a impedir que os jovens nova-iorquinos se tornem fumantes. “Nós tivemos grandes avanços entre 2001 e 2006 para impedir o fumo entre os jovens, e desde então precisávamos dar um novo grande passo, e este é o novo grande passo”.  
Embora elogiada pelos legisladores, a nova lei também gerou críticas de especialistas de segurança, que apontaram que ela vai favorecer o comércio ilegal de cigarros. O The New York Times citou pessoas que afirmam que a lei fere os direitos individuais por ser paternalista e contraditória, já que entre os 18 e 21 anos os americanos já podem votar, dirigir e se alistar no exército. 


Desde que Michael Bloomberg assumiu a prefeitura, em 2002, Nova York tem imposto uma série de leis para combater o fumo. Em 2003, a cidade aprovou a proibição do consumo de cigarros em bares e restaurantes. Em 2011, foi a vez de banir os cigarros de parques, praias e praças. A cidade também mantém uma das taxações do produto mais pesadas do país. 

ANEMIA FALCIFORME, PRIAPISMO e o VIAGRA

Estudo faz parte de Projeto Temático na Unicamp que tem como objetivo entender as doenças que afetam os glóbulos vermelhos do sangue e buscar novas formas de tratamento (Wikipedia)

Viagra pode ajudar a tratar complicação de anemia falciforme

31/10/2013
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Um dos possíveis efeitos adversos de drogas contra a disfunção erétil é o priapismo – ereção dolorosa e prolongada que pode causar danos irreversíveis ao tecido peniano. Um estudo realizado no âmbito de um Projeto Temático em andamento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) mostrou que, no caso de pacientes com anemia falciforme, por mais contraditório que possa parecer a princípio, medicamentos como o Viagra (citrato de sidenafila) podem ser uma boa opção para tratar o problema.
“O priapismo é uma complicação comum entre homens com anemia falciforme, mas o mecanismo que leva ao problema ainda não está bem esclarecido. Já se sabe que esses pacientes apresentam no sangue uma quantidade menor de óxido nítrico, que é um agente vasodilatador e o principal mediador da ereção peniana. O esperado, portanto, seria uma maior dificuldade de ereção”, explicou Carla Penteado, coautora de um artigo sobre o tema publicado no The Journal of Sexual Medicine.
Mas um estudo feito nos Estados Unidos mostrou que a enzima fosfodiesterase tipo 5, responsável pela degradação do óxido nítrico e por restaurar o processo de ereção peniana, também está diminuída em camundongos geneticamente modificados para desenvolver uma condição muito semelhante à anemia falciforme.
“Isso sugere que, embora esses pacientes tenham uma menor biodisponibilidade de óxido nítrico, a degradação desse agente vasodilatador também é menor e, portanto, sua concentração no sangue e nos tecidos acaba ficando alta o suficiente para prolongar a ereção peniana, levando ao priapismo”, explicou Penteado.
Posteriormente, investigações conduzidas por Mário Angelo Claudino e Edson Antunes, do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, mostraram que a via de sinalização do óxido nítrico está aumentada na musculatura lisa do corpo cavernoso de camundongos transgênicos para anemia falciforme.
De acordo com Penteado, esses resultados sugerem que drogas capazes de intervir na via de sinalização do óxido nítrico, como o Viagra, podem ajudar a prevenir o priapismo em pacientes com anemia falciforme. O diferencial é a dosagem da droga usada, no caso, com outro objetivo. “Uma das propostas é usar o Viagra, mas de maneira crônica e em quantidade bem menor do que a indicada para o tratamento da impotência sexual”, disse.
Segundo a pesquisadora, há trabalhos na literatura científica que sugerem que medicamentos como o Viagra, usados de maneira contínua, podem restabelecer os níveis da enzima responsável pela degradação do óxido nítrico.
“Isso ainda não está muito claro, mas existem estudos clínicos em andamento nos Estados Unidos com pacientes falciformes avaliando os efeitos do Viagra e drogas similares no tratamento do priapismo recorrente ou stuttering”, contou.
Novas perspectivas
Outras descobertas realizadas no âmbito do Projeto Temático, coordenado por Fernando Ferreira Costa, do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro) da Unicamp, estão abrindo novas perspectivas para o tratamento da anemia falciforme e de suas complicações – que afetam cerca de 50 mil pessoas no Brasil.
Comum em populações afrodescendentes, a doença é causada por uma alteração genética na hemoglobina, proteína presente nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) que ajuda no transporte do oxigênio.
A mutação faz com que as hemácias assumam a forma de foice depois que o oxigênio é liberado aos tecidos. Em baixas tensões de oxigênio, as células se tornam deformadas, rígidas e propensas a se agregar, ou seja, a formar uma massa celular que adere ao endotélio e dificulta a circulação sanguínea – processo conhecido como vaso-oclusão.
Além de inflamação crônica, a vaso-oclusão pode causar necrose em vários tecidos e crises de dor intensa. É comum o aparecimento de úlceras nas pernas, descolamento de retina, acidente vascular cerebral, infartos, insuficiência renal e pulmonar. A doença também compromete os ossos, as articulações e tende a se agravar com o passar dos anos, reduzindo a expectativa de vida dos portadores.
Atualmente, a hidroxiureia é uma das drogas mais usadas no tratamento da anemia falciforme por ser capaz de aumentar a produção de outro tipo de hemoglobina, conhecida como hemoglobina fetal (mais presente no período de vida uterina). Altos níveis de hemoglobina fetal diminuem a polimerização das hemácias defeituosas e reduzem o risco de vaso-oclusão.
O medicamento, normalmente, é usado de forma crônica pelos doentes, mas em uma das linhas de pesquisa do Temático coordenada pela pesquisadora Nicola Amanda Conran Zorzetto, do Hemocentro da Unicamp, os cientistas mostraram que a droga também ajuda a aliviar sintomas da fase aguda da doença, atualmente sem opção terapêutica (leia mais emhttp://agencia.fapesp.br/16356).
Em outro trabalho desenvolvido durante o pós-doutorado de Flávia Cristine Mascia Lopes, com Bolsa da FAPESP) e supervisão de Conran, os cientistas mostraram que determinados fatores presentes no plasma de pacientes falciformes têm ação pró-angiogênica, ou seja, estimulam a formação de novos vasos sanguíneos.
De acordo com a pesquisadora, essa é possivelmente a causa de algumas complicações da doença, como a hipertensão pulmonar e a síndrome de moyamoya – caracterizada pela formação de vasos sanguíneos anormais no cérebro.
“Foram medidos 15 diferentes fatores relacionados à angiogênese no sangue e vimos que sete estavam alterados no caso de pacientes falciformes. Alguns fatores antiangiogênicos estavam inibidos”, contou Conran.
Lopes então tratou uma cultura de células endoteliais com plasma de pacientes saudáveis e de portadores de anemia falciforme e verificou que no segundo grupo houve maior formação das estruturas responsáveis por formar a camada interna dos vasos capilares.
“A pesquisa também mostrou, pela primeira vez, que a hidroxiureia pode ser um inibidor de angiogênese, pois os fatores sanguíneos que estimulam a formação de vasos estavam diminuídos no plasma de pacientes falciformes que recebiam essa droga. No momento, estamos tentando confirmar essa hipótese por meio de testes com camundongos transgênicos”, disse Conran.
Durante o doutorado de Renata Proença Pereira, também com Bolsa da FAPESP) e orientação de Conran, o grupo descobriu que as plaquetas de pacientes falciformes possuem uma maior capacidade de aderir às células endoteliais, favorecendo o processo de vaso-oclusão.
“Nossos dados sugerem que a adesão das plaquetas ao endotélio ativa a produção de moléculas que favorecem a adesão das células brancas e vermelhas à parede vascular, além de estimular a produção de moléculas pró-inflamatórias. Isso nos mostra que as plaquetas podem ser um alvo terapêutico. Se conseguirmos achar uma droga capaz de diminuir o número de plaquetas nos pacientes ou a adesão plaquetária, talvez possamos evitar a vaso-oclusão”, avaliou Conran.
Em outro trabalho desenvolvido em parceria com pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual Paulista em Araraquara (FACFAr-Unesp), os pesquisadores testaram um novo medicamento que une os benefícios da hidroxiureia e os efeitos anti-inflamatórios da talidomida – sem apresentar os efeitos adversos das drogas originais (leia mais em http://agencia.fapesp.br/17725).
Denominado Lapdesf1, o medicamento mostrou bom resultados em testes com animais. Os pesquisadores buscam agora uma parceria com a indústria farmacêutica para testá-lo em humanos.
Talassemia
Outra doença hereditária que atinge os glóbulos vermelhos e também foi foco do Projeto Temático é a talassemia, bem mais rara no Brasil do que a anemia falciforme e mais prevalente entre descendentes de povos da região do mediterrâneo.
“A hemoglobina é formada por cadeias de uma proteína chamada globina. Existe a cadeia alfa e a cadeia beta. Na talassemia, a produção de uma dessas cadeias de hemoglobina está diminuída ou totalmente bloqueada, levando a um quadro de anemia que pode ser leve e assintomático, intermediário ou muito grave e dependente de constantes transfusões sanguíneas”, explicou Ferreira Costa, coordenador do Temático.
Um possível tratamento para as formas mais graves dessa doença, segundo Ferreira Costa, é incrementar a produção de hemoglobina fetal. “Se conseguirmos descobrir os mecanismos genéticos que levam às alterações denominadas persistências hereditárias da hemoglobina fetal, podemos no futuro encontrar novas formas de tratar os doentes graves”, disse. 

 

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

EXAGERO!


 
Não deixe sua preciosa vida terminar assim!!! 
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MÚSICA e a DOR DE CRIANÇAS

Música pode ajudar a reduzir a dor de crianças

Pesquisa prova que sessões de música ao vivo em hospitais melhoram o bem-estar de pacientes infantis

Cantarolar para bebês ajuda a fazê-los pegar no sono. Mas não é só isso. O hábito pode auxiliar também a diminuir as dores dos pequenos. Essa é a conclusão de um estudo publicado no periódico Psychology of Music. O trabalho buscou analisar os efeitos de sessões de música ao vivo em pacientes infantis internados em hospitais. 
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Psychology of Music

Quem fez: Elena Longhi, Nick Pickett e David J. Hargreaves

Instituição: Hospital Infantil Great Ormond Street, na Grã-Bretanha e outras instituições

Dados de amostragem: 37 crianças de até quatro anos de idade 

Resultado: Os pesquisadores descobriram que música ao vivo pode diminuir a sensação de dor das crianças
Segundo os autores da pesquisa, já se sabia que cantar para um paciente aumenta o seu bem-estar. O motivo dessa conexão, contudo, era desconhecido — os pesquisadores não sabiam se as crianças melhoravam por ouvir a canção ou apenas por receber a atenção de um adulto. Agora, os cientistas descobriram que a música era a responsável pelos benefícios. 
Leia também:

Pesquisa — Os cientistas analisaram 37 pacientes de até quatro anos de idade, todos com problemas cardíacos ou respiratórios. As crianças foram submetidas a três sessões diferentes de 10 minutos cada uma: música, leitura e privação de interação social. No começo e no fim de cada sessão, eram medidas respostas psicológicas como frequência cardíaca, saturação do oxigênio e nível de dor. 
Enquanto a leitura e a privação de interação social não causaram grandes mudanças nas respostas psicológicas das crianças, a sessão de música mostrou-se relacionada a diminuições no nível de dor e na frequência cardíaca dos pacientes. 
Vídeo — A pesquisa coincide com a divulgação de um vídeo no Youtube que mostra uma bebê chorando de emoção ao ouvir sua mãe cantar. O vídeo fez sucesso nas redes sociais brasileiras nesta terça-feira.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

MÉDICOS EM RESGATE DE CRIANÇAS DESAPARECIDAS

fefcriancasdesaparecidasajudelocaliza.blogspot.com
O Conselho Federal de Medicina (CFM) lançou um sítio na internet com um cadastro de crianças desaparecidas em países da América Latina, Portugal e Espanha.
A intenção é mobilizar em especial os médicos na busca das crianças.
Moderada pelo CFM, e com o nome Médicos em resgate de crianças desaparecidas, a página é aberta ao cadastramento de crianças desaparecidas por meio de um formulário, onde devem ser registradas informações sobre a criança, com foto, e também sobre o responsável.
É necessário o registro do boletim de ocorrência do desaparecimento.
O portal tem versões em português, inglês e espanhol.
Podem ser cadastradas crianças desaparecidas no Brasil, Portugal, Espanha, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
Integrante da comissão de assuntos sociais do CFM, Ricardo Paiva explica a importância da participação dos médicos na localização das crianças.
"Toda criança, em algum momento, vai precisar ou de um médico pediatra, ou de ir a uma emergência. E o médico mobilizado pode reconhecer que aquela criança tem sinais de violência ou não está na companhia dos pais ou de um parente", diz. "Nosso diferencial é que é um portal de médicos da América Latina, Portugal e Espanha. Eles não estão agrupados apenas dentro de um país", acrescentou.
O serviço pode ser acessado no endereço www.criancasdesaparecidas.org

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

CLUBE DA MACONHA DE BEVERLY HILLS: PELA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA

Clube de socialites americanas quer legalizar a maconha

Atualizado em  27 de outubro, 2013 - 20:54 (Brasília) 22:54 GMT
Nova pesquisa de opinião sugere que a maioria dos americanos apoia a legalização da maconha.
A enquete da empresa de consultoria Gallup diz que 58% dos americanos apoia o fim das restrições ao uso da droga - comparado com 12% em 1969, quando a pergunta foi feita pela primeira vez.
Mulher em reunião do Clube da Maconha de Beverly Hills | Foto: BBC
Em reuniões, mulheres experimentam tipos diferentes de maconha
No ano passado, dois Estados americanos - Colorado e Washington - votaram por legalizar o uso recreativo da droga mesmo que ele ainda seja proibido pelo governo federal.
Na Califórnia, a maconha medicinal já é legalizada, mas parte da campanha para aumentar a disponibilidade da droga, ampliar seu uso medicinal e finalmente legalizá-la está sendo feita por um setor inesperado da sociedade.
As mulheres do Clube da Maconha de Beverly Hills se descrevem como "da alta sociedade". Elas usam a droga por razões médicas e dizem querer dar "uma nova face" à luta pela legalização.
Sua fundadora, Cheryl Shuman, diz ter sido inspirada pela socialite nova-iorquina Pauline Sabin, que nos anos 30 fez uma campanha contra a proibição de álcool no país.
Já há estudos científicos que comprovam os benefícios medicinais da droga, mas há outros que investigam como o uso pode prejudicar a saúde.
FONTE: 
PARA ACESSAR O VÍDEO:

CÂNCER DE PULMÃO e o ALFA-RADIOATIVO POLÔNIO 210 (PO-210)


Resumo

O alfa-radioativo polônio 210 (Po-210) é um dos mais poderosos agentes carcinogênicos presentes na fumaça do tabaco e é responsável pela mudança histológica do padrão de câncer de pulmão de células escamosas para o tipo adenocarcinoma. 
De acordo com vários estudos, as principais fontes de Po-210 são os fertilizantes utilizados no cultivo de folhas de tabaco, os quais são ricos em polifosfatos contendo rádio (Ra-226) e seus produtos de transformação, que geram o Pb-210 e Po-210. As folhas de tabaco acumulam Pb-210 e Po-210 através de seus tricomas e Pb-210 que se transforma em Po-210 ao longo do tempo. 
Com a combustão do cigarro estes agentes tóxicos adquirem radioatividade e o Pb-210 e Po-210, chegando ao aparelho broncopulmonar, especialmente nas bifurcações de brônquios segmentares. Neste lugar, combinado com outros agentes, ele irá  manifestar a sua atividade carcinogênica, especialmente em pacientes com clearance muco-ciliar comprometido. 
Vários estudos têm confirmado que o risco radiológico de Po-210 em um fumante de 20 cigarros por dia durante um ano é equivalente ao decorrente da realização de 300 radiografias de tórax, e que há uma capacidade oncogênica autônoma para causar 4 tipos de câncer de pulmão por 10.000 fumantes. 
Po-210 também pode ser encontrada no tabagismo passivo, uma vez que parte do Po-210 espalha-se no meio ambiente durante a combustão do tabaco. Os fabricantes de tabaco têm tido conhecimento da presença de alfa-radioatividade no fumo do tabaco desde os anos sessenta.
FONTE:  REDE ACT

Artigo original, livre para download: 

domingo, 27 de outubro de 2013

ESCRAVIDÃO GLOBAL 2013

E O CASO DOS MÉDICOS CUBANOS? COMO SE ENQUADRA? E SE RESOLVE?


O que o Brasil pode fazer contra o trabalho escravo?

O relatório Índice de Escravidão Global 2013, divulgado pela Fundação Walk Free, recomenda que o Brasil aprove a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Trabalho Escravo, que tramita há dez anos no Congresso Nacional.
Outras recomendações para melhorar a posição do Brasil no ranking estão o aumento das sanções, a pena e a multa para o uso de mão de obra forçada, o fortalecimento da Lista Suja do Trabalho Escravo e a pressione sobre as empresas que produzem ou que usem produtos provenientes de trabalho análogo à escravidão.
O Brasil está em 94º entre os 162 países avaliados proporcionalmente em relação à população.
O país, de acordo com o relatório, tem de 170 mil a 217 mil pessoas em situação análoga à escravidão. No ranking das Américas, o Brasil está em 13º.
Nos parâmetros do índice, escravidão é a condição de uma pessoa sobre a qual é exercido qualquer poder de propriedade. Entre essas condições, estão a servidão por dívida, casamento forçado ou servil e a venda ou a exploração de crianças - inclusive em conflito armado.
"O Brasil tem boas práticas, com um plano nacional, políticas integradas, especialistas altamente treinados, juízes do Trabalho e a lista suja [Lista Suja do Trabalho Escravo], o que é ótimo. A maioria dos países não tem isso", destacou o autor do índice, Kevin Bales, em referência, em especial, aos planos nacionais de erradicação do trabalho escravo, de 2003 e 2008.
Ainda assim, o país pode melhorar sua situação por meio da adoção de medidas preventivas e protetoras, especialmente no que tange à exploração de mão de obra, casos em que são verificados as situações de condição análoga à escravidão no Brasil.
"O Brasil tem problemas? Sim, mas veja quantas pessoas saíram de situação análoga à escravidão devido à atuação de organizações e do governo: dezenas de milhares", explicou o autor do relatório.
Segundo o documento, atualmente, o grupo de pessoas mais vulneráveis ao trabalho escravo, no Brasil, é o de estrangeiros em busca de empregos - especialmente os haitianos e bolivianos, que emigram devido a condições econômicas, sociais e naturais em seus países. Esses estrangeiros são majoritariamente explorados por meio da escravidão por dívida.
"[Os estrangeiros] não podem ser invisíveis, especialmente para a população local. Quando há imigrantes, eles são tratados inferiormente. Se eles não falam bem português, ninguém fala com eles, são ignorados. É fácil não saber da situação", explicou Bales.
FONTE: Com informações da Agência Brasil

SER ou PARECER PODEROSO?

Para parecer poderoso, ponha as mãos, não os pés sobre a mesa
Outra possibilidade é deixar as representações de lado e tentar ser um verdadeiro líder, angariando respeito não pelo que você aparenta, mas pelo que você é na realidade.[Imagem: University of Buffalo]
A conexão que se assumia haver entre posturas corporais expansivas e o poder não é fixa, mas depende do tipo de postura e da cultura das pessoas envolvidas.
Pesquisadores realizaram quatro testes diferentes com mais de 600 homens e mulheres nascidos nos EUA ou na Ásia (China, Coreia do Sul e Japão) a fim de examinar a experiência psicológica de ver e aprovar posturas corporais expansivas ou restritivas (marcadas por uma espécie de "encolhimento").
As posturas expansivas pesquisadas foram:
  • Pose mãos-espalhadas-sobre-a-mesa, ou seja, ficar de pé e inclinar-se com as mãos apoiadas na mesa e afastadas uma da outra.
  • Pose expansiva de pé, ou seja, apoiar-se no tornozelo de uma perna com um braço no apoio da cadeira e a outra mão sobre a mesa.
  • Pose expansiva pés-sobre-a-mesa, ou seja, sentado na cadeira inclinada para trás, com os pés em cima da mesa, as mãos colocadas na nuca com os dedos entrelaçados e os cotovelos totalmente abertos.
"Em quatro testes, o efeito de cada postura dos participantes foi avaliada em comparação com uma postura corporal restritiva, ou seja, sentado com as mãos sob as coxas e de pé com os braços cruzados," conta Lora Park, da Universidade de Buffalo (EUA), idealizadora da comparação.
Melhor pose para impressionar
O teste 1 revelou que a pose pés-sobre-a-mesa foi percebida tanto por norte-americanos quanto pelos asiáticos como menos consistente com as normas culturais de modéstia, humildade e moderação.
Os testes 2a e 2b revelaram que tanto os norte-americanos quanto os asiáticos associam as posturas mãos-espalhadas-sobre-a-mesa e expansiva de pé com maiores sentimentos de poder (por exemplo, responsável, forte, dominante etc).
O teste 3 revelou que a pose pés-sobre-a-mesa invoca sensações de poder e a ativação implícita de conceitos relacionados com o poder entre os norte-americanos, mas não entre os asiáticos.
Finalmente, o teste 4 revelou que a postura pés-sobre-a-mesa leva a comportamentos de aceitar maiores riscos entre os norte-americanos, mas não entre as pessoas do Leste Asiático.
"No geral, estes resultados sugerem que as posturas expansivas têm efeitos tanto universais quanto culturalmente específicos sobre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos das pessoas," resumiu Park.
Sem representações
Assim, quando quiser impressionar, é melhor evitar colocar os pés sobre a mesa - as mãos sobre a mesa dão resultado melhor se o assunto é mostrar-se poderoso.
Outra possibilidade é deixar as representações de lado e tentar ser um verdadeiro líder, angariando respeito não pelo que você aparenta, mas pelo que você é na realidade.

CARREIRAS CIENTÍFICAS: PORTAL PROFICIÊNCIA

Portal ajuda a explicar carreiras científicas a estudantes de ensino médio


Vinicius Zepeda
Reprodução 
           
      Portal mostra o trabalho dos cientistas
     em linguagem acessível aos estudantes
 
Segundo informações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), apenas 1% dos vestibulandos escolhe carreiras científicas, o que gera, só na área de Física, uma carência de 70 mil professores da disciplina no País. Pensando nisso, a jornalista Elisa Oswaldo-Cruz, assessora de imprensa da Academia Brasileira de Ciências (ABC), vem coordenando a equipe responsável pela criação e atualização do portal eletrônico Proficiência, que, com ajuda de pesquisadores na área científica, esclarece detalhes sobre atividades profissionais a estudantes de ensino médio. O projeto contou com recursos do edital Apoio à Difusão e Popularização da Ciência, da FAPERJ.
Elisa explica que a ideia surgiu, em 2008, ao perceber que muitas entrevistas realizadas sobre o trabalho de cientistas ligados à ABC eram um rico material de esclarecimento sobre o cotidiano da carreira, mas restrito a um público muito limitado: em geral, os próprios cientistas. "Ao mesmo tempo, constatei que não havia sites que descrevessem as atividades de pesquisa, nas diversas áreas, numa linguagem acessível para estudantes de ensino médio", acrescenta. A partir daí, sob coordenação de Luiz Davidovich, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da diretoria da ABC, que apoiou o projeto desde o início,ela resolveu tornar aquelas entrevistas acessíveis aos jovens, criando também outros conteúdos escritos. Entre 2010 e 2012, sob coordenação de Débora Foguel,pesquisadora titular da ABC e pró-reitora de pós-graduação e pesquisa da UFRJ, Elisa gravou vários vídeos mostrando a realidade do trabalho nos laboratórios.
Entre as informações disponíveis no portal, ela enumera algumas e comenta sua importância. "Em conversas com cientistas, procuramos explicar as etapas, a história e a aplicação do método científico, que aparece numa das abas de conteúdo doProficiência", explica. Em pequenos verbetes, se descreve o leque de possibilidades dentro das áreas da ciência,  como biologia, química, matemática e física, entre outras. Na seção "Paixão pela Ciência", há depoimentos em que os pesquisadores respondem perguntas, como "O que é preciso para ser um cientista? Quais as características necessárias a um bom pesquisador? O que o encanta na ciência? O que o levou a escolher a ciência? Quando e como começou seu interesse pela ciência?"
O portal aborda ainda a questão da escolha das profissões, disponibilizando informações sobre as atividades desenvolvidas em cada uma das especialidades científicas, nos laboratórios e nas indústrias, bem como a opção da carreira de professor. "Procuramos mostrar a importância de cada especialidade e das pesquisas possíveis de serem desenvolvidas, bem como os desafios, vantagens e dificuldades de cada área", afirma Elisa.
Em depoimento em vídeo, disponibilizado no portal, Davidovich lembra como teve início seu fascínio pelas ciências. "Quando era jovem, fiz um curso por correspondência sobre como montar um rádio. A possibilidade de construir algo com as próprias mãos e ver funcionando era algo que me entusiasmava bastante", recorda o pesquisador. Da mesma forma, Débora Foguel destaca que durante seu curso de biologia, na UFRJ, percebeu, logo de início, que o estágio de iniciação científica era fundamental para sua formação, mesmo que seu desejo fosse o de enveredar pelo magistério. "Ensinar ciência sem nunca tê-la praticado me parecia estranho e, até hoje, não compreendo como essa vivência não faz parte do currículo de qualquer licenciando", comenta.
A jornalista da ABC explica ainda que os vídeos postados no portal foram exibidos para sessenta estudantes de ensino médio de uma escola particular da Zona Sul do Rio, e sessenta de uma escola pública de Nova Iguaçu, na região metropolitana. Apesar de classes sociais e realidades distintas, não havia coerência entre as matérias preferidas pelos estudantes e sua escolha profissional, em nenhuma das duas escolas. "Os estudantes também destacaram a falta de imagens de laboratórios e animações para tornar os depoimentos dos cientistas mais claros. Assim, estamos fazendo novos vídeos, produzindo material próprio e usando algumas animações do acervo da Fundação Centro de Ciências e de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cecierj), com quem estamos em fase final de formalização de um convênio", explica.
Agora, Elisa quer divulgar o portal junto a professores e colégios, para que possa ajudar na escolha de profissão pelos estudantes. "Não há orientação profissional no ensino médio que prepare os estudantes não apenas para o vestibular, mas para o mercado de trabalho", afirma. No Brasil, qualquer iniciativa nesse sentido pode ajudar bastante a aproximar os jovens da carreira científica e contribuir para ampliar o número de futuros cientistas no mercado.“E é uma das missões das academias de ciências de todo o mundo estimular o interesse dos estudantes pela pesquisa e pela ciência.”


Para conhecer o portal acesse:  http://www.proficiencia.org.br/


© FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

TRATAMENTO DO ALCOOLISMO: ONDANSETRONA

Maior dose de ondansetrona é eficaz para tratar alcoolismo
A ondansetrona, substância comumente utilizada para evitar náusea em pessoas que estão sob quimioterapia, teve sua eficácia testada no tratamento de dependentes de álcool. Em estudo realizado no Instituto de Psiquiatria (IPq) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o médico João Maria Corrêa Filho verificou sua ação em dose maior do que vem sendo utilizada e comprovou o retardamento do consumo de álcool, além da redução de sintomas de depressão e do desejo pelas bebidas alcoólicas. Ele também descobriu quais são os fatores que tornam o abandono do tratamento mais propício.
Preferir cerveja foi um fator associado a não desistir do tratamento, segundo a pesquisa
A ondansetrona atua como antagonista do receptor da serotonina, substância envolvida com a sensação de prazer promovida pela bebida alcoólica. Assim, “esse antagonismo faz com que o prazer que poderia sentir ao se ingerir a bebida diminua”, explica Corrêa Filho, que testou a dose de 16 miligramas (mg) por dia, usada atualmente apenas para tratamento de enjôo. Esta dosagem diária é maior do que a aplicada anteriormente – 4 microgramas a cada quilo do paciente (mcg/kg) – e surtiu efeito nos pesquisados em relação aos medicados com placebo. Os dependentes medicados com o fármaco demoraram mais a ingerir o primeiro gole de bebida alcoólica (54,7 versus 40,9 dias, em média, a partir do início do tratamento) e a ter o primeiro consumo intenso (58,4 versus 45,4 dias, em média).
Além disto, a pesquisa descobriu que a dose de 16 mg testada, além de diminuir o prazer na bebida, chegou a melhorar sintomas depressivos dos testados, bem como a reduzir o desejo de consumir álcool. A pesquisa foi feita de 2007 a 2010 com 102 alcoolistas, com idade entre 18 e 60 anos, que buscaram tratamento para a dependência no IPq. Metade deles recebeu placebo e a outra metade, as 16 mg da ondansetrona, divididas em duas doses diárias, por via oral. A medicação foi acompanhada de entrevistas sobre os sintomas depressivos e técnicas motivacionais, exames para avaliar o consumo ou não de álcool, conversas com a família e de encontros no grupo Alcoólicos Anônimos (AA).
Abandono do tratamento
O abandono do tratamento foi grande e chegou a 50% dos pesquisados, taxa equivalente à média de outros tipos procedimentos de reabilitação, de acordo com a literatura médica. O pesquisador, porém, não esperava este resultado, já que o ensaio clínico foi planejado para não perder pacientes ao longo do tratamento. Quando o dependente não ia aos encontros semanais, “a gente ligava para a família, chamava, buscava onde estava o paciente para ver se ele aparecia”, conta o médico.

Após a etapa do tratamento, os resultados foram comparados a outras pesquisas com metodologias iguais feitas no mesmo grupo de estudo, o Programa Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas, mas que usavam medicamentos diferentes, como o topiramato, o acamprosato e a naltrexona. O que se comprovou é que a porcentagem de pesquisados que concluíram o processo foi equivalente entre todas as substâncias. Corrêa Filho explica que “aparentemente, a maior adesão depende de questões pessoais e do tipo de tratamento que é ofertado, e não do efeito direto dos medicamentos avaliados”.
No estudo intitulado Eficácia da ondansetrona no tratamento de dependentes de álcool e orientado por Danilo Antonio Baltieri, foi elaborada uma tipologia dos perfis de pacientes mais propícios a concluir ou não o tratamento. Os resultados mostraram que os mais suscetíveis à desistência são aqueles mais novos, que começaram os problemas por consumir bebida alcoólica precocemente, têm maior histórico familiar de alcoolismo, menos sintomas depressivos e maior gravidade do alcoolismo. Já os fatores que individualmente aumentaram a chance da continuidade do tratamento foram a preferência pela cerveja, o tabagismo, a idade mais elevada e a assiduidade no grupo do AA.
Imagem: Marcos Santos / USP Imagens
Mais informações: email jmcorreaf@usp.br, com João Maria Corrêa Filho
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=157205

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA e ...TODOS NÓS!

Celulares causam
Pesquisas indicam que o uso de celulares durante a gravidez pode gerar filhos com hiperatividade.[Imagem: Yale University]
Aos poucos, vai sendo aceito pela comunidade científica internacional que o excesso de radiação eletromagnética pode causar danos à saúde, ainda que os efeitos específicos ainda não estejam mapeados.
Assim, embora não haja ainda algo tão taxativo ou alarmante quanto "celulares causam tal ou qual doença", as autoridades de saúde da França emitiram um alerta preocupante.
Segundo a ANSES (Agência Nacional de Segurança Sanitária), é necessário "limitar a exposição às radiofrequências, especialmente entre a parte mais vulnerável da população".
A exposição à radiofrequência não vem apenas dos celulares ou de suas antenas repetidoras, mas de todos os tipos de conexões sem fios, incluindo os roteadores e pontos de internet sem fios já presentes na maioria dos pontos comerciais e das residências.
Contudo, os celulares têm-se destacado nas preocupações por ficarem junto ao corpo quase o tempo todo, mais especificamente ao lado da cabeça nos momentos de maior radiação - durante as transmissões - e pela intensidade daradiação eletromagnética emitida pelas antenas repetidoras.
Efeitos biológicos e câncer
Os especialistas franceses analisaram toda a literatura científica a respeito do tema, atualizando um relatório similar que havia sido feito em 2009, mas destacam que há poucos estudos a respeito, sobretudo em relação às diversas tecnologias usadas na telefonia celular (2G, 3G, 4G) e à diferença de seus efeitos.
Desta forma, não há ainda uma correlação definitiva entre a exposição à radiação eletromagnética e alguma doença específica - o que a agência afirma estar bem documentado são "efeitos biológicos".
"[...] os níveis de evidências limitados apontam para diferentes efeitos biológicos em seres humanos ou em animais," afirma o relatório.
"Além disso, algumas publicações sugerem uma possível elevação no risco de tumor cerebral, a longo prazo, para usuários pesados de telefones celulares," acrescenta a agência em nota divulgada ao público.
Exposição deve ser controlada
"Com base nessa informação, e ante uma realidade de rápido desenvolvimento de tecnologias e práticas, a ANSES recomenda limitar a exposição da população a radiofrequências - em particular de telefones móveis - especialmente para crianças e usuários intensivos, e controlar a exposição global que resulta das antenas de retransmissão," recomenda a ANSES.
A agência também chama a atenção para a necessidade de "dar estreita atenção" aos chamados "indivíduos eletro-sensíveis", ou portadores de sensibilidade eletromagnética.
Segundo a agência francesa, a questão da hipersensibilidade às ondas eletromagnéticas será abordada de forma específica em um novo estudo que deverá começar no final do ano.

CONTROLE DO TABAGISMO: FUMAÇA RADIOATIVA

http://tododiabiologia.blogspot.com.br/2011/03/sera-o-cigarro-uma-bomba-atomica.html
Em novembro de 2006, a morte do ex-agente da KGB Alexander Litvinenko em um hospital de Londres tinha todas as marcas de um assassinato da Guerra Fria. Apesar da intriga, o veneno que o matou, um isótopo radioativo raro, o polônio-210, é bem mais difundido que imaginamos: pessoas no mundo todo fumam quase 6 trilhões de cigarros por ano, e cada um deles manda uma pequena quantidade desse elemento para os pulmões. Tragada a tragada, o veneno se acumula em quantidade equivalente a 300 raios X de tórax por ano para uma pessoa que fuma um maço e meio por dia. 
Apesar de o polônio não ser o principal carcinógeno na fumaça do cigarro, pode causar milhares de mortes por ano apenas nos Estados Unidos. E o que o diferencia é que essas mortes poderiam ser evitadas por medidas simples. A indústria do tabaco sabe da presença do polônio nos cigarros há quase 50 anos. Pesquisando os documentos internos da indústria tabagista, descobri que os fabricantes até desenvolveram processos que cortariam dramaticamente as concentrações desse isótopo. Mas escolheram conscientemente não tomar qualquer iniciativa e manter as pesquisas em segredo. Consequentemente, os cigarros contêm tanto polônio hoje quanto há meio século.
Mas esta situação pode estar a ponto de mudar. Em junho de 2009, o presidente americano, Barack Obama, assinou a Lei de Prevenção ao Fumo em Família e Controle do Tabaco. A legislação traz pela primeira vez o tabaco para a jurisdição da Food and Drug Administration (FDA), permitindo à agência regular certos componentes dos cigarros. Forçar a indústria a finalmente remover o polônio seria uma das maneiras mais diretas de torná-los menos mortíferos.
A primeira pista de que o polônio-210 estava chegando aos pulmões dos fumantes veio quase por acaso. No início da década de 60, os efeitos da radiação na saúde, e em particular do decaimento radioativo, estavam presentes na mente dos cientistas – assim como na da maioria das outras pessoas. Na época, a radioquímica Vilma R. Hunt e seus colegas da Harvard School of Public Health desenvolviam uma técnica para medir níveis muito baixos de rádio e polônio, os dois elementos descobertos por Pierre e Marie Curie em 1898. Ela conta que, em um dia de 1964, estava passando os olhos pelo laboratório quando eles pousaram nas cinzas do cigarro de um colega. Por curiosidade, ela decidiu testar as cinzas com sua nova técnica.
Quando Vilma observou os resultados, ficou surpresa por não encontrar sinais de polônio. Concentrações residuais de isótopos radioativos são comuns no ambiente e contribuem para a radiação de fundo natural. Nenhum outro material orgânico, incluindo as plantas, dera um resultado negativo para o polônio na presença do rádio. Mas na temperatura do tabaco em brasa, o polônio se transforma em vapor. Então, ela subitamente percebeu que o polônio que faltava deveria ter virado fumaça! E isso significava que os fumantes o inalariam diretamente para os pulmões.
Corridas ao hospital
Junto com Edward P. Radford, seu colega de Harvard, Vilma Hunt publicou a descoberta – com medições diretas do polônio na fumaça do cigarro – na revista Science. Logo outros, em Harvard, começaram a estudar o polônio tanto nos cigarros quanto nos pulmões dos fumantes. Em 1965, o radiologista e médico John B. Little examinou o tecido pulmonar de fumantes em busca de sinais de polônio. A tarefa não foi fácil. Conseguir amostras de tecidos vivos teria sido invasivo demais, então ele teve de trabalhar com cadáveres. O problema é que o revestimento mucoso do pulmão decai duas ou três horas após a morte. Ele deveria extraí-lo logo após a morte, o que envolvia várias corridas ao hospital em diferentEs horas do dia e da noite. Little conseguiu demonstrar que o polônio realmente se acumulava em áreas específicas do pulmão. Por causa da forma com que nossas vias aéreas se ramificam nos brônquios, bronquíolos e alvéolos, os radioisótopos se concentram nos pontos de bifurcação. Ali, eles formam focos de radioatividade, emitindo partículas alfa.
Nos dez anos seguintes, os cientistas continuaram a pesquisar o polônio na fumaça dos cigarros e o modo com que ele chega à planta de tabaco em si – e, portanto, em que estágio do processo de manufatura do cigarro ele pode ser retirado de modo mais eficiente. 
O polônio-210 é produto do decaimento do chumbo-210. No artigo de 1964, Radford e Hunt especularam sobre duas possibilidades: ou os produtos do decaimento do radônio-222 natural na atmosfera, que incluem o chumbo-210, se depositavam nas folhas, ou o chumbo-210 do solo fertilizado era absorvido pelas raízes da planta. Como se verificou mais tarde, ambas estavam corretas. 
Pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) verificaram a questão do polônio nos fertilizantes. Um experimento de 1966, feito pelo USDA e pela Comissão de Energia Atômica, testou dois tipos diferentes de fertilizantes, um “superfosfato” comercial e uma mistura especial feita de fosfato de cálcio quimicamente puro. As diferenças foram notáveis. O fertilizante comercial tinha cerca de 13 vezes mais rádio-226 que a mistura especial, resultando em quase sete vezes mais polônio nas folhas. Edward Martell, do National Center for Atmospheric Research (Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas), em Boulder, Colorado, retomou a questão em 1974. Ele sugeriu que solos contendo fertilizantes de fosfato ricos em urânio liberariam radônio-222 na atmosfera, levando sua concentração para níveis acima dos normais. O radônio decairia para chumbo-210, que se depositaria nas plantas em crescimento, aderindo aos milhares de pequenos pelos chamados tricomas que cobrem as folhas de tabaco.
Assim como o grupo de Harvard, Martell também estava preocupado com o acúmulo de polônio-210 em certas áreas do pulmão. Já era aceito havia algum tempo que a exposição à radiação dos produtos do decaimento do radônio era a principal causa do aumento do risco de câncer nos mineradores de urânio. Assim, ele argumentou que a exposição crônica dos fumantes a doses baixas e concentradas de polônio-210 podia ser a principal causa de câncer de pulmão e talvez – como sugeriria depois – também de outros tipos de câncer.
Corridas ao hospital
Junto com Edward P. Radford, seu colega de Harvard, Vilma Hunt publicou a descoberta – com medições diretas do polônio na fumaça do cigarro – na revista Science. Logo outros, em Harvard, começaram a estudar o polônio tanto nos cigarros quanto nos pulmões dos fumantes. Em 1965, o radiologista e médico John B. Little examinou o tecido pulmonar de fumantes em busca de sinais de polônio. A tarefa não foi fácil. Conseguir amostras de tecidos vivos teria sido invasivo demais, então ele teve de trabalhar com cadáveres. O problema é que o revestimento mucoso do pulmão decai duas ou três horas após a morte. Ele deveria extraí-lo logo após a morte, o que envolvia várias corridas ao hospital em diferentes horas do dia e da noite. Little conseguiu demonstrar que o polônio realmente se acumulava em áreas específicas do pulmão. Por causa da forma com que nossas vias aéreas se ramificam nos brônquios, bronquíolos e alvéolos, os radioisótopos se concentram nos pontos de bifurcação. Ali, eles formam focos de radioatividade, emitindo partículas alfa.
Nos dez anos seguintes, os cientistas continuaram a pesquisar o polônio na fumaça dos cigarros e o modo com que ele chega à planta de tabaco em si – e, portanto, em que estágio do processo de manufatura do cigarro ele pode ser retirado de modo mais eficiente. 
O polônio-210 é produto do decaimento do chumbo-210. No artigo de 1964, Radford e Hunt especularam sobre duas possibilidades: ou os produtos do decaimento do radônio-222 natural na atmosfera, que incluem o chumbo-210, se depositavam nas folhas, ou o chumbo-210 do solo fertilizado era absorvido pelas raízes da planta. Como se verificou mais tarde, ambas estavam corretas. 
Pesquisadores do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) verificaram a questão do polônio nos fertilizantes. Um experimento de 1966, feito pelo USDA e pela Comissão de Energia Atômica, testou dois tipos diferentes de fertilizantes, um “superfosfato” comercial e uma mistura especial feita de fosfato de cálcio quimicamente puro. As diferenças foram notáveis. O fertilizante comercial tinha cerca de 13 vezes mais rádio-226 que a mistura especial, resultando em quase sete vezes mais polônio nas folhas. Edward Martell, do National Center for Atmospheric Research (Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas), em Boulder, Colorado, retomou a questão em 1974. Ele sugeriu que solos contendo fertilizantes de fosfato ricos em urânio liberariam radônio-222 na atmosfera, levando sua concentração para níveis acima dos normais. O radônio decairia para chumbo-210, que se depositaria nas plantas em crescimento, aderindo aos milhares de pequenos pelos chamados tricomas que cobrem as folhas de tabaco.
Assim como o grupo de Harvard, Martell também estava preocupado com o acúmulo de polônio-210 em certas áreas do pulmão. Já era aceito havia algum tempo que a exposição à radiação dos produtos do decaimento do radônio era a principal causa do aumento do risco de câncer nos mineradores de urânio. Assim, ele argumentou que a exposição crônica dos fumantes a doses baixas e concentradas de polônio-210 podia ser a principal causa de câncer de pulmão e talvez – como sugeriria depois – também de outros tipos de câncer.
Assim como no caso dos mineiros, o perigo não viria com uma dose alta em um dado momento, mas com a exposição contínua a doses baixas por um período extenso. Um fumante estoca seu suprimento de polônio a cada trago; portanto, a alta exposição associada a uma vida inteira de fumo lhe traria risco de câncer, apesar da dosagem relativamente baixa de polônio- 210 por cigarro. Em 1974, após introduzir polônio na traqueia de ratos, Litlle e um colega seu de Harvard, William O’Toole, puderam confirmar a hipótese: 94% dos ratos no grupo de exposição mais alta desenvolveram tumores de pulmão com doses tão pequenas que seus tecidos não mostravam inflamações.
Desde então, é claro, outros componentes da fumaça do cigarro também se mostraram carcinógenos potentes, e hoje a maioria dos especialistas provavelmente diria que os principais são compostos como hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e nitrosaminas. Ainda assim, estimativas conservadoras baseadas no risco de exposição à radiação sugerem que o polônio-210 pode ser responsável por 2% dos cânceres de pulmão induzidos pelo fumo, o que significa milhares de mortes por ano apenas nos Estados Unidos. Alguns especialistas apontam que os efeitos do dano pela radiação e outros carcinógenos provavelmente exacerbam uns aos outros. Para a indústria do tabaco, o polônio parecia perigoso o bastante para exigir estudos extensivos. 
“SEM VANTAGENS COMERCIAIS ”
Em contraste com os cientistas externos, os pesquisadores da indústria nunca publicaram seus estudos sobre o polônio nem divulgaram a existência deles. Mas nos anos 90 julgamentos históricos provocados por 46 estados americanos contra a indústria forçaram os fabricantes a admitir que o fumo é perigoso e cria dependência, o que resultou na liberação de milhões de documentos internos. Milhares deles mostravam que o polônio havia sido extensamente debatido dentro da indústria por muito tempo, até nos escalões mais altos.
O artigo original de Radford e Vilma apareceu poucos dias após o aviso do chefe do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos sobre os riscos do fumo expedido em 11 de janeiro de 1964. Imediatamente após a publicação desses dois documentos, memorandos internos mostram que os fabricantes começaram a se preocupar, porque poderiam enfrentar um desastre de relações públicas caso viesse a público o que sabiam sobre o polônio. Ciente do risco, a indústria logo começou a direcionar recursos humanos e financeiros para o desenvolvimento de programas internos de pesquisas sobre o polônio, feitos a portas fechadas.
Em 1977, por exemplo, pesquisadores da Philip Morris completaram um rascunho de artigo chamado “Ocorrência natural de produtos do decaimento do Radônio-222 no tabaco e condensado de fumaça”, que os autores queriam enviar à revista Science. O diretor de desenvolvimento de produtos enfatizou em um memorando de 1978 para outro cientista que ele tinha medo de publicá-lo. Esse cientista respondeu: “Ele tem o potencial de acordar um gigante adormecido. O assunto é barulhento e não acho que devamos fornecer dados”. O que preocupava o departamento legal da Philip Morris era que, apesar dos números diferentes, o artigo essencialmente concordava com a pesquisa publicada: há polônio no tabaco, e ele é perigoso. Em meados de julho, conforme sugestão do departamento jurídico, o texto não teve aprovação para ser publicado.
Os fabricantes de cigarro, no entanto, continuavam a monitorar as pesquisas externas sobre o assunto e a explorar soluções potenciais para o problema do polônio. Eles debatiam os prós e os contras de diversas formas de reduzir o polônio na fumaça do cigarro, entre elas a adição de materiais ao tabaco que reagissem com o chumbo e o polônio para evitar sua transferência para a fumaça e o desenvolvimento de um filtro que bloqueasse o vapor de polônio. Outra opção direta, que se seguiu à pesquisa de Martell nos anos 70, era lavar as folhas de tabaco com uma solução diluída de peróxido de hidrogênio. Outras ideias incluíam o uso de fertilizantes com limite de produtos do decaimento do urânio-238 e a remoção dos tricomas coletores de chumbo das folhas curadas. “Chegamos até a tentar modificar geneticamente a planta de tabaco” para que as folhas ficassem lisas, diz William A. Farone, ex-diretor de pesquisa aplicada  da Philip Morris que mais tarde virou crítico das práticas da indústria e hoje trabalha como consultor do FDA. 
Em 1975, o cientista do FDA T. C. Tso estimou que entre 30% e 50% do polônio poderia ser facilmente removido do fertilizante e que a lavagem eliminaria mais 25%. Adicionando a isso os efeitos de um filtro, o polônio do tabaco poderia ter sido quase completamente eliminado. Mas, como dizia um memorando de R. J. Reynolds, “a remoção desses materiais não traria vantagens comerciais”. 
O polônio poderia ser um excelente primeiro “veneno” a ser banido do tabaco. É um único isótopo, em vez de um ingrediente complexo do fumo. Outros, como o alcatrão e o monóxido de carbono, são difíceis de tirar da fumaça, mas o polônio, não. As quatro décadas de pesquisas da indústria podem dar ao FDA um bom começo para obter resultados concretos. Além disso, alguns dos mesmos passos que reduziriam as concentrações de polônio na fumaça – como a lavagem das folhas de tabaco – também poderiam ajudar a remover metais tóxicos como chumbo, arsênico e cádmio. Esse é precisamente o tipo de regulação e mudança que o FDA tem agora o poder de promover. 
A Organização Mundial da Saúde deixou claro que o fumo é a causa de morte mais evitável. Ela estima que 1,3 milhão de pessoas morram de câncer no pulmão no mundo todo a cada ano, 90% por causa do fumo. [No Brasil, mais de 200 mil pessoas são vítimas dos cigarros anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. Diariamente, 552 pessoas morrem no Brasil vitimadas pelo tabagismo.] 
Se o polônio tivesse sido reduzido por métodos conhecidos pela indústria, milhares dessas mortes poderiam ter sido evitadas. Os advogados da indústria escolheram conscientemente não agir sobre os resultados das pesquisas de seus próprios cientistas. Mas são os consumidores que devem viver com essa decisão. E morrer por causa dela.
TEXTO DE: Brianna Rego