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domingo, 28 de fevereiro de 2010

DR. KENNETH COOPER

(Criador do Teste de Cooper)
"Se as pessoas não conseguem encontrar tempo
para fazer alguma atividade física,
que achem tempo para ficar doentes.
É mais barato e eficiente manter a boa saúde
do que recuperá-la depois de perdida."

"As pessoas têm de entender que estará
melhor de vida quem estiver em forma."

"Temos estudos que mostram que é melhor estar
acima do peso e praticar alguma atividade física
 do que ser magro e levar uma vida sedentária."

"Já existe consenso sobre a importância dos
exercícios físicos para a manutenção da saúde
 e a prevenção de doenças."

"O ideal é fazer um programa pessoal de treinamento
de forma que se aumente, com o passar dos anos, o tempo destinado ao condicionamento muscular e
se diminua a carga de exercícios aeróbicos."

"O fundamental é que o idoso faça meia hora de exercícios por dia, quantas vezes por semana puder."

 "Não podemos esquecer que uma das funções
da atividade física é combater o stress."


"Os exercícios animam e fazem a pessoa se sentir mais feliz.
 E, quanto melhor você se sente,
mais disposto a praticar exercícios estará."
Fonte: Veja.com

SERIAL KILLERS IMPUNES

Existem duas drogas psicoativas de ampla utilização no mundo: álcool e nicotina. Elas respondem por mortes que se contam na casa dos milhões. Já o uso de todas as substâncias ilícitas somadas representa uma fração pequena do consumo de bebidas e cigarros.
Segundo a OMS, o número de fumantes no planeta está em torno de 1 bilhão, o que corresponde a 17% da população. O de usuários de álcool varia bastante de país para país -ele pode ser muito baixo em nações muçulmanas e extremamente elevado no Primeiro Mundo.
No caso do Brasil, uma pesquisa realizada em 2005 pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), órgão ligado à Universidade Federal de São Paulo, mostrou que 75% da população entre 12 e 65 anos já havia feito uso de álcool ao menos uma vez na vida, com a proporção dos que podem ser considerados alcoólatras chegando a 12,3%.
Já a prevalência do uso de drogas ilícitas é, pela própria ilegalidade, mais difícil de calcular. O Undoc (escritório da ONU contra drogas e crimes), em seu relatório de 2008, afirmou que o total de usuários não excede 5% da população com idade entre 15 e 64 anos, e a parcela daqueles que podem ser considerados dependentes fica abaixo de 0,6%.
Considerados só os óbitos, a situação não muda muito. Segundo a OMS, o tabaco mata, por ano, 5 milhões de terráqueos (10% de todos os óbitos de adultos). Já o álcool tira a vida de 1,8 milhão (3,2%). Todas as drogas ilícitas respondem por 200 mil mortes (0,4%).
Não há dúvida de que o problema das substâncias ilícitas exige uma resposta das autoridades. Mas, sob a perspectiva da saúde pública, quando se fala em drogas, o que realmente conta é tabaco e álcool.
(Fonte: Folha de S.Paulo)






DEPENDENTES ELETRÔNICOS

Se você passa horas em frente a TV jogando o seu Playstation, pode se preocupar. Segundo psiquiatras, dependendo do caso, a brincadeira pode acabar virando um vício com sintomas semelhantes aos da dependência química.
"Esse tema ainda é pouco falado no Brasil. Nos Estados Unidos e na Europa, a dependência de jogos eletrônicos em videogames e computadores é amplamente discutida e divulgada pela mídia", informa o psiquiatra Fábio Barbirato, coordenador geral do setor.
Segundo o médico, os adolescentes viciados em videogames geralmente apresentam sintomas como aumento da agressividade e fissura, termo que caracteriza a necessidade de estar em contato com os jogos. Com a evolução do quadro, eles vão criando resistência e jogando cada vez mais, deixando de dormir e ir à escola.
"Esses adolescentes ficam irritados quando falta energia elétrica ou quando os pais o proíbem de jogar por causa das notas baixas no colégio. Em alguns casos extremos, eles pegam dinheiro escondido e vão jogar em uma lan house", diz Barbirato, completando que os pais devem limitar o uso de jogos eletrônicos e Internet em duas horas por dia.
A Santa Casa do Rio de Janeiro inaugurou nesse mês, um ambulatório para jovens viciados em videogame. O serviço é gratuito e atende "dependentes eletrônicos" que tenham entre 12 e 16 anos; e, em São Paulo, já tem um serviço parecido.
O tratamento na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro será feito através de consultas semanais. Os encontros poderão ser realizados em grupo ou individualmente, dependendo da necessidade. Durante o tratamento, os pais também serão orientados sobre como proceder no dia-a-dia para lidar com o assunto. A triagem e o diagnóstico dos casos pela Santa Casa terão início em março para a seleção de 50 pacientes, entre 12 e 16 anos. Os interessados devem ligar para (21) 2533-0118. O hospital fica à rua Santa Luzia, 206, no Centro do Rio de Janeiro. A Universidade de São Paulo (Unifesp) também oferece tratamento para "dependentes eletrônicos", mas os grupos são compostos por crianças e adultos. (Fonte: ABEAD)

FORÇA DA INDÚSTRIA DA CERVEJA!


Fábrica de cerveja
A primeira década do século XXI termina registrando o enorme sucesso comercial do ramo da indústria das cervejas no Brasil, apesar da crise econômica mundial (talvez um pouco por esta influenciada). “Nunca neste país se vendeu (e se bebeu, naturalmente) tanta cerveja como agora”. Pode-se estimar que a produção de cerveja no Brasil dobrou nos últimos dez anos, acompanhando a curva de crescimento do consumo da década anterior que já mostrava um crescimento ano a ano.
Outras bebidas alcoólicas têm, também, importante participação, mas não tanto como a cerveja, uma vez que o vinho e a cachaça têm limitações contra a livre e maciça propaganda. A partir de 1996, com a promulgação da Lei 9.294/96, a maciça propaganda das cervejas (então excluídas do controle da publicidade de bebidas alcoólicas ---o vinho e a cachaça ficaram sob controle---), as cervejarias aumentaram em mais de 100% a sua produção em nosso país.
E mais ainda, o que nos preocupa, com relação à área da Saúde Pública, é o enorme interesse de outras grandes empresas de cerveja do mundo virem para o Brasil de olho neste “saudável” mercado com ampla e irrestrita liberdade de propaganda estimulando o consumo sustentado.
O nosso consumo per capita já é significativo: em torno de 60 lts/pessoa/ano, sendo que em grandes cidades como o Rio e São Paulo, por exemplo, passa de 100 lts per capita. Estamos chegando mais perto dos países com grande nível de consumo.
Deste modo, o Brasil passou a ser o 3º maior produtor mundial de cerveja (10,8 bilhões lts/ano), depois da China (em 1º com 35/ano) e dos EUA (em 2º com 23,8 /ano). Para 2010, a expectativa da indústria é passar dos 12 bilhões de lts/ano, aumento de 10% na produção (e consumo), graças ao excelente marketing e ao fato de ser 2010 o ano da Copa do Mundo na África do Sul, que tem, inclusive o patrocínio desta indústria.
Ao contrário do que se deveria considerar nesta lei (9294/96), a cerveja é bebida alcoólica como o vinho, a cachaça, o uísque, a vodka, etc. e possui a mesma quantidade de álcool por dose padrão (uma lata ou uma tulipa de 300 ml), tendo 5% de teor alcoólico, contém 15 ml de álcool puro como uma taça de vinho (150 ml) ou uma dose de cachaça ou uísque (40 ml) que têm igualmente cerca 15 ou 16 ml de álcool puro na sua composição. Portanto, como se vê, cerveja não é bebida (alcoólica) fraca.
Não se trata aqui de demonizar o álcool, ou a cerveja em particular, mas de fazer algo parecido com a campanha de prevenção dos problemas do cigarro. Fortes campanhas de informação e de conscientização das conseqüências sobre a saúde e sobre a segurança relacionadas com o uso e/ou abuso de bebidas alcoólicas, incluindo a mais consumida que é a cerveja, deveriam ser implementadas pelo governo e outras instituições da Sociedade Civil organizada.
No entanto, o que todos nós estamos fazendo? Assistindo, quase impotentes, às perdas e os danos relacionados ao uso, abuso e dependência das bebidas alcoólicas. Preocupados mais em cuidar das conseqüências (mortos e feridos dos acidentes diários de trânsito, no trabalho ou em casa, das centenas de milhares de doentes, dos dependentes e de seus familiares, do precoce alcoolismo dos jovens, etc.) do que em enfrentar o problema de forma global e sistêmica; precisamos melhorar nossas estratégias de políticas públicas. Existem muitas dificuldades a serem enfrentadas, desde o forte lobby da indústria à cultura do beber associada a festas, beleza, sensualidade, bem-estar, sucesso e felicidade, dinheiro ou boa posição social, gregarismo.
Entretanto, não podemos deixar de considerar os gastos do Governo brasileiro, e da sociedade em geral, com os milhares de mortos e feridos/ano dos acidentes de trânsito dos fins de semana; mais de 30.000 crianças, que nascem com déficit ou distúrbio mental decorrentes da SAF (Síndrome Alcoólica Fetal, pelo uso de álcool na gravidez); milhares de leitos hospitalares clínicos e psiquiátricos, além dos do CTI e das Emergências, ocupados por pacientes com doenças decorrentes do álcool; agressões e ferimentos devido à violência contra terceiros, principalmente mulheres e crianças.
Na minha estimativa, a grosso modo, os gastos gerais com os problemas relacionados com o uso, abuso e dependência do álcool, podem chegar a mais de 4 vezes o orçamento do Ministério da Saúde, ou seja, algo em torno de 7% do nosso PIB!
Sem dúvida, estamos diante de um grande e complexo desafio no âmbito da Saúde Pública e da Segurança Social!
(Extrato de texto (O sucesso do mercado da cerveja no Brasil e os prejuízos do Sistema de Saúde (público e privado)) do Prof. José Mauro Braz de Lima, PhD. - Fac. de Medicina da UFRJ - Coord. do Programa de Álcool e Drogas da UFRJ (CEPRAL), Diretor do Hospital Escola São Francisco de Assis, da UFRJ. Fonte: ABEAD)

DEPENDENTE DE DROGAS


Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) traça pela primeira vez um perfil da família do dependente de drogas no Brasil.
O trabalho, baseado na entrevista de 500 pessoas que procuram grupos de ajuda Amor Exigente, revela que, embora sejam os primeiros a descobrir o vício, familiares responsabilizam fatores externos pelo problema.
"Há um processo longo até a descoberta. Quando isso ocorre, boa parte dos familiares avalia que o uso de drogas ilícitas é resultado da influência de más companhias ou da falha de autoestima do paciente", afirma a coordenadora do trabalho, Maria de Fátima Rato Padin.
De acordo com o estudo, em 68% dos casos, a descoberta foi feita por um familiar que percebeu mudanças de comportamento e, na grande maioria, por mulheres. "São companheiras dos usuários ou mães", diz a pesquisadora. Muitas delas ficam deprimidas.
"Hoje tenho consciência de que assumia parte da culpa. E, principalmente, assumia a responsabilidade de resolvê-lo", conta a jornalista Cleide Canduro, de 53 anos. Mãe de quatro filhos, ela descobriu, há oito anos, que três haviam usado entorpecentes. "Dois apenas tiveram contato. Mas um deles usava de forma abusiva, afetando estudos, o rendimento nos esportes, a convivência." Ele associava maconha e álcool.
E uma das grandes surpresas do trabalho é o fato de a maconha ser a droga mais frequente e de maior preferência dos usuários, de acordo com a percepção da família.
"Há sempre a ideia de que maconha traz poucos prejuízos. Mas, para familiares, isso está longe de ser verdade", afirma Maria de Fátima.
O trabalho retrata o difícil caminho atrás de atendimento. "As famílias estão muito desamparadas e, principalmente, não encontram nível de informação adequado", diz a pesquisadora.
Segundo o estudo, 61,6% desconhecem, por exemplo, os serviços dos Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (Caps). E, antes de recorrer aos grupos de ajuda mútua, entrevistados já haviam passado por uma série de tentativas: desde internação dos pacientes, atendimento psicológico e psiquiátrico até procura de grupos religiosos. (Fonte: O Estado de S. Paulo)

AMBIENTES LIVRES DO TABACO

OPINIÃO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESTUDOS
 DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS
RESPONSABILIDADE COLETIVA!
A cada dia, mais de 10 mil pessoas morrem por doenças causadas pelo fumo. Isso torna o uso diário de produtos derivados do tabaco a principal causa de morte evitável no mundo: são 4,9 milhões de vítimas fatais por ano.
Em média, os fumantes têm uma diminuição de 25% em sua expectativa de vida. As pessoas que não fumam, mas convivem com a fumaça do cigarro também são expostas aos mesmos problemas e riscos. Além disso, o cigarro serve como indutor ao consumo de outras drogas que podem ter um efeito ainda maior na saúde dos usuários.
Essas são informações amplamente conhecidas e divulgadas, que demonstram a importância do desenvolvimento de estratégias eficientes para a redução no consumo de produtos derivados do tabaco.
Como os números mostram, a dependência da nicotina é responsável por graves problemas de saúde pública. Isso exige que o enfrentamento aconteça também no âmbito político, com leis e programas governamentais baseados em evidências científicas sólidas.
Nesse sentido, oficializamos o apoio institucional ao Projeto de Lei nº 315/2008, que proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos ou cachimbos em todos os ambientes coletivos públicos e privados do País e que está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal.
No Brasil, a proibição ao fumo em locais fechados já está prevista na Lei 9.294 de 1996, que permite apenas o uso desses produtos "em área destinada exclusivamente para isso, devidamente isolada e arejada", os chamados fumódromos. O PL 315/2008 pretende aumentar a restrição e extinguir estas áreas.
No dia 11 de fevereiro, enviamos ao Senado uma moção de apoio ao Projeto de Lei, que faz a seguinte avaliação: medidas restritivas como essa são tendência em todo o mundo e apresentam-se como essenciais no controle do tabagismo e na preservação daqueles que não são fumantes. A proposta colabora para afastar a tendência de expansão do consumo que, se mantida, estima-se poder ser a causadora de 10 milhões de mortes anuais a partir de 2030, metade delas em indivíduos em idade produtiva. (Fonte: Boletim Eletrônico ABEAD)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

TENTATIVA DE SUICÍDIO

Pesquisadores buscaram identificar os fatores associados com as tentativas de suicídio entre os idosos. Para isso, compararam as características sociais, psicológicas e psiquiátricas de pessoas com 70 anos ou mais que tentaram o suicídio com uma amostra representativa da população; foram excluídas pessoas com pontuação menor que 15 no mini-mental.
Participaram 103 pessoas que procuraram atendimento médico após uma tentativa de suicídio (57 mulheres e 46 homens, idade média 80 anos), que foram comparados com um grupo pareado por sexo e idade (n=408).
Os fatores associados com a tentativa de suicídio incluíram não ser casado, morar sozinho, baixo nível escolar, história de tratamento psiquiátrico e uma tentativa de suicídio anterior. Não foi observada associação com a demência. O odds ratio esteve aumentado tanto para a depressão maior (OR 47,4) e menor (OR 2,6). Foi observada uma associação entre a solidão e as tentativas de suicídio numa relação independente da depressão (OR 2,8).
A conclusão foi que as associações observadas espelharam aquelas que foram previamente apresentadas para o suicídio. Os resultados podem ajudar nas decisões clínicas na avaliação do risco de suicídio e um grupo idade e vulnerabilidade aumentadas. (Fonte: Am J Geriatric Psychiatry. Volume 18, Issue 1, Jan 2010. Pages 57-67/SIS.SAÚDE)





Autor:

Fonte: Bibliomed

CALOR-ou-FRIO HUMANO

Será verdade que os homens sentem mais calor e toleram melhor o frio do que as mulheres? A resposta é: geralmente, sim.
De acordo com o fisiologista Raul Santo de Oliveira, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o metabolismo do homem é naturalmente mais acelerado do que o da mulher, por causa da maior quantidade de massa muscular. Isso faz com que ele produza mais calor e, consequentemente, tanspire mais.
"O calor é produzido dentro das células, principalmente nas células musculares, quando o corpo produz energia. Depois, ele sai da célula, vai para o sangue e para a pele, onde será eliminado pela transpiração. Como a massa muscular do homem é maior do que a da mulher, naturalmente ele produzirá e sentirá mais calor", explica o fisiologista.
Oliveira ressalta, entretanto, que, apesar da diferença de massa muscular, a capacidade de funcionamento do organismo do homem e da mulher é igualmente eficaz. "Isso não torna a mulher menos eficiente para controlar a temperatura."  Além disso, é preciso lembrar que, se o homem for menor e mais magro do que a mulher, pode ter menos massa muscular e, com isso, sentir menos calor do que ela.
Outra questão a ser levada em conta é que a mulher, quando passa pela menopausa, costuma sentir mais calor do que quando era mais jovem.(Fonte: Folha de São Paulo/SIS.SAÚDE)

ESCLEROSE MÚLTIPLA

FLUXO NERVOSO INTERROMPIDO
Tempol é eficaz no tratamento de esclerose múltipla: a descoberta é de pesquisadores do INCT Redoxoma do Instituto Butantan e do Centro de Neurodegeneração da Faculdade de Medicina da USP.
O estudo obteve resultados expressivos ao usar o antioxidante tempol no tratamento de camundongos com encefalomielite. Os sintomas neurológicos foram atenuados acentuadamente e a sobrevivência dos animais foi 70% maior em relação aos que não foram tratados.
O trabalho desenvolvido pelo Instituto Nacional Ciência e Tecnologia de Processos Redox em Biomedicina, vinculado ao CNPq, Instituto Butantan e Universidade de São Paulo foi publicado no periódico Free Radical Biology & Medicina.
Os resultados obtidos abrem caminho para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas baseadas em nitróxidos para o tratamento de doenças neuroinflamatórias como a esclerose múltipla, que ataca o Sistema Nervoso Central (SNC) de forma degenerativa e incapacitante.
No estudo, camundongos foram infectados com o vírus de hepatite neurotrópico (MHV-59A) para ocasionar encefalomielite. Os animais não tratados apresentaram os sintomas neurológicos rapidamente e morte de 90% das cobaias 10 dias após a inoculação. Além disso, os sobreviventes apresentaram déficits neurológicos. Já o tratamento com tempol atenuou sintomas como letargia e paralisia das patas e o aumento da sobrevivência dos animais foi de 70. A integridade do SNC foi mantida, proporcionando a diminuição da concentração viral. Além da esclerose múltipla, outras doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica possuem componentes inflamatórios e possivelmente possam ser atenuadas com o uso do medicamento.
Embora diversos estudos em animais comprovem a baixa toxicidade para mamíferos, o uso em humanos dependerá de uma maior compreensão sobre os seus meios de ação in vivo.
(Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq/SIS.SAÚDE)

GERAÇÃO SOFRIDA: NUNCA-ANTES-NA-ISTÓRIA-DESTE-PAIZ

Na abertura da primeira reunião da rede mundial contra as doenças não contagiosas, Margaret Chan, diretora-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), afirmou que a atual geração de crianças pode ser a primeira, em muito tempo, cuja expectativa de vida é menor do que a de seus pais.
"Temos um problema. Um grande problema que parece destinado a crescer ainda mais. As doenças não contagiosas, por muito tempo consideradas companheiras próximas das sociedades ricas, mudaram de lugar. Doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais agora impõem o seu alto ônus aos países de renda média e baixa. Doenças antes associadas com abundância agora estão fortemente concentradas em grupos pobres e desfavorecidos", afirmou Margaret Chan em seu discurso.
A diretora-geral da OMS também alertou para o problema, apontando que, no mundo todo, 43 milhões de crianças em idade pré-escolar são obesas ou apresentam sobrepeso. "Pensem no que isso significa no decorrer da vida em termos de riscos para sua saúde e de custos com os cuidados durante toda a vida", disse.
"No Brasil, estamos vendo crianças e adolescentes com hipertensão e diabetes tipo 2, algo que não imaginávamos há uma ou duas gerações. Esta geração está desenvolvendo mais fatores de risco, e um dos mais importantes é o aumento de obesidade e sobrepeso em crianças", diz a endocrinologista Claudia Cozer, diretora da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Segundo Cozer, cerca de 24% das crianças brasileiras estão acima do peso.
Cozer diz que 80% dos obesos têm a síndrome metabólica, conjunto de sintomas que levam ao desenvolvimento de diabetes, hipertensão, colesterol alto etc. "Isso aumenta diretamente o risco de infartos, derrames, tromboses e outras doenças cardiovasculares. Além disso, a obesidade está associada ao aumento do risco para alguns tipos de câncer, como o de mama e o de próstata, e de depressão, entre outros problemas." (Fonte: Iara Biderman-Folha online)

HOSTILIDADE MARITAL

No mundo todo, o número de indivíduos que sofrem de transtornos depressivos tem aumentado. As causas da depressão variam de pessoa para pessoa, mas um novo estudo da Universidade do Missouri, nos EUA, indica que a hostilidade do parceiro é um fator que contribui para a doença. Quanto mais tempo esposas compartilham o espaço com cônjuges violentos, maiores as chances de sintomas de depressão se tornarem cada vez piores.
“No estudo, a hostilidade marital, especialmente por parte dos maridos, esteve relacionada diretamente com o aumento dos sintomas de depressão nas esposas”, diz Christine Proulx, pesquisadora envolvida no estudo. “Os resultados deixam claro que o nível de hostilidade dentro do relacionamento tem um efeito devastador nos casais e isso continua enquanto durar o casamento.”
Esposas com comportamentos violentos, entretanto, não causam o mesmo efeito nos homens, a não ser que estejam associados a eventos traumáticos, como a morte de alguém próximo ou a perda do emprego.
“É importante que os profissionais de saúde que acompanham pacientes do sexo feminino estejam atentos a esse tipo de informação. É necessário ter em mente que um relacionamento estressante pode piorar os sintomas da depressão e muitas vezes refletir na saúde. Como as pessoas reagem a esse tipo de evento pode significar muito para a saúde emocional e o bem-estar físico em longo prazo”, finaliza Proulx. (Fonte: O que eu tenho? com informações da University of Missouri-Columbia)



DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS RARAS


A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece mais de 5 mil doenças raras, 80% delas de origem genética.
A data (28 DE FEVEREIRO) foi fixada com o intuito de ampliar o conhecimento a respeito dessas enfermidades e mostrar o impacto delas na vida dos pacientes. 
A definição de doença rara é conjuntural, na medida em que depende do período de tempo e do espaço geográfico que estão a ser considerados. Por exemplo, a AIDS já foi considerada uma doença rara, mas, hoje em dia, está em expansão. A lepra, por seu turno, é rara na França, mas frequente na África central.
São conhecidas cerca de sete mil doenças raras, mas acredita-se que existam mais e que afetem entre seis a oito por cento da população – entre 24 e 36 milhões de pessoas – na União Européia. Esse número está em crescimento, uma vez que são reportadas, na literatura médica, cinco novas doenças por semana. Também designadas como doenças órfãs, as doenças raras são aquelas que afetam um pequeno número de pessoas, por comparação com a população em geral. Ocorrem com pouca frequência ou raramente.
Este tipo de doença em geral é crônico, grave, progressivo e pode levar os pacientes à morte. Estima-se que 50% das doenças raras sejam diagnosticadas tardiamente
No Brasil, as famílias precisem obter na Justiça liminares para ter direito à medicação. Portanto, um dos grandes problemas enfrentados para quem possui esse tipo de doença é o tratamento. Teoricamente, o direito à medicação é assegurado por Lei, mas, na prática, só ocorrem após as ações judiciais.
Características
* São doenças crônicas, graves e degenerativas e colocam, muitas vezes, a vida em risco; * Manifestam-se na idade adulta; * Apresentam uma grande diversidade de distúrbios e sintomas, que variam não só de doença para doença, mas também de doente para doente; * Têm associado um déficit de conhecimentos médicos e científicos; * São muitas vezes incapacitantes, comprometendo a qualidade de vida; * Muitas não têm tratamento específico, sendo que os cuidados incidem, sobretudo, na melhoria da qualidade e esperança de vida; * Implicam elevado sofrimento para o doente e para a sua família.
Que problemas enfrentam os doentes?
* Dificuldades de diagnóstico – muitas vezes é feito tardiamente; * Escassez de informação; * Dificuldades na orientação para profissionais de saúde qualificados; * Problemas no acesso a cuidados de saúde de alta qualidade – pois a comunidade médica sabe relativamente pouco sobre estas doenças; há pouca investigação e o desenvolvimento de medicamentos para um número limitado de doentes é travado pelos imperativos comerciais; * Dificuldades de inserção profissional e cidadania; * Frequente associação com deficiências sensoriais, motoras, mentais e, por vezes, alterações físicas; * Vulnerabilidade a nível psicológico, social, econômico e cultural; * Inexistência de legislação.
Mais informações sobre doenças raras: Orphanet. É uma base de dados de doenças raras, de acesso livre e gratuito. Contém informação sobre mais de 3.600 doenças. (Fonte: naenfermagem.blogspot.com) 

ZEN MEDITAÇÃO

A meditação pode ajudar as pessoas a reduzir sua sensibilidade à dor ao aumentar o volume de áreas específicas do cérebro, segundo cientistas da Universidade de Montreal, no Canadá.
Em artigo publicado na revista da Associação Americana de Psicologia, os especialistas destacam os resultados de um estudo com 35 pessoas que tinham dores crônicas, indicando que os praticantes de meditação apresentaram, em ressonância magnética, maior espessura de uma região central do cérebro que regula a dor - o cíngulo anterior. Além disso, os “zen meditadores” tinham menos sensibilidade à dor causada por um aparelho de calor.
“Através do treinamento, os ‘zen meditadores’ parecem aumentar certas áreas de seu córtex, e isso parece estar por trás de sua menor sensibilidade à dor”, disse o pesquisador Joshua A. Grant, líder do estudo. “Descobrimos uma relação entre o espessamento cortical e a sensibilidade à dor que apoia nossos estudos prévios em como a zen meditação regula a dor”, concluiu, acrescentando que além de ajudar a reduzir a dor crônica, a meditação pode ajudar a prevenir a redução de massa cinzenta causada pelo envelhecimento ou decorrente de problemas como o derrame.(Autor: Leandro Perché/Fonte: Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

ANSIEDADE

                                       
A ansiedade que acompanha pacientes de doenças crônicas diminui a qualidade de vida e faz que esses indivíduos não sigam adequadamente seus tratamentos. Mas exercitar-se regularmente pode diminuir os sintomas da ansiedade, de acordo com um novo estudo da Universidade da Geórgia, EUA, publicado no Archives of Internal Medicine, periódico científico da área. Para o estudo, foram acompanhados aproximadamente 3 mil pacientes.
“Os resultados vão ao encontro de uma série de evidências científicas que mostram que atividades físicas, como andar ou levantar pesos, podem ser uma das melhores coisas que médicos podem receitar aos seus pacientes para fazê-los sentirem-se menos ansiosos”, diz Matthew Herring, um dos pesquisadores que acompanharam a pesquisa.
Herring diz que apesar de vários estudos mostrarem que exercícios físicos aliviam os sintomas de depressão, o impacto da atividade física regular para combater a ansiedade não havia recebido muita atenção dos pesquisadores. E o número de pessoas com problemas de saúde crônicos só tende a aumentar, já que a média da idade da população mundial também tem crescido, o que evidencia a necessidade de tratamentos de baixo custo que proporcionem uma melhora na qualidade de vida desses pacientes.
Os participantes da pesquisa sofriam de várias condições médicas crônicas que incluíam doenças do coração, esclerose múltipla, câncer, dores crônicas e artrite. Em 90% dos casos os pacientes reportaram diminuição nos sintomas de ansiedade.
“Observamos que o exercício parece funcionar com praticamente todo tipo de indivíduo. Mesmo as pessoas menos ansiosas se beneficiaram da rotina”, completa Pat O’Connor, outra autora do estudo.
Para funcionar efetivamente, a média de atividades físicas diárias deve ser de aproximadamente 30 minutos. E para surpresa dos pesquisadores, programas que previam entre 3 e 12 semanas de treinos diários foram os mais eficientes. A partir da 12ª semana, os participantes mostravam não se motivar tanto para continuar as rotinas de exercícios. Os pesquisadores acreditam que uma maior adesão a programas mais longos poderia até mesmo levar a diminuições maiores no nível de ansiedade.
“Como nem todos os indivíduos terminaram os programas de treinos mais extensos, é possível que nossos resultados estejam subestimados. De qualquer maneira, nosso trabalho apoia a tese de que o exercício físico pode ser usado para ajudar a tratar uma série de condições de saúde física e mental, com menos contraindicações do que outros tratamentos medicamentosos”, finaliza Rod Dishman, que também colaborou com o estudo.(com informações da University of Georgia/Fonte:Oqueeutenho-UOL)



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

JOGOS VIRTUAIS TERAPÊUTICOS

Atividades de recreação com jogos de realidade virtual podem melhorar as funções motoras de pessoas que sofreram algum acidente vascular cerebral (AVC), informa um estudo apresentado nos Estados Unidos.
"É o primeiro estudo clínico aleatório que mostra que a realidade virtual utilizando o (videogame) Wii é confiável, segura e potencialmente eficaz na reabilitação da função motora após um AVC", explicou Gustavo Sposnik, autor do estudo para a American Stroke Association.
Vinte sobreviventes de derrames foram designados para utilizar os seguintes jogos: Wii tênis ou Wii "Cooking Mama" - em que os jogadores simulam cortar batata, descascar uma cebola, temperar um pedaço de carne ou triturar um queijo - ou jogos tradicionais como cartas ou Jenga, que tem por objetivo empilhar e equilibrar blocos de madeira.
Ambos os grupos jogaram durante oito horas o videogame Wii ou as cartas e os blocos de madeira. Todos os participantes sofreram um derrame grave dois meses antes.
Nenhum dos pacientes do grupo que jogou o Wii sofreu efeitos colaterais, enquanto uma pessoas que jogou cartas se sentiu enjoada e com vontade de vomitar durante o teste.
A pesquisa buscava que os pacientes movessem os membros afetados, incentivando o uso das pequenas e grandes funções musculares motoras.
O grupo que usou o Wii mostrou "uma melhora significativa das atividades motoras e na velocidade", disseram os pesquisadores.
"Basicamente descobrimos que os pacientes do grupo Wii alcançaram melhores funções motoras, tanto finas quanto grossas, o que se traduziu em melhorias na velocidade e na força", explicou Sposnik, diretor da Stroke Outcomes Research Unit no Hospital de Saint Michael em Toronto, Canadá.
Os pesquisadores acrescentaram que o Wii foi um sucesso ao ajudar as vítimas de AVC porque o sistema do jogo utiliza os mesmos princípios dos métodos de reabilitação tradicional, que incluem técnicas de repetição, tarefas de alta intensidade e atividades para os neurônios envolvidos na reorganização do cérebro, disse Sposnik.
Um estudo mais amplo está sendo feito para determinar se o Wii pode ser amplamente utilizado como forma de terapia para pacientes que sofreram derrames.


SÍNDROME DA FRAGILIDADE 2

DESEJO ENVELHECER COM ESTA FORÇA!

SÍNDROME DE FRAGILIDADE

A fragilidade em idosos – uma síndrome clínica que se caracteriza por perda de peso involuntária, fadiga, fraqueza, diminuição da velocidade de caminhada e baixa atividade física – atinge a população da cidade de São Paulo precocemente em relação aos países desenvolvidos e, depois dos 75 anos, avança com extrema rapidez.
A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) com uma amostra de 689 pessoas com mais de 75 anos na capital paulista. A síndrome, de acordo com a pesquisa, atingia 14,1% do grupo em 2006. Em 2008, apenas dois anos depois, a prevalência já era de mais de 45%.
O trabalho, que teve apoio da FAPESP na modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular, está ligado ao Projeto Temático “Saúde, bem-estar e envelhecimento (Sabe-2005) – Estudo longitudinal sobre as condições de vida e saúde dos idosos no município de São Paulo”, coordenado pelos professores Ruy Laurenti e Maria Lúcia Lebrão, ambos do Departamento de Epidemiologia da FSP.
A coordenadora do subprojeto, Yeda Duarte, professora da Escola de Enfermagem (EE) da USP, afirma que até agora, no Brasil, a síndrome de fragilidade não havia sido tema de estudos longitudinais – isto é, que buscam correlações entre variáveis partindo de observações ao longo de um extenso período de tempo.
“A questão da fragilidade tem sido bastante trabalhada em outros países, mas no Brasil estamos apenas começando. No exterior, a prevalência da fragilidade varia entre 7% e 35%, dependendo do país e do desenho do estudo. Nossa pesquisa mostra uma porcentagem bem maior aos 75 anos, o que indica que nossos idosos estão se fragilizando mais cedo”, disse à Agência FAPESP.
Segundo Yeda, não existe um consenso definitivo sobre o que é a fragilidade.
O conceito adotado na pesquisa – desenvolvido por Linda Fried, da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos – caracteriza a síndrome a partir de cinco parâmetros: perda involuntária do peso, fadiga, diminuição da velocidade de caminhada, baixa atividade física e perda da força – medida por força de preensão manual. “A ausência desses parâmetros indica que a pessoa não é frágil. A presença de um ou dois deles caracteriza a condição de pré-fragilidade – e entendemos que esse é o momento para uma intervenção. Três ou mais parâmetros indicam que a pessoa é frágil”, explicou.
O idoso frágil, segundo Yeda, fica mais vulnerável e tende a sofrer com mais efeitos adversos, o que gera um círculo vicioso que o torna mais dependente e mais suscetível a doenças.
“A pessoa nessa faixa etária, em geral, come menos, tem perda do paladar e menos gasto energético. Ela perde peso porque tem menos massa muscular e, com isso, cansa com facilidade e anda muito devagar. Assim, diminui sua atividade física e gasta ainda menos energia, o que a leva a comer menos”, disse.
A fragilidade tem sido um dos três focos principais do Projeto Temático Sabe-2005. Os outros dois são as questões das demências e do envelhecimento ativo, isto é, a promoção da saúde com o objetivo de que a população chegue a idade avançada com melhor qualidade de vida. “Não adianta trabalhar para que as pessoas vivam mais se não pudermos fazer com que elas envelheçam com qualidade de vida. Por isso achamos fundamental conhecer os fatores determinantes da fragilidade, que é uma condição que leva à dependência e ao sofrimento”, destacou.
“Sempre ouvimos dizer que o idoso onera o sistema público de saúde. Mas isso acontece porque ele chega em condições muito ruins. Se pudéssemos cuidar para que ele não se tornasse frágil, evitaríamos a ida para a urgência em estado grave, impedindo internações muito longas. Cuidar da fragilidade é fundamental para desonerar o sistema”, explicou.
A professora da EE-USP conta que a Prefeitura de São Paulo criou um programa de acompanhantes de idosos que indica a direção certa para as políticas públicas. A iniciativa atende 1,5 mil idosos da cidade que moram sozinhos e têm algum grau de dependência física ou mental, oferecendo cuidadores treinados.
“Isso é fundamental, porque essas pessoas ficam em casa, não comem, não andam e se fragilizam cada vez mais. O problema é a escala. Estimamos que existe 1,2 milhão de idosos na cidade de São Paulo e nossa pesquisa mostrou que metade deles é frágil. Esse tipo de programa precisa ser replicado e ampliado”, disse.
Yeda conta que, a partir de agora, o grupo de pesquisa deverá realizar um novo projeto para estudar a fragilidade a partir dos 60 anos. “Como nossos resultados mostraram que a prevalência já é muito alta aos 75 anos, precisamos estudar agora os determinantes da síndrome em uma faixa etária anterior”, disse.

MENOS SONO COM A IDADE

Um estudo publicado no dia 1º/2 indica que adultos saudáveis sem distúrbios do sono podem esperar uma redução no tempo em que dormem à medida que envelhecem sem que isso acarrete sonolência diurna.
A pesquisa foi publicada na revista Sleep, da Academia Norte-Americana de Medicina do Sono. O trabalho verificou que, durante um período de oito horas na cama, o tempo total dormido diminuiu significativamente e progressivamente com a idade.
No estudo feito com voluntários, adultos mais velhos dormiram cerca de 20 minutos menos do que adultos de meia-idade, que, por sua vez, dormiram em média 23 minutos menos do que os adultos mais jovens.
Tanto o número de vezes em que os voluntários acordaram durante a noite como o tempo em que permaneceram despertos após cada momento em que acordaram tiveram um aumento com a idade. Por outro lado, o número de horas em sono profundo diminuiu consideravelmente.  Mas, mesmo com a diminuição no tempo, na intensidade e na continuidade do sono, os mais velhos apresentaram menor propensão a ter sono durante o dia do que os mais jovens.
Em seguida, os pesquisadores submeteram os três grupos – idosos, meia- idade e mais jovens – à interrupção do sono profundo por duas noites seguidas. A resposta foi semelhante para os três grupos: aumento na sonolência durante o dia e a volta do sono profundo à noite no dia seguinte ao teste.
Segundo os autores, os resultados indicam que a “ausência do aumento de sonolência diurna diante da diminuição na qualidade do sono por conta da idade não pode ser atribuída à ausência de respostas diante de variações na pressão homeostática de sono”.
Em vez disso, apontam, o envelhecimento estaria associado com reduções na duração e na profundidade do sono exigidas para se manter alerta durante o dia.
“Os resultados reforçam a tese de que não é normal para as pessoas mais velhas sentir sonolência durante o dia. Não importa se o indivíduo é jovem ou idoso, se ele ou ela sentir sono durante o dia isso significa que não dormiu o suficiente na noite anterior ou que sofre de um distúrbio do sono”, disse Derk-Jan Dijk, professor da Universidade de Surrey, no Reino Unido, principal autor do estudo.
A pesquisa foi conduzida no Centro de Pesquisa Clínica da universidade britânica e envolveu 110 adultos saudáveis sem problemas de sono, sejam distúrbios ou mesmo reclamações. Do total, 44 eram jovens (20 a 30 anos), 35 de meia-idade (40 a 55) e 41 eram mais velhos (de 66 a 83 anos).
O artigo Age-related reduction in daytime sleep propensity and nocturnal slow wave sleep, de Derk-Jan Dijk e outros, pode ser lido em breve por assinantes da Sleep (SLEEP 2010;33(2):211-223) em www.journalsleep.org. (Fonte: FAPESP)






quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TREINAMENTO FÍSICO INTENSO

AGITA!
Técnicas de treinamento intenso foram originalmente desenvolvidas para atletas olímpicos e até agora pensava-se que eram muito extenuantes para o público geral. No entanto, alguns estudos recentes - realizados, inclusive, com pessoas idosas ou com problemas de saúde - sugerem que mais pessoas do que se imaginava estão aptas a esse tipo de treinamento.
Caso novos estudos confirmem os anteriores, as descobertas podem revolucionar a relação das pessoas com os exercícios, além de salvar algumas horas gastas na academia todos os dias.
De acordo com especialistas, o treinamento intenso pode ser considerado uma maneira mais inteligente e eficaz de se exercitar.
"Sessões de treinamento intenso são duas vezes mais efetivas do que se exercitar normalmente", afirmou Jan Helgerud, especialista em exercício da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. "Isso é como encontrar um novo medicamento duas vezes melhor que o anterior. Deveríamos deixar agora para trás a velha maneira de se exercitar", adicionou.
Quando analisada uma rotina normal de exercício, como correr, os pesquisadores descobriram que o treinamento intenso pode dobrar a resistência, melhorar a oxigenação em mais de 10% e aumentar, em no mínimo 5%, a velocidade do praticante.
Apesar de estudos já terem sido realizados com idosos e pacientes cardíacos, a maioria deles foi feita com pessoas jovens saudáveis. Por isso, os especialistas recomendam uma consulta médica antes do início de qualquer programa de exercícios.
Um treinamento intenso significa exercitar-se muito durante poucos minutos, com períodos de descanso entre as séries, explica Helgerud. Segundo ele, as pessoas podem experimentar fazer quatro séries de exercício de quatro minutos cada, com um intervalo de três minutos entre elas. "Você pode se sentir um pouco sem fôlego, mas não deve sentir aquelas sensações óbvias de exaustão", disse.
Nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, autoridades da saúde recomendam que as pessoas façam duas horas e meia de exercícios moderados por semana. Helgerud acredita que as autoridades não recomendam o treinamento intenso porque têm medo de que ele seja muito pesado para a maioria das pessoas.
(Fonte: Veja.com)

PESQUISA: PERCEPÇÃO DO TABAGISMO

Sob a coordenação do Professor Roosevelt S. Fernandes, do Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental, da Faculdade Brasileira - UNIVIX, de Vitória (ES), recentemente foi realizado um trabalho de fôlego, exemplo para outras instituições, tanto nacionais quanto internacionais.
Focado no tabagismo, este trabalho noz faz melhor compreender a necessidade de controle desta epidemia mundial, que nos assola direta e eficazmente.  
A pesquisa envolveu 1728 estudantes universitários (33 diferentes cursos) de 11 instituições de ensino superior (ES, RS, DF, MG, SP), tendo como objetivo analisar o nível de percepção do segmento universitário frente a problemática do Tabagismo.
A pesquisa, especificamente do segmento universitário e de abrangência nacional, pode ser considerada como base para outras complementares.
O instrumento da pesquisa foi estruturado pelo Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA – UNIVIX e aplicado pelos autores em estudantes de suas instituições de ensino, sendo os dados coletados tabulados (SPSS) pelo NEPA.
O Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental está estruturando uma nova pesquisa com estudantes do ensino fundamental e médio com objetivo de analisar as fontes de motivação que levam este segmento de estudantes a iniciar o vício de fumar. (Mais informações: roosevelt@ebrnet.com.br)

CAMINHADA TERAPÊUTICA

A caminhada progressiva - aliada ao tratamento com sulfato de glucosamina - pode ajudar as pessoas a melhorar os sintomas de artrose, segundo pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália.
Em artigo publicado na revista médica Arthritis Research and Therapy, os especialistas destacaram que pacientes que caminham pelo menos duas series de 1.500 passos em três dias da semana relatam bem menos dor da artrite e, significativamente, melhor função física.
Avaliando 36 pacientes com artrose - todos receberam suplemento de sulfato de glucosamina - os pesquisadores atestaram a eficácia de um programa de caminhada orientada para reduzir os sintomas da doença. Os pacientes que participaram do programa - que incluía um guia de caminhada, um pedômetro (aparelho que mede distâncias e passos), folhas de registro de exercícios e planejamento semanal -, seja caminhando três ou cinco dias por semana, apresentaram significativa melhora nos sintomas da doença inflamatória.
"As descobertas oferecem evidência preliminar de que os pacientes com osteoartrite podem se beneficiar da combinação de sulfato de glucosamina e o exercício de 3 mil passos de caminhada por dia, em séries de pelo menos 1.500 passos, pelo menos três dias por semana", destacou o pesquisador Kristiann Heesch. Os especialistas destacam que essa quantidade de exercícios é menos do que a das recomendações atuais de atividades físicas para a população geral, mas acompanha as recomendações para pessoas com artrite. Antes da prática, porém, os pacientes devem procurar um especialista. (Fonte: Arthritis Research & Therapy. 12 de fevereiro de 2010/SIS.SAÚDE).





Autor: Imprensa

Fonte: Bibliomed

DEPRESSÃO e OBESIDADE FEMININAS

A depressão aumenta os níveis de cortisol - conhecido como hormônio do estresse - tanto em homens quanto nas mulheres, porém apenas elas sentem o efeito desse processo no peso, segundo pesquisa da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos EUA.
De acordo com a pesquisadora Elizabeth J. Susman, esse hormônio que regula diversas funções metabólicas no organismo pode levar apenas as mulheres à obesidade.
Em testes com 111 garotos e garotas com idades entre oito e 13 anos, os especialistas observaram que a presença de sintomas depressivos estava associada com picos nos níveis de cortisol na saliva dos participantes. Mas testes de estresse mostraram que maiores reações do cortisol ao estresse estavam associadas à obesidade apenas entre as meninas.
Baseados nos resultados, os pesquisadores destacam que, “se a depressão for tratada precocemente, isso poderia ajudar a reduzir os níveis de cortisol e, assim, ajudar a reduzir a obesidade”. Por isso, eles recomendam maior atenção dos pais e dos profissionais de saúde a sintomas de depressão entre as crianças, e ressaltam a necessidade de abordagens de saúde pública direcionadas à redução da depressão e da obesidade. (Fonte: SIS.SAÚDE)





Autor: Leandro Perché

KIT DESCARTÁVEL PARA DETECÇÃO DE CÂNCER

Ultrapassado?
 O  professor Dr. Jae Kwon, da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos está desenvolvendo um sensor minúsculo, conhecido como sensor acústico de ressonância, que é menor do que um fio de cabelo humano e é capaz de testar fluidos corporais para detectar uma grande variedade de doenças, incluindo o câncer de mama e o de próstata.
"Muitas substâncias presentes em líquidos, relacionadas com doenças, não podem ser facilmente rastreadas," diz o pesquisador. "Em um ambiente líquido, a maioria dos sensores sofre uma perda significativa da qualidade do sinal. Mas usando os sensores acústicos de ressonância em um líquido, que são altamente sensíveis e apresentam baixa perda de sinal, essas substâncias podem ser detectadas de forma rápida e segura - um conceito totalmente novo que vai resultar em uma abordagem não-invasiva para a detecção do câncer."
Os sensores utilizam nanotecnologia para a construção de equipamentos meio mecânicos, meio elétricos, que são minúsculos - menores do que o diâmetro de um fio de cabelo humano, para a detecção das doenças diretamente dos fluidos corporais. O sensor não exige grandes volumes de dados e nem equipamentos de laboratório para a análise de seus resultados, podendo ser integrado juntamente com outros equipamentos eletrônicos para a montagem de aparelhos portáteis de detecção de doenças.
O sensor que o Dr. Kwon está aprimorando também produz resultados quase imediatos, que poderão reduzir a ansiedade dos pacientes, que geralmente sofrem com a espera pelos resultados dos métodos tradicionais de detecção, como as biópsias, que podem demorar vários dias ou semanas antes que os resultados sejam conhecidos.
"Nosso objetivo final é produzir um aparelho que faça o diagnóstico de múltiplas doenças de forma simples e rápida e, eventualmente, possa ser usado como um 'pronto-atendimento' no consultório ou no leito do paciente." disse Kwon.
Os resultados chamaram a atenção da Academia de Ciências dos Estados Unidos, que está fornecendo os US$400 mil que o Dr. Kwon pediu para aprimorar seus sensores. Ele espera que os resultados estejam disponíveis em cerca de cinco anos. (Fonte: SIS.SAÚDE)

APARELHO AUDITIVO GENÉRICO


(FOTO: Agência USP)
Pesquisadores da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) desenvolveram um aparelho auditivo digital de baixo custo a partir de componentes eletrônicos padronizados, que podem ser comprados no mercado.
É uma espécie de modelo "genérico" de aparelho auditivo retroauricular (usado atrás da orelha), batizado de Manaus, que apresenta, entre os diferenciais, autonomia de 440 horas com uma bateria e quatro programas de adaptação, além de baixo custo operacional - tanto na hora da compra quanto em sua manutenção.
Outra vantagem é que o aparelho auditivo genérico é um produto nacional, em um mercado dominado por empresas internacionais.
"O Manaus apresenta um custo de produção artesanal de US$140,13, considerado baixo quando comparado aos disponíveis no mercado", conta o engenheiro eletrônico Sílvio Penteado, do Laboratório de Investigações Acústicas (LIA) da FMUSP e autor de uma tese de doutorado sobre o tema. "Numa produção seriada esse preço poderia chegar a US$100,00", completa.
De acordo com Penteado, o projeto envolve uma plataforma eletrônica genérica, a qual permite o desenvolvimento de próteses auditivas de vários tipos.
"O nosso projeto foi idealizado e desenvolvido para atender a Portaria 587 do Ministério da Saúde. O modelo que desenvolvemos atende às especificações das tecnologias A e B. Isso representa 85% da demanda de aparelhos auditivos do SUS", completa.
De acordo com o pesquisador, o Manaus poderá ser usado por pessoas com perdas auditivas classificadas como discretas, moderadas, e moderadas severas. "O aparelho já está em processo de patente e apresenta um ganho auditivo de 62 decibéis (dB)", conta.
No Brasil, de cada 10 aparelhos auditivos vendidos, 6 são adquiridos pelo SUS. Em 2008, o País importou cerca de 242 mil próteses auditivas.
"Um dos objetivos do projeto é oferecer também uma manutenção de baixo custo", destaca. Outra vantagem é que o programa foi desenvolvido com quatro configurações de conforto, e o usuário pode selecioná-los de acordo com o ambiente em que estiver "Os aparelhos convencionais apresentam apenas dois ou três programas."
Os testes com o Manaus foram realizados pela pesquisadora Isabela de Souza Jardim, com 60 pessoas portadoras de deficiência auditiva. O Manaus foi comparado a outros aparelhos disponíveis no mercado, classificados nas categorias A e B. "Os resultados foram considerados satisfatórios de acordo com protocolos internacionais", destaca Penteado. Segundo ele, o conceito de equipamentos genéricos pode ser usado para outros produtos médicos como marcapasso, desfibrilador, bombas de infusão e equipamentos de diagnóstico, como audiômetros.  "É um projeto que está inserido na Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde do Ministério da Saúde que recomenda o desenvolvimento de tecnologias de reabilitação de baixo custo", aponta. (Fonte: RTS)



PREVENÇÃO DO TABAGISMO

( Sem qq.juízo de valor! )
Os fumantes parecem ter menor quociente de inteligência (QI) do que os não-fumantes, e, quanto mais uma pessoa fuma, "menos esperta" ela parece ser, segundo pesquisadores do Centro Médico Sheba, em Israel. Em pesquisa com 20 mil recrutas israelenses, os especialistas descobriram que homens jovens que fumam um maço de cigarros por dia ou mais têm QI 7,5 pontos menor do que aqueles que nunca fumaram.
Avaliando os recrutas militares de 18 anos de idade - 28% que fumavam pelo menos um cigarro por dia, 3% que eram ex-fumantes e 68% que nunca tinham fumado -, os pesquisadores notaram que a média de pontuação dos fumantes nos testes de inteligência foi bem menor do que a dos não-fumantes - 94, contra 101 -, independentemente de status socioeconômico e da escolaridade dos pais. E os resultados indicaram, ainda, que, quanto mais cigarros eles fumavam diariamente, piores eram seus resultados nos testes de QI - de 98 para pessoas que fumavam de um a cinco cigarros por dia, para 90 daqueles que fumavam mais de um maço.
De acordo com os autores, os participantes foram proibidos de fumar no período dos testes, assim, os sintomas de abstinência podem ter afetado os resultados dos fumantes. Porém, mesmo aqueles que começaram a fumar pouco tempo antes da pesquisa, após entrarem no exército, apresentaram pior QI do que os não-fumantes, o que indica pouca influência da abstinência de nicotina sobre os resultados.
Baseados nesses resultados, os especialistas concluíram que pessoas com menor QI são mais propensas a começar a fumar e a fumar mais cigarros, e que os resultados não indicam que o tabagismo possa tornar as pessoas menos inteligentes. Por isso, eles defendem que "adolescentes com pior QI podem ser foco de programas desenvolvidos para a prevenção do tabagismo". (Fonte: Addiction. Fevereiro de 2010/SIS.SAÚDE).



EXERCÍCIOS FÍSICOS e DOENÇAS CRÔNICAS

A prática regular de exercícios pode ajudar a reduzir a ansiedade e melhorar a qualidade de vida de pessoas com doenças crônicas, como doença cardíaca e artrite, segundo recente estudo da Universidade da Geórgia, nos EUA.
“Nossas descobertas se unem ao crescente corpo de evidências de que as atividades físicas, como a caminhada e a musculação, se tornam o melhor remédio que os médicos podem prescrever para ajudar seus pacientes a se sentirem menos ansiosos”, destacou o pesquisador Matthew Herring, líder do estudo.
Avaliando 40 estudos sobre o efeito dos exercícios em pessoas com doenças crônicas - incluindo um total de 3 mil pessoas que sofriam de esclerose múltipla, doenças cardíacas, câncer e artrite, entre outras doenças crônicas -, os pesquisadores observaram que aqueles que se exercitavam regularmente relatavam uma redução de 20% nos sintomas de ansiedade. E, segundo os autores, em 90% dos estudos avaliados, as atividades físicas foram associadas à redução de sintomas como preocupação, apreensão e nervosismo.
Os especialistas afirmam que os resultados são importantes, porque a ansiedade é comum em pessoas com doenças crônicas e pode ter um efeito negativo em sua saúde, pois pessoas ansiosas são menos propensas a seguir os tratamentos indicados.
“Nosso trabalho apoia o uso de exercícios para tratar uma variedade de condições de saúde física e mental, com menos riscos de eventos adversos do que as medicações”, concluíram os autores.(Autor: Leandro Perché/Fonte: Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

DENGUE SEM ASAS

Para combater a transmissão de dengue, que tal cortar o mal pela raiz? Ou melhor, que tal cortar as asas dos mosquitos – ou, pelo menos sua capacidade de voar? Essa é a sugestão de um grupo internacional de pesquisadores, que obteve uma nova linhagem de mosquitos na qual as fêmeas não podem voar.
O estudo, feito por um grupo do Reino Unido e dos Estados Unidos, será publicado esta semana no site e, em breve, na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Fêmeas do principal vetor da dengue, o Aedes aegypti, quando não conseguem voar, morrem rapidamente, reduzindo o número de mosquitos e, por consequência, a transmissão da doença, segundo os autores do estudo. Machos podem voar, mas não picam ou transmitem a doença.
Um dos principais problemas de saúde pública no mundo, a dengue provoca anualmente de 50 milhões a 100 milhões de casos. Não há vacina para a doença, que coloca quase 40% da população global em risco.
Os cientistas alteraram geneticamente mosquitos machos que, ao cruzar com fêmeas selvagens, transmitiram seus genes aos descendentes. As fêmeas da geração seguinte não foram capazes de voar por que a alteração genética afetou o desenvolvimento dos músculos das asas.
Os autores da pesquisa estimam que a nova linhagem pode suplantar a população nativa em até nove meses, em alternativa eficiente e que não envolve o uso de pesticidas.
“Os métodos atuais de controle da dengue não são suficientemente eficientes e, por conta disso, novas alternativas se fazem urgentemente necessárias. Controlar o mosquito que transmite o vírus poderia reduzir significativamente a morbidade e mortalidade humanas”, disse Anthony James, professor da Universidade da Califórnia em Irvine e um dos autores do estudo.
Segundo James, uma das principais autoridades mundiais em doenças infecciosas transmitidas por insetos, há ainda estudos a serem feitos para confirmar a viabilidade do novo método, mas o potencial é de aplicação não apenas para a dengue, como também para outras doenças, como malária e febre do oeste do Nilo.
O artigo A female-specific flightless phenotype for mosquito control, de de Luke Alphey e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1000251107.
(Fonte: FAPESP)

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

POLÊMICA INTERNACIONAL: CIGARRO

Foto: Divulgação/Droits de Non Fumeurs
Campanha antifumo vincula sexo oral
por adulto à dependência do cigarro
Uma nova campanha francesa contra o tabaco está causando exaltação entre membros de diferentes associações do país. Com o objetivo de atingir os jovens, a campanha mostra adolescentes com um cigarro na boca numa posição que sugere a prática de sexo oral forçado por um adulto.
Associações em prol da família e das crianças e outras que lutam pelos direitos das mulheres acharam a proposta “escandalosa”.
De acordo com a BBC Brasil, a presidente da associação feminista Chiennes de Garde, Florence Montreynaud, achou a conotação de violência sexual projetada pela campanha inadmissível. “É uma campanha sexista”, afirmou.
Com o slogan “Fumar é ser escravo do tabaco”, a campanha visa relacionar o fumo com a submissão. Lançada pela Associação Direitos dos Não Fumantes (DNF), as fotos da iniciativa relacionam o cigarro na boca dos adolescentes ao órgão sexual masculino. “Com o cigarro, somos submetidos à pior das submissões, à pior das escravidões. Procuramos a imagem chocante mais emblemática disso. A felação é o símbolo perfeito da submissão”, declarou Marco de La Fuente, vice-presidente da agência realizadora da campanha, a BDDP.
Diferentes associações ligadas à família, crianças e adolescentes se incomodaram com a possível interferência que estas imagens podem ocasionar em jovens vítimas de abuso sexual. No entanto, o presidente da Associação responsável pelo projeto, Gérard Audureau, informou que a relação da campanha antifumo com o sexo serve para chamar a atenção dos jovens, revelando que “não funciona mais dizer que o cigarro faz mal à saúde”.
O índice de jovens fumantes na França cresceu 2%, entre 2008 e 2009, na faixa dos 17 anos, e 3% na faixa dos adolescentes de 14 anos. Por enquanto, nenhuma das associações tentou proibir a campanha na Justiça.

PRÓSTATA e P.S.A.

Um a cada oito homens submetidos a exame de sangue (PSA) para detectar câncer de próstata recebe diagnóstico positivo sem sofrer da doença. O engano ocorre porque nem sempre índices altos encontrados no exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), substância secretada pela próstata, significam câncer.
 A conclusão é de estudo finlandês publicado na revista científica britânica British Journal of Cancer.
"Para pessoas com casos de câncer na família e com mais de 50 anos é aconselhável fazer outro exame além do PSA. Não há um consenso para isso. O homem deve conversar com o médico", é a orientação.
Segundo o estudo, o falso resultado pode levar a procedimentos invasivos, como biópsias, e a tratamentos desnecessários. Além disso, alguns homens podem acabar recebendo tratamento para um tumor que se desenvolve tão lentamente que jamais causaria problemas. Estudo de março de 2009, realizado em sete países europeus, indicou que exames feitos com frequência poderiam reduzir em 20% os óbitos por câncer de próstata. Homens acima de 50 anos devem fazer o exame de PSA. (Fonte: Terra)



FEBRE AMARELA e LACTANTES

Nova recomendação do Ministério da Saúde orienta mulheres que estão amamentando a adiar a vacinação contra a febre amarela até a criança completar seis meses. De acordo com a pasta, há risco de os bebês serem contaminados pelo vírus atenuado da doença, usado na fabricação do imunizante.
Caso não seja possível adiar, o ministério recomenda que as mães retirem o próprio leite antes da imunização e o congelem para uso durante os 14 dias subsequente à vacina, quando o vírus atenuado ainda pode estar presente no alimento. Outra alternativa é recorrer a bancos públicos de leite materno.
As alterações nas orientações para quem está amamentando ocorreram em razão de o Brasil ter registrado, pela primeira vez na história, dois casos em que mães vacinadas contra a doença transmitiram às crianças, por meio do aleitamento, o vírus atenuado.
Os dois bebês, que apresentaram problemas neurológicos, no momento estão bem, mas seguem sob acompanhamento das autoridades de saúde.
Atualmente existe recomendação para a vacina na maior parte do País, em razão de o vírus causador da doença ter se expandido entre 2008 e o ano passado no Sudeste, Sul e Centro-Oeste do País.
Um total de 51 casos da doença foram registrados no período, com 21 mortes, e 22,4 milhões de vacinas foram distribuídas. Desde 2007, 112 casos de reações adversas ao imunizante, como as que ocorreram com as crianças, já foram computados pelo ministério. A vacina é fabricada desde o fim dos anos 30 pelo laboratório público Biomanguinhos, da Fiocruz.
As duas notificações de contaminação por meio do leite ocorreram em Porto Alegre e na cidade de Cachoeira do Sul, a 196 km da capital gaúcha.
Os pediatras, após avaliar o quadro, notificaram a suspeita. A partir dali começava uma investigação que culminou com a publicação, em 14 de janeiro deste ano, de uma nota técnica pelo ministério restringindo a vacinação durante a amamentação.
"O conhecimento sobre a vacina vem crescendo desde os anos 90. Isso também é um alerta para buscarmos alternativas", afirma o epidemiologista Expedito Luna, do Instituto de Medicina Tropical da USP. Atualmente há estudos sobre vacinas com uma concentração menor de vírus atenuado. (Fonte: Estado de São Paulo/medimagem)


OLFATO SUPER ATIVADO!

Fórmulas para emagrecer que ativam o olfato ganham espaço no mercado americano e europeu, mas especialistas questionam a eficácia dos produtos. Há produtos que prometem uma perda de até 2,3 quilos por mês, sem a pessoa passar fome.
O que fabricantes querem fazer parecer milagre não passa de um truque para enganar o cérebro. Já se sabe que pessoas sem olfato engordam. Então a indústria melhora, por meio de pós e outros recursos, o cheiro dos alimentos. Isso faz a saciedade numa pessoa saudável ser ativada rapidamente e ela come menos.
Nessa linha, há produtos em forma de pós ou grânulos, que são adicionados aos pratos e lanches prontos, canetas com aromas de hortelã, que devem ser inalados antes das refeições, e adesivos.
Assim que comemos, receptores de cheiro e paladar enviam mensagens ao cérebro, e este libera hormônios que indicam que é hora de parar de comer.
Especialistas questionam o pouco tempo de testes desses produtos e o fato deles não terem alcançado destaque em congressos de endocrinologia e de obesidade.
A fórmula do Sensa, por exemplo, foi testada apenas por seis meses em 1.436 pessoas, que perderam, diz o site da empresa, 13,8kg, em média. Cada frasco custa cerca de R$ 200, só dura um mês e promete levar o cérebro a pensar que a pessoa já comeu o suficiente. (Fonte: O Globo/MEDIMAGEM)


REVISTA CIENTÍFICA "CORTA" CIGARROS!

A revista científica "PLoS Medicine" anunciou ontem que não publicará mais trabalhos que tenham recebido qualquer tipo de financiamento da indústria do cigarro. A nova política passa a valer imediatamente.
Em editorial, o periódico expressou preocupação com as "tentativas da indústria [do tabaco] de distorcer a ciência e desviar a atenção dos efeitos nocivos do tabagismo".
Parte de uma organização sem fins lucrativos, a "PLoS Medicine" (www.plosmedicine.org) é uma revista de acesso aberto pela internet que publica artigos em várias áreas das ciências médicas.
De acordo com a Sociedade Americana de Câncer, estima-se que haverá 6 milhões de mortes relacionadas ao uso de cigarro neste ano -o número deve alcançar os 7 milhões em 2020. (Fonte: medimagem)