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domingo, 31 de maio de 2020

PESQUISA SOBRE A DOR!

Descoberta no cérebro região que desliga a dor

Redação do Diário da Saúde

Descoberto centro cerebral que desliga a dor
Células neuronais na amígdala central do cérebro de um camundongo. As células vermelhas, magenta e amarelas (mas não verdes ou azuis) são partes de uma coleção de neurônios chamada CeAga, que possui potentes habilidades de supressão da dor.
[Imagem: Fan Wang Lab]
Centro da dor no cérebro
Cientistas descobriram uma pequena área do cérebro que pode controlar profundamente a sensação de dor.
E, de um modo um tanto inesperado, esse centro cerebral desliga a dor, mas não é capaz de ligá-la.
E ele também está localizado em uma área onde poucas pessoas pensariam em procurar um centro anti-dor: Na amígdala, que é frequentemente considerada o lar das emoções e respostas negativas, como a resposta de lutar ou fugir e a ansiedade.
Os experimentos foram feitos em animais, mas a equipe já está se preparando para verificar se o centro atua da mesma forma nos humanos.
"As pessoas acreditam que haja um lugar central para aliviar a dor, e seria por isso que os placebos funcionam," comentou a professora Fan Wang, da Universidade de Duke (EUA). "A questão é onde, no cérebro, está o centro que pode desligar a dor. Mas existem muitas regiões que processam a dor, e você precisa desativá-las todas para parar a dor. Enquanto esse único centro pode desativar a dor sozinho."
Desligando a dor com luz
A pesquisa é um prosseguimento de trabalhos anteriores da equipe, quando eles estudaram neurônios que são ativados, em vez de suprimidos, pela anestesia geral. Em um estudo de 2019, eles descobriram que a anestesia geral promove o sono de ondas lentas ativando o núcleo supraóptico do cérebro.
Mas sono e dor são coisas distintas, uma pista importante que levou a esta nova descoberta.
Especificamente, eles descobriram que a anestesia geral também ativa um subconjunto específico de neurônios inibitórios na amígdala central, que eles chamaram de neurônios CeAga (em inglês, CeA significa amígdala central; ga indica ativação por anestesia geral).
Usando uma tecnologia chamada optogenética, que usa luz para ativar uma pequena população de células no cérebro, os pesquisadores descobriram que podiam desativar os comportamentos de autocuidado que as cobaias apresentam quando se sentem desconfortáveis - eles fizeram isso ativando os tais neurônios CeAga. Os comportamentos de lamber as patas ou limpar o rosto foram "completamente abolidos" no momento em que a luz foi acesa para ativar o centro anti-dor.
"É muito drástico," disse Wang. "Eles simplesmente param de lamber e esfregar instantaneamente".
E quando a luz foi usada para amortecer a atividade dos neurônios CeAga, os animais responderam como se a ameaça temporária tivesse se tornado intensa ou dolorosa novamente. Nesse processo, a equipe também descobriu que a cetamina em baixa dose - um anestésico que permite a sensação, mas bloqueia a dor - ativa o centro de CeAga e não funcionaria sem ele.
Novos analgésicos
Agora, os pesquisadores vão procurar compostos que possam ativar apenas essas células para suprimir a dor, em busca de potenciais futuros analgésicos.
"Outra coisa que estamos tentando fazer é sequenciar essas células," disse Wang. A expectativa é encontrar o gene para um receptor de superfície celular raro ou único entre essas células especializadas, que permitiria que uma droga muito específica ativasse esses neurônios e aliviasse a dor.
Checagem com artigo científico:

Artigo: General Anesthetics Activate a Potent Central Pain-Suppression Circuit in The Amygdala
Autores: Thuy Hua, Bin Chen, Dongye Lu, Katsuyasu Sakurai, Shengli Zhao, Bao-Xia Han, Jiwoo Kim, Luping Yin, Yong Chen, Jinghao Lu, Fan Wang
Publicação: Nature Neuroscience
DOI: 10.1038/s41593-020-0632-8


https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descoberto-centro-cerebral-desliga-dor&id=14124&nl=nlds

terça-feira, 26 de maio de 2020

NANOBIOSSENSOR e a ESCLEROSE MÚLTIPLA

Sensor detecta esclerose múltipla nos estágios iniciais da doença

Com informações da Agência Fapesp






  • Sensor detecta esclerose múltipla nos estágios iniciais da doença














O sensor detecta biomarcadores da esclerose múltipla nos estágios iniciais da doença.[Imagem: UFSCar]

Nanobiossensor
Pesquisadores da UFSCar de Sorocaba (SP) desenvolveram uma técnica para diagnosticar precocemente uma doença do sistema nervoso central, a esclerose múltipla, e distingui-la de outra assemelhada, a neuromielite óptica.
Em pessoas acometidas por essas enfermidades, o sistema imunológico produz anticorpos que atacam e danificam parte da camada da bainha de mielina, a capa protetora que envolve os neurônios e auxilia na transmissão dos impulsos nervosos. Com o tempo, surgem lesões permanentes em regiões do cérebro.
Para detectar herbicidas, metais pesados e outros poluentes, que também afetam o sistema nervoso, a equipe já havia desenvolvido um nanobiossensor - um sensor com dimensões nanoscópicas feito com materiais biológicos.
O que se confirmou agora é que o mesmo sensor permite observar a interação entre os anticorpos presentes nas amostras de pacientes depositadas em um microscópio eletrônico e os peptídeos que compõem a bainha de mielina.
"Com o microscópio de força atômica é possível detectar a presença de anticorpos específicos para cada uma dessas duas doenças no líquor e no soro sanguíneo. Se os anticorpos forem atraídos pelos peptídeos que depositamos no sensor durante o teste, é sinal de que o paciente tem a doença. O equipamento é muito sensível e capaz de identificar uma quantidade pequena desses anticorpos, ou seja, é capaz de diagnosticar ainda nas fases iniciais da doença," contou o pesquisador Fábio de Lima Leite.
Esclerose Múltipla e Neuromielite
A esclerose múltipla é diagnosticada clinicamente a partir de sintomas relatados pelo paciente e por exames de ressonância magnética, que identificam lesões em determinadas áreas do cérebro. Os dois equipamentos têm custo muito elevado, enquanto o nanobiossensor poderá ser muito barato.
"Foi necessário purificar o líquor e o soro para deixar só os anticorpos na amostra. Assim, foi possível detectar anticorpos específicos para a esclerose múltipla, como o anti-MBP85-99 [antiproteína básica de mielina]. Se esses anticorpos estão circulando nos pacientes, é provável que eles tenham esclerose múltipla. Nosso próximo objetivo no estudo é conseguir fazer um sensor que não precisa de amostras purificadas," disse Fábio.
A equipe também conseguiu identificar a neuromielite óptica em pacientes e distingui-los de pacientes acometidos pela esclerose múltipla. "Já existe um biomarcador específico para a doença. Portanto, foi possível detectar o anticorpo da aquaporina-4 em amostras de pacientes, utilizando o mesmo método usado para detectar a esclerose múltipla," contou a pesquisadora Ariana de Souza Moraes.
Atualmente, a neuromielite óptica pode ser identificada por uma metodologia conhecida como ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática, na sigla em inglês), de baixo custo e amplo alcance para a população. "Porém, essa plataforma não é tão sensível quanto o nanoimunossensor e não detecta a doença em estágios iniciais," disse Ariana.
Checagem com artigo científico:

Artigo: Nanoimmunosensor based on atomic force spectroscopy to detect anti-myelin basic protein related to early-stage multiple sclerosis
Autores: Pâmela Soto Garcia, Doralina Guimarães Brum, Osvaldo N. Oliveira Jr, Akemi Martins Higa, Jéssica Cristiane Magalhães Ierich, Ariana de Souza Moraes, Flávio Makoto Shimizu, Nancy M.Okuda-Shinagawa, Luís Antonio Peroni, Paulo Diniz da Gama, M. Teresa Machini, Fabio Lima Leite
Publicação: Ultramicroscopy
DOI: 10.1016/j.ultramic.2020.112946




CORUJAS URBANAS

Família de corujas gigantes faz amizade com homem e sua TV

Por , em 25.05.2020
Jos Baart é um homem belga que mora no terceiro andar de um apartamento nos Países Baixos. Baart tem um ódio profundo por pombos, especialmente os que fazem ninhos em sua floreira da janela. Por isso, quando ele ouviu pios longos e profundos na janela de sua casa, já começou a xingar todos os pombos do mundo. Depois de dois ou três dias, ele percebeu que seu novo inquilino era uma ave muito especial: uma bufo-real, a maior coruja do mundo.
O bufo-real chega a ter envergadura de 2 m e comprimento de 86 cm, pesando até 5,5 kg. A ave vive na Europa, Ásia e África, mas é mais frequente na região nordeste da Europa. Elas não gostam de proximidade com humanos, preferindo rochedos ou bosques.
Melhor ainda foi o que aconteceu depois: a mamãe coruja botou três ovos, e no mês de abril Baart pode admirar os três filhotes todos os dias. Essa família ainda vai passar bastante tempo por ali, já que essa espécie de corujas leva quatro meses para atingir a maturidade e deixar o ninho. Enquanto isso, as aves – especialmente os filhotes – passam os dias vendo televisão com Baart.
Em uma entrevista com o programa de TV holandesa Vroge Vogels (Pássaros Madrugadores), Baart explica que os filhotes ficam horas entretidos com as luzes piscantes do aparelho de TV de sua sala, enquanto a mãe prefere ficar atrás das plantas, protegendo os filhotes e observando a rua abaixo da floreira.
Os filhotes nem sequer reagem com a presença do humano bem pertinho da janela, e ele torce para que eles retornem no ano que vem para aumentar a família. “Posso ter uma família aqui e outra ali”, diz ele alegremente, apontando para todas as janelas de sua sala. “Podem vir! Contanto que não sejam pombos”.  [Good News Network]
Confira a entrevista no vídeo abaixo:




https://hypescience.com/familia-de-corujas-gigantes-gosta-de-ver-tv-pela-janela-de-um-apartamento/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

sábado, 23 de maio de 2020

SAL e o SISTEMA IMUNOLÓGICO

Sal em excesso enfraquece o sistema imunológico

Redação do Diário da Saúde

Sal em excesso enfraquece o sistema imunológico
A equipe descobriu que o sal só nos protege de infecções na pele, mas piora qualquer outra infecção.
[Imagem: Max Germer]
Sal e sistema imune
Uma dieta rica em sal não é ruim apenas para a pressão sanguínea, mas também para o sistema imunológico.
Voluntários humanos que consumiram seis gramas adicionais de sal por dia apresentaram deficiências imunológicas pronunciadas - esse valor corresponde ao teor de sal de duas refeições tipo fast food.
Nos testes com cobaias, camundongos alimentados com uma dieta rica em sal também sofreram de infecções bacterianas muito mais graves do que seus companheiros que se mantiveram com a quantidade de sal recomendada e foram sujeitos ao mesmo processo infeccioso induzido.
Quanto de sal comer por dia?
Cinco gramas por dia, não mais: Essa é a quantidade máxima de sal que os adultos devem consumir de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) - corresponde aproximadamente a uma colher de chá.
Na realidade, porém, muita gente excede consideravelmente esse limite. Isso significa que pegamos o saleiro muito mais do que seria bom para nós. Afinal, o cloreto de sódio, que é o nome químico do sal de cozinha, aumenta a pressão sanguínea e, portanto, aumenta o risco de ataque cardíaco ou derrame.
Mas não é só isso: "Agora conseguimos provar pela primeira vez que a ingestão excessiva de sal também enfraquece significativamente um braço importante do sistema imunológico," explica o Dr. Christian Kurts, do Hospital Universitário de Bonn (Alemanha).

Só melhora infecções na pele
Este resultado é inesperado, já que alguns estudos apontam na direção oposta. Por exemplo, infecções por certos parasitas da pele em animais de laboratório curam-se significativamente mais rapidamente se as cobaias consumirem uma dieta rica em sal: os macrófagos, que são células imunes que atacam, comem e digerem parasitas, são particularmente ativos na presença de sal. Vários médicos concluíram a partir dessa observação que o cloreto de sódio tem um efeito geralmente melhorador da imunidade.
"Nossos resultados mostram que essa generalização não é precisa," enfatiza Katarzyna Jobin, da Universidade de Würzburg e participante da pesquisa. "Há duas razões para isso: primeiro, o corpo mantém a concentração de sal no sangue e nos vários órgãos largamente constante. Caso contrário, processos biológicos importantes seriam prejudicados. A única grande exceção é a pele: ela funciona como um reservatório de sal do corpo. É por isso que a ingestão adicional de cloreto de sódio funciona tão bem em algumas doenças da pele."
No entanto, outras partes do corpo não são expostas ao sal adicional consumido com os alimentos. Em vez disso, ele é filtrado pelos rins e excretado na urina.
E é aí que o segundo mecanismo entra em ação: os rins têm um sensor de cloreto de sódio que ativa a função de excreção de sal. Como efeito colateral indesejável, no entanto, esse sensor também faz com que os chamados glicocorticoides se acumulem no corpo. E estes, por sua vez, inibem a função dos granulócitos, o tipo mais comum de célula imune no sangue.
Os granulócitos, assim como os macrófagos, são células "matadoras". No entanto, elas não atacam parasitas, mas principalmente bactérias. Se elas não fizerem isso em um grau suficiente, as infecções ocorrerão muito mais severamente.
Checagem com artigo científico:

Artigo: A high-salt diet compromises antibacterial neutrophil responses through hormonal perturbation
Autores: Katarzyna Jobin, Natascha E. Stumpf, Sebastian Schwab, Melanie Eichler, Patrick Neubert, Manfred Rauh, Marek Adamowski, Olena Babyak, Daniel Hinze, Sugirthan Sivalingam, Christina K. Weisheit, Katharina Hochheiser, Susanne Schmidt, Mirjam Meissner, Natalio Garbi, Zeinab Abdullah, Ulrich Wenzel, Michael Hölzel, Jonathan Jantsch, Christian Kurts
Publicação: Science Translational Medicine
DOI: 10.1126/scitranslmed.aay3850

HPB e TERAPIA DE CAMPO ELETROMAGNÉTICO PULSADO

Novo tratamento não invasivo para próstata
Redação do Diário da Saúde

Novo tratamento não invasivo para próstata
Hipótese inflamatória subjacente à hiperplasia prostática benigna e mecanismo biofísico da eficácia da terapia de campo eletromagnético pulsado.
[Imagem: Tenuta et al. - 10.1111/andr.12775]
Terapia de campo eletromagnético pulsado
Médicos da Universidade Sapienza (Itália) publicaram resultados promissores de um pequeno estudo prospectivo de uma intervenção para tratar homens que sofrem de hiperplasia prostática benigna (HPB), mais conhecida como próstata aumentada.
O tratamento foi feito com uma técnica não invasiva conhecida como TCEP - terapia de campo eletromagnético pulsado.
Após um mês de tratamento, o volume da próstata e os sintomas diminuíram significativamente. Homens com sintomas moderados a graves do trato urinário e sem síndrome metabólica se beneficiaram mais com o tratamento.
Terapia de campo eletromagnético pulsado e HPB
A terapia de campo eletromagnético pulsado consiste em ondas de energia de baixa frequência, que têm sido usadas para uma variedade de doenças, como várias condições ortopédicas.
O campo eletromagnético reduz a inflamação ao promover o crescimento de novos vasos sanguíneos, dilatação dos vasos sanguíneos existentes e remodelação dos tecidos. O efeito geral é a redução da hipóxia tecidual.
"Os pacientes ficaram satisfeitos com este programa de tratamento simples e ficamos muito satisfeitos que seus sintomas melhoraram significativamente após apenas um mês de tratamento, sem nenhum tipo de efeito colateral," disse o professor Andrea Isidori.
Após apenas 28 dias de tratamento, a terapia reduziu significativamente o volume da próstata. Os sintomas também melhoraram, com alta adesão e sem efeitos na função hormonal e sexual.
A equipe agora planeja fazer um ensaio com um número maior de pacientes e um grupo de controle, o que será necessário para entender melhor o cronograma e a duração ideais do tratamento, o impacto do tratamento no tecido da próstata e o uso potencial da técnica em conjunto com as terapias tradicionais da HPB.
Próstata aumentada
A próstata produz líquido prostático, que é um componente principal do sêmen. A maioria dos homens com mais de 50 anos desenvolve próstata aumentada, ou HPB - a glândula pode chegar ao tamanho de um limão, pressionando a bexiga e a uretra.
A HPB inclui sintomas crônicos do trato urinário inferior, como micção frequente e urgente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e diminuição da força do fluxo urinário.
A etiologia da doença não é completamente conhecida, mas o dano inflamatório é a causa mais provável. A inflamação desencadeia fibrose e falta de oxigênio no tecido afetado, resultando em alterações estruturais na próstata. Isso cria um ciclo de inflamação-fibrose-hipoxia-inflamação, que por sua vez causa remodelação glandular e crescimento do tecido.
As opções tradicionais de tratamento para a HPB incluem medicamentos, como bloqueadores alfa e inibidores da 5-redutase, ou intervenções cirúrgicas, mas existem efeitos colaterais, incluindo disfunção erétil e perda do controle da bexiga.
Alguns homens afetados têm-se beneficiado de ingerir suplementos de uma planta conhecida como Saw Palmetto, uma palmeira curta nativa do sudeste dos Estados Unidos. Os índios norte-americanos usavam as bagas dessa planta para tratar problemas urinários há séculos. O suplemento de ervas proporciona alívio, mas as evidências clínicas de sua eficácia ainda não são conclusivas. Claramente, são necessários tratamentos eficazes e menos invasivos para esta doença tão comum.

Checagem com artigo científico:

Artigo: Therapeutic use of pulsed electromagnetic field therapy reduces prostate volume and lower urinary tract symptoms in benign prostatic hyperplasia
Autores: Marta Tenuta, Maria G. Tarsitano, Paola Mazzotta, Livia Lucchini, Franz Sesti, Giorgio Fattorini, Carlotta Pozza, Valerio Olivieri, Fabio Naro, Daniele Gianfrilli, Andrea Lenzi, Andrea M. Isidori, Riccardo Pofi
Publicação: Andrology
DOI: 10.1111/andr.12775


https://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=novo-tratamento-nao-invasivo-prostata&id=14103&nl=nlds

sexta-feira, 22 de maio de 2020

GOLFINHO ESPERTO!

Golfinho cria o hábito de trazer presentes do fundo do mar e trocá-los por comida

Por , em 21.05.2020
Golfinhos são criaturas muito inteligentes. Um deles até descobriu que seres humanos achavam graça quando ele trazia presentes do fundo do mar e lhe davam comida por isso. Logo, desenvolveu o hábito de fazê-lo.
  • Mystique
O Mystique é um golfinho macho do gênero Sousa de 29 anos que vive no Barnacles Dolphin Centre, na cidade costeira de Tin Can Bay, em Queensland, na Austrália.
Ele é o único animal em um grupo de sete que aprendeu a trazer presentes regularmente para os voluntários que tomam conta dele.
Os funcionários do centro não o treinaram para se comportar dessa maneira; foi o próprio mamífero nadador que percebeu que era premiado com peixes deliciosos ao trazer esses souvenirs do oceano, e decidiu que ganhar a vida assim era uma boa.

Presentes curiosos

De belas conchas a corais e garrafas envelhecidas, Mystique se provou um excelente caçador de tesouros.
Segundo Lyn McPherson, que alimenta os golfinhos do Barnacles, o animal sempre teve uma personalidade generosa, mas esse comportamento aumentou depois que o centro foi fechado por conta da quarentena.
Na conta nas redes sociais do Barnacles Café and Dolphin Feeding Centre, McPherson informou que Mystique estava sentindo falta da interação com e da atenção do público.

Todos os voluntários ficaram surpresos com sua persistência. “Às vezes, ele traz 10 [presentes], um de cada vez, e os alinha conforme quer ganhar os peixes”, explica McPherson.
Para saber mais sobre Mystique e os outros golfinhos do Barnacles, acesse o website do centro ou sua página no Facebook. [BoredPanda]


https://hypescience.com/esse-golfinho-traz-presentes-do-fundo-do-mar-em-troca-de-comida/?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed%3A+feedburner%2Fxgpv+%28HypeScience%29

CONJUNTIVITE e o CORONAVÍRUS

Esse pode ser o único sintoma de Covid-19 em alguns pacientes

Por , em 20.05.2020
De acordo com publicação da Universidade de Utah, o coronavírus pode causar conjuntivite em casos raros e não parece ser o único sintoma de Covid-19, sendo acompanhada de febre, tosse e falta de ar. Mas cinco pacientes da Itália parecem contrariar essa informação.
Os casos foram reportados na publicação IDCases, indicando que conjuntivite aguda sem remissão pode ser o único sintoma de Covid-19 em alguns pacientes. O coautor do relato Edoardo Trovato Battagliola falou que a conjuntivite em si não é comum entre as pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Mas quando ocorre, geralmente, é acompanhada de outros sintomas como febre, mal estar generalizado e tosse.
A peculiaridade desses pacientes é que a conjuntivite permaneceu como único sintoma. Os cinco infectados apresentaram conjuntivite aguda e sintomas como hiperemia conjuntival, epífora, secreção e fotofobia reportados após vários dias sem melhora dos sintomas.
Os médicos confirmaram o diagnóstico de conjuntivite aguda e aconselharam o tratamento dos sintomas. Como o tratamento ocorreu durante a pandemia e os pacientes haviam viajado à Lombardia, mesmo sem eles terem febre, sintomas respiratórios ou outros sintomas de Covid-19, foram solicitados testes para a doença e os cinco tiveram resultado positivo.
Os pacientes foram orientados a fazer quarentena até que os sintomas passassem e eles foram acompanhados por telefone. Durante o período de recuperação continuaram sem relatar outros sintomas da Covid-19.
Embora seja bom para os pacientes reagir de forma positiva a infecção, sem sintomas graves, Battagliola considera que eles representam uma ameaça maior para outras pessoas. Isso porque os infectados ficam menos conscientes da sua condição, mas continuarem passando o vírus para outras pessoas.

Atenção aos olhos

Os autores do estudo concluíram que pode não ser aconselhável testar todos os pacientes com sintomas similares, até que sejam feitas mais pesquisas para estabelecer com maior clareza a relação entre conjuntivite e Covid-19. Os resultados ressaltam a necessidade de mais pesquisas e a importância da proteção dos olhos para profissionais da área da saúde, alertam os autores. Mesmo quando atendem pacientes sem os sintomas típicos da doença. Porque as conjuntivas são suscetíveis a vírus respiratórios e permanecem um importante ponto de entrada.
Não se sabe a porcentagem de pacientes que apresentarão conjuntivite como um dos primeiros ou como único sintoma de Covid-19. Mas essa publicação revela que a conjuntivite pode aparecer dias antes dos sintomas típicos da doença.
No esforço para combater a disseminação do SARS-CoV-2, os autores querem enfatizar a possibilidade de ocorrerem apresentações clínicas atípicas da Covid-19 e que, portanto, deve ser mantido um alto nível de suspeita. [MedscapeIDCasesUniversity of Utah Health]

quarta-feira, 6 de maio de 2020

MÁSCARA DE NANOCELULOSE

Máscara de celulose filtra vírus

Redação do Diário da Saúde

Máscara de celulose filtra vírus
Do resíduo de biomassa ao filtro de nanocelulose, capaz de reter vírus e nanopartículas ambientais.
[Imagem: QUT]
Máscara de nanocelulose
Logo após o início da pandemia de covid-19, pesquisadores norte-americanos apresentaram uma máscara que mata os vírus, e agora estão trabalhando aceleradamente para tentar transformar sua ideia em produto comercial.
Mas o professor Thomas Rainey, da Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália), acredita que dá para obter o mesmo resultado de forma mais rápida usando um material biológico natural - a celulose das árvores - para fazer um filtro contra vírus que pode funcionar em múltiplas aplicações, das máscaras individuais a filtros industriais para sistemas de ar-condicionado.
Além disso, o filtro é tão poderoso que pode funcionar como proteção antipoluição, capturando até partículas nanométricas presentes na poluição do ar.
"Nós desenvolvemos e testamos um material de nanocelulose altamente respirável que pode remover partículas menores que 100 nanômetros, do tamanho de vírus," disse Rainey. "Vejo muitas pessoas usando máscaras que não são testadas quanto a vírus. Testamos esse material minuciosamente e descobrimos que ele é mais eficiente em sua capacidade de remover nanopartículas do tamanho de vírus do que as máscaras de alta qualidade disponíveis comercialmente que testamos e comparamos."
A equipe também testou o novo material quanto à respirabilidade.
"Por respirabilidade entendemos a pressão ou esforço que o usuário tem que usar para respirar através da máscara. Quanto maior a respirabilidade, maior o conforto e a redução da fadiga," disse o pesquisador. "Este é um fator importante para pessoas que precisam usar máscaras por longos períodos ou com problemas respiratórios."
Máscara de celulose filtra vírus
A equipe já está com o material pronto, e agora procura parceiros na indústria para levá-lo ao mercado.
[Imagem: QUT]
Filtro para vírus
Os testes mostraram que o filtro à base de celulose - nanocelulose é a celulose quebrada em fibras na escala dos nanômetros, ou bilionésimos de metro - é mais respirável do que as máscaras comerciais, incluindo as máscaras cirúrgicas.
O material também pode ser usado como um cartucho de filtro descartável para máscaras faciais.
"Este material seria relativamente barato de produzir e, portanto, adequado para uso único (descartável).
"A nanofibra de celulose é feita a partir de resíduos de plantas, como bagaço de cana e outros resíduos agrícolas, e é, portanto, biodegradável. Ela pode ser fabricada com equipamento relativamente simples e, portanto, podemos produzir rapidamente grandes quantidades do material.
"Estabelecemos a prova de conceito como material de filtração nanoparticulado e atualmente estamos buscando parceiros na indústria," disse Rainey.
Checagem com artigo científico:

Artigo: Regenerated Cellulose Fibers Wetspun from Different Waste Cellulose Types
Autores: Yibo ma, Bijan Nasri-Nasrabadi, Xiang You, Xungai Wang, Thomas J. Rainey
Publicação: Journal of Natural Fibers
DOI: 10.1080/15440478.2020.1726244




domingo, 3 de maio de 2020

TDAH e COORDENAÇÃO MOTORA

Existe uma relação entre o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e os problemas de coordenação motora

Pesquisas realizadas no INEF da Universidade Politécnica de Madri sublinham a relação entre as duas patologias e enfatizam a importância da detecção precoce de ambos os problemas, a fim de evitar danos à auto-estima e às habilidades de relacionamento das crianças.

04.27.2020 (Publicado em upm.es)
Crianças impulsivas, com maior dificuldade do que a média em prestar atenção, que interrompem muito e são praticamente incapazes de ficar em silêncio por um período de tempo, que são facilmente distraídas ou que mudam muito de atividade. Estes são alguns dos sintomas frequentemente associados a crianças com TDAH ou Transtorno do Déficit de Atenção, uma patologia que aparece na infância e é diagnosticada principalmente após 7 anos, com uma prevalência entre 5 e 8% na população infantil.
Mas e se pensarmos nas habilidades motoras dessas crianças? Sendo muito ativo, tudo levaria a pensar que suas habilidades motoras seriam boas. No entanto, um estudo no qual o Grupo de Pesquisa Psicossocial no Esporte da Faculdade de Atividade Física e Ciências do Esporte (INEF) da Universidade Politécnica de Madri (UPM) participou mostrou que, pelo contrário Pelo que você acredita, existe uma relação clara entre o TDAH e os problemas de coordenação motora em menores.
"Problemas de atenção, hiperatividade, bem como comportamentos impulsivos na população infantil, são alguns dos principais problemas que preocupam a sociedade. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é o diagnóstico que ocorre atualmente com mais frequência entre os transtornos considerados neuropsiquiátricos e / ou neurodesenvolvimentais ", explica Miguel Villa de Gregorio, principal pesquisador deste trabalho.
O estudo realizado na UPM mostra que aproximadamente metade das crianças com TDAH apresentam sérios problemas de competência motora, definidos na grande maioria dos casos pelo chamado Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC).
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores revisaram a literatura científica desenvolvida até o momento, que inclui uma amostra de mais de 1.600 crianças entre 5 e 14 anos diagnosticadas e descobriram que a competência motora de escolares com TDAH era menor do que a de crianças que não sofriam dessa patologia.
Em vista dos dados, os pesquisadores não duvidam que a baixa capacidade motora e o déficit de atenção estejam relacionados, embora, dizem eles, seja cedo para se aventurar se uma é a causa da outra ou vice-versa. "É evidente que, com base nas conclusões descritas acima, uma das primeiras consequências para pesquisas futuras é revelar a razão da comorbidade entre CDD e TDAH. Por outro lado, a abordagem prática desta linha de pesquisa nos leva a considerar se o trabalho motor adequado melhoraria a competência motora e os processos de atenção e ativação de crianças em idade escolar com ambas as patologias e se esse tipo de trabalho poderia ser integrado (do ponto de vista curricular), nas aulas de Educação Física, durante todo o período escolar”. 
Miguel Villa acrescenta que desenvolveu esta pesquisa como parte de sua tese de doutorado, sob a direção dos professores do INEF-UPM Luis Miguel Ruiz Pérez; Maria Isabel Barriopedro Moro.
Problemas de sociabilidade e baixa auto-estima
E é que o desenvolvimento deficiente de suas habilidades motoras é especialmente importante porque, se não for tratado adequadamente, pode levar a outros problemas para menores.
"Crianças em idade escolar com TDAH têm uma percepção de sua competência motora, abaixo de seus pares com desenvolvimento normal ou típico, o que os leva a não ter motivação para praticar atividade física. Soma-se a isso que os professores de educação física percebem seus alunos com TDAH como alunos com baixa competência motora, o que poderia condicionar os ambientes de aprendizagem aos quais o acadêmico está exposto ”, explica Miguel Villa. "A falta de participação em atividades de natureza recreativa e esportiva faz com que os problemas de relacionamento social aumentem, contribuindo para que seus níveis de auto-estima não sejam adequados", acrescenta.
Esse coquetel de ingredientes, que molda o perfil psicossocial do TDAH, se traduz em uma tendência a um estilo de vida sedentário que aumenta ainda mais suas dificuldades motoras, aspecto em que os pesquisadores consideram muito necessário aumentar a conscientização da sociedade, altamente focada nas demandas acadêmicas, mas menos focada na importância da educação física para menores.

“Atualmente, a sociedade exerce certa pressão para que nossos alunos apresentem um desempenho acadêmico muito alto, negligenciando o tempo livre e, sobretudo, o tempo para brincar, se movimentar e ter experiências sociais e emocionais. 
No caso de crianças comórbidas, esse cenário é ainda mais difícil, pois normalmente, o tempo necessário para se dedicar a tarefas eminentemente acadêmicas é geralmente superior à média e, portanto, têm muito pouco tempo para se movimentar, participar de atividades atividades esportivas e / ou recreativas, que podem levar a maiores dificuldades nas aulas de Educação Física, pois os menores se sentem, de certa forma, mais rejeitados ”, explica o pesquisador da UPM.
Por esse motivo, é especialmente importante que os pesquisadores envolvam professores de educação física no processo de treinamento de crianças com TDAH para prevenir e aliviar outros problemas: “É especialmente importante que os professores de educação física estejam cientes do problema palpável que existem nas salas de aula e a necessidade de atender às necessidades educacionais dessa parte dos alunos e fornecer planos de ação específicos que possibilitem isso ", conclui Miguel Villa.
Villa, M., Ruiz, LM, & Barriopedro, MI (2019). Análise das relações entre Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (CDD / DCD) e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade em idade escolar. Challenges, 36, 625-632.


https://www.inef.upm.es/?id=99f1524f8aab1710VgnVCM10000009c7648a____&prefmt=articulo&fmt=detail

LIAN GONG e I QI GONG

Lian Gong e I Qi Gong ...
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Lian Gong é uma fisioterapia que você pode fazer em si mesmo. São movimentos amplos, naturais e contínuos. Isto faz com que melhore a circulação da energia vital.Um dos principais objetivos da Via Cinco é apoiar o praticante e instrutor de Lian Gong e I Qi Gong. (fala-se liancum e iticum).Estas duas práticas foram criadas por Dr Zhuang, importante médico chinês. O Lian Gong, para forjar um corpo saudável contém 2 partes: Anterior e a Posterior. As partes estão divididas em séries, que enfatizam regiões do corpo.

O I Qi Gong está mais direcionado ao sistema respiratório e é muitas vezes feita em seguida do Lian Gong, formando a terceira parte da prática completa. Mas nada impede que se faça apenas o I Qi Gong, Posterior ou Anterior em separado.

I Qi Gong - beneficiamento dos sopros vitais

Nos anos 70, o Dr Zhuang, criador do Lian Gong, já possuía um consultório especializado em tratamentos de bronquite em Shangai na China.
O tratamento era através de medicamentos, levando-o a constatar que, os pacientes não conseguiam se fortalecer, elevar a resistência do organismo e melhorar as funções do sistema respiratório para atingir o objetivo maior, que é prevenir recaídas da doença.
Foi desta forma que ele criou estes exercícios voltados para o sistema respiratório, ao mesmo tempo que tem uma atuação abrangente sobre o organismo.
Assim, podemos aumentar a capacidade do sistema respiratório, a quantidade de oxigênio nos pulmões, melhorar o sistema circulatório, dinamizar o metabolismo em geral.
O resultado é uma maior resistência do organismo do paciente para poder “na presença da doença, curar a doença; na ausência da doença, fortalecer o corpo”.
Os exercícios atuam no Qi. Na Medicina Tradicional Chinesa, o Qi, além de ser o ar que respiramos, é também a energia responsável pelas atividades e funções corporais. Quando estamos doentes, hospedamos um Qi de estagnação que precisa ser eliminado e, no seu lugar, o Qi correto é estabelecido.
Os movimentos devem mobilizar o Nei Jing (força interna) e permitir a percepção do Qi. Segundo as teorias da Medicina Tradicional Chinesa, o Qi é a base da vida e o mestre do sangue. Quando o Qi flui o sangue flui. Caso contrário há estagnação. Assim, é necessário enfatizar a força interna, o Nei Jing, para que este lidere o Qi, e este último, lidere o Sangue.
A poluição combinada com o frio vem sendo a causa do crescente número de pessoas com doenças respiratórias. Segundo a medicina tradicional chinesa, as doenças de inverno se previnem no verão, ou seja, esta é uma prática para se fazer com regularidade.
No I Qi Gong, a inspiração é pelo nariz e a expiração pela boca. Quando o movimento é de expansão ele é feito na inspiração, seguido pela expiração para retornar ao eixo. Mas cuidado para não forçar a respiração.
Os movimentos são lentos, contínuos, combinados com a respiração natural.
A combinação do movimento e respiração é que levará melhoria aos mais diversos pontos do sistema respiratório.
A amplitude dos movimentos aumenta a quantidade de ar que flui pelos pulmões, caixa torácica e diafragma.
Ampliando e aprofundando os movimentos respiratórios, aceleramos o metabolismo como um todo.

Você pode fazer as práticas como uma sequência, que é a forma que se faz em local aberto, ou de forma mais específica para se reabilitar. No segundo caso, recomendamos que você já conheça bem os exercícios. Dependendo do caso, peça informação ao instrutor ou mesmo a um fisioterapeuta.
Oferecemos várias possibilidades para você praticar: se você ainda não conhece os exercícios, pode fazer as práticas junto ao vídeo. Se já conhece pode recorrer aos áudios.
Cada parte do Lian Gong contém 3 séries. Caso queira saber mais sobre as séries, você pode praticá-las em separado.
Mas lembre-se de fazer uma verificação de tempos em tempos. Nada substitui o professor. Você pode começar agora mesmo, não requer roupa especial! Mas antes temos 2 dicas:
  • Faça movimentos naturais. Esticar-se ou fazer movimentos amplos é importante, mas não force.
  • Faça com alegria, curta os movimentos lentos e contínuos.
Para saber um pouco mais sobre outras práticas chinesas, acesse o link https://viacinco.com/auto-percussao