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quinta-feira, 31 de maio de 2012

NOVO PORTAL: TRABALHOS CIENTÍFICOS SOBRE SAÚDE


Profissionais da saúde poderão acessar conteúdo científico por meio do portal Saúde Baseada em Evidências, lançado na terça-feira (29).
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, estão disponíveis para consulta mais de 31 mil periódicos completos e mais de 200 mil trabalhos acadêmicos digitalizados, entre dissertações de mestrado e teses de doutorado.
Cerca de R$ 10 milhões foram utilizados na criação do portal e na compra do acervo digital de sete bancos de dados (Rebrats, Embase, ProQuest Hospital Collection, Atheneu Livros Virtuais, Micromedex, Dynamed e Best Practice, British Medical Journal).
"Esse portal de periódicos científicos da Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior] ajuda em toda pesquisa no Brasil, toda a vida acadêmica, em todas as áreas do conhecimento, todos nossos estudantes no exterior, bolsistas, pesquisadores, utilizam esse portal como referência, porque ele é muito bem organizado, muito didático", disse Mercadante.
Segundo o ministro, a concepção do portal foi feita por uma comissão de cientistas e de especialistas, que determinou quais os periódicos que interessam ao profissional na ponta, de forma que o atendimento e o tratamento em saúde sejam melhorados.
Além da Capes, a iniciativa envolve o Ministério da Saúde e da Educação e a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Segundo Mercadante, o objetivo do portal é melhorar a eficiência do trabalho dos médicos no país, já que a proporção é relativamente pequena, com uma média nacional de 1,8 médico para cada mil habitantes. Na Argentina, a proporção é o dobro do que no Brasil.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, explica que a ideia é apostar nos profissionais e gestores que já atuam hoje para que eles tenham informações mais atualizadas e possam tomar decisões mais corretas.
"O portal ajuda os profissionais a tratarem num tempo mais adequado as pessoas. Um dos grandes problemas hoje é o tempo de demora, de espera para fechar um diagnóstico, para resolver o tratamento. Com esse portal, lá na ponta, o profissional de saúde, onde estiver, vai poder checar o diagnóstico, qual é a melhor forma de fazer o diagnóstico, pode usar o Telessaúde [sistema do Ministério da Saúde em que os médicos tiram dúvidas pelo telefone] pra mandar as informações do exame que fez, pegar uma segunda opinião e, com isso, tratar melhor as pessoas".
O médico Délio Batista Pereira, que atua em Porto Velho (RO), considera a iniciativa muito interessante para todos que trabalham com saúde.
"Nós carecemos de bibliotecas de boa qualidade. Os livros são caros, os recursos são escassos e a abertura do portal da Capes para todo profissional de saúde é muito importante para gente manter a atualização e cuidar melhor dos nossos pacientes."
O acesso ao portal será feito com o número do registro profissional (CRM) e uma senha. Já estão cadastrados 920 mil trabalhadores em saúde. A expectativa é que esse número chegue a 1,8 milhão de profissionais.
O objetivo da medicina baseada em evidências é oferecer ao médico e profissionais de saúde subsídio de estudos e práticas anteriores para auxiliar na tomada de decisão. 
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1097760-governo-lanca-portal-que-disponibiliza-trabalhos-academicos-em-saude.shtml

AH! SE A MODA PEGA! N.YORK e REFRIGERANTES


Nova York quer proibir venda de refrigerantes com mais de 500 ml

O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, quer proibir a venda de refrigerantes e outras bebidas açucaradas em locais públicos, como restaurantes e cinemas, como medida de combate à obesidade da população. O veto afetaria somente as embalagens com mais de 500 ml.
Bloomberg falou sobre sua proposta em uma entrevista ao jornal "New York Times" desta quinta-feira (31), provocando reação imediata entre empresários que comercializam as bebidas.
"A obesidade é um problema de saúde nacional e, em todos os Estados Unidos, os responsáveis pela saúde pública se lamentam e dizem que isto é terrível", disse.
De acordo com dados oficiais, mais da metade dos adultos da cidade é obesa ou sofre com o sobrepeso. Uma pesquisa do governo mostra que um terço dos nova-iorquinos bebem uma ou mais bebidas açucaradas diariamente.
Justin Lane/Efe
Imagem de refrigerante de tamanho grande em rua de Nova York
Imagem de refrigerante de tamanho grande em rua de Nova York
Segundo o prefeito, a cidade de Nova York não é de se lamentar, mas de tomar atitudes. "Penso que é o que o público quer que seu prefeito faça."
A proibição atingiria ainda as redes de fast food, os ginásios esportivos e estabelecimentos de venda de comida pronta, todos bem populares entre os norte-americanos. Mercados, mercearias e lojas de conveniência seriam exceção e poderiam vender as bebidas.
Na lista das açucaradas, estariam incluídos também os drinques energéticos e chás gelados.
O veto à venda não se estenderia a bebidas com menos de 25 calorias por 250 ml, como as águas vitaminadas, os chás gelados que não levam açúcar e os refrigerantes diet. Sucos e bebidas à base de leite --como milk-shakes-- também estariam de fora.
A previsão é que a proposta de lei vá para votação em junho deste ano e, se passar, entrará em vigor a partir de março de 2013.
A ideia precisa ter, antes, a aprovação do Conselho de Saúde. Ao que tudo indica, ela deve passar. Todos os membros foram indicados pelo prefeito de Nova York e o presidente do órgão é comissário no departamento de saúde da cidade.
Nos últimos anos, os refrigerantes foram banidos em algumas escolas, que proibiram a venda. Em algumas cidades, também não podem ser vendidos em prédios públicos. 
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1098389-nova-york-quer-proibir-venda-de-refrigerantes-com-mais-de-500-ml.shtml

TABAGISMO: CESSAÇÃO e RECAÍDAS

Passar por uma situação de estresse agudo, como perder o emprego, divorciar-se ou enfrentar a morte de um familiar, é a principal causa de recaídas para tabagistas em tratamento. 
Dos 820 pacientes analisados por um estudo do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, 257 (31,3%) chegaram a parar de fumar por um tempo, mas retomaram o vício. E apenas 276 (33,7%) foram bem-sucedidos em largar o cigarro. Os demais ou abandonaram o tratamento ou nunca conseguiram parar de fumar.
O levantamento, apresentado em março deste ano durante o congresso da Society for Research on Nicotine and Tobacco, nos Estados Unidos, analisou a evolução clínica de pacientes inscritos no Programa de Assistência ao Fumante (PAF) - um software desenvolvido pela cardiologista Jaqueline Scholz Issa, diretora do Programa Ambulatorial de Tratamento do Tabagismo do Incor.
O programa permite a realização de análises retrospectivas do tratamento de cada paciente e busca características comuns àqueles que obtiveram sucesso ou insucesso no combate ao fumo. 
Outros dois gatilhos importantes apontados para a recaída, além do estresse agudo, foram a ansiedade intensa e o descuido (quando o paciente acredita que fumar um único cigarro não vai trazê-lo de volta ao vício).
"“Conhecendo mais detalhes sobre o tabagismo, poderemos alertar os pacientes sobre como essas situações de estresse e ansiedade interferem no tratamento. Voltar a fumar, embora possa aliviar momentaneamente o sofrimento e o desconforto, não vai resolver o problema: vai criar mais um"”, diz Jaqueline.
FONTE: Veja on line, 30/5/0212

DOENÇAS TABACO-RELACIONADAS: PESQUISA INÉDITA BRASILEIRA



Jornalista ANNA MONTEIRO
A Aliança de  Controle do Tabagismo (ACT) lançou um estudo de custos sobre doenças relacionadas ao tabagismo. É um estudo inédito, de uma magnitude jamais feita no Brasil. Poucos países possuem uma pesquisa com essa abrangência. Foi feito pela economista Márcia Pinto, da Fundação Oswaldo Cruz, com financiamento da ACT. 
Intitulado Carga das Doenças Tabaco Relacionadas para o Brasil, o estudo é o maior já feito no Brasil. Analisou dados de 2008 referentes a 15 doenças relacionadas ao tabaco e atualizou os valores monetários para 2011. 
Chegou-se à conclusão que o custo total atribuível ao tabagismo para o sistema de saúde no Brasil, para ambos os sexos, foi de R$ 20.685.377.897,00, ou seja, quase R$ 21 bilhões, quase 3 vezes e meia o que foi pago em impostos federais pelo setor tabaco.
As doenças selecionadas  no estudo incluem eventos agudos e doenças crônicas dos grupos câncer, cardíacas, cerebrovasculares e respiratórias   e receberam uma fração atribuível ao tabagismo. 
O estudo também mostra que ocorrem mais de 130 mil mortes anuais por essas doenças. 
Um release sobre o tema está disponível no site da ACT, link: http://www.actbr.org.br/uploads/conteudo/720_release_custo_de_tabagismo_3105.pdf

FONTE: Anna Monteiro
Diretora de Comunicação
(21) 2255-0520   7864-3970

Aliança de Controle do Tabagismo
http://actbr.org.br

DIA MUNDIAL SEM TABACO 2012: DESFAÇATEZ POLÍTICA DE UM GOVERNO FRACO


TEMA PROPOSTO PELA OMS: interferência indevida da "indústria da morte" (colocação minha) na implementação de medidas definidas na Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

TEMA PROPOSTO PELO GOVERNO BRASILEIRO: nada semelhante, NÃO?

Qual a razão para o Governo brasileiro não ter adotado o tema proposto pela Organização Mundial da Saúde? 

RESPONDA: 

1) - Receio de "trombar" com a indústria da morte? 
2) -  Medo de perder a grana para financiamento de campanhas?
3) - As duas acima.
4) - Estas e outras (inconfessáveis, mas existentes).
5) - Todas acima e ainda: está faltando uma explicação convincente!
Observação: vale mais de uma resposta.

DIA MUNDIAL SEM TABACO: 25 ANOS BEM VIVIDOS



Depois de 25 anos, dia mundial sem tabaco causa impacto em fumantes

O dia 31 de maio marca o 25º aniversário do dia mundial sem tabaco, mas a data de fato inspira alguém a parar de fumar? A resposta é sim, de acordo com um novo estudo do Programa de Informática do Children’s Hospital Boston e da Escola de Saúde Pública da Johns Hopkins Bloomberg.
Para o estudo, os pesquisadores monitoraram as notícias e as buscas na internet durante seis anos nos países da América Latina. A cobertura sobre a data e os picos de busca na internet pelo dia mundial sem tabaco aumentaram 83% e 84%, respectivamente, comparados a um dia típico.
— Depois de 25 anos não sabíamos se a data tinha impacto significativo na saúde pública — disse o coordenador do estudo, John Ayers. — Francamente, dada a proliferação de dias de conscientização, fomos surpreendidos ao encontrar grandes picos que apontam para interesse na cessação.
O analista sênior e doutourando Benjamin Althouse disse que “geralmente se pensa na véspera de Ano Novo como pico quando a mídia faz campanhas para que se pare de fumar e a pessoa quer parar. O dia mundial sem tabaco, entretanto, aparece como uma segunda chance da resolução de Ano Novo para parar de fumar”.
PARA VOCÊ, QUE VAI PARA DE FUMAR HOJE!
— As pessoas que moram em países em desenvolvimento respondem pela maioria de mortes da epidemia global de tabaco. Nosso estudo fornece evidências de que a data encoraja a consciência e o interesse nesta atitude nestes países — acredita Joanna Cohen, do Instituto para o Controle Global de Tabaco. — A maioria dos fumantes querem fumar e a data funciona como lembrete e inspiração eficazes.
FONTE: O GLOBO. 31/5/2012DIA MUNDIAL SEM TABACO

TABACO: SINAIS DE FUMAÇA


SINAL DE FUMAÇA
Levantamento do Inca (Instituto Nacional de Câncer) aponta que, dos 520 mil novos casos de câncer previstos para 2012 no Brasil, 37% devem ser relacionados ao cigarro. O percentual de mortalidade por tumor de pulmão atinge os 37% na região Sul contra 30% nas demais partes do país.
SINAL DE FUMAÇA 2
O estudo também indica que, se considerada a expectativa média de vida até os 80 anos no país, os homens podem perder até seis anos desse total, e as mulheres, até cinco, por conta dos tumores malignos ligados ao fumo. No Sul, essa estimativa passa para dez anos para os homens contra seis para as mulheres.

FONTE: REDE ACT / Folha de S.Paulo, coluna Monica Bergamo

 MÔNICA BERGAMO

BRASIL: IMPACTO DO TABAGISMO



A cada dia, 357 fumantes ou ex-fumantes morrem no Brasil das principais doenças ligadas ao tabagismo, especialmente enfermidades cardíacas, pulmonares e câncer.
Tratar doenças decorrentes do fumo custa R$ 21 bilhões anuais às redes de saúde pública e privada do país -sem contar o fumo passivo.
Esse valor é cerca de cinco vezes o que o governo federal vai gastar, até 2014, no plano de combate ao crack.
As estimativas são de um estudo encomendado pela ONG ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) à Fiocruz e que será apresentado hoje, em evento de comemoração do Dia Mundial sem Tabaco.
O trabalho se baseia em dados de 2008 sobre doenças e mortes e, a partir de um modelo matemático, estima o impacto do fumo e seu custo.
Apesar de o número de fumantes no país ter caído nas últimas décadas -hoje 14,8% dos adultos fumam-, o cigarro é responsável por 13% das mortes, segundo o estudo.
Essa fatia é equiparável à das mortes por causas externas, incluindo homicídios e acidentes.
Estima-se que, em 2008, 130.152 pessoas morreram das 15 principais doenças atribuídas ao fumo (de um total de 150 ligadas ao tabaco). O Ministério da Saúde diz que, em 2009, 37,6 mil pessoas morreram de acidentes terrestres e 52 mil de homicídio.
"A carga é muito pesada. Você tem um fator de risco, o fumo, que toma 0,5% do PIB, da sua riqueza", diz Márcia Pinto, economista da Fiocruz que coordenou o estudo com um instituto argentino.
O trabalho avalia quantos anos de vida e de atividade social e produtiva se perdem por conta do tabagismo.
A estimativa média é que o consumo do tabaco encurte em 4,5 anos a vida de uma mulher fumante e em cinco anos a vida de um homem. Embora a presença do cigarro esteja ficando mais forte entre as mulheres, os homens ainda são os que mais fumam e que mais adoecem.
SÓ ÔNUS
Para Paula Johns, diretora executiva da ACT, o estudo desconstrói o discurso do setor fumageiro sobre a importância da arrecadação de impostos. A ONG calcula que o tabaco custe para a saúde 3,3 vezes o que o governo arrecada de impostos com o setor.
"É impactante olhar para os R$ 21 bilhões e para outras coisas que poderiam ser financiadas. Os ônus são para todos, mas os lucros vão para os acionistas", diz ela.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) disse à Folha que o estudo reforça decisões recentes de cerco ao tabaco, como a proibição de aditivos e do fumo em locais fechados.
"Isso reafirma a avaliação de que o cigarro é um dano econômico à saúde, na medida em que o custo das internações é muito superior à arrecadação feita pelo setor."
OUTRO LADO
Romeu Schneider, presidente da câmara setorial do tabaco, classifica os números de "chute" e questiona a possibilidade de isolar o cigarro como causa das doenças.
"Deveriam usar números reais, como os que usamos. Nosso faturamento é superior a R$ 17 bilhões, mais de R$ 10 bilhões em impostos."
A Abifumo (que reúne a indústria do tabaco) foi procurada, mas não se pronunciou.
FONTE: Folha de São Paulo - JOHANNA NUBLAT - DE BRASÍLIA/ REDE ACT

DIABETES e FRAQUEZA MUSCULAR DE MEMBROS INFERIORES


Em adultos mais velhos, diabetes se correlaciona com uma menor velocidade de caminhada, está ligada a redução na força muscular e esta pior qualidade muscular contribui para uma limitação ao caminhar, de acordo com um estudo publicado online em 17 de maio na Diabetes Care .
Stefano Volpato, MD, MPH, da Universidade de Ferrara, na Itália, e colegas conduziram uma análise transversal de 835 participantes, com 65 anos ou mais, prevalência de diabetes, 11,4 por cento incluídos em um estudo de base populacional. Tomografia computadorizada periférica quantitativa foi utilizada para avaliar  muscular, gordura e áreas transversais da perna e densidade muscular relativa. Força de extensão do joelho, flexão plantar do tornozelo, força na dorsiflexão, potência muscular da extremidade inferior e qualidade muscular do tornozelo foram utilizados como indicadores de desempenho muscular. Marcha foi medida por testes de velocidade em 4 e 400 metros.
Os pesquisadores descobriram que os participantes com diabetes tiveram densidade muscular significativamente menor, força e potência muscular de joelho e tornozelo, bem como pior qualidade muscular, após ajuste para idade e sexo. Os participantes com diabetes foram significativamente mais lentos em ambos os testes.
"Em idosos, o diabetes está associado com redução da força muscular e pior qualidade de músculo", escrevem os autores.
FONTE: http://www.physiciansbriefing.com/Article.asp?AID=665005

quarta-feira, 30 de maio de 2012

CÂNCER e QUIMIOTERAPIA

Muitos clínicos gerais não estão cientes dos efeitos colaterais de longo prazo da quimioterapia para cânceres comuns.
Um grande estudo mostrou que muitos prestadores de cuidados primários (PCP) não estão familiarizados com os efeitos colaterais de longo prazo de quatro drogas quimioterápicas amplamente utilizadas para tratar câncer de mama e câncer colorretal, duas das formas mais comuns. Os resultados destacam a necessidade de uma melhor comunicação entre oncologistas, sobreviventes de câncer e PCPs para melhorar a continuidade dos cuidados após o paciente ter completado o seu tratamento de câncer e monitorar os sobreviventes para efeitos tardios.
Há quase 12 milhões de sobreviventes de câncer nos EUA. Na década de 1970, esse número era de três milhões. Uma vez que o tratamento do câncer termina, os sobreviventes são, eventualmente, vistos mais comumente em ambientes de cuidados primários para acompanhamento contínuo. 
Resultados anteriores da pesquisa ─ the Survey of Physician Attitudes Regarding the Care of Cancer Survivors (SPARCCS) ─ revelaram que muitos PCPs sentem que não têm o conhecimento e confiança para cuidar de pessoas que foram tratadas para o câncer. A nova análise examina especificamente o conhecimento dos efeitos tardios mais comuns do tratamento, incluindo problemas de função cardíaca, problemas nervosos, menopausa prematura e um segundo câncer. 
SPARCCS entrevistou 1.072 PCPs e 1.130 oncologistas pelo correio em 2009. Os médicos foram convidados a escolher qual dos cinco efeitos tardios de cada um dos quatro medicamentos amplamente utilizados para o tratamento dos cânceres de mama e colorretal ─ doxorrubicina (adriamicina), paclitaxel (Taxol), oxaliplatina (Eloxatin), e ciclofosfamida (Cytoxan) ─ eles têm observado com mais freqüência em suas práticas. 
Os pesquisadores descobriram que entre os PCPs pesquisados​​, 55,1% identificaram disfunção cardíaca como um efeito tardio da doxorrubicina, 26,9% reconheceram neuropatia periférica como sendo associado com paclitaxel, e 21,8% observaram neuropatia periférica como um efeito tardio da oxaliplatina. Para a ciclofosfamida, o risco de menopausa prematura e um segundo câncer foi identificado por 14,8% e 17,2% de PCPs, respectivamente. Entre os oncologistas pesquisados o conhecimento dos efeitos tardios variou de 62-97% para os quatro fármacos. 
“Enquanto nós encorajamos os pacientes a estar ciente das drogas quimioterápicas que recebem e seus efeitos colaterais, é de vital importância que os oncologistas transmitam essa informação aos prestadores de cuidados primários para que os potenciais riscos possam ser gerenciados de forma adequada”, disse Larissa Nekhlyudov, Professora Assistente de Medicina Populacional na Harvard Medical School e residente na Harvard Vanguard Medical Associates. ”Ao mesmo tempo, nossos achados reforçam a necessidade de educação permanente sobre os potenciais efeitos tardios do tratamento entre todos os médicos que cuidam de sobreviventes de câncer, incluindo oncologistas.”
FONTE: http://revistaonco.com.br/noticias/muitos-clinicos-gerais-nao-estao-cientes-dos-efeitos-colaterais-de-longo-prazo-da-quimioterapia-para-canceres-comuns/

CÂNCER DE PRÓSTATA: ABIRATERONA + TERAPIA HORMONAL

Um estudo randomizado de Fase II mostrou que seis meses de tratamento com a droga-alvo abiraterona (Zytiga), em adição à terapia hormonal padrão antes da remoção cirúrgica da próstata, elimina, ou quase elimina, o câncer em um terço dos homens com alto risco de câncer de próstata localizado. É a primeira vez que abiraterona ─ uma droga utilizada para tratar o câncer de próstata mais avançado ─ é explorada para o tratamento de estágios anteriores de câncer de próstata, incluindo a definição neoadjuvante (pré-cirúrgica). 
Doença localizada de alto risco é geralmente definida como o câncer de próstata em homens com um nível de PSA acima de 20, doença de alto grau (taxa de Gleason de 8 ou mais), e estágio da doença T3 (indicando que o tumor se espalhou por toda a próstata). Homens com este estágio da doença tendem a ter um prognóstico ruim, muitas vezes enfrentando a disseminação do câncer para outras partes do corpo, apesar do tratamento agressivo com as terapias disponíveis. 
“Esta proporção de pacientes com doença de alto risco tem muito pouco ou nenhum câncer detectável na próstata após seis meses de terapia”, disse Mary-Ellen Taplin, principal autora do estudo e Professora Associada de Medicina na Harvard Medical School e no Dana -Farber Cancer Institute. ”Nossas descobertas sugerem que esta terapêutica de associação poderia melhorar os resultados de um número substancial de homens, mas estudos maiores e de longo prazo são necessários para confirmar esta abordagem.” 
Estudos anteriores demonstraram que o uso de terapia hormonal padrão por si só, incluindo o tratamento com leuprolide, antes da cirurgia tinha benefícios limitados para homens com câncer de próstata localizado de alto risco. Este estudo avaliou o efeito da adição de abiraterona ao leuprolide em dois grupos de homens com esta forma da doença: Grupo A, composto por 27 homens que receberam a terapia hormonal leuprolide durante 12 semanas seguidas de leuprolide mais abiraterona por mais 12 semanas. O segundo grupo, o Grupo B, incluiu 29 homens que receberam abiraterona e leuprolide por 24 semanas. A cirurgia da próstata foi realizada em todos os homens após 24 semanas de terapia, e o tecido foi examinado para a evidência de câncer. 
Entre os homens no grupo B (24 semanas de terapia abiraterona), 34% tiveram qualquer eliminação completa (3/29) ou quase completa (7/29) do seu câncer mediante cirurgia. No Grupo A (12 semanas de terapia abiraterona), 15% dos homens tiveram eliminação completa (1/27) ou quase completa (3/27) do seu câncer com a cirurgia. A terapia foi bem tolerada por ambos os grupos. 
Abiraterona funciona ao bloquear a produção do hormônio masculino testosterona e metabólitos relacionados, que muitas vezes são o combustível do crescimento do câncer de próstata. A adição de abiraterona à terapia hormonal tradicional, o que restringe a produção de testosterona de uma maneira diferente, desliga ainda mais a capacidade do corpo para produzir os hormônios que as células de câncer da próstata precisam para crescer. O benefício clínico da terapia intensiva de privação de andrógeno, antes ou depois da prostatectomia, terá de ser validado em estudos prospectivos, ensaios clínicos randomizados, mas estes dados sugerem um benefício para alguns homens.
FONTE: http://revistaonco.com.br/noticias/adicionar-abiraterona-a-terapia-hormonal-antes-da-cirurgia-pode-eliminar-tumor-na-prostata-em-alguns-homens-com-alto-risco-de-cancer-de-prostata/

CINEMA NO NORDESTE BRASILEIRO




Para conseguir a aceitação do público nordestino, os cinemas locais decidiram mudar os nomes de alguns filmes.
                                                       NOVOS TÍTULOS

DE                                                                      PARA

Uma Linda Mulher                                              Uma Quenga Aprumada
O Poderoso Chefão                                              O Coroné Arretado
O Exorcista                                                           Arreda, Capeta!
Os Sete Samurais                                                  Os Jagunço di Zóio Rasgado
Godzila                                                                 Calangão
Perfume de Mulher                                              Cherim de Cabocla
Tora, Tora, Tora!                                                  Ôxente, Ôxente, Ôxente!
Mamãe Faz Cem Anos                                         Mainha Nun Morre Mais
Guerra nas  Estrelas                                              Arranca-Rabo no Céu
Um Peixe Chamado Wanda                                 Um Lambari Cum Nome di Muié
A Noviça Rebelde                                               A Beata Increnquêra
O Corcunda de Notre Dame                                O Monstrim da Igreja Grandi
O Fim dos Dias                                                    Nóis Tâmo é Lascado
Os Filhos do Silêncio                                                   Os Mininu du Mudim
A Pantera Cor-de-Rosa                                        O leão Viado
ALI BABÁ E OS 40 LADRÕES                    GUVÊRNO DO CUMPANHÊRO LULA.

FONTE: internet (autoria desconhecida...até o momento)

ESCLEROSE MÚLTIPLA: GILENYA (FINGOLIMOD)SOB SUSPEITA


Infarmed (Portugal) investiga morte por suspeita de reacção grave a medicamento

Em causa está um fármaco para a esclerose múltipla. Na Europa e nos Estados Unidos, a recomendação dada aos médicos é de não usarem o fármaco em doentes com problemas cardíacos.
O Infarmed não esclarece se é o primeiro caso em Portugal, mas confirma que está a investigar a morte de um homem por suspeita de reacção grave ao novo medicamento para a esclerose múltipla.
O objectivo é esclarecer se a morte se deveu de alguma forma à toma do Fingolimod, comercializado sob a designação de Gilenya, que retarda o avançar da doença.
Segundo a agência Lusa, trata-se de um doente que estava a ser seguido no hospital de S. João, no Porto.
O fármaco em causa foi aprovado nos Estados Unidos, em 2010, e na Europa, no ano passado. Em Novembro de 2011, a morte de um paciente, que faleceu horas depois de tomar a primeira dose deste medicamento, desencadeou uma investigação mais vasta.
Até então foi apurado que pelo menos onze pessoas que tomavam o Gilenya tinham falecido. A autoridade norte-americana do medicamente não encontrou, em nenhum dos casos, provas definitivas de que as mortes foram causadas pelo medicamento.
Na Europa e nos Estados Unidos, a recomendação aos médicos é para não usarem o fármaco em doentes com problemas cardíacos e acompanharem as possíveis reacções adversas logo após a primeira toma.
FONTE: Dora Pires - http://rr.sapo.pt/informacao_detalhe.aspx?fid=31&did=64288

terça-feira, 29 de maio de 2012

CINETOSE

Cinetose é o nome utilizado para caracterizar um tipo de tontura observada durante o movimento. Pode aparecer durante o uso de meios de transporte como avião, carro, ônibus, barcos, ou brinquedos de parques infantis como gira-gira, balanços e gangorras. Decorre de uma hipersensibilidade do labirinto desde o nascimento que pode persistir na vida adulta ou ser adquirida como decorrência de outras patologias que acometem o ouvido. 
O indivíduo pode apresentar mal-estar, náuseas, vômitos, sonolência, fraqueza, tonturas e dor de cabeça à movimentação linear ou angular. Pode ter um componente genético. No caso específico dos carros geralmente são mais intensas ao viajar no banco traseiro e melhoram quando na frente ao lado do motorista. 
O tratamento divide-se em agudo e crônico. O preventivo agudo consiste no uso de medicamentos antes de iniciar a viagem e até um dia após em alguns casos. Há necessidade da medicação às vezes para reduzir a crise quando esta já foi desencadeada.
A longo prazo pode-se minimizar ou resolver os sintomas de vez. Devemos tratar as doenças associadas que predispõe aos quadros de cinetose e realizar um tratamento específico chamado de reabilitação vestibular, feito por fonoaudiólogos em conjunto, em alguns casos, com fisioterapeutas, após avaliação adequada por otorrinolaringologistas e neurologistas. Consiste em protocolos de exercícios que visam acostumar o organismo ou inibir as reações aos movimentos através de estímulos corporais e visuais. 
FONTE: Claudia Vaz - otorrinolaringologista (Londrina) - http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--4499-20120529

TIQUE NERVOSO


Reações involuntárias e repetitivas
Tique nervoso é um problema que atinge 2% da população brasileira e pode ser classificado como simples, transitório ou complexo
A música ''Tique nervoso'', sucesso da banda Magazine durante a década de 80 e que ficou marcada pela voz do cantor Kid Vinil, relatava uma série de situações estressantes e que resultava no tique nervoso entoado no refrão da música. Muitas pessoas ainda desonhecem o que é o tique nervoso e como lidar com esse problema, que atinge cerca de 2% da população brasileira. 
Segundo o médico psiquiatra João Antônio de Lázaro Rodrigues Junior, de Londrina, tirando os casos de doenças neurológicas, o tique nervoso isoladamente é sintoma de alguma doença. Entre as mais comuns estão a Síndrome de Tourette, traumas, problemas de estresse ou mesmo transtornos de deficit de atenção ou aprendizagem. Ele explica que o tique nervoso é marcado por movimentos involuntários e rápidos e a principal característica deles é que eles não são ritmados, embora repetitivos. 
Diferentemente do transtorno obsessivo compulsivo (TOC), em que a pessoa faz uma ação para minimizar o sofrimento, no tique nervoso a pessoa faz sem perceber. ''No TOC, por exemplo, existem pessoas que têm o hábito de guardar coisas ou de lavar as mãos continuamente para minimizar o sofrimento delas. Já no tique não existe isso, ela faz isso involuntariamente, não faz para compensar algo. Faz isso sem pensar'', relata. 
O psiquiatra destaca que os tiques nervosos geralmente aparecem quando a pessoa está com cinco anos de idade e 70% desses casos que surgem na infância tendem a desaparecer quando a pessoa chega à idade adulta sem nenhum tratamento. ''Os tiques nervosos podem ser classificados como simples, transitórios ou complexos'', destaca. 
Entre os exemplos de tiques simples, o psiquiatra destaca o piscar de olhos, o encolher dos ombros ou fazer caretas. Nos casos transitórios os sintomas aparecem, somem e retornam novamente. ''Já os tiques complexos apresentam sintomas mais amplos e envolvem vários grupos musculares'', explica. No caso dos motores, a pessoa pula e movimenta as pernas e nos tiques vocais a pessoa emite sons, muitas vezes palavras inteiras. ''No caso da ecolalia, a pessoa repete o próprio som, que podem ser os estalos da língua, fungadas ou pigarreadas. Na cropolalia a pessoa fica repetindo as mesmas palavras continuamente e geralmente são de baixo calão'', destaca. 
O psiquiatra observa que a Síndrome de Tourette é uma das doenças que mais provocam tiques nervosos, e suas causas são indefinidas. Conforme o médico, os tiques nervosos são geralmente do tipo motor e vocal. ''É muito comum os casos de pessoas que ficam pigarreando o tempo todo ou mesmo apresentarem a ecolalia e a cropolalia. Nesses casos a pessoa fica repetindo palavrões constantemente'', explica. 
O psiquiatra destaca que na Síndrome de Tourette normalmente acontece a troca de tiques. '' Ao tentar controlar o tique ele sobrepõe com outro diferente em função da ansiedade para controlar o problema'', expõe.

ÁCIDO FÓLICO: SUPLEMENTAÇÃO


O ácido fólico é uma vitamina do complexo B e é, também, conhecida pelos nomes folacina, folato, ácido pteroilglutâmico, vitamina M e vitamina B9.

Evidências epidemiológicas indicam que a suplementação de ácido fólico durante a gestação reduz o risco para alguns tipos decâncer na infância. Uma avaliação sistemática, publicada pelo periódico Pediatrics, avaliou a incidência de câncer na infância e mostrou que após a fortificação de produtos de grãos com ácido fólico, nos Estados Unidos, no período de 1996-1998, houve uma diminuição na incidência de tumor de Wilms e possivelmente de tumores neuroectodérmicos primitivos na infância.
Usando dados do programa Surveillance, Epidemiology, and End Results (1986-2008), foram calculados índices de taxa de incidência de alguns tipos de tumores e comparados às taxas de incidência de câncer pré e pós fortificação com ácido fólico em crianças de 0 a 4 anos.
De 1986 a 2008, 8829 crianças de 0 a 4 anos, foram diagnosticadas com tumores malignos, incluindo 3790 e 3299 no útero durante os períodos pré e pós fortificação, respectivamente. As taxas pré e pós-fortificação foram similares para todos os cânceres combinados e para a maioria dos tipos de câncer específicos. As taxas de tumor de Wilms, de tumores neuroectodérmicos primitivos e de ependimomas foram significativamente menores após a fortificação com ácido fólico.
Estes resultados fornecem dados que suportam a hipótese de uma diminuição na incidência de tumor de Wilms e possivelmente de tumores neuroectodérmicos primitivos, mas não de outros tipos de cânceres infantis, depois da fortificação de alimentos com ácido fólico nos EUA.
NEWS.MED.BR, 2012. Pediatrics: ácido fólico pode reduzir o risco de tumor de Wilms e de tumores neuroectodérmicos na infância. Disponível em: . Acesso em: 29 mai. 2012.

CARTOGRAFIA TÁTIL

Cartografia tátil, voltada à criação de mapas, globos terrestres e maquetes para o ensino de geografia para pessoas cegas ou com baixa acuidade visual ainda é pouco difundida no Brasil, aponta estudo (divulgação)
Ensino de geografia para deficientes visuais
Agência FAPESP – Apesar de já estar muito desenvolvida em termos mundiais, a cartografia tátil – área da cartografia voltada à criação de mapas, globos terrestres e maquetes para o ensino de geografia para deficientes visuais – ainda é pouco difundida em países como o Brasil.
Isso porque as tecnologias existentes no mundo para produzir esses materiais cartográficos, que podem ser lidos por meio do toque por pessoas cegas ou com baixa acuidade visual, ainda são muito sofisticadas e caras, o que impossibilita sua utilização em salas de aula de escolas públicas no país.
Mas, nos últimos anos, pesquisadores de algumas universidades no Brasil e de outros países têm se dedicado ao desenvolvimento de materiais didáticos simples, adaptados para a linguagem cartográfica tátil, que podem ser facilmente utilizados por professores e alunos do ensino fundamental e médio.
As experiências dos principais grupos de pesquisadores do Brasil e do Chile que realizam estudos na área de cartografia tátil são narradas no livro Cartografia tátil: orientação e mobilidade às pessoas com deficiência visual.
A publicação reúne artigos de pesquisadores da Universidade Tecnológica Metropolitana de Santiago do Chile (UTME), Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições.
“Apesar de materiais cartográficos táteis serem produzidos desde o início do século 19 em nível mundial por professores, pais e voluntários, essa área ainda é pouco conhecida no Brasil e na América Latina, mesmo no meio acadêmico”, disse Maria Isabel Castreghini de Freitas, professora do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Rio Claro, e uma das organizadoras do livro, à Agência FAPESP.
Por meio de um projeto de pesquisa, realizado com apoio da FAPESP, os pesquisadores da Unesp de Rio Claro desenvolveram nos últimos anos maquetes, mapas e jogos didáticos, adaptados para a linguagem cartográfica tátil.
Os materiais possuem relevo e diferentes texturas, além de sinalizações em braile e recursos sonoros, para facilitar o aprendizado de alunos com deficiência visual.
Já os materiais didáticos para os estudantes com baixa acuidade visual possuem cores fortes e tamanho de letras aumentadas e podem ser utilizados tanto por deficientes visuais como por alunos que não possuem problemas de visão, visando a integração dos estudantes em sala de aula.
“O objetivo é que esses materiais táteis sejam utilizados em atividades e aulas integradas, reunindo estudantes cegos ou com baixa visão com os que enxergam, conforme as diretrizes das atuais políticas de inclusão de alunos com necessidades especiais na educação infantil e no ensino fundamental”, explicou Freitas.
Inicialmente, os materiais são desenvolvidos em laboratório, com base no conteúdo dos cursos de geografia nos diferentes níveis do ensino. Depois são levados para escolas com alunos cegos ou com deficiência visual, para serem testados e aprimorados com ajuda dos próprios estudantes e dos professores.
Noção de espaço
Aos professores são oferecidos cursos de formação, em que eles aprendem a utilizar o programa de computador Mapavox, que possibilita incluir dispositivos sonoros em maquetes e mapas.
O software foi desenvolvido pelos pesquisadores da Unesp em parceria com José Antonio dos Santos Borges – pesquisador do Núcleo de Computação Eletrônica (NEC) da UFRJ, que criou o primeiro sistema para auxiliar pessoas cegas a usarem computador, o Dosvox.
“Quando desenvolvemos os materiais, percebemos que eles eram um pouco limitados em termos de possibilidade de exploração pelos alunos cegos ou com baixa acuidade visual e que, se além das diferentes texturas eles possuíssem som, seria possível aumentar a interação dos estudantes com os materiais. Por isso, procuramos o professor Borges e propusemos que ele desenvolvesse um sistema de materiais didáticos com recursos sonoros”, contou Freitas.
Por meio de comandos específicos, o sistema computacional permite acionar sons em uma maquete, mapa ou um jogo didático conectado a um computador, facilitando a orientação de um estudante cego na exploração do material didático que, até então, só ocorria pelo tato, ampliando suas possibilidades de percepção e sua compreensão do espaço.
Ao percorrer uma maquete de uma praça central de uma cidade, por exemplo, o estudante pode tocar botões que emitem sons do sino de uma igreja, do barulho de uma fonte de água e da música tocada pela banda de um coreto.
“São mensagens e sons curtos que têm algum significado para estudantes cegos. Nosso maior desafio neste trabalho é entender como eles adquirem a noção de espaço, que é fundamental no ensino de geografia”, disse Freitas.
“Para isso, começamos utilizando maquetes da sala de aula, da casa e do caminho que percorrem para vir à escola de modo a entender como concebem o espaço e o ambiente ao seu redor”, disse.
Cartografia tátil: orientação e mobilidade às pessoas com deficiência visual
Organizadores: Maria Isabel Castreghini de Freitas e Silvia Elena Ventorini 
Lançamento: 2011 
FONTE: Elton Alisson - http://agencia.fapesp.br/15659

PROTEÍNA CONTRA GRIPE


Modelo digital mostra o vírus H5N1, causador da gripe aviária:
 nova pesquisa pode ajudar a criar medicamentos que combatam a doença (Thinkstock)

Pesquisadores desenvolveram uma proteína capaz de combater o vírus da gripe. Em laboratório, os cientistas modificaram genes dos agentes infecciosos, tornando-os capazes de combater vírus como o H1N1 (gripe suína) e H5N1 (gripe aviária). O estudo, que foi publicado neste domingo no site da revista Nature Genetics, foi feito por cientistas das universidades de Washington e de Michigan, do Instituto de Pesquisa Scripps e do Centro Naval de Pesquisa em Saúde, nos Estados Unidos, e do Instituto de Ciência Weizmann, em Israel. 
Os autores sequenciaram o DNA de diferentes tipos do vírus da gripe e separaram gene por gene. Com o auxílio de um computador, cruzaram os dados dessas proteínas para desativarem aquelas que correspondem às funções principais do vírus. Eles também identificaram quais genes poderiam ser reprogramados para atacar o próprio vírus da gripe no organismo de uma pessoa, tornando-o inofensivo. 
“Nosso trabalho demonstra uma nova abordagem para a construção de proteínas terapêuticas. Esperamos que essas proteínas estimulem o desenvolvimento de novos medicamentos”, diz Timothy Whitehead, professor da Universidade de Michigan e coordenador do estudo. Segundo o pesquisador, esse trabalho pode colaborar para novos tratamentos destinados a todos os tipos do vírus da gripe e também a outras doenças, como a varíola.
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/pesquisadores-desenvolvem-proteina-capaz-de-combater-virus-da-gripe

USO PRECOCE DE ÁLCOOL


A dependência do álcool em pessoas com menos de 35 anos de idade na Região Metropolitana de São Paulo está associada ao consumo da substância iniciado na adolescência. 

A maioria dos indivíduos que desenvolveram o problema nessa faixa etária teve o primeiro contato com as bebidas alcoólicas por volta dos 17 anos, segundo um novo recorte de dados do estudo São Paulo Megacity, apresentado pelo Jornal da Tarde em março, quando a pesquisa foi publicada pela revista científica Clinics.
O trabalho, conduzido pela psiquiatra Camila Magalhães Silveira, do Instituto de Psiquiatria dos Hospital das Clínicas (IPq-HC), ouviu mais de 5 mil adultos na região metropolitana de São Paulo, com idade entre 18 e 65 anos. Segundo a autora, chama a atenção entre os dados também o abuso precoce do álcool. “Verificamos que 54% dos entrevistados alegaram ter abusado do consumo do álcool antes dos 24 anos de idade. O abuso já pode ser um diagnóstico de problemas importantes com as bebidas”, afirma a pesquisadora. As informações são do Jornal da Tarde.

FONTE: http://www.abead.com.br/midia/exibMidia/?midia=8961

segunda-feira, 28 de maio de 2012

ANTICONCEPCIONAL MASCULINO NÃO HORMONAL


Gene ligado ao esperma abre caminho para anticoncepcional masculino

Estudo mostrou que regular esse gene pode levar ao amadurecimento total dos espermatozoides e, consequentemente, da perda de seu efeito reprodutivo

Regulação de gene pode ser chave para criação de contraceptivo não hormonal para homens Regulação de gene pode ser chave para criação de contraceptivo não hormonal para homens (Thinkstock)
O descobrimento de um gene ligado ao amadurecimento dos espermatozoides nos homens abre as portas para a criação de um anticoncepcional masculino de tipo não hormonal, segundo indica um estudo publicado nesta quinta-feira na revista PLoS Genetics. O estudo, que foi feito na universidade escocesa de Edimburgo, demonstrou que o gene chamado Katnal 1 é chave para permitir que os espermatozoides percam o efeito reprodutivo nos testículos.
Segundo os analistas, se eles conseguirem controlar a função do gene, seria possível desenvolver um novo tipo de contraceptivo masculino que, ao contrário dos hormonais, que são baseados na supressão da testosterona, não teria efeitos secundários como irritabilidade, acne ou mudanças de humor. Os cientistas acreditam que regular o efeito do Katnal 1 nos testículos poderia prevenir que o esperma amadurecesse completamente, o que atuaria como um anticoncepcional natural ao eliminar seu efeito reprodutivo.
Segundo a pesquisadora, Lee Smith, especialista em genética endócrina do centro de saúde reprodutiva da Universidade de Edimburgo, a vantagem de um método como esse seriam seus efeitos reversíveis, já que o gene "só afeta as células em seus estádios de desenvolvimento tardios", por isso a capacidade do homem em produzir esperma não seria afetada.
A pesquisa sobre o Katnal 1 também poderia ter outras aplicações, como contribuir para encontrar tratamentos contra a infertilidade quando esta ela está relacionada com uma disfunção do gene.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: KATNAL1 Regulation of Sertoli Cell Microtubule Dynamics Is Essential for Spermiogenesis and Male Fertility
Onde foi divulgada: revista PLos Genetics
Quem fez: Lee Smith, Laura Milne, Nancy Nelson, Sharon Eddie, Pamela Brown, Nina Atanassova, Moira O'Bryan, Liza O'Donnell, Danielle Rhodes, Sara Wells, Diane Napper, Patrick Nolan, Zuzanna Lalanne, Michael Cheeseman e Josephine Peters
Instituição: Universidade de Edimburgo, Escócia
Resultado: Regular o gene Katnal 1, que está ligado ao amadurecimento dos espermatozoides, pode fazer com que o esperma amadureça e perca seu efeito reprodutivo. Ratos que tiveram esse gene eliminado ficaram inférteis.
FONTE:http://veja.abril.com.br/noticia/saude/gene-ligado-ao-esperma-abre-caminho-para-anticoncepcional-masculino

AÇUCAR "FOS" (fruto-oligossacarídeo)


Brasil terá açúcar que não engorda e não provoca cáries

Já usado no exterior, poderá agora ser produzido nacionalmente graças a tecnologia desenvolvida pela Unicamp

Açúcar saudável: o produto criado pela Unicamp não engorda porque é formado por uma molécula grande que não pode ser degradada pelo organismo

Açúcar saudável: o produto criado pela Unicamp não engorda porque é formado por uma molécula grande que não pode ser degradada pelo organismo (Antoninho Perri / Divulgação) 
Ele não engorda, não provoca cáries e pode ser usado por diabéticos. É o açúcar FOS (sigla para fruto-oligossacarídeos), que passará a ser fabricado no Brasil graças a um novo modo de fabricação, desenvolvido por uma pesquisadora da Universidade de Campinas (Unicamp). 
O açúcar FOS não engorda porque sua molécula é muito grande para ser quebrada pelo organismo. Ele é absorvido apenas pelos micro-organismos que vivem na parte final do intestino, daí seu papel probiótico. Ao ingerirem o açúcar, esses organismos crescem e ajudam no tratamento de algumas enfermidades, como problemas de absorção de cálcio, diabetes e câncer. Por causa do seu tamanho, o FOS também não consegue ser metabolizado pelos organismos que ficam alojados na boca e que causam a cárie e as placas dentárias. 
O FOS já é conhecido e usado com maior frequência em países do hemisfério norte, inclusive em produtos voltados para diabéticos. No Brasil, seu consumo ainda é restrito. De acordo com Elizama Aguiar de Oliveira, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp e autora do estudo, é possível encontrar no Brasil alguns produtos que já contenham FOS. A variabilidade, no entanto, é pequena em função dos custos. Uma lata de leite em pó com FOS, por exemplo, tem preços entre 20 reais e 40 reais. "Se produzido nacionalmente, esses custos podem ser reduzidos", diz. 
Tecnologia nacional — A metodologia desenvolvida por Elizama emprega uma liga de nióbio (um minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis) e de grafite para imobilizar a enzima que irá produzir o açúcar. Imobilizando a enzima nesse minério, evita-se que ela se dissolva e o resultado obtido é um xarope rico em oligossacarídeos, sacarose, frutose e glicose. Em seguida é feita a purificação, na qual os subprodutos são separados e os oligossacarídeos são encaminhados para o setor industrial, quando vários produtos com FOS poderão ser processados – como chicletes, balas, sorvetes e pães. 
"Não existe contraindicação, o único cuidado é evitar o exagero no consumo, que pode causar cólicas e diarreias", diz Elizama. Segundo a pesquisadora, alguns estudos estimam que o ideal será um consumo máximo de 6 a 10 gramas do FOS por dia. "Mas essa quantia varia muito, depende da maneira que o organismo da pessoa responde ao produto", diz. 
Matéria-prima — De acordo com a engenheira, mesmo com a riqueza de matéria-prima para o FOS no país, eles são pouco processados no Brasil. A maioria do que é hoje comercializado vem da Europa, do Japão e dos Estados Unidos, regiões onde os fruto-oligossacarídeos são ingeridos de maneira mais variada. Nesses lugares, ele é empregado em produtos como chicletes, sorvetes, biscoitos, doces, sucos e na linha de alimentação infantil e animal.

Saiba mais
NIÓBIO
Minério usado em alguns tipos de aços inoxidáveis. O Brasil é o maior produtor desse minério no mundo. As suas jazidas estão mais concentradas no estado de Minas Gerais, na Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração, próxima da região de Araxá, e no Estado do Rio de Janeiro, na Companhia Fluminense.
FOS
O esse tipo de açúcar é um fruto-oligossacarídeo, que não consegue ser metabolizado pelos seres humanos, como acontece com o açúcar comum, por ser formado por uma molécula muito grande e que precisa ser quebrada em partículas menores com enzimas específicas, não existentes no organismo humano. Os FOS não são tão doces quanto o açúcar de mesa (têm cerca de 60% da doçura da sacarose), porém são mais finos e mais brancos.
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/universidade-brasileira-cria-acucar-que-nao-engorda-e-nao-provoca-caries

CÂNCER DE PÂNCREAS: DETECÇÃO RÁPIDA


Divulgação / Intel ISEF
Jack Andraka
O americano Jack Andraka foi o grande vencedor do Intel ISEF 2012, evento realizado nos Estados Unidos para promover as invenções de jovens cientistas espalhados pelo mundo. 
Jack, de apenas 15 anos, venceu o concurso após criar um método para detectar o câncer de pâncreas que é até 28 vezes mais rápido, 28 vezes menos caro e 100 vezes mais sensível que os recursos atuais.
O adolescente elaborou um sensor que identifica, por meio de um exame feito por uma pequena quantidade de sangue ou urina, se o paciente tem ou não câncer pancreático, ainda em sua fase inicial. O estudo resultou em mais de 90% de precisão. 
Pela invenção, Jack ganhou US$ 75 mil e recebeu o prêmio mundial de Inovação Jovem Cientista da Fundação Intel das mãos de Gordon E. Moore, co-fundador e presidente aposentado da empresa.
FONTE: http://olhardigital.uol.com.br/jovem/digital_news/noticias/garoto-de-15-anos-cria-metodo-para-detectar-cancer-28-vezes-mais-rapido

VALETRÔNICA

Em um artigo da Physical Review Letters os pesquisadores Daniel Gunlycke e Carter T. White fundamentam os pilares de uma nova área de pesquisa – a Valetrônica.
Como boa parte das novidades tecnológicas que tem surgido ultimamente essa pesquisa está também relacionada ao grafeno.
Recordando nossas aulas de Química, sabemos que o grafeno – a nova vedete tecnológica – é simplesmente o nome dado à cada uma das camadas que compõe a estrutura cristalina do grafite. A IUPAC o define como sendo:
“Uma única camada da estrutura grafítica, da espessura de um átomo, sendo considerada como o último membro da série de naftalenos, antracenos, coronenos, etc., e o termo grafeno deve, portanto, ser utilizado para designar a camada individual de carbono em compostos de intercalação de grafite. O uso do termo “camada de grafeno” é também considerada para a terminologia geral dos carbonos”.
Numa analogia, imagine o grafeno como sendo uma tela de arame. Empilhadas seria o grafite. Se com uma tela confeccionarmos um tubo, teremos o nanotubo de carbono. Se confeccionarmos uma bola teremos mais um estado alotrópico do carbono: o fulereno – e assim sucessivamente.
Como já noticiado aqui no Hypescience pesquisadores descobriram que inserir “defeitos” intencionais na estrutura do grafeno pode permitir a criação de componentes eletrônicos menores e mais rápidos.
No entanto Gunlycke e White decidiram aproveitar os “defeitos” naturais que produzem comportamentos discretos ao longo das folhas de grafeno.
Esses defeitos produzem “vales” nas bandas de condução e de valência do grafeno – daí este novo campo da tecnologia ser batizado de valetrônica.
O comportamento convencional dos semicondutores está fundamentado no fluxo de cargas elétricas, representadas pelos elétrons (carga negativa) e lacunas (carga positiva).
Entre estas duas pistas de condução existe um “gap” ou banda de condução que determina o comportamento do semicondutor – se conduz ou não a corrente elétrica – por exemplo.
No grafeno, essa banda não é homogênea, mas repleta de vales, os denominados “defeitos naturais”, provavelmente provocados por flutuações térmicas.
O termo “vale” refere-se a depressões de energia na estrutura de banda (que descreve a energia dos elétrons que ali atuam como ondas) permitidas pela simetria do cristal e assim formando graficamente dois pares de cones.
A polarização pelos vales é realizada quando elétrons e lacunas em um vale são separados espacialmente dos elétrons e lacunas de outro vale. Esse processo é complicado de ser obtido na prática porque ambos os vales possuem a mesma energia.
Com a nova descoberta, essa separação espacial pode ser realizada em estruturas de grafeno que possuam uma simetria de reflexão ao longo de uma direção cristalográfica específica, sem ligações que intercruzem a região de simetria.
A simetria de reflexão permite que somente ondas eletrônicas (elétrons) simétricas percorram a linha de defeito – as demais ondas são refletidas.
Estima-se que elétrons e lacunas que se aproximem dessa linha de defeito com um grande ângulo de incidência serão polarizados com uma eficiência próxima aos 100%.
Na prática, isso significa que há outro estado quântico caracterizando os elétrons do grafeno, intimamente associado à dimensão desses vales. Esse “índice de vale” corresponde a um momento magnético distinto, consequentemente a um novo número quântico.
O interesse nesse novo número quântico é crescente tendo em vista que esse novo momento magnético é pelo menos 30 vezes mais forte do que os mensurados anteriormente, ou seja, um efeito com grande potencial para aplicações tecnológicas, em substituição à eletrônica e eventualmente complementar a outro ramo emergente – a spintrônica (que abordaremos em artigos futuros).
A valetrônica promete ainda muitas novidades, desde a fabricação de supercondutores à temperatura ambiente até superprocessadores que transformarão o tão sonhado computador quântico em uma realidade. É esperar para ver.