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terça-feira, 31 de agosto de 2010

DIABETES e HIPOTÁLAMO

Uma relação pouco cogitada há 15 anos ganha cada vez mais força no estudo das causas da obesidade: a inflamação do hipotálamo - uma estrutura com 1,5 cm³ que compõe o cérebro e é responsável pela regulação da fome e do gasto de energia - pode ser causada pela ingestão de gorduras saturadas e não somente pelo hábito de comer muito.
Como se não fosse suficiente, a alteração do órgão, apontada como uma das principais causas para a obesidade, também pode levar à alteração da função do pâncreas, local responsável pela produção de insulina. A substância transporta a glicose presente no sangue para dentro das células, permitindo a produção de energia, vital para o corpo sobreviver.
O pesquisador Lício Velloso, do departamento de Clínica Médica da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estuda há dez anos a ligação entre a comida ingerida pelas pessoas com o ganho de peso e testou ratos em laboratórios para notar qual o efeito da mudança no hipotálamo para a regulação do peso.
As descobertas vão desde a identificação do órgão como responsável direto pelo ganho de peso até a ligação da inflamação com a falência das células pancreáticas em garantir ao corpo a insulina. O final da história é o aparecimento de diabetes tipo 2.
Inflamações no corpo são sempre indícios da possibilidade de apoptose, uma espécie de morte programada das células no corpo, segundo Lício. Durante o trabalho com camundongos swiss, com maior tendência a engordar, e wistar, menos propensos à doença, o pesquisador e sua equipe notaram que ocorre maior taxa de morte celular de neurônios inibidores no primeiro grupo. “A diferença foi de 6% a 7% entre os dois tipos de roedores”, afirma Velloso.
O efeito vem da inflamação do hipotálamo, causada pela presença de longas cadeias de ácidos graxos saturados, com mais de 14 átomos de carbono. O sistema imunológico do cérebro é ativado na presença dessas substâncias por serem parecidas com as encontradas em bactérias.
“O organismo é levado a pensar que há uma ameaça e então uma inflamação do órgão acontece”, explica o especialista. “Com a produção de citocinas para defesa do corpo, a função de um neurotransmissor do hipotálamo é afetada.”
Velloso faz referência ao alfa-MSH, estrutura responsável por mandar sinais para inibir a fome e acelerar as atividades de gasto de energia. Localizado na região do núcleo arqueado do hipotálamo, o neurotransmissor responde à presença de insulina e leptina, ordenando o organismo a cessar a vontade de comer.
Mas a presença de processos inflamatórios faz com que o alfa-MSH desenvolva resistência às substâncias que alertam sobre as condições de reserva de energia disponíveis no organismo. “Com citocinas como a tumor necrosis factor (TNF), a vida dos neurônios é atrapalhada”, afirma Velloso.
A falência das células-beta das ilhotas de Langerhans, localizadas no pâncreas, levam ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, junto com a resistência do corpo à insulina. A causa para a exaustão das estruturas responsáveis pela secreção de substância também está ligada à inflamação do hipotálamo.
É a união de dois problemas: o hipotálamo não controla mais a fome e a pessoa fica obesa e, por outro lado, ainda atrapalha a função do pâncreas para secreção da insulina”, explica o pesquisador da Unicamp. Sem a secreção, a glicose presente no sangue não consegue entrar nas células para produção de energia na forma de ATP.
Enquanto remédios para diminuir ou eliminar a condição adversa no hipotálamo não surgem, Velloso acredita que a solução possa estar na mudança de práticas por parte dos fabricantes de comida. “Políticas de nutrição do governo precisam estimular a indústria alimentícia a substituir, nos alimentos industrializados, gorduras saturadas por insaturadas”, diz o especialista. “É o caso da troca do que faz mal ao corpo por ômega 3 e 9, por exemplo.”
Segundo Velloso, mesmo uma mulher com 1,70 metro e 65 quilos, ao ganhar 4 quilos, pode quase dobrar as chances de desenvolver diabetes tipo 2. O padrão também serve para os homens, ainda que de forma mais discreta.
“Há apenas 20 anos a OMS passou a encarar a obesidade como doença. Os passos são lentos, mas agora, pelo menos, nós sabemos que a causa está no hipotálamo”, diz Velloso. 
“A prática clínica ensina que recomendar dietas a obesos, pura e simplesmente, não adianta. É preciso mudar o padrão dos nossos alimentos.” (Fonte: Mário Barra-Site G1/SIS.SAÚDE)

CARNES


O consumo de carne vermelha e carne processada - incluindo bacon e salsicha - aumenta bastante os riscos de doença cardíaca entre as mulheres, segundo estudo da Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos. Por outro lado, de acordo com os autores, ingerir alimentos ricos em “proteínas saudáveis” - como peixes, aves, laticínios desnatados e castanhas - pode reduzir os riscos de desenvolver problemas cardiovasculares. 
Publicado na edição de agosto da revista científica Circulation, o estudo com 84 mil mulheres com idades entre 30 e 55 anos indicou que aquelas que comiam duas porções de carnes vermelhas por dia tinham 30% maior risco de desenvolver doença cardíaca coronariana do que aquelas que comiam apenas meia porção diariamente. E esse risco era reduzido em 30% se a carne vermelha fosse substituída por castanhas e nozes; e em 19% e 24% se a escolha fosse por aves e peixes, respectivamente.
(Fonte: Leandro Perché-Fonte: Blog Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

CIGARROS SUBSIDIADOS!


O governo de Cuba anunciou que vai suspender o fornecimento de cigarros subsidiados a 2,5 milhões de idosos do país. A partir do dia 1º de setembro, os cigarros não estarão mais disponíveis nos suprimentos que estes idosos recebem todos os meses do governo e eles terão que pagar o preço cobrado nas lojas do país.
Todos os cubanos de 55 anos ou mais velhos tem direito de receber três maços de cigarros fortes e um maço de cigarros suaves, junto com estes suprimentos.
O custo total destes quatro maços é de 6,5 pesos cubanos (cerca de R$ 3), cerca de um quarto do preço praticado nas lojas.
De acordo com o correspondente da BBC em Havana, Michael Voss, esta é a última medida do governo para cortar despesas. O presidente, Raul Castro, está tentando controlar as finanças de Cuba, que estão num estado precário.
Trabalhadores cubanos recebem salários muito baixos. A média salarial fica em torno de US$ 20 (cerca de R$ 35). No entanto, educação, saúde e habitação são de graça, com muitos produtos alimentícios subsidiados pelo governo.
Michael Voss afirmou que uma curta declaração publicada no jornal oficial do Partido Comunista cubano, o Granma, informa que os cigarros não são uma necessidade primária e que a medida visa limitar os subsídios do Estado. Mas, segundo o correspondente da BBC em Havana, muitos idosos aumentam a pequena aposentadoria revendendo seus maços de cigarro.
Cuba foi muito afetada pela crise econômica mundial e poderá não ter mais os recursos para fornecer aos cidadãos os benefícios, da infância até a velhice, que tem fornecido.
O presidente Raul Castro já retirou alguns produtos alimentícios como batatas e ervilhas do pacote de suprimentos fornecido aos idosos. Há informações de que o sistema poderá até ser substituído por outro.
O sistema de fornecimento de suprimentos subsidiados foi introduzido em 1962 como uma forma de garantir produtos básicos para todos depois que os Estados Unidos impuseram o embargo comercial à ilha. E, até 1990, todos os cubanos acima de 18 anos recebiam cigarros subsidiados, mas o sistema foi suspenso depois do colapso da União Soviética, que deixou Cuba quase falida.
(Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2010/08/100825_cubacigarrosfn.shtml/Rede ACT)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

HOMENAGEM A DORINA NOWILL


A pedagoga Dorina Nowill, de 91 anos, morreu por volta das 19h30 deste domingo (29), em São Paulo. Ela estava internada por conta de uma infecção e sofreu uma parada cardíaca no Hospital Santa Isabel. Cega desde os 17 anos, Dorina criou uma fundação que leva seu nome. A entidade produz e distribui livros em braille para deficientes visuais.
Ela deixa cinco filhos, 12 netos e três bisnetos. O velório está marcado para as 8h desta segunda-feira (30) na seda da fundação, localizada na Zona Sul de São Paulo. O enterro acontecerá no Cemitério da Consolação. 
Foi uma patologia rara que tirou a visão de dona Dorina, como é chamada na entidade que comanda, a Fundação Dorina Nowill para Cegos.
Dorina teve hemorragia em uma das retinas e os médicos não conseguiram diagnosticar o problema. Acabou perdendo primeiro a visão de um olho e em quatro meses ficou totalmente cega. 
Mas isso foi só o começo de uma história marcada por vitórias e realizações que beneficiaram milhares de pessoas que tiveram o mesmo problema que ela.
Dorina Nowill ainda estava no colegial, mas conseguiu ser a primeira aluna cega a frequentar o curso onde estudava, a Escola Caetano de Campos. 
Nos Estados Unidos, conseguiu uma bolsa na Universidade de Columbia e se especializou em educação para cegos. De volta ao Brasil, atuou para publicação de livros em braille.
"Depois que fiquei cega, comecei a estudar para provar a necessidade da inclusão. Não se separa alguém pelo fato de ser cego. Comecei então a trabalhar visando a inclusão do cego na vida, na escola e no lazer", conta Dorina Nowill. 
A partir da criação da fundação que leva seu nome, Dorina viajou o Brasil e o mundo em sua luta. Chegou a ser presidente da União Mundial de Cegos e foi diversas vezes premiada por suas iniciativas. "Nem sempre a coisa foi fácil, mas sempre tive muito entusiasmo. Sempre tive muita fé e nunca desisti." 
Sempre particiou de reuniões em diversos estados sobre políticas públicas de inclusão, com integrantes do governo e de professores.
Questionada sobre quando pretende parar de trabalha, ela dizia, sem hesitar: "Se um dia eu me sentir cansada acredito que vou parar. Mas eu não me canso."
Ter ficado cega não a impediu de realizar o sonho de constituir uma família. Quando estudava nos Estados Unidos, conheceu o marido com quem se casou e teve cinco filhos, hoje todos na faixa dos 50 anos. 
E as dificuldades pelas quais passou, não tiraram o humor de dona Dorina. "Estive nas cinco partes do mundo e fico muito feliz pelo meu trabalho porque consegui o que jamais imaginava. Eu fiz tudo, mas queria mesmo dar uma voltinha para ver todas essas coisas bonitas que não pude ver", afirmava sorrindo. "Mas conheci muita gente formidável, pessoas extraordinárias durante a minha vida".
Ao responder sobre o que gostaria de ver em sua vida, Dorina disse: "Entre as coisas que sempre me encantaram, está o sorriso de uma criança. Acho que o brilho, a graça, transparece. E o pôr do sol, aquele vermelho na praia, no fundo do mar. Mas não tem nada para suprir a falta de não ver. Só com o que tenho dentro de mim." (Fonte: g1)

FUMANTE SOCIAL





O “não” respondido após a pergunta “você fuma?” pode esconder um hábito eventual que afeta a saúde de forma parecida com os danos provocados pelos cigarros consumidos todos os dias. Não são poucos os que dizem fumar apenas aos sábados e domingos, quase sempre em parceria com a ingestão de copos e mais copos de cerveja, situação que expõe o organismo às mesmas substâncias tóxicas do tabaco. A diferença é que o fumante de todo o dia sabe que está em um grupo de risco. Já o autointitulado “fumante social” imagina estar mais protegido da extensa lista de problemas associados ao tabagismo, que inclui câncer, doenças respiratórias, alergias e até infarto.

O primeiro indício de que as baforadas eventuais é mesmo um problema de saúde é que o tema já faz parte das pesquisas científicas. A grande preocupação dos especialistas é que o fumante “de vez em quando”, em geral, quando se propõe a fumar, consome muitos cigarros
O Instituto do Câncer da Austrália quis mapear o hábito com 800 fumantes e identificou que, na faixa etária entre 18 e 24 anos, 65% dizem fumar mais em um único dia da semana, em geral o sábado. Entre os fumantes sociais, 56% deles eram mulheres e que quase metade (49%) já chegou a fumar 30 cigarros em um único dia (mais de um maço).A quantidade excessiva de nicotina em um único dia é chamada de “binge” nas pesquisas internacionais – termo que pode ser traduzido ao português como “fumante pesado”.
“Infelizmente, muitas pessoas que fumam uma vez por semana ou só socialmente não percebem que o risco de câncer é tão alto quanto fumar regularmente”, disse Anita Dessaix, gerente do Instituto de Prevenção ao Câncer da Austrália no paper divulgado sobre o estudo.“Pesquisas internacionais já têm evidenciais de que fumar e beber simultaneamente aumenta de forma significativa os cânceres de cabeça, pescoço e faringe”, completou.
A cardiologista do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração, Tânia Ogawa, diz que associar o cigarro a estes momentos de prazer faz com que os pulmões e o nariz sejam os prejudicados de forma imediata.“Fumar um maço no sábado ou domingo pode provocar intoxicações. 
Já tivemos relatos de náuseas, tontura, vômito como se fosse uma ressaca”, diz ao completar que a definição de dependente de nicotina não serve apenas para quem fuma diariamente.“Temos alcoolistas que só bebem de final de semana, assim como dependentes de cigarro que só fumam aos sábados. Se a pessoa não consegue não fumar quando sai para se divertir já pode ser um sinal”, diz. (Fonte: Fernada Aranda -iG São Paulo/Rede ACT)

DIABETES e NOITES DE SONO SAUDÁVEL

Homens que não têm o hábito de manter uma noite de sono saudável correm o risco de desenvolver problemas cardiovasculares e diabetes, possuem mais chances de engordar e têm a potência sexual reduzida. É o que afirma estudo realizado por pesquisadores da Unifesp e divulgado nesta última quinta-feira na 25ª Reunião Anual da FeSBE (Federação de Sociedades de Biologia Experimental), em Águas de Lindóia, no estado de São Paulo. 
A equipe, liderada pelos pesquisadores Rogério Silva e Lia Bittencourt, analisou dados de 467 homens com idades entre 20 e 80 anos e constatou que 17% reclamava de impotência sexual, além de problemas com diabetes e ganho de peso. A causa mais provável, segundo a biomédica Monica Andersen, uma das pesquisadoras envolvidas no estudo e responsável pela apresentação dos resultados na FeSBE, é a falta de sono. E o culpado seria o próprio homem, que não consegue manter hábitos saudáveis.
Monica explica que para cada hora perdida de sono existe uma chance 24% maior de ganhar peso. “A falta de sono aumenta a produção de enzimas responsáveis pela fome”, disse Monica. Segundo ela, atualmente as pessoas comem por prazer e “a falta de sono aumenta o descontrole da alimentação desencadeando problemas de saúde mais sérios, como a diabetes”.
O número mais preocupante na opinião da especialista é a quantidade de homens entre os 20 e os 29 anos que reclamaram de impotência sexual. Nessa faixa etária, a pesquisa mostrou que 7% não consegue manter ereção. “É um número preocupante pois trata-se do período em que os homens atingem o ápice do vigor sexual. Esses jovens são prejudicados por não manter um hábito de sono saudável”, disse. Além de poucas horas de sono, “muitos têm o sono interrompido, triplicando as chances de desenvolver problemas de saúde”, explicou Monica.
De acordo com a pesquisa, grande parte dos problemas ligados à impotência sexual nos homens pode ser resolvida com uma rotina de noites bem dormidas. Antes de recorrer a remédios que aumentam a potência sexual masculina é preciso colocar o sono em dia. 
“O Viagra piora a oxigenação no sangue e isso pode causar sérios problemas ligados ao sono, gerando um ciclo vicioso em torno da impotência sexual”, disse Monica. “Bastaria que os homens dormissem para que muitos problemas fossem resolvidos”, afirmou.
Agora, a equipe de pesquisadores da Unifesp está analisando os efeitos da falta de sono em mulheres. “Não temos resultados conclusivos sobre a influência do sono em mulheres, mas já sabemos que a abstinência causa efeitos diversos em ratas”. Ela explicou que a falta de sono durante a “TPM” das ratas provoca uma feroz aversão sexual. Contudo, no “período fértil”, os animais parecem aumentar a vontade sexual em muitas vezes. “Durante esse período as ratas procuravam os machos avidamente. Normalmente é o contrário”, disse a biomédica. (Fonte: veja.abril.com.br)

DIACEREÍNA e DIABETES TIPO 2


Uma equipe de pesquisadores da Unicamp está prestes iniciar os testes com o que pode ser um forte aliado na luta contra o diabetes tipo 2. Trata-se de um remédio utilizado há 20 anos no Brasil para o tratamento de artrite, a diacereína. Esse remédio é responsável por diminuir as inflamações que atacam as articulações. A novidade é a descoberta que o efeito anti-inflamatório da diacereína pode ajudar a reduzir os efeitos do diabetes tipo 2. Eles chegaram a essa conclusão por meio de um outro remédio bastante conhecido, a aspirina.
O diabetes tipo 2 é uma doença que se caracteriza pela resistência do indivíduo à insulina, hormônio que regula a taxa de glicose no sangue. O tipo 1 caracteriza-se pela falta absoluta de insulina no sangue do paciente, e representa apenas 10% dos casos de diabetes no mundo, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). Isso quer dizer que a cada 10 pessoas com diabetes, 9 desenvolveram o tipo 2. 
Entre as causas mais comuns da doença está o consumo excessivo de gorduras e o sedentarismo. Com muito açúcar no sangue, o pâncreas começa a produzir muita insulina para dar conta do volume. “A obesidade, que pode ser provocada pela dieta descontrolada, provoca um fenômeno inflamatório subliminar no corpo do paciente que dificulta a absorção de insulina”, explicou o doutor Mário José Saad, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e coordenador da pesquisa. É por isso que a grande quantidade de gordura no corpo do indivíduo está diretamente relacionada com o desenvolvimento do diabetes tipo 2. 
O grupo coordenado por Saad, induziu o tipo 2 da doença em ratos de laboratório, com uma dieta rica em gorduras e os tratou com altíssimas doses de aspirina, para verificar se o processo inflamatório seria alterado. Normalmente, uma dose de aspirina para um ser humano pode chegar a 500mg. A dose administrada nos animais foi, proporcionalmente, 14 vezes maior. Em seres humanos, uma dose nessa quantidade causaria sangramento gastrointestinal e zumbidos no ouvido como efeitos colaterais. Os cientistas perceberam nesse modelo de tratamento que a aspirina era capaz de bloquear uma das vias de inflamação que dificultam a absorção de insulina, por meio de um complexo de proteínas chamado NF -kB.
Segundo Saad, essa foi a prova de que algumas drogas anti-inflamatórias poderiam ser boas aliadas na luta contra o diabetes tipo 2. Como a aspirina apresenta efeitos colaterais fortes quando administrada em altas doses, o grupo de pesquisa da Unicamp se concentrou em outra droga que atua no mesmo complexo proteico, a diacereína. 
Esse remédio é utilizado no Brasil desde 1990 para o tratamento de artrite e, de acordo com a tese de doutorado da médica Natália Tobar, integrante da equipe de Saad, os resultados são promissores em animais para combater o diabetes tipo 2.
Agora, os médicos da Unicamp já encaminharam um pedido ao conselho de ética da universidade para iniciarem um estudo em humanos com a intenção de provar que o modelo da diacereína aplicado em animais de laboratório pode ser reproduzido em pacientes diabéticos. 
De acordo com Saad, a ideia inicial é que o tratamento seja terapêutico tratando os sintomas da doença. Mas como a droga ajuda a sanar o problema de resistência à insulina, pode ser que no futuro ela seja usado em pessoas que não são diabéticas, mas tenham níveis de glicemia próximos da doença. Assim, seria possível prevenir o diabetes tipo 2, caso outras medidas, como exercício físico e alimentação, não estejam contribuindo para o tratamento.
Saad afirmou que os testes em humanos podem começar até o fim do ano, mas alertou que a diacereína não deverá ser utilizada como droga para iniciar o tratamento do diabetes tipo 2. Ele explicou que a maioria das doenças crônicas, incluindo o diabetes, são tratadas com a associação de dois remédios ou mais. “Atualmente temos a droga de preferência para o tratamento do diabetes tipo 2, chamada metformina. Vamos verificar se a diacereína pode ser utilizada em conjunto para reduzir ainda mais os sintomas nos pacientes”, disse Saad. 
O médico está confiante nos resultados do tratamento. Para ele, a diacereína resolve uma equação complexa para o tratamento de uma doença tão comum. “Ela é eficaz, apresenta poucos efeitos colaterais e acima de tudo, é barata. Ou seja, todos poderão ter acesso.” (Fonte: veja.com.br)

domingo, 29 de agosto de 2010

PESQUISA INÉDITA SOBRE TABAGISMO PASSIVO

Mais de um quarto dos brasileiros com mais de 16 anos (26%) fica exposto à fumaça de cigarro em ambientes fechados por em média quatro horas por dia, concluiu uma pesquisa inédita encomendada pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, obtida pelo Estado.


De acordo com levantamento, realizado pelo instituto de pesquisas Datafolha, mais da metade do grupo vítima do fumo passivo fica até 2 horas por dia respirando a fumaça de cigarro alheia e 13%, 19 horas ou mais - isto apesar de a maioria dos ouvidos concordar que a fumaça faz mal tanto para o fumante quanto para quem não fuma .

A maioria dos municípios ainda não baniu os fumódromos e há também pessoas que fumam dentro de casa, expondo os demais moradores aos riscos do cigarro", afirmou a presidente da sociedade, Jussara Fiterman. "Muitas vezes é difícil intervir. São os familiares, o marido, a mulher, submetidos ao tabagismo por causa dos hábitos de um outro morador da casa. O fumante é uma vítima e o que não quer fumar e é obrigado, mais ainda."
A pesquisa ouviu 2.242 brasileiros com 16 anos ou mais, pertencentes a todas as classes econômicas, em pontos de fluxo de 143 municípios. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos, dentro do intervalo de confiança de 95%. O levantamento também mostra que 20% disseram fumar; a média é de 13 cigarros diários.
O fumo passivo também pode matar e causar doenças como câncer de pulmão e enfisema grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), além dos 1,3 bilhão de fumantes do mundo, outros 2 bilhões de pessoas respiram passivamente fumaça de cigarro todos os dias. 
O problema foi escolhido como tema do Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado amanhã, quando o Instituto Nacional do Câncer (Inca) lança a campanha Mulher, Você Merece Algo Melhor do Que Cigarro, acompanhando temática da OMS para o dia mundial de combate.
"Isso mostra a importância de aprovarmos uma lei federal de proibição dos fumódromos", disse ontem Ricardo Meirelles, pneumologista da divisão de tabagismo do Inca, órgão do Ministério da Saúde responsável pelas políticas antitabagistas.
Atualmente, 7 Estados e 15 municípios baniram os fumódromos, área para fumantes em locais fechados - caso de Rio e São Paulo. Diferentes estudos comprovam que não há formas de conter a fumaça em ambientes fechados.
Meirelles destaca que a campanha visa especialmente às mulheres grávidas, que não devem expor os bebês à fumaça de cigarro, fumando ou a respirando passivamente, pois ela aumenta em 70% a chance de aborto espontâneo, causa de mortalidade infantil. O fumo passivo também está relacionado ao câncer de mama, como já demonstraram estudos, alerta o especialista.
A pesquisa da sociedade também investigou o conhecimento dos brasileiros sobre doenças pulmonares e revelou que 90% não lembraram do câncer de pulmão - doença diretamente ligada ao tabagismo. Após receber uma lista das doenças, a maioria reconheceu os tumores do órgão como doença pulmonar e acertou que a fumaça de cigarro gera o câncer.
Resultados: 97% dizem que a fumaça é ruim para fumantes e não fumantes; 49% não sabem que devem procurar um pneumologista se houver suspeita de câncer de pulmão.
(Fonte: Fabiane Leite - O Estado de S.Paulo/Rede ACT)

BRASIL BRASEIRO

"O país está imerso num mar de queimadas, mas não há nem cheiro de fumaça na campanha presidencial. Ninguém está tratando disso. Nem Marina Silva.
Nossas orelhas tampouco vão arder, porque nenhum deles está falando de nós. Só alguns rostos ficarão em brasa, diante da empulhação transparente do horário eleitoral.
Já os narizes estão pegando fogo. Placas se acumulam nas mucosas, às vezes com sangue. Acorda-se no meio da noite com as narinas entupidas por falta, e não excesso, de muco. Borrifadores nasais viraram extintores de incêndio de bolso.
Não caia na conversa de que uma massa de ar quente e seco nos impede de respirar em pleno inverno. Sim, o ar está seco. Mas ele está cheirando a quê?
Onde há fumaça, há fogo, ensina o lugar comum. E não é só a combustão interna de veículos movidos a combustíveis fósseis (gasolina, diesel) ou renováveis (etanol, biodiesel). Pastagens, capoeiras e matas virgens estão ardendo --combustível vivo.
Olhe para o céu, de preferência para o horizonte. Não é mera poluição normal ou névoa seca o que se enxerga. São partículas de fuligem que sobrecarregam o ar, produto da queima de matéria vegetal.
O material particulado --poeira, em bom português-- altera o comportamento da radiação luminosa que parte do Sol e chega até as retinas cansadas. Ocorre uma espécie de espalhamento, que favorece os comprimentos de onda da luz que enxergamos como laranjas e vermelhos.
Com o Sol baixo no horizonte, seus raios têm de atravessar uma camada mais espessa de ar e, portanto, encontram mais partículas pelo caminho. Com a fuligem adicional, surgem os pores do sol mascarados de vermelho dos últimos dias. Antes domina uma luminosidade leitosa, que se coagula em tons de creme ao longo da tarde.
Parece bonito, mas é fumaça. Fogo.
Na serra da Mantiqueira, a lua quase cheia alia-se à fuligem para apagar de vez as estrelas. Poucas sobrevivem além do véu de luz diluída. A noite chamuscada se extingue e tisna o orvalho com um odor de cinzas.
Rolos de "smog" se metem pelos vales, transformando os topos de morros em ilhas fantasmagóricas. Aqui e ali, a madrugada se tinge de laranja, como se o sol fosse nascer fora de hora. O clarão lampeja com pontos de luz amarela --é a mata em chamas, quem sabe um pasto que o dono quer ver livre de pragas.
É um ciclo vicioso. No inverno chove menos, e a vegetação seca, tornando-se inflamável. Fazendeiros e sitiantes usam e abusam da tecnologia mais antiga da nação --a coivara do tupi-- para manejar o solo, adubando-o com cinzas.
A poeira lançada na atmosfera pelas labaredas multiplica partículas às quais moléculas de água podem aderir. Aumenta a competição entre núcleos de condensação, e as gotinhas não chegam a crescer o suficiente para deflagrar a precipitação. Chove menos. Tudo resseca.
O aquecimento global só faz acumular combustível para essa bomba incendiária. Nos seus piores momentos, quem se preocupa com o futuro do clima não consegue deixar de pensar na devastação do romance "A Estrada", de Cormac McCarthy, que lhe valeu um Prêmio Pulitzer de ficção.
Pai e filho sem nomes vagam pelas estradas quase desertas --em todos os sentidos-- dos Estados Unidos. Se arrastam a pé em busca do sul e do mar. Parecem os "noias" que emigram da Cracolândia, sem destino, para todo o centro da cidade de São Paulo.
A paisagem está tomada pela lama de neve e cinzas. As árvores, calcinadas, podem cair a qualquer momento sobre suas cabeças. Bandos canibais caçam os sobreviventes de uma hecatombe sem explicação.
"A Estrada" virou filme não menos angustiante do australiano John Hillcoat. Viggo Mortensen se esmera no papel de pai tenaz, mas a fita é de Kodi Smit-McPhee, o menino. Houve quem visse nele um messias, mas parece mais o retrato contraído de uma criança com pouco futuro.
O cenário horrendo lembra um tanto o que vi perto de Querência (MT), nas vizinhanças do rio Tanguro. No final do inverno de 2004, uma "queimada do bem" foi iniciada ali, com método, por estudiosos do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), em 150 hectares de mata. A última fogueira do experimento aconteceu na semana passada.
Retornei ao lugar cinco anos depois. Quase nada mais restava da floresta de transição entre cerrado e floresta amazônica. Já tinha lido "A Estrada".
A mata queimada se torna ainda mais inflamável nos anos seguintes, pois as árvores morrem e as gramíneas penetram onde antes não tinham luz para viver. As chamas se erguem cada vez mais alto, até as copas, detonando tempestades de fogo.
É uma pesquisa científica, mas também uma metáfora do Brasil futuro, se não cuidarmos do próprio nariz.
O país nasceu sob o signo de uma árvore ameaçada de extinção. Um dia ainda lembrará com desgosto que o nome dessa madeira, premonitório, tem algo a ver com brasas e que brasas acabam em cinzas."
Marcelo Leite
MARCELO LEITE é repórter especial da Folha, autor dos livros "Folha Explica Darwin" (Publifolha) e "Ciência - Use com Cuidado" (Unicamp) e responsável pelo blog Ciência em Dia (Ciência em dia). Escreve às quartas-feiras neste espaço.

CIRURGIA PLÁSTICA EM FUMANTES


Uma grande preocupação na cirurgia plástica diz respeito à cicatrização. O hábito de fumar leva ao aumento da produção de radicais livres, desencadeando uma reação de oxidação -o que é uma das teorias do envelhecimento. 
Além da produção de radicais livres, cada cigarro leva a um período de vasoconstrição ou de diminuição do aporte de sangue, oxigênio e nutrientes na região da pele, durante 45 minutos. Com isso, dependendo da quantidade de cigarros que o paciente vai consumir, podemos ter um período muito longo sem nutrientes essenciais no processo de cicatrização pós-cirúrgica. 
Nos casos em que se realizam cirurgias com amplos descolamentos, a tendência é de haver um risco maior de comprometimento do processo de cicatrização. Isso pode levar ao surgimento de necroses teciduais, afastamentos das partes costuradas e de coleções líquidas, entre outras complicações. 
Em cirurgias plásticas realizadas com pessoas que têm o hábito de fumar, faz-se necessário adequar técnicas menos agressivas, com descolamentos teciduais menores, para proteger os pacientes de possíveis complicações. 
É interessante também indicar o uso de antioxidantes - sendo o mais conhecido a vitamina C -, previamente. Em altas doses, os antioxidantes podem funcionar como um cofator positivo na cicatrização, diminuindo os efeitos negativos da nicotina, já que ela é considerada um cofator negativo para a cicatrização. 
Ainda é importante frisar que, em algumas situações, a cirurgia deve ser contraindicada, até que o paciente interrompa o hábito de fumar. É o caso, por exemplo, de cirurgias em que se faz necessário o uso de microcirurgias, ou de transferências de "retalhos", quando são feitas reconstruções de determinadas áreas. Os riscos de insucesso são muito grandes se o paciente não interromper completamente o hábito de fumar. 
Em termos de cirurgia plástica, o hábito de fumar, associado à exposição solar sem proteção, constitui um fator externo que agrava, e muito, o processo de envelhecimento natural. 
Sempre que pensar em realizar um procedimento de cirurgia plástica, o interessado deve consultar um especialista membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Na condição de médico, ele estará apto, inclusive, a dar as devidas orientações para quem é fumante. 
(Fonte: Dr.Gerson L.Julio-msn.minhavida.com.br)

AH! SE A MODA PEGA ! - 3



A Justiça Federal em Joinville (SC) concedeu liminar com efeitos nacionais determinando à NET Florianópolis, à SKY Brasil Serviços e à Embratel TVSAT Telecomunicações que não cobrem valores relativos a ponto extra e ponto de extensão no serviço de televisão por assinatura, além de taxas de aluguel dos aparelhos decodificadores.
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aprovou o regulamento de proteção e defesa dos direitos dos assinantes de TV por assinatura, conforme a ação ajuizada pelo procurador da República Mário Sérgio Barbosa, que dispõe que a programação do ponto-principal, inclusive de programas pagos individualmente pelo assinante, deve ser disponibilizada sem cobrança adicional para pontos-extras, instalados no mesmo endereço residencial.
Além disso, o regulamento dispõe que a prestadora pode cobrar apenas a instalação e os reparos da rede interna e dos decodificadores de sinal.
De acordo com Barbosa, o que vem sendo observado é que o ponto-extra é cobrado de forma disfarçada, sob a nomenclatura de "aluguel de decodificador".
As prestadoras estão exigindo uma nova instalação e cobrando pela manutenção de outro ponto de saída do sinal dentro da mesma residência. Como o custo de disponibilização do sinal em ponto-extra não representa uma despesa periódica e permanente, que justifique uma mensalidade, a cobrança do "aluguel" é ilegal.
Quando o consumidor adere ao serviço, adquire um pacote contendo diversos canais. Sendo assim, é direito dele usufruir mais de um canal ao mesmo tempo, utilizando o sinal de telecomunicações que adquiriu. Como essa é apenas uma forma de usufruir o serviço de transmissão contratado, os pontos-extras não constituem um serviço autônomo em relação ao ponto principal, não havendo razão para cobranças adicionais.
A Justiça também determinou que a NET, a Sky e a Embratel não poderão interromper o fornecimento dos aparelhos decodificadores nem cobrar pela disponibilização, a não ser quando realizarem o serviço de instalação ou de manutenção e reparos.
Foi determinado ainda à Anatel que suspenda os efeitos da Súmula nº 9, de 19 de março de 2010, que admite a possibilidade de a prestadora e o assinante definirem a forma de contração do equipamento decodificar (compra, venda, comodato ou outra).
A Anatel deverá implementar todas as medidas necessárias ao cumprimento da decisão judicial, instaurando procedimentos administrativos e aplicando as penalidades previstas em lei para os atos das prestadoras que estiverem em desacordo com os artigos 29 e 30 do regulamento de proteção e defesa dos direitos dos assinantes dos serviços de TV por assinatura. (Fonte: dinheiro.br.msn.com)

RISO É SAÚDE - 26!







(Fonte: www.sponholz.arq.br)

DIABÉTICOS e DIREÇÃO VEICULAR



“Quando o assunto é direção veicular, as baixas taxas de glicemia representam o maior risco para a segurança do paciente com diabetes”, afirma o médico Dr. Ivan Ferraz, que é também presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional Estado do Rio de Janeiro. De acordo com Dr. Ivan Ferraz, valores abaixo de 70 mg/dl já podem perturbar a capacidade de reação, a memória, a atenção e alterar a possibilidade de tomar decisões rápidas. Nesses casos, é comum a indecisão na manipulação do volante e na travagem, podendo causar instabilidade na condução. 

“O principal problema da hipoglicemia – que ocorre mais freqüentemente nas pessoas que fazem uso de insulina – é que ela pode ocorrer de forma abrupta, o que é um perigo para quem está ao volante. Num estágio avançado, pode ocasionar desorientações neurológicas, falhas de coordenação motora, crises convulsivas, perda de consciência e até o coma”, alerta. Mas estes problemas podem ser evitados, basta um acompanhamento adequado do diabetes. Diz o especialista: a alimentação correta, respeitando os intervalos entre as refeições, a atenção quanto aos horários da medicação e os testes de glicemia capilar são fundamentais para o controle da glicose”, completa.
Vale lembrar que engarrafamentos acontecem com grande freqüência e a pessoa que tem diabetes deve estar preparada para isso. É importante ter sempre no automóvel algum lanche, bala, torrão de açúcar para alguma emergência no atendimento a hipoglicemia.
Dr. Ivan explica, ainda, que não é recomendável consumir bebidas alcoólicas (mesmo uma pequena quantidade), já que o álcool dificulta a recuperação da hipoglicemia. 
Em relação às viagens, até as mais longas, o diabetes não deve ser considerado um obstáculo. O paciente só precisa fazer um planejamento e consultar seu médico antes da partida, para certificar-se de que está tudo sob controle. Nessas situações, além de alimentos, é fundamental ter no veículo: insulina e/ou antidiabéticos orais; glicosímetro; alguma identificação de paciente com diabetes; telefone do médico; e carteira do plano de saúde (se houver). “Ao mínimo sinal de hipoglicemia, mesmo havendo dúvidas, a pessoa deve parar o carro imediatamente e se alimentar”, aconselha.
Além da hipoglicemia, o paciente precisa estar atento aos problemas crônicos do diabetes, que podem, com o tempo, acabar interferindo na direção veicular. Neste caso, os principais são a retinopatia e o pé diabético. A retinopatia, numa fase inicial, não acarreta danos significativos na visão do indivíduo e, portanto, não interfere no ato de dirigir. “O mesmo não acontece num grau mais avançado, em que o paciente tem um comprometimento mais intenso da retina”, lembra. “Por isso, ele deve realizar exames de vista com freqüência”, completa. 
A direção também não está proibida para a pessoa que tem pé diabético, desde que não haja feridas nem lesões. Basta ela tomar as precauções básicas de quem tem diabetes – cuidados com alimentação e medicação – e utilizar sapatos confortáveis. (Fonte: Revista Mais Saúde - edição n. 30 - SBD)

HIPOGLICEMIA


A Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, explica que a hipoglicemia ocorre quando o açúcar no sangue está abaixo da faixa considerada normal (60mg/dl).  “Isso acontece quando há um desequilíbrio entre a quantidade de açúcar e a quantidade de insulina no nosso corpo”, explica a especialista. Ela diz que os sintomas podem variar bastante de um paciente para outro.
Pessoas com diabetes podem apresentar hipoglicemias leves e moderadas com alguma freqüência e, se não tratadas a tempo, podem evoluir para um quadro mais grave de coma hipoglicêmico.
Os sintomas de hipoglicemia são: - confusão mental, comportamento anormal, irritabilidade, agressividade ou também lentidão; - incapacidade para realizar coisas comuns, como somar 2 + 2; - distúrbios visuais, como visão dupla ou turva; - tontura; - palpitação; -tremores; - suor excessivo; - fome; - sonolência.
A endocrinologista alerta que alguns dos sintomas de hipoglicemia mais leve podem ser vistos em outras situações de estresse. “Por isso, é importante verificar a glicemia durante o aparecimento de alguns desses sintomas para realizar o tratamento adequado”, sugere a médica.
Quando a pessoa com diabetes tem uma hipoglicemia mais severa, pode até mesmo ter perda de consciência. Ou seja, acontece o coma hipoglicêmico, uma situação que deve ser evitada. “Na hipoglicemia severa o valor da glicemia está abaixo de 36mg/dl, ou o paciente não perdeu a consciência, mas precisa de ajuda para se recuperar”, ensina a endocrinologista.
A Dra. Denise explica que há diferença no tratamento da hipoglicemia, dependendo do estado do paciente: - Paciente acordado, consciente: repor carboidratos com 5 a 6 balas, ou 150 ml de suco de laranja, ou 1 copo de refrigerante não dietético, ou 2 colheres de açúcar. Procure não fornecer alimentos como chocolate e bolos com cobertura, que demoram mais para elevar a glicemia. Após 10 minutos da ingestão dos alimentos, verificar a taxa da glicemia. Se ela continuar baixa, repetir o procedimento; - Paciente desacordado, inconsciente: não se pode fornecer alimentos. Aplique glucagon via subcutânea, conforme orientação dada por seu médico ou enfermeiro. Este hormônio tem ação oposta à insulina, ou seja, eleva a glicemia. Geralmente usa-se uma ampola para adultos, e meia ampola para crianças. Levar a pessoa com diabetes ao pronto-socorro, para aplicação de glicose endovenosa. Caso não consiga transportar o paciente, chamar um pronto-atendimento.
Segundo a Dra. Denise, um dos problemas mais comuns, depois de uma crise hipoglicêmica, é a hiperglicemia causada pelo excesso de carboidratos.  Ela ressalta que, na maioria das vezes, a pessoa se recupera do evento sem seqüelas. “O problema maior ocorre com hipoglicemias mais graves, com perda de consciência, que podem até levar à morte, embora isso seja bastante raro. Um episódio de hipoglicemia severa prolongado pode favorecer lentidão de pensamento e perda de memória momentânea que, em geral, é recuperada”, explica.
A Dra. Denise dá algumas recomendações para se evitar crises de hipoglicemia: - tenha o hábito de monitorar a glicemia, pois o ajuste da dose de insulina e a correção adequada podem evitar episódios de hipoglicemias severas; - procure informar às pessoas que convivem com você como reconhecer os sintomas de hipoglicemia e como corrigi-la; - se praticar atividades físicas, acostume-se a monitorar a glicemia mais freqüentemente. Lembre-se de que o exercício pode facilitar o aparecimento das hipoglicemias até várias horas após o término. Se praticar atividades físicas por várias horas, procure se alimentar e verificar a glicemia antes, durante e após o exercício; - tenha sempre com você uma fonte rápida de carboidrato, como balas ou suplementação de glicose (sachês de mel ou glicose); - cuidado com a ingestão de álcool sem se alimentar, pois isso pode baixar a glicemia. Se você não está com o glicosímetro e tem sintomas, trate como se fosse uma hipoglicemia; - se os episódios de hipoglicemia forem freqüentes, converse com seu médico para ajustar a dose da medicação para o diabetes.  (Fonte: Revista Mais Saúde - edição 30 - SBD)

PERIGO PARA ELAS

© Murray Kimber/ Ilustration work/Getty Image
Por muito tempo a dependência química tem sido considerada uma doença masculina. Aspectos culturais e sociais que propiciavam o acesso dos homens ao álcool e às drogas levaram a crer que eles são muito mais propensos a usar esses produtos. Em parte por esse motivo, há décadas as pesquisas sobre o assunto excluíam mulheres. Consequentemente, sabe-se hoje bem menos sobre a drogadição feminina, e, na prática, os programas e centros de tratamento raramente são voltados para as necessidades. 
Bem pouco foi considerada, por exemplo, a influência da variação hormonal no sucesso (ou fracasso) do processo de recuperação. No entanto, há sinais de que a predominância de estudos com voluntários homens tenda a diminuir, já que o uso de bebidas e substâncias ilícitas se tornou socialmente mais aceitável tanto por adolescentes quanto por mulheres adultas. 
Segundo estudo de 2008, desenvolvido pelo psiquiatra Richard A. Grucza, da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, é na população feminina que o uso de bebidas e drogas mais tem aumentado. 
Em uma inversão das tendências predominantes no passado, adolescentes estão agora experimentando maconha, álcool e cigarros em índices mais elevados que os garotos, de acordo com os recentes resultados de uma pesquisa realizada pelo National Survey on Drug Use and Health (NSDUH), nos Estados Unidos. O estudo mostra que o uso geral de drogas ilícitas entre as moças aumentou em torno de 6% em 2007 e 2008, enquanto o índice para os jovens do sexo masculino caiu cerca de 10%. 
Além disso, uma literatura cada vez mais consistente sobre a dependência do sexo feminino mostra que as mulheres apresentam características bastante específicas. De forma singular, elas podem ser particularmente vulneráveis ao uso de substâncias que criam dependência e aos seus efeitos, pois os hormônios sexuais femininos afetam diretamente os circuitos de recompensa do cérebro, influenciando a resposta a drogas. Felizmente, alguns estudos já apontam para novos tratamentos para a toxicomania, além de fornecer informações práticas para as pessoas empenhadas em abandonar o uso. (Para saber mais: Revista Mente e Cérebro - Reportagem -edição 212 - setembro/2010 - Por Emily Anthes)
Emily Anthes jornalista especializada em ciências e saúde.

USO INADEQUADO DE MP3

O uso inadequado de tocadores de MP3, principalmente por jovens dos centros urbanos está preocupando médicos de várias partes do mundo. 
“Este hábito tem crescido mais rápido do que nossa capacidade de avaliar suas consequências”, escreveu o especialista em medicina ambiental Peter Rabinowitz, professor da Universidade Yale, nos Estados Unidos, em um editorial do periódico British Medical Journal
O volume dos aparelhos de MP3 pode atingir 120 decibéis, o que é comparável ao som de uma turbina de avião. Segundo Rabinowitz, há várias evidências de que o uso prolongado desses equipamentos e com volume muito alto está comprometendo a capacidade auditiva dos jovens, além de causar zumbidos crônicos e de difícil tratamento, sem falar em acidentes e prejuízo escolar por falta de concentração. No entanto, essas consequências podem representar apenas a ponta do iceberg, já que os efeitos cumulativos ainda são desconhecidos. Os especialistas temem que esse hábito insalubre possa ocasionar uma epidemia de problemas auditivos daqui a algumas décadas. (Fonte: www2.uol.com.br)

SUCOS PARA DIABÉTICOS

O suco de uva integral é rico em uma substância chamada Resveratrol, conhecida por sua ação antioxidante, antiinflamatória e anticâncer. Por causa dessas propriedades é muito usado em tratamentos para redução de peso, colesterol, triglicérides e glicemia, podendo ser consumido por portadores de diabetes.
Também protege o envelhecimento celular; previne o envelhecimento cutâneo; ajuda na melhoria da visão, na flexibilidade dos tecidos arteriais, na circulação sanguínea, na redução nos danos ao DNA de células de linfócitos (desta maneira protege contra o câncer); reduz a produção de radicais livres e o risco de doenças cardiovasculares; inibe o início da aterosclerose; previne o colesterol e, por fim, é rico em vitaminas e minerais.
Recomenda-se o consumo de duas taças (200 ml cada) por dia do suco de uva integral puro sem diluição, para se obter todos esses benefícios.
Há algumas plantas com ação hipoglicemiante indicadas na forma de chá para os portadores de diabetes, como dente de leão e carqueja. Já na culinária, recomenda-se o uso do gengibre, conhecido também por sua ação hipoglicemiante.
Algumas sugestões para os portadores de diabetes: suco de abacaxi com hortelã, suco de uva com capim cidreira, melancia com gengibre, chá verde com limão, chá de maçã com canela, chá de camomila e melissa, alho assado com alecrim, azeite de oliva com alho, azeite de oliva com alecrim, sal marinho (no lugar de sal de cozinha comum), manjericão e orégano como temperos culinários.
(Fonte: Juliana Murcia Souza Ikoma - nutricionista (Londrina)-Folha de Londrina)

sábado, 28 de agosto de 2010

DIA DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA 1º de SETEMBRO

(Fonte: Confef)

SEU BEBÊ COMEU PEIXE HOJE?

Seu filho comeu peixe hoje? De acordo com a Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, os bebês também precisam de ácidos graxos como ômega-3, encontrados nos peixes, para o desenvolvimento do cérebro, nervos e olho, e a maioria não ingere quantidade suficiente dessa substância mesmo quando passa a se alimentar de alimentos sólidos. "Além disso, as preferências alimentares das crianças são em grande parte desenvolvidas até os cinco anos de idade, então o ideal é que os pais ajudam seus filhos a desenvolver o gosto por peixes e frutos do mar desde a infância", diz a nutricionista coordenadora do estudo, Susan Brewer.
Os peixes que são ricos em ácidos graxos ômega-3, como salmão, têm enormes benefícios para a saúde e ajudam a prevenir a doença arterial coronariana, mas a maioria dos adultos não come peixe duas vezes por semana, conforme os especialistas recomendam.
Brewer sabe que as suas recomendações poderiam encontrar alguma resistência. "Quando começamos a trabalhar em uma comida especial para bebês à base de salmão, sabíamos que encontraríamos resistência dos pais. Mas a American Heart Association e a American Academy of Pediatrics estão por trás da ideia, e alimentos para bebês à base de peixe, comum nos mercados da Ásia, estão sendo comercializados com sucesso no Reino Unido e Itália". A papinha desenvolvida pelos pesquisadora ainda contém farinha de osso e ovas de salmão. O primeiro ingrediente (feito pela trituração dos ossos do salmão em um pó) fornece cálcio. O segundo fornece proteína de alta qualidade e contém quantidades significativas de vitamina D e ômega-3.
Além disso, uma pesquisa feita com 107 pais de crianças pré-escolares descobriu que 80% dos pais, mesmo aqueles que não comem salmão, disseram querer oferecer a papinha aos seus filhos depois de testar o gosto do produto.
"A papinha ajudou os pais a incluírem peixe no cardápio dos filhos. Já que eles não vão comprar um produto a menos que além de agradar aos olhos também agrade o paladar", disse Susan.
O destaque do salmão fica por conta do seu alto teor de ácidos graxos, o ômega 3, um tipo de gordura boa, necessária para o bom funcionamento do organismo. "Este lipídio é considerado como protetor do coração, pois evita a formação das placas que obstruem as artérias, controla a pressão arterial, reduz o colesterol ruim (LDL) e combate os triglicerídeos, prevenindo assim, a ocorrência de problemas cardiovasculares", explica a nutricionista, Patrícia Bertolucci, da PB Consultoria em Nutrição, de São Paulo. Além disso, o ômega-3 também favorece o melhor funcionamento do cérebro.
O salmão pode ser consumido cru à moda japonesa na forma de sushi ou sashimi. Cuidado para não exagerar no molho shoyu, que é rico em calorias. Pode ser preparado assado, grelhado, no vapor ou ensopado. (Fonte: minhavida.uol.com.br)

FUMANTES e SEDENTARISMO

- Fumantes são sedentários por natureza? Não. Existem muitos fumantes que praticam exercícios físicos. Entretanto, substâncias produzidas pelo organismo durante a atividade física, como a endorfina, podem trazer uma sensação de bem-estar que supera a dependência à nicotina que atinge os fumantes, servindo assim, o exercício físico, como um cofator para a cessação do tabagismo.
- Se fumantes fizerem exercícios, eles podem reverter os danos que o cigarro faz ao pulmão? Os danos pulmonares somente podem ser revertidos, total ou parcialmente, com a cessação do fumo. O grau de recuperação dependerá do tempo de exposição ao cigarro e da quantidade de cigarros fumados por dia. Porém, devemos lembrar que o exercício físico regular e bem orientado diminui as chances do desenvolvimento de diversos tipos de câncer, bem como a ocorrência de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo, portanto, uma das intervenções que devem ser usadas naqueles fumantes que desejam interromper o vício.
- Fumantes conseguem se exercitar igualmente aos não fumantes? No princípio, não. O fumo diminui a capacidade cardiorrespiratória do indivíduo e por isso o fumante terá uma tolerância menor ao exercício. Porém, ao longo do tempo, se mantiver uma atividade física regular, um ex-fumante pode ter uma capacidade física semelhante ou mesmo mais alta que um não fumante, se exercitando nas mesmas condições e com a mesma intensidade.
- Como melhorar o fôlego do fumante? Há algum exercício respiratório que melhora a respiração do fumante durante o exercício? O melhor “exercício” para o fumante melhorar o fôlego é parar de fumar, mas exercícios aeróbicos como caminhada, natação, corrida, ciclismo, etc. ajudam a aumentar a capacidade respiratória. Atividades como yoga e pilates, que focam a atenção nos movimentos respiratórios, também podem ajudar.
- Fisiologicamente, qual é o prejuízo do fumo no desempenho físico? O enrijecimento das artérias e do tecido pulmonar dos fumantes, aliado à progressiva destruição dos alvéolos pulmonares, diminui a capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue para todo o organismo, incluindo aí órgãos importantes como cérebro e coração.
- Que exercícios os fumantes devem fazer? Preferencialmente exercícios aeróbicos já citados e, sempre que possível, ao ar livre em locais arborizados e com pouca circulação de veículos, mas vale também se exercitar em ambientes fechados, como academias, quando aqueles locais não estiverem disponíveis.
- O exercício pode ajudar os fumantes a pararem de fumar? Que exercício é o mais indicado para este fim e quanto tempo é necessário exercitar-se para alcançar resultado? Sem dúvida que pode. A produção de endorfinas e a melhora da autoestima conseguidas através dos exercícios são importantes na decisão de parar de fumar. Não há, entretanto, um tempo predeterminado para isso. Os exercícios bem orientados devem ser feitos durante toda a vida da pessoa, fumante ou não. Vale salientar que o tratamento do vício do cigarro é multidisciplinar e engloba pneumologista, cardiologista, médico do esporte, psicólogo e outros profissionais de saúde.
- O cigarro pode acabar com a vitamina C, que é necessária para o rendimento físico de um atleta. Ele deve tomar suplementos de vitamina C? As toxinas presentes no cigarro podem interferir na absorção de vários nutrientes, inclusive a vitamina C, mas a necessidade de suplementação deve ser avaliada caso a caso pelo médico.
(Fonte: Dr. Jomar Souza é Especialista em Medicina do Exercício e do Esporte e Diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte – SBME – CRM 11443/idmed.uol.com.br)

DOENÇA DE CROHN e BRÓCOLIS, BANANA DA TERRA

As fibras contidas no brócolis e na banana da terra podem bloquear uma fase importante do desenvolvimento da doença de Crohn - um dos principais tipos de doença inflamatória intestinal -, segundo recente estudo da Universidade de Liverpool, na Inglaterra.
De acordo com os pesquisadores, as fibras solúveis desses alimentos reduzem o movimento da bactéria E.coli no intestino, reduzindo as inflamações e amenizando os sintomas da doença, incluindo dor abdominal, diarreia persistente, febre, fadiga e perda de apetite.
Os pesquisadores testaram os efeitos das fibras solúveis do brócolis, da banana da terra, do alho-poró e de maçãs, além de alguns aditivos em alimentos processados na dieta de pessoas com a doença. E, analisando amostras do tecido de pacientes que haviam passado por cirurgias para tratar outros problemas digestivos, eles descobriram que as fibras do brócolis e da banana da terra reduziam o movimento da bactéria em 45% e 82%, respectivamente. Por outro lado, as fibras dos outros alimentos não tiveram impacto, e os aditivos aumentaram significativamente o movimento da E.coli.
Baseados nos resultados, publicados na edição de agosto da revista Gut, os pesquisadores concluíram que suplementar a dieta com essas fibras pode prevenir a recidiva da doença de Crohn, pois uma das principais fases da condição inflamatória ocorre quando as células de revestimento do intestino são atacadas por bactérias, principalmente pela E.coli.
Entretanto, mais estudos são necessários para confirmação e para desvendar se o consumo dos vegetais na alimentação pode ter um efeito similar para pacientes com doença de Crohn e outras doenças inflamatórias intestinais.
(Fonte: Gut. Agosto de 2010/Bibliomed/boasaude.uol.com.br), Inc.

SAPINHO

Um dos menores sapos do mundo, e o menor já visto fora da América do Norte e do Sul, foi descoberto nas florestas da ilha de Bornéu do Sudeste Asiático. Os anfíbios, do tamanho de ervilhas, foram encontrados perto de uma montanha em Kubah National Park.
Um dos descobridores do animal (Microhyla nepenthicola) disse que viu alguns espécimes em coleções de um museu que tinham mais de 100 anos. Ele acha que os cientistas presumivelmente pensavam que aqueles eram sapos juvenis de outras espécies, e não que eles são os adultos desta micro espécie recém-descoberta.
O mini sapo foi nomeado em homenagem a planta da qual depende sua sobrevivência, a Nepenthes ampullaria, uma das muitas espécies de plantas carnívoras em Bornéu. Estas plantas têm forma de jarro, cavidade aberta e crescem em florestas úmidas e sombrias. As rãs depositam seus ovos nas laterais do jarro, e os girinos crescem no líquido acumulado no interior da planta.
Os machos da espécie tem cerca de 10,6 a 12,8 milímetros de comprimento. Foi muito difícil encontrá-los, justamente por causa desse tamanho minúsculo. Os animais foram monitorados pelo “barulho” que fazem. Seu canto normalmente começa ao entardecer; os machos se recolhem para dentro e ao redor das plantas carnívoras. Eles “cantam” uma série de duras notas ásperas que duram poucos minutos, com breves intervalos de silêncio. Esta sinfonia vai até o pico do sol nas primeiras horas da noite.
Os anfíbios são o grupo mais ameaçado de animais no mundo, sendo que um terço deles está em perigo de extinção. Eles oferecem serviços importantes para os seres humanos, como controlar as populações de insetos que disseminam doenças e causam danos as plantações e ajudar a manter os sistemas de água doce saudáveis.
Os anfíbios são muito sensíveis a mudanças no seu meio, então os pesquisadores esperam que a descoberta destes sapos em miniatura os ajude a compreender que mudanças no ambiente global estão tendo um impacto maior sobre esses animais.
A Conservação Internacional já lançou uma busca em todo o mundo para os chamados “anfíbios perdidos”, espécies que não são vistas em vários anos e que podem estar extintas. [OurAmazingPlanet]
(Fonte: hypescience)

DISTÚRBIO TEMPOROMANDIBULAR - DTM

O termo ATM, antigamente designado articulação temporomandibular, foi atualmente substituído por Algias por Tensões Musculares (denominação dada pelo Prof. Dr. JJ Barros), também é chamado de DTM - distúrbio temporomandibular ou TMJD – termo em inglês (que significa Temporomandibular Joint Disorders), refere-se à a uma série de fatores que comprometem essa articulação, e que se manifesta principalmente com dor, que pode irradiar para cabeça e braços, estalos ou crepitações, dificuldades de abrir ou fechar a boca.
Além de causar dores de cabeça, pode causar tonturas (chamadas de labirintites), aparecimento de zumbidos, dores próximas ao ouvido e torcicolos; levando o paciente a procurar profissionais de diversas áreas, (como otorrino, neurologista, ortopedista, entre outros). Isso ocorre devido a proximidade da articulação e os músculos que participam da mastigação, com diferentes órgãos do corpo humano (como o ouvido e o pescoço, por exemplo).
As tonturas ou vertigens, também chamadas de labirintites são originadas, em grande parte dos casos, devido a um ligamento que esta em contato com o labirinto e um músculo, que é tracionado quando ocorre um desequilíbrio na musculatura da ATM, ocorrendo devido essa tração, uma sensação de perda do equilíbrio ou tontura, muitas vezes, bastante acentuadas, que normalmente melhoram, com o tratamento da ATM.
As dores de cabeça como, por exemplo, nas enxaquecas ou cefaléias ocorrem, na maioria dos casos, devido a um desequilíbrio da musculatura da mastigação, gerando por isso, dores por uso excessivo dessa musculatura, causando dores de cabeça na região temporal e em outras regiões da cabeça. Também esses sintomas podem aumentar, nos portadores de Bruxismo, Briquismo, pacientes com estresse, hábitos parafuncionais, pela maior sobrecarga desses músculos. Nos casos do Bruxismo e do Briquismo utilizamos novas técnicas, associadas ao tratamento da ATM, sendo consideradas mais seguras e com maior índice de resultados.
Os zumbidos, em alguns casos, podem ser relacionados a ATM. São aqueles, que variam de intensidade, ao mastigar os alimentos ou quando abrimos a boca, por exemplo.
Por uma ação reflexa, outros músculos também podem entrar em desequilíbrio, nos portadores de ATM (como por exemplo, os do pescoço e braços, causando torcicolos, sensações de que o paciente carregou uma "mala" - os braços ficam doloridos, dores nos olhos, sensação de que tem um comprimido grande enroscado na garganta ou que alguém esta apertando o pescoço, dor no olho - sensação que alguma coisa esta empurrando o olho por traz, náuseas). Normalmente os pacientes relatam uma melhora desses problemas, com o tratamento da ATM.
Inúmeras pessoas no mundo tem sintomatologia da ATM e dessas, em muito poucos casos, são diagnosticado e tratado de maneira correta. Se você tem algum ou vários desses sintomas, recomendamos uma avaliação e tratamento precoce, para evitar maiores complicações no quadro clínico.
Existe uma articulação temporomandibular de cada lado, e elas são responsável por todos os movimentos mandibulares (abertura, fechamento, protrusão, retrusão e lateralização). É possível localizar a articulação colando os dedos indicadores logo à frente dos ouvidos e fazendo movimentos de abertura e fechamento da boca. Quando elas estão sensíveis ao toque ou apresentam dor, estalos ou crepitações, no movimento da boca, já é indicativo de problemas na ATM.
A articulação temporomandibular, como outras articulações do nosso corpo, é "amortecida" por um disco (disco articular), evitando assim que exista um contado direto entre as estruturas ósseas e assim possibilitando o movimento. O "bom estado" do disco reflete diretamente no bom funcionamento da articulação.
Os dentes são responsáveis pelo perfeito equilíbrio dos músculos, das articulações e dos ligamentos. Qualquer alteração dentária, que pode ser desde um simples dente torto, uma mordida inadequada ou até mesmo a falta deles, podem gerar um desequilíbrio, levando a um quadro de ATM.
Porém não só uma alteração no disco ou nos dentes é que poderão gerar a ATM, mas também inúmeros fatores, dentre eles os psicológicos, que levam a hábitos parafuncionais, dentre os quais podemos destacar:
roer unhas ou remover cutículas com os dentes; mastigar de um só lado; chupar ou morder o dedo, objetos e alimentos duros; apoiar a mão no queixo, enquanto estuda ou trabalha; apoiar a mão sobre o queixo enquanto dorme; dormir com travesseiro muito alto ou muito baixo; briquismo (habito de apertar os dentes durante o dia); bruxismo ( habito de apertar os dentes á noite ) e stress e ansiedade.
Hábitos profissionais: apoiar com o ombro o telefone, de encontro ao ouvido; praticar esportes, como natação, posicionando a mandíbula de maneira incorreta ao respirar; posicionamento do queixo incorreto do violonista ao usar o instrumento; tocadores de instrumentos de sopro; segurar com os dentes alfinetes de costura, clipes de papel, caneta ou lápis.
Também podemos ter sintomas de alteração na ATM, por origem traumática : no caso de acidente de transito com colisão traseira; acidentes com batida na região do queixo. É importante que seja diagnosticado a etiologia de maneira correta afim de que possa ser feito um tratamento adequado a casa paciente. O tratamento da ATM (ou DTM) muitas vezes é multidisciplinar, sendo normalmente efetuado por profissionais de diversas áreas da odontologia e também, quando necessário, com o auxílio de profissionais de outras áreas da saúde, devido a infinidade de fatores causais.
Normalmente para o tratamento desses sintomas com essa origem não precisamos utilizar medicamentos, evitando assim os efeitos colaterais, que muitos dele apresentam.
O tratamento odontológico, visa inicialmente, de maneira paliativa através da colocação de um aparelho (placa reposicionadora de mandíbula), aliviar rapidamente a dor e relaxar a musculatura facial fazendo que se haja um posicionamento adequado dos músculos e das articulações, para que possamos ter uma visão do tratamento definitivo e específico para cada caso (como próteses, desgastes seletivos ou ortodontia, por exemplo). Por isso que indicamos o tratamento da ATM antes do tratamento definitivo, para melhor resultado no tratamento desses sintomas. (Fonte: http://www.atm.hostmidia.com.br/)