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domingo, 29 de agosto de 2010

DIABÉTICOS e DIREÇÃO VEICULAR



“Quando o assunto é direção veicular, as baixas taxas de glicemia representam o maior risco para a segurança do paciente com diabetes”, afirma o médico Dr. Ivan Ferraz, que é também presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes - Regional Estado do Rio de Janeiro. De acordo com Dr. Ivan Ferraz, valores abaixo de 70 mg/dl já podem perturbar a capacidade de reação, a memória, a atenção e alterar a possibilidade de tomar decisões rápidas. Nesses casos, é comum a indecisão na manipulação do volante e na travagem, podendo causar instabilidade na condução. 

“O principal problema da hipoglicemia – que ocorre mais freqüentemente nas pessoas que fazem uso de insulina – é que ela pode ocorrer de forma abrupta, o que é um perigo para quem está ao volante. Num estágio avançado, pode ocasionar desorientações neurológicas, falhas de coordenação motora, crises convulsivas, perda de consciência e até o coma”, alerta. Mas estes problemas podem ser evitados, basta um acompanhamento adequado do diabetes. Diz o especialista: a alimentação correta, respeitando os intervalos entre as refeições, a atenção quanto aos horários da medicação e os testes de glicemia capilar são fundamentais para o controle da glicose”, completa.
Vale lembrar que engarrafamentos acontecem com grande freqüência e a pessoa que tem diabetes deve estar preparada para isso. É importante ter sempre no automóvel algum lanche, bala, torrão de açúcar para alguma emergência no atendimento a hipoglicemia.
Dr. Ivan explica, ainda, que não é recomendável consumir bebidas alcoólicas (mesmo uma pequena quantidade), já que o álcool dificulta a recuperação da hipoglicemia. 
Em relação às viagens, até as mais longas, o diabetes não deve ser considerado um obstáculo. O paciente só precisa fazer um planejamento e consultar seu médico antes da partida, para certificar-se de que está tudo sob controle. Nessas situações, além de alimentos, é fundamental ter no veículo: insulina e/ou antidiabéticos orais; glicosímetro; alguma identificação de paciente com diabetes; telefone do médico; e carteira do plano de saúde (se houver). “Ao mínimo sinal de hipoglicemia, mesmo havendo dúvidas, a pessoa deve parar o carro imediatamente e se alimentar”, aconselha.
Além da hipoglicemia, o paciente precisa estar atento aos problemas crônicos do diabetes, que podem, com o tempo, acabar interferindo na direção veicular. Neste caso, os principais são a retinopatia e o pé diabético. A retinopatia, numa fase inicial, não acarreta danos significativos na visão do indivíduo e, portanto, não interfere no ato de dirigir. “O mesmo não acontece num grau mais avançado, em que o paciente tem um comprometimento mais intenso da retina”, lembra. “Por isso, ele deve realizar exames de vista com freqüência”, completa. 
A direção também não está proibida para a pessoa que tem pé diabético, desde que não haja feridas nem lesões. Basta ela tomar as precauções básicas de quem tem diabetes – cuidados com alimentação e medicação – e utilizar sapatos confortáveis. (Fonte: Revista Mais Saúde - edição n. 30 - SBD)

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