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sábado, 28 de agosto de 2010

SAPINHO

Um dos menores sapos do mundo, e o menor já visto fora da América do Norte e do Sul, foi descoberto nas florestas da ilha de Bornéu do Sudeste Asiático. Os anfíbios, do tamanho de ervilhas, foram encontrados perto de uma montanha em Kubah National Park.
Um dos descobridores do animal (Microhyla nepenthicola) disse que viu alguns espécimes em coleções de um museu que tinham mais de 100 anos. Ele acha que os cientistas presumivelmente pensavam que aqueles eram sapos juvenis de outras espécies, e não que eles são os adultos desta micro espécie recém-descoberta.
O mini sapo foi nomeado em homenagem a planta da qual depende sua sobrevivência, a Nepenthes ampullaria, uma das muitas espécies de plantas carnívoras em Bornéu. Estas plantas têm forma de jarro, cavidade aberta e crescem em florestas úmidas e sombrias. As rãs depositam seus ovos nas laterais do jarro, e os girinos crescem no líquido acumulado no interior da planta.
Os machos da espécie tem cerca de 10,6 a 12,8 milímetros de comprimento. Foi muito difícil encontrá-los, justamente por causa desse tamanho minúsculo. Os animais foram monitorados pelo “barulho” que fazem. Seu canto normalmente começa ao entardecer; os machos se recolhem para dentro e ao redor das plantas carnívoras. Eles “cantam” uma série de duras notas ásperas que duram poucos minutos, com breves intervalos de silêncio. Esta sinfonia vai até o pico do sol nas primeiras horas da noite.
Os anfíbios são o grupo mais ameaçado de animais no mundo, sendo que um terço deles está em perigo de extinção. Eles oferecem serviços importantes para os seres humanos, como controlar as populações de insetos que disseminam doenças e causam danos as plantações e ajudar a manter os sistemas de água doce saudáveis.
Os anfíbios são muito sensíveis a mudanças no seu meio, então os pesquisadores esperam que a descoberta destes sapos em miniatura os ajude a compreender que mudanças no ambiente global estão tendo um impacto maior sobre esses animais.
A Conservação Internacional já lançou uma busca em todo o mundo para os chamados “anfíbios perdidos”, espécies que não são vistas em vários anos e que podem estar extintas. [OurAmazingPlanet]
(Fonte: hypescience)

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