ARETEUS |
Ao longo do tempo, a dedicação ao Diabetes de vários profissionais do Brasil e do mundo têm proporcionado descobertas fantásticas para o controle dos níveis glicêmicos. Atualmente, podemos dizer que a longevidade e a prosperidade são conquistas certas para aqueles que seguem o tratamento correto. O conhecimento na área se tornou tão amplo, que passou a merecer o empenho integral de alguns profissionais da endocrinologia. Não é à toa que, recentemente, se tornou comum o termo diabetólogos, para denominar esses profissionais.
Os primeiros relatos datam da era egípcia. Entre os hebreus há relatos com suspeita da ocorrência do diabetes gestacional. Desde a circuncisão de Abraão, aos 99 anos, inúmeras práticas endócrinas foram relatadas. O aborto, por exemplo, era permitido se a gestação representasse risco para a vida da mãe.
No entanto, somente cerca de 2000 mil anos depois, por volta de 70 d.C, o médico Areteu da Capadócia, na Grécia, conseguiu descrever o diabetes. Areteu observou que aquele silencioso problema desenvolvia quatro complicações: muita fome (polifagia), muita sede (polidipsia), muita urina (poliúria) e fraqueza (poliastenia). Areteu observou também que, quase sempre, as pessoas com esses sintomas entravam em coma antes da morte. Era algo “grave e misterioso”. Afinal, mesmo com a fartura de alimentos que entravam pela boca, a falta de energia corporal permanecia.
Desde Areteu – num período de 1600 anos – a Medicina não evoluiu no estudo do diabetes. Só em 1670 é que o médico inglês Thomas Willis descobriu, provando a urina de indivíduos que apresentavam os mesmos sintomas, que ela era "muitíssimo doce, cheia de açúcar".
Em 1815 o Dr. M. Chevreul demonstrou que o açúcar dos diabéticos era glicose. Por esta razão, os médicos passaram a provar a urina das pessoas sob suspeita de diabetes. Desde essa altura a doença passou a chamar-se "diabetes açucarada" ou "Diabetes Mellitus". A palavra "Mellitus" é latina e quer dizer "mel ou adocicado".,
Posteriormente, em 1889, dois cientistas alemães, Von Mering e Minkowski, descobriram que o pâncreas produz uma substância, ou hormônio, capaz de controlar o açúcar no sangue e evitar os sintomas do diabetes. Antes, no entanto, ainda não se tinha o conceito de hormônio ou secreção interna. Em 1849, Arnold Adolph Berthold (1803-1861), fisiologista em Goettingen, por meio de experiências realizadas em galos demonstrou a existência de vazamento de “alguma substancia interna”.
Mas foi Claude Bernard, em 1949, que usou pela primeira vez o termo “secreção interna”. A denominação Endocrinologia entrou em uso no século XX, derivada de endon (interno) e krino (separar), ambos do grego clássico. O termo hormônio foi utilizado pela primeira vez pelo Prof. Ernest H. Starling. Desde então já havia relatos de que o mau funcionamento do pâncreas seria o responsável pelo diabetes.
Fontes:Biblioteca do IEDE;Diabetes Dia-a-Dia: guia para o diabético, seus familiares, amigos e membros das equipes de saúde. Autor: Rogério F. Oliveira;Aventis Pharma./ http://www.diabetes.org.br/)
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