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terça-feira, 31 de julho de 2012

TABAGISMO e OSTEOPOROSE



Os fumantes têm uma superprodução das proteínas que promovem a produção de osteoclastos, enormes células que reabsorvem os tecidos ósseos. [Imagem: ACS]

Já faz quase 20 anos que os cientistas estabeleceram uma conexão entre fumar e uma elevação do risco de fraturas e de desenvolvimento da osteoporose.
Isso é o que se chama associação epidemiológica, quando um fator inicial é associado a um resultado final.
Tão importante, porém, é descobrir os mecanismos fisiológicos que ocorrem no corpo humano, fazendo com que aquele fator inicial resulte no resultado final.
Só então é possível estabelecer com segurança que o fator inicial - neste caso, o tabagismo - é causa daquele resultado final - o maior risco de osteoporose e fraturas.
E foi isso o que aconteceu agora.
Osteoblastos
Pesquisadores chineses e norte-americanos descobriram as rotas moleculares que fazem com que o cigarro resulte no enfraquecimento dos ossos.
Danjun Ma e seus colegas descobriram que o cigarro faz com que as pessoas produzam quantidades excessivas de duas proteínas que disparam um processo natural do corpo que enfraquece os ossos.
A equipe analisou as diferenças nas atividades genéticas nas células da medula óssea de fumantes e não-fumantes.
Eles descobriram que os fumantes têm uma superprodução das proteínas que promovem a produção de osteoclastos, enormes células que reabsorvem os tecidos ósseos - ao contrário dos osteoblastos, que cuidam da "construção" dos ossos.
Os pesquisadores esperam que a descoberta dessa rota molecular possa levar ao desenvolvimento de novas terapias contra o enfraquecimento e a perda óssea, sobretudo em idosos.

LINHAÇA: prevenção de doenças


Uso de linhaça previne doenças como o câncer e diabetes
Redação Bonde
A semente do linho Linum usitatissimum, também conhecida como linhaça, é um dos mais importantes alimentos funcionais que podemos incluir na nossa alimentação. Sua origem é asiática, da região da Mesopotâmia, e os relatos de sua utilização remontam a cinco mil anos antes de Cristo. 
Segundo a nutricionista Alessandra Rocha, a funcionalidade dessa herbácea se deve aos benefícios que traz à saúde. "Com aproximadamente 39% de óleo em sua composição, a semente de linhaça é um dos alimentos mais ricos em ômega 3 de toda a natureza (cerca de 57%) e de ômega 6. O balanceamento ideal na quantidade desses dois ácidos graxos é que permite a produção das prostagladinas, responsáveis pela remoção do excesso de sódio dos rins. Ou seja, ao ingerirmos óleo ou farinha de linhaça, conseguimos diminuir a retenção de líquidos no corpo", ela afirma. 

Reprodução


Além do altíssimo teor de ácidos graxos essenciais (ômega 3, ômega 6 e ômega 9) a linhaça contém compostos anticancerígenos, antioxidantes e de renovação celular, importantes para a prevenção de uma série de doenças. Incluir a linhaça na alimentação diária previne também as enfermidades cardiovasculares, por meio da redução do colesterol ruim e seu consequente acúmulo nas artérias. 
Além disso, ela melhora o funcionamento do metabolismo, contribui para a estabilidade dos níveis de glicemia nos diabéticos e, por conta das propriedades antioxidantes, ajuda a retardar o envelhecimento. Em sua composição estão presentes altas taxas de fibras solúveis, vitaminas C, E, B1, B2, caroteno, zinco, ferro, magnésio, potássio, cálcio e fósforo. 
Como consumir? 
A semente de linhaça pode ser consumida nas formas de óleo ou farinha. O óleo é extraído da semente inteira e comercializado em cápsulas, que costumam ser indicadas em tratamentos dermatológicos e antiinflamatórios, a fim de suplementar a necessidade de ácidos graxos no organismo. 

Reprodução

Já a farinha da linhaça pode ser encontrada em dois tipos: marrom ou dourada. Do ponto de vista nutricional, elas são semelhantes. O que as diferencia é a forma de cultivo e o sabor. A linhaça dourada é cultivada em regiões frias eJ seu sabor é mais suave, enquanto a marrom possui uma casca mais resistente e é cultivada em regiões de clima quente e úmido, o que explica seu cultivo maior no Brasil. 
"O ideal é consumir o óleo puro de linhaça, em pequenas quantidades, ou adicionar a farinha moída na hora aos sucos ou iogurtes. Há ótimas receitas de bolos com a farinha de linhaça; vale a pena experimentar!", desafia Alessandra. 
Aliada do emagrecimento 
Para quem quer perder peso com saúde, a linhaça é um complemento alimentar nutritivo e eficaz. Após seu consumo, o cérebro produz um hormônio chamado colecistocinina, responsável pela sensação de saciedade. "O consumo regular da linhaça comprovadamente acelera o funcionamento do intestino, ajudando na eliminação das toxinas", afirma Alessandra. 
Pessoas que sofrem com intestino preso podem consumir até 2 colheres de sopa de farinha de linhaça por dia, em shakes batidos com frutas, sucos e em refeições mais pesadas como o almoço. Ela também pode ser adicionada ao feijão, à farofa ou outros alimentos. Para quem tem um bom funcionamento intestinal, o recomendado é consumir apenas duas colheres de sobremesa por dia. 

Reprodução


O consumo excessivo deve ser evitado. Para que os resultados da dieta, seja de emagrecimento ou outras, sejam positivos, a inclusão da linhaça deve ser equilibrada. Além de combater o sobrepeso, reduzir o colesterol e melhorar o intestino, algumas pesquisas também relacionam o consumo da linhaça à saúde da pele e dos olhos. "A saúde da pele reflete o bom ou o mau funcionamento do organismo", completa Alessandra.

AMAUROSE CONGÊNITA DE LEBER (ACL)


Fundo de olho de um paciente com retinose pigmentar (RP)

A RP congênita é chamada de Amaurose Congênita de Leber.
Cientistas dos Estados Unidos conseguiram identificar um gene responsável por um tipo de deficiência visual hereditária, a Amaurose Congênita de Leber (ACL), que pode levar à cegueira definitiva. O estudo foi publicado na versão on-line da revista Nature Genetics
AMAUROSE CONGÊNITA DE LEBER (ACL)
A ACL é uma doença degenerativa caracterizada pela redução da visão na infância, percebida pelos pais da criança a partir de movimentos anormais dos olhos, com oscilações repetidas e involuntárias, conhecido como nistagmo. A doença envolve, geralmente, apenas problemas na visão, mas também pode afetar outros órgãos.
“Os cientistas agora tem mais uma peça do quebra-cabeça para desvendar por que algumas crianças nascem com ACL e perdem a visão. A longo prazo, o objetivo é desenvolver terapias para limitar ou prevenir a perda da visão”, disse Eric Pierce, coautor e diretor de genética ocular do Instituto de Olhos e Ouvidos de Massachusetts, nos Estados Unidos.
O novo gene, identificado como NMNAT1, é o 18º já conhecido ligado à doença.  Para encontrá-lo, os pesquisadores sequenciaram o genoma completo de dois irmãos que apresentavam os sintomas para ACL, mas não tinham nenhuma mutação nos 18 genes ligados à doença conhecidos até agora. “Encontramos a mutação em um gene que ninguém dizia estar associada à ACL”, disse Pierce.
Após encontrar essa mutação, os pesquisadores foram investigar, então, se ela também estava presente em outras pessoas com a mesma doença. Dos 284 portadores da ACL, 13 tinham a mesma mutação neste novo gene. Apesar de parecer pouco, esta incidência é o suficiente para relacionar a mutação à doença e ajudar a desenvolver tratamentos mais completos para quem apresentar sintomas da doença.


































DOAÇÃO DE ÓRGÃOS


Usuário brasileiro do Facebook vai poder declarar ser doador de órgãos

Iniciativa é parceria de rede social com Ministério da Saúde

Campanha do Facebook
A intenção da campanha é incentivar a prática no país e ajudar os doadores a declarem sua intenção para familiares e amigos. (Reprodução) 
A partir desta segunda-feira, os usuários do Facebook no Brasil vão poder declarar em seu perfil a intenção de ser doadores de órgãos. A iniciativa é fruto de uma parceria da rede social com o Ministério da Saúde, com a intenção de aumentar o número de doadores no país. A opção não deve substituir o caminho formal para a doação de órgãos, cuja decisão ainda fica a cargo da família. “A nova funcionalidade vai permitir que milhões de usuários possam, de maneira simples, declarar sua vontade de doar órgãos. Ela vai tornar a intenção mais clara para família e amigos”, diz Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook na América Latina. 
Para declarar sua intenção, o usuário deve entrar em seu perfil na rede social e escolher atualizar seu status. Ali, ele deve clicar em evento cotidiano e na opção saúde e bem estar. Finalmente, ele vai escolher se declarar um doador de órgãos para todos os seus contatos na rede social. “O usuário também poderá escolher quem vai ver essa informação, dentro da opção critérios de privacidade”, diz Alexandre Hohagen.
Segundo Alexandre Padilha, ministro da Saúde, além de ajudar os doadores atuais a declarar sua intenção, a campanha deve incentivar a prática e trazer novos voluntários. “Vamos criar um burburinho sobre isso, dialogando com o público jovem. A intenção é criar uma onda de solidariedade”, diz. 
Balanço - No começo deste ano, o Brasil atingiu um recorde no número de doadores de órgãos. “No começo da década, tínhamos cinco doadores por milhão. Agora somos 13,6 por milhão”, diz Alexandre Padilha. Esse número superou as expectativas do Ministério, que esperava atingir a marca só no final de 2013. Além disso, o número de transplantes subiu 37% entre os primeiros quatro meses deste ano e o mesmo período do ano passado. Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Agora, sua intenção é usar o poder das redes sócias para aumentar ainda mais esse número. 
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/usuario-brasileiro-do-facebook-vai-poder-declarar-ser-doador-de-orgaos

OVOS: ALERGIA e a IMUNOTERAPIA ORAL


Dar a crianças que têm alergia a ovo doses crescentes do alimento pode ajudar a tratar o problema, concluíram pesquisadores do Centro para Criança da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. Em um estudo publicado no periódico The New England Journal of Medicine, esses especialistas mostraram que o método é capaz de amenizar ou até eliminar as reações adversas apresentadas pela maioria desses jovens. Isso não quer dizer, porém que esse tratamento possa ser aplicado no dia-a-dia a partir de agora — para isso, são necessárias mais pesquisas. 
Essa abordagem é a chamada imunoterapia oral, que consiste em, com o tempo, condicionar o sistema imunológico de uma pessoa alérgica a tolerar determinados ingredientes sem que ela apresente sintomas graves. Outros estudos menores já haviam mostrado que o método pode ser eficaz no tratamento de indivíduos que sofrem do problema, mas com outros tipos de comida, como amendoim e leite. 
Participaram da pesquisa 55 crianças de cinco a onze anos de idade que apresentavam alergia a ovo. Ao longo de dez meses, 40 participantes receberam quantidades crescentes de clara de ovo e o restante, doses de placebo. Segundo o estudo, 35 dos participantes que passaram pelo tratamento apresentaram melhoras em relação às reações alérgicas — sendo que 11 deles mostraram uma eliminação completa desses sintomas e o restante passou a ser capaz de tolerar quantidades maiores do alimento sem demonstrar sintomas. As outras cinco crianças deixaram de participar da pesquisa por conta de reações alérgicas relacionadas ao tratamento. Os jovens do grupo do placebo não tiveram melhora. 
Os pesquisadores afirmam que, embora nem todas as crianças que passaram pelo tratamento tenham sido curadas, o fato de elas terem desenvolvido uma maior tolerância ao alimento ao qual são alérgicas já melhora de maneira significativa a qualidade de vida desses pacientes. Isso porque uma resistência maior previne contra reações alérgicas sérias decorrentes da exposição acidental aos ingredientes, situações que costumam acontecer em restaurantes e festas, por exemplo, quando o indivíduo não controla a maneira pela qual a comida foi preparada.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Oral Immunotherapy for Treatment of Egg Allergy in Children

Onde foi divulgada: periódico The New England Journal of Medicine

Quem fez: Wesley Burks, Stacie Jones, Robert Wood, David Fleischer, Scott Sicherer, Robert Lindblad, Donald Stablein, Alice Henning, Brian Vickery, Andrew Liu, Amy Scurlock, Wayne Shreffler, Marshall Plaut, e Hugh Sampson

Instituição: Centro para Criança da Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos.

Dados de amostragem: 55 crianças de cinco a onze anos com alergia a ovo

Resultado: A imunoterapia oral aplicada em crianças alérgicas a ovo - ou seja, dar a elas doses crescentes do alimento - reduz ou até elimina as reações adversas na maioria delas

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/terapia-do-ovo-pode-ajudar-a-tratar-criancas-alergicas-ao-alimento

HEPATITE: BOMBA-RELÓGIO MUNDIAL


Desde o ano passado, o dia 28 de julho é reconhecido como Dia Mundial do Combate à Hepatite. Instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS), ele tem por objetivo alertar a população sobre os perigos cada vez mais visíveis da doença, que atinge mais de 500 milhões de pessoas no mundo, e mata 1 milhão por ano. No Brasil, são 1,5 milhão de infectados pela hepatite C, o tipo mais grave da doença. No entanto, o desconhecimento é tanto que somente 82.000 desses pacientes procuraram tratamento médico até agora. 
A hepatite C é provocada por um vírus que instala-se no fígado e pode demorar décadas para provocar qualquer tipo de sintoma. Mas, quando a hepatite se manifesta, pode ser na forma de cirrose ou câncer no fígado, potencialmente mortais. “Ela é uma doença traiçoeira e silenciosa. Até se manifestar, os pacientes não sabem que ela existe", diz a médica Maria Lúcia Ferraz, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia. 
Desde a década de 90, esforços de prevenção têm diminuído o número de novos casos. A preocupação agora é com o grande número de pacientes que se infectaram nas décadas de 70 e 80, vão começar a manifestar os problemas nos próximos anos e necessitarão de tratamento médico. É uma bomba relógio, prestes a atingir o sistema de saúde brasileiro e mundial – nos EUA, a hepatite já mata mais do que a aids. “Isso acende um alerta. A partir de 2020, vamos ter de lidar com as formas mais graves da doença”, afirma Maria Lúcia. 
Ao contrário da aids, a hepatite tem cura. Na última quarta-feira, o SUS colocou à disposição dos pacientes dois novos remédios, o Telaprevir e o Boceprevir. Com o novo tratamento, os médicos conseguem remover o vírus em 90% dos casos. Novas pesquisas devem aumentar as chances de cura para perto de 100% nos próximos quatro anos. Por isso, os pesquisadores dizem ser tão necessário que se informe a população e se diagnostique a doença antes que provoque danos irreparáveis nos fígados dos pacientes. 
Desconhecimento - A hepatite pode ser causada por cinco tipos de vírus: A, B, C, D, e E. No Brasil, no entanto quase só há registros dos tipos A, B e C. Destes, o mais grave é o terceiro, responsável por 70% dos casos de hepatite crônica, que danifica o fígado no longo prazo. Pelo menos 40% dos casos de cirrose e 60% dos cânceres primários de fígado são causados pelo vírus da hepatite C. Ele é transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas também existem casos de transmissão pela via sexual. 
Até a década de 80 pouco se conhecia sobre a doença, e não existiam meios de evitar que uma transfusão de sangue propagasse o vírus. Por isso, todos que receberam transfusão antes de 1993 devem fazer o teste para saber se estão infectados. (Veja no box quem mais deve fazer o exame) “A maior parte dos doentes foi contaminada por transfusões de sangue dessa época. Hoje temos um grande avanço na prevenção da doença, e as transfusões não oferecem risco. A maior parte dos novos casos é registrada em usuários de drogas injetáveis”, diz Artur Timerman, médico infectologista do Hospital Albert Einstein. 
O grande obstáculo para que a maior parte dos casos seja diagnosticada é o desconhecimento da população. Durante muito tempo, a doença recebeu pouca destaque, inclusive em campanhas governamentais. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Hepatologia mostrou que 29% dos brasileiros não conheciam a Hepatite C. Além disso, somente 51% das pessoas sabiam dizer o que era a doença, e só 5% a citam como uma doença de maior gravidade. Por isso os médicos são unânimes em defender estratégias de conscientização da população – entre elas o Dia Mundial do Combate à Hepatite. Eles dizem que só existe um modo de desarmar essa bomba relógio: o conhecimento.
Quem deve fazer o teste para detecção da Hepatite C:

  1. • Pessoas que receberam transfusão de sangue ou de qualquer derivado de sangue antes de 1993;
  2. • Pessoas que receberam transplante de órgãos ou tecidos, além de doadores de esperma, óvulos e medula óssea
  3. • Doentes renais em hemodiálise
  4. • Pessoas que usam, ou usaram alguma vez, drogas injetáveis ou cocaína inalada
  5. • Indivíduos que usaram medicamentos intravenosos por meio de seringa de vidro nas décadas de 1970 e 1980
  6. • Portadores do vírus HIV
  7. • Filhos de mães contaminadas com a hepatite C
  8. • Pessoas que tenham feito tatuagens ou piercings em locais não vistoriados pela vigilância sanitária;
  1. • Pessoas com parceiros sexuais de longo tempo infectados com hepatite C
  2. • Pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com histórico de doenças sexualmente transmissíveis
  3. • Pessoas com necessidade de diagnóstico diferencial de agressão ao fígado
  1. • Profissionais da área da saúde, após acidente biológico ou exposição percutânea ou das mucosas a sangue contaminado

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/uma-bomba-relogio-prestes-a-explodir

segunda-feira, 30 de julho de 2012

MAIS DE 2 MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES


Estou muito feliz e satisfeito por estar, de alguma maneira, contribuindo com muitas pessoas que acessam este despretensioso blog.   
A marca de 2 milhões de visualizações foi batida e os amigos e amigas que estão por aqui fazem ver esta  minha atividade recompensada.
Espero seguir com isto ainda por algum tempo e contar com a presença das "pessoas consultantes", acessando de pontos distintos deste "mundão": mais de 60 países registrados. 
Um abração.
Joni

sexta-feira, 27 de julho de 2012

VORINOSTAT


O sucesso do primeiro teste da droga vorinostat, que desmascara os vírus da Aids que escapam da terapia convencional, gerou grande otimismo entre os oito voluntários que participaram do ensaio clínico em Chapel Hill, na Carolina do Norte (EUA).
Um deles se sentiu tão recompensado pelo êxito do estudo -considerado um passo crucial para uma possível cura- que veio a público para revelar que é soropositivo, depois de manter esse segredo por 18 anos.
Rob Hill, 50, começou a terapia antirretroviral logo depois de receber o diagnóstico, em 1996, e há sete anos tem níveis de vírus tão baixos no sangue que seus testes de HIV dão negativo.
H. Lynch/Divulgação/The News & Observer
O preparador físico Rob Hill, 50, que é portador do HIV
O preparador físico Rob Hill, 50, que é portador do HIV
Depois de ter conseguido retomar a vida, o ex-DJ e ex-viciado em heroína se tornou atleta e preparador físico.
Desde então, teve três namoradas: as únicas pessoas que sabiam de sua infecção pelo HIV até o mês passado.
Quando foi convidado a participar do teste do vorinostat, a droga anticâncer que desmascarou o HIV, Hill diz que encarou a oportunidade como uma missão.
Mesmo com os antirretrovirais tendo devolvido sua saúde física, uma remota perspectiva de cura foi suficiente para motivá-lo a tomar a nova droga, um medicamento com efeitos colaterais que poderiam perturbar sua terapia normal.
"Eu me preparei por muitos anos para fazer o que faço agora. Além desse estudo, já fui voluntário em vários outros", conta Hill, que tem orgulho de manter forma física excepcional.
"Se uma droga falha, os médicos não ficam achando que ela fracassou por causa do meu estado de saúde. Se a droga é eficaz, tem de funcionar comigo."
O vorinostat, no final de contas, não se mostrou muito tóxico em doses baixas.
"Tive só um pouquinho de indigestão no começo", diz Hill, que decidiu se voluntariar como cobaia humana não só por altruísmo.
"Tenho gasto US$ 3.700 por mês com a terapia antirretroviral. As drogas que eu tomo me afetam emocionalmente."
Ele diz que agora considera sua saúde um compromisso com a equipe médica que dirige os testes clínicos, pois vai entrar na segunda etapa do teste do vorinostat na Universidade da Carolina do Norte.
"Não fiz muita coisa útil no começo da vida, mas agora quero retribuir." 
FONTE: RAFAEL GARCIA - http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1126521-preparador-fisico-comemora-a-possivel-cura-da-infecao-por-hiv.shtml

GORDURA ALIMENTAR e ATIVIDADES CEREBRAIS


A gordura dos alimentos reduz a atividade de várias áreas cerebrais ligadas à percepção de gosto e aroma e ao sistema de recompensa.
Isso foi demonstrado pela primeira vez por um estudo que usou imagens de ressonância magnética para observar mudanças no cérebro de participantes ao consumirem produtos com ou sem gordura.
A pesquisa foi feita na Universidade de Nottingham (Reino Unido), em parceria com a Unilever, multinacional da indústria de alimentos, e durou três anos.
Os participantes do estudo experimentaram quatro emulsões de frutas, todas com a mesma consistência e doçura, enquanto seus cérebros eram mapeados por computador. Uma das emulsões não continha gordura e as outras três tinham diferentes proporções de gorduras em sabores variados.
Os pesquisadores observaram que que as áreas cerebrais responsáveis pela percepção do sabor (como o córtex somatosensorial e a ínsula) são muito menos ativadas pelas emulsões gordurosas.
O interesse da indústria no estudo, segundo notícia publicada no site da universidade britânica, é descobrir meios de produzir alimentos com menos gorduras sem prejudicar o sabor e a sensação de satisfação do consumidor. O objetivo é, em uma década, melhorar os hábitos alimentares da população e combater a obesidade.
EFEITOS
"Esse é o primeiro estudo que avaliou o efeito da gordura no sistema cerebral de percepção do sabor. Agora, levantamos a questão: por que as emulsões com gordura bloquearam a ativação cortical em regiões do cérebro ligadas ao processamento do sabor e ao sistema de recompensa? Também precisamos determinar quais as implicações desse efeito nas sensaçãoes de fome, saciedade e recompensa", disse Joanne Hort, professora adjunta de ciências sensoriais da Universidade de Nottingham.
A maior ativação dessas áreas não resulta necessariamente em maior percepção de sabor ou na sensação de recompensa, lembram os pesquisadores.
Para Johanneke Busch, engenheiro de alimentos do laboratório de desenvolvimento e pesquisa da Unilever, na Holanda, as descobertas foram um passo importante para descobrir como produzir um tipo de comida mais saudável que seja atraente para o consumidor. "Além da gordura, há mais coisas que criam a satisfação, como a textura da comida e a capacidade de produzir saciedade", disse Busch.
A pesquisa acaba de ser publicada no periódico científico "Chemosensory Perception" e teve apoio do Conselho de Pesquisas em Biotecnologia e Ciências Biológicas do Reino Unido. 
FONTE:  http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1123560-gordura-nos-alimentos-afeta-areas-cerebrais-ligadas-ao-paladar.shtml

HEPATITE B e AMOSTRAS DE SANGUE SECO


A infecção pelo vírus da hepatite B (HVB) é a segunda causa de hepatites virais no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Atualmente, o diagnóstico da doença é feito a partir de amostras de soro ou de plasma sanguíneo, o que torna indispensável a punção venosa do sangue dos pacientes. Em locais de difícil acesso, este método de detecção mostra-se, em muitos casos, inviável, pois exige equipamentos de laboratórios especializados e técnicos capacitados para coleta de sangue, além da necessidade de transporte das amostras até laboratórios de análise. Como alternativa para o diagnóstico da hepatite B, cientistas do Laboratório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) propuseram uma nova abordagem, baseada na análise de amostras de sangue seco. A proposta mostrou-se eficaz, mais barata e de maior aplicabilidade em contextos de recursos limitados.
A ideia foi utilizar papel de filtro como base para a amostra, o que elimina a necessidade de refrigeração e facilita o transporte, combinado ao método comercial de ELISA, teste imunoenzimático utilizado na maioria dos laboratórios de diagnóstico, que permite a detecção no plasma sanguíneo de anticorpos específicos para agentes patogênicos. Para isso, foi fundamental identificar quais marcadores da presença do vírus deveriam basear a metodologia inovadora.
A pesquisadora Lívia Melo Villar destaca a facilidade da coleta do material e a facilidade do transporte das amostras como pontos positivos da nova abordagem. A gota de sangue do dedo é pressionada no papel de filtro. O material passa por um processo de diluição para que o sangue fixado seja retirado do papel de filtro sendo, então, submetido ao método de ELISA. No método de diagnóstico convencional, o sangue é retirado por punção venosa, que deve ser realizada por um técnico especializado. Além disso, esse sangue deve ser centrifugado para obtenção do soro e, muitas vezes, essa centrifugação deve ser realizada no mesmo dia.
Três marcadores são utilizados como referência para o diagnóstico da hepatite B: HBsAG (presente no início da infecção), anti-HBc (que aponta se o indivíduo teve contato com o vírus) e anti-HBs (capaz de sinalizar se o indivíduo está imunizado para o vírus). O estudo avaliou a otimização do método comercial de ELISA para detectar esses marcadores do HVB utilizando-se papel de filtro.
Os resultados do estudo mostram uma correlação entre a detecção de marcadores do vírus da hepatite B em amostras de soro e de sangue seco e confirmam que o método comercial de ELISA pode ser adaptado de forma eficaz para o uso de amostras de sangue seco. De acordo com Lívia, as descobertas são promissoras porque indicam a viabilidade de um teste de menor custo e mais facilmente disponível.
Leia a reportagem completa em:
NEWS.MED.BR, 2012. Hepatite B: sangue seco é nova aposta para o diagnóstico da doença. Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2012.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

GORDURAS: BRANCA, MARRON e agora BEGE


http://www.cell.com/abstract/S0092-8674(12)00595-8

Cientistas do Dana-Farber Cancer Institute, nos Estados Unidos, isolaram um novo tipo de gordura capaz de queimar energia em adultos humanos, a gordura bege. A nova "gordura boa" é encontrada em pequenos depósitos do tamanho de uma ervilha espalhados próximo da clavícula e ao longo da coluna vertebral.
A capacidade da gordura bege de queimar calorias - em vez de armazená-las, como a gordura branca - tem potencial para auxiliar no desenvolvimento de novas terapias contra a obesidade e o diabetes.
"Nós identificamos um terceiro tipo de célula de gordura. Há a gordura branca, a gordura marrom, e agora a gordura bege. Este terceiro tipo de gordura bege está presente na maioria ou em todos os seres humanos", explica o líder do estudo Bruce Spiegelman.
Na verdade, sempre se pensou que a gordura marrom existisse apenas em bebês, servindo para mantê-los aquecidos. Mas dados de imageamento médico mais recentes - e mais precisos - mostram que os adultos também mantêm um pouco dessa gordura saudável.
Mas a equipe de Spiegelman já havia demonstrado anteriormente que a gordura marrom - capaz de queimar energia - encontrada no meio da gordura branca que armazena energia em adultos, não era exatamente a gordura marrom clássica que se vê em bebês. A gordura marrom dos bebês vem dos músculos, enquanto nos adultos as células de gordura marrom surgem do "escurecimento" da gordura branca.
No novo estudo, a equipe de Spiegelman clonou células bege retiradas do tecido adiposo de camundongos para estudar a sua atividade em nível genético. Os perfis de expressão mostraram que, geneticamente, as células bege estão em um ponto entre a gordura branca e a gordura marrom.
Inicialmente, elas têm baixos níveis de UCP1 (proteína desacopladora 1), um ingrediente chave para a queima de energia e geração de calor, níveis semelhantes aos da gordura branca. Mas as células da gordura bege também têm uma notável capacidade de incrementar sua expressão de UCP1, iniciando um programa de queima de energia que é equivalente àquele da gordura marrom clássica, a dos bebês.
A equipe também descobriu que as células bege respondem a um hormônio conhecido como irisina, para ativar o programa de queima de energia. Isso é particularmente notável porque a irisina é liberada pelos músculos mediante exercícios físicos, e é responsável por alguns dos benefícios que a atividade física traz. Ou seja, a irisina pode ser o tratamento há muito procurado para aumentar a queima de células de gordura.
"Além do potencial terapêutico, as novas descobertas podem levar a novas e melhores maneiras para caracterizar as significativas diferenças entre as pessoas quanto ao número de células bege que cada uma possui", conclui Spiegelman.

DIABETES TIPO 2 e QUEIJOS, IOGURTES...


Para a alegria dos amantes de queijo, um estudo recente sugere que consumir porções diárias do alimento pode diminuir em cerca de 12% os riscos de se desenvolver diabetes tipo 2.
Na pesquisa, foram avaliados cerca de 340 mil habitantes de oito países da Europa, que responderam a questionários sobre hábitos alimentares – além de dados como idade, gênero, Índice de Massa Corporal e fatores de risco de diabetes. Aqueles que consumiam diariamente produtos fermentados (como queijo e iogurte) apresentavam menos chances de desenvolver o tipo mais comum da doença.
Os autores não descobriram a causa exata do fenômeno e, por isso, recomendam cautela na hora de usar a conclusão do estudo para mudar de hábitos alimentares. “É muito simplista se concentrar em apenas um alimento”, disse o pesquisador Iain Frame, em entrevista ao The Telegraph. “Nós recomendamos uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais e com pouco sal e gordura”.
Levando em conta que a obesidade é um dos maiores fatores de risco para se desenvolver diabetes tipo 2, exagerar no consumo de queijos (muitos têm alto teor de gordura) para evitar a doença não parece uma boa estratégia. Aposte na moderação.[The Telegraph] [The American Journal of Clinical NutritionFoto]

MACONHA e CÂNCER DE TESTÍCULO


COMIGO ISTO NÃO ACONTECERÁ!
É claro! Como sempre, só acontece com o "vizinho"!
"E o barato continua legal!"
Boa sorte!

Um estudo do Fred Hutchinson Cancer Research Center, dos Estados Unidos, constatou que o uso prolongado de maconha pode levar o usuário da droga a desenvolver câncer de testículo. Os cientistas descobriram que a erva está associada a forma mais grave da doença.
A explicação para o surgimento da doença está no fato da maconha alterar a produção hormonal que, com isso, pode alterar a formação de tumores. Os hormônios afetados pela droga são FSH e LH, que controlam o funcionamento dos testículos, e também a testosterona, que é produzida por eles.
O estudo constatou que fumar maconha aumenta em 70% o risco da doença. Os sintomas do câncer no testículo são ferimentos no órgão ou a criptorquidia, quando o testículo não desce para a bolsa escrotal durante a infância.
No entanto, dizem especialistas, o tumor de testículo é curável e seu diagnóstico é feito antes da doença se espalhar. As chances de cura são de 90 a 95% e ele atinge homens na faixa etária de 15 a 34 anos.

VACINA CONTRA DENGUE


Com lançamento previsto para 2015, a nova vacina contra a dengue, produzida pelo laboratório francês Sanofi SA, ainda está em fase de testes clínicos, mas já mostrou eficácia contra três dos quatro sorotipos da doença.
Em um teste clínico feito com cerca de quatro mil crianças de 4 a 11 anos, na Tailândia, a vacina gerou resposta imunológica aos quatro sorotipos do vírus, mas só houve comprovação de sua eficácia contra três deles. O laboratório está realizando análises para compreender a resistência do quarto sorotipo. A Fase 3 do teste clínico poderá indicar se isso tem relação com alguma situação específica que ocorre na Tailândia ou não. Os resultados são promissores para a prevenção de uma doença para a qual não existe tratamento específico.
vacina deverá ser administrada em três doses, com intervalo de seis meses entre as doses.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos da doença por ano. A doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano, especialmente crianças.
Fonte: Sanofi
NEWS.MED.BR, 2012. Vacina contra dengue protege contra três dos quatro sorotipos da doença em testes clínicos. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2012.

EDUCAÇÃO: GOVERNO GASTA POUCO e MAL!



Recursos do governo federal ajudam pouco na educação
A pesquisa estudou quatro programas de transferência de verbas. Deles, apenas um contribui com a eficiência escolar: o Programa Nacional de Alimentação Escolar. Já os recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) — dos quais 60% são destinados à valorização do magistério —, do Programa Dinheiro Direto na Escola e do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar não contribuem para tornar os investimentos em educação mais eficientes.
O trabalho também mostra que os municípios em que o gasto por aluno é maior são muito mais eficientes que aqueles em que esse gasto é pequeno. Um pequeno acréscimo na quantia gasta para cada estudante reflete num acréscimo considerável no desempenho. Nesse sentido, para a validação da qualidade desses gastos, foram testadas algumas hipóteses, chegando-se a conclusão que municípios mais eficientes são aqueles em que os alunos permanecem mais tempo na escola, a quantidade de alunos por sala de aula é menor e o número de alunos por professor é menor.
Para Diniz, a política educacional precisa ser repensada para inserir os municípios nesse diálogo, uma vez que eles conhecem melhor o que cada comunidade precisa. Atualmente, todas as medidas educacionais são adotadas de cima para baixo e o gestor municipal se torna um mero executor de políticas pré-definidas pelo governo federal. Mesmo a discussão sobre os 10% do PIB para a educação está concentrada na esfera federal.
Pesquisador aponta que falta do diálogo limita atuação dos gestores locais
O pesquisador também ressalta a necessidade de rever a política de valorização do magistério, já que, mesmo com a maioria dos recursos do Fundeb destinados a esse fim, ela não tem sido capaz de tornar a educação mais eficiente. Diniz indica que essa valorização tem que ser acompanhada de outras políticas e pensada a longo prazo.
Metodologia
Para chegar a esse resultado, Diniz estudou a relação entre o custo por aluno do ensino fundamental e os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 3.013 municípios, no período de 2004 a 2009. Dessa análise vieram os escores de eficiência, que vão de 0 a 1 e representam o aproveitamento do dinheiro gasto com a educação.

O pesquisador destaca que foi preciso ajustar o modelo a variáveis que fogem do controle do gestor municipal, como aspectos socioeconômicos, background familiar, características dos professores e dos alunos. Um desafio da pesquisa foi lidar com uma quantidade grande de dados. Diniz conta que a banca de qualificação apontou que a pesquisa tinha potencial para lidar com um espaço amostral maior do que o inicialmente pensado. Ao aceitar a recomendação, o estudioso precisou lidar com bancos de dados com mais de 300 milhões de entradas. Foi necessário até criar um programa de computador que agia como um robô, coletando automaticamente as informações que não estavam unificadas, mas sim dispostas em páginas individuais, uma para cada município.
Busca pela eficiência
Diniz conta que a motivação para a pesquisa veio de sua experiência no setor público. Para o pesquisador, no Brasil, a avaliação da gestão pública é feita apenas com base no volume de recursos utilizados, sem levar em conta a qualidade. Assim, um gestor que gasta muito acaba sendo considerado um bom gestor. Daí veio o interesse em analisar a eficiência da educação pública.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens
Mais informações: email josedilton@usp.br
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=105631

MIOPIA e RAIOS SOLARES

Trocar atividades ao ar livre por estudos e brincadeiras em ambientes fechados explicaria porque nove entre dez jovens prestes a deixar a escola nas grandes cidades da Ásia são míopes, afirmam os autores de um estudo publicado online, quinta-feira (dia 3/05/2012).
Acredita-se que a exposição aos raios solares estimule a produção de dopamina, substância que evita que o olho cresça alongado, distorcendo o foco de luz que entra no globo ocular.Nem fatores genéticos, nem o aumento de atividades como a leitura e a escrita deveriam ser culpados, sugerem os autores da pesquisa, mas apenas a falta de exposição ao sol.
"Está bem claro que é a luz brilhante que estimula a liberação de dopamina que previne a miopia", explicou à AFP o pesquisador Ian Morgan, da Universidade Nacional Australiana, a respeito das descobertas, publicadas na revista médica "The Lancet".
Os estudantes médio de ensino básico de Cingapura, onde nove em dez adultos são míopes, passam apenas 30 minutos ao ar livre todos os dias. Em comparação, na Austrália, onde a prevalência de miopia entre crianças de origem europeia é de cerca de 10%, os estudantes passam cerca de três horas em ambientes externos.
Na Grã-Bretanha, a proporção foi de 30% a 40% e na África, "virtualmente nenhum", em uma faixa de 2% a 3%, segundo Morgan.
Mais do que os outros grupos, as crianças no leste da Ásia "basicamente vão à escola, onde não vão para um ambiente externo, vão para casa e não saem. Elas estudam e assistem à televisão", explicam os cientistas.
Os estudantes prestes a deixar a escola com mais incidência de miopia no mundo são encontrados em cidades de China, Taiwan, Hong Kong, Japão, Cingapura e Coreia do Sul, onde de 80% a 90% são afetados.
Destes, 10% a 20% sofriam de alta miopia, que pode causar cegueira.
"Grande parte do que vimos no leste da Ásia se deve a condições ambientais e não genéticas", explicou Morgan, contrariando uma crença disseminada há 50 anos pelo senso comum.
Intercalando as descobertas de estudos de diferentes partes do globo, os cientistas reforçaram que ser um leitor voraz ou um nerd não coloca ninguém em risco imediato.
"Desde que façam atividades ao ar livre, não parece importar o quanto estudam", explicou Morgan.
"Há algumas crianças que estudam muito, vão para fora e brincam bastante, e geralmente elas ficam bem. Aquelas que correm o maior risco são as que estudam muito e não vão para fora", emendou.
Segundo o cientista, as crianças que passam de duas a três horas em ambientes externos por dia provavelmente estariam "razoavelmente seguras". Isto poderia incluir o tempo gasto durante brincadeiras em parques ou nas caminhadas de ida e volta da escola.
É preciso encontrar meios de fazer com que as crianças passem mais tempo expostas à luz do sol, sem comprometer suas atividades escolares, explicou.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

CÉLULAS DA RETINA: TRATAMENTO SURPREENDENTE

Cientistas americanos conseguiram devolver a visão a ratos cegos com a injeção de uma substância que os deixa sensíveis à luz, de acordo com um estudo divulgado nesta quarta-feira (25).
As descobertas publicadas na revista "Neuron" são uma nova esperança para o tratamento que pode, um dia, ajudar as pessoas que sofrem com as formas mais comuns de cegueira, como a degeneração macular e a retinite pigmentosa.
O medicamento, chamado AAQ, torna as células da retina sensíveis à luz, segundo o pesquisador que liderou a pesquisa, Richard Kramer, professor de biologia celular e molecular da Universidade da Califórnia em Berkeley.
O tratamento, que não é permanente e não requer uma intervenção cirúrgica, pode ser mais um passo no caminho da cura da cegueira, sem envolver a implantação de microchips ou o transplante de células-tronco, duas técnicas ainda polêmicas.
"A vantagem dessa abordagem é que é um simples produto, o que significa que você pode mudar a dosagem, pode usar em combinação com outras terapias, ou pode interromper se não gostar dos resultados", explicou Kramer.
"Com o surgimento de fármacos melhores, você pode oferecer outras possibilidades aos pacientes. Não dá para fazer isso quando você implanta cirurgicamente um chip ou após modificar geneticamente alguém", argumentou.
Remédio faz efeito, mas grau de visibilidade ainda é desconhecido
Ainda não está claro o quanto da visão dos ratos foi restaurada, mas os pesquisadores afirmam que o remédio fez efeito porque as pupilas dos animais foram contraídas com a presença de luz forte e os ratos passaram a evitar a luz.
Os ratos usados no experimento tinham mutações genéticas que faziam com que suas hastes e cones morressem com apenas alguns meses de vida.
"Esse é um grande avanço no campo da restauração da visão", declarou o co-autor da pesquisa Russell Van Gelder, oftalmologista e chefe do Departamento de Oftalmologia da Universidade de Washington, Seattle.
"Ainda precisamos mostrar que esses componentes são seguros e vamos trabalhar com pessoas da mesma maneira que trabalhamos com os ratos, mas esses resultados demonstram que essa classe de compostos restabelece a sensibilidade à luz às retinas afetadas por doenças genéticas", acrescentou.
Os cientistas disseram que estão atualmente trabalhando em uma nova geração de compostos químicos para uma nova etapa de experimentos em ratos.

HEPATITE C: NOVOS REMÉDIOS FORNECIDOS PELO SUS

Pacientes com formas graves de hepatite C terão acesso a duas novas drogas na rede pública em 2013, segundo anunciado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde. 
Os medicamentos telaprevir e boceprevir --ambos de uma classe nova, os inibidores de proteases-- serão usados por pacientes com cirrose e fibrose avançadas, uma população estimada em 5,5 mil pessoas. 
Segundo o ministério, essas duas drogas alcançam até 80% de eficácia; a usada hoje, por outro lado, só tem 40% de sucesso no tratamento. 
"Estamos introduzindo como se fosse um coquetel para as hepatites", afirmou o ministro Alexandre Padilha (Saúde), fazendo um paralelo com o coquetel contra a Aids. Segundo ele, outras drogas estão sendo desenvolvidas no mundo no momento e poderão ser incorporadas no futuro. 
A hepatite C, de infecção predominante por transfusões sanguíneas e compartilhamento de objetos como seringas, responde por cerca de 70% das hepatites crônicas no país, informou a pasta. Hoje cerca de 26 mil pessoas estão em tratamento no país pelas hepatites B e C. 
O anúncio foi feito em cerimônia do dia mundial da luta contra as hepatites, comemorado no sábado. No evento, o ministério ainda lançou a nova campanha contra a doença e um edital voltado a tatuadores e manicures, com o objetivo de premiar boas práticas contra a hepatite. 
FONTE: JOHANNA NUBLAT - http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1125671-saude-anuncia-dois-novos-remedios-no-sus-contra-hepatite-c.shtml

MARCA-PASSO CEREBRAL e OBESIDADE



Usado há quase duas décadas no controle dos sintomas da doença de Parkinson, o marca-passo cerebral será testado pela primeira vez no Brasil para obesidade mórbida e depressão.A esperança é adicionar mais uma opção ao arsenal de tratamentos, como medicamentos e cirurgia. 
As pesquisas serão desenvolvidas no Centro de Neurociência do HCor (Hospital do Coração) em parceria com o Ministério da Saúde, por meio do IEP (Instituto de Ensino e Pesquisa) do hospital. 
Dois neurocirurgiões brasileiros que acabam de voltar ao país depois de uma longa temporada nos EUA serão os responsáveis pelos estudos. 
Professores de neurocirurgia na UCLA (Universidade da Califórnia), Antonio De Salles e Alessandra Gorgulho têm vasta experiência na área. 
O grupo de pesquisa do qual fazem parte realizou estudos para o tratamento da depressão com essa técnica. E ambos já desenvolveram pesquisas com a estimulação elétrica cerebral em primatas e suínos para tratar a obesidade mórbida. 
"Trata-se de uma ferramenta útil e poderosa que está sendo usada cada vez mais em outras áreas. Com o advento da tecnologia, o potencial de crescimento é enorme", afirma Gorgulho. 
Ela diz que no Canadá há uma linha de pesquisa que estuda a técnica para mal de Alzheimer e o próprio casal já fez estudos em animais para o tratamento de estresse pós-traumático. 
COMO FUNCIONA
No tratamento da doença de Parkinson e outros distúrbios do movimento, eletrodos são inseridos no cérebro e ligados a um marca-passo colocado sob a pele. 
Por meio de impulsos elétricos, os sinais do cérebro que geram tremores e rigidez muscular são inibidos. O tratamento é reversível. 

Editoria de arte/folhapress 
Eletricidade na cabeça Modulação da atividade cerebral ajuda no tratamento de doenças

Já para tratar a depressão um dos novos estudos vai testar a eficácia da neuromodulação no nervo trigêmeo, cujas fibras carregam informações sensoriais e as projetam para estruturas do cérebro envolvidas na doença. 
Pela primeira vez, os eletrodos serão implantados sob a pele nesse nervo e conectados a um marca-passo para tratar a depressão. A pesquisa deverá ter 22 participantes. 
Para a obesidade mórbida o objetivo é implantar eletrodos cerebrais em uma área responsável pela saciedade em seis pacientes que não obtiveram sucesso com a cirurgia bariátrica. 
"Também será a primeira vez que os eletrodos serão implantados nesse alvo do hipotálamo para obesidade. A ideia é verificar segurança e viabilidade", diz Gorgulho. 
Segundo Henrique Ballalai, da Academia Brasileira de Neurologia, um estudo como esse faz bastante sentido porque há áreas do cérebro que controlam o apetite. 
"Mas tem que ter um grande comprometimento; não se pode pensar que isso poderá ser usado para estética", diz. 
Otávio Berwanger, diretor do Instituto de Ensino e Pesquisa do HCor, diz que a pesquisa visa uma nova alternativa para os pacientes com obesidade avançada que falharam com todas as opções de tratamento. 
Ele ressalta, porém, que se tratam de pesquisas iniciais, que devem ter início em 2013. Apesar de a técnica cirúrgica ser segura e conhecida, é necessário que os estudos apontem que ela também é eficaz para essas novas aplicações. 
FONTE: Mariana Versolato -http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1124780-marca-passo-no-cerebro-sera-testado-contra-obesidade.shtml