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domingo, 30 de setembro de 2012

ENXAQUECA DE CRIANÇAS


Quase 8% das crianças brasileiras sofrem de enxaqueca, diz pesquisa inédita

Quadro aumenta problemas de desempenho na escola, além de elevar o risco do surgimento de distúrbios como depressão e ansiedade

Enxaqueca: Segundo levantamento, apenas 18% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça
Enxaqueca: Segundo levantamento, apenas 18% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça(Thinkstock)
Um estudo recente concluiu que 7,9% das crianças brasileiras de cinco a 12 anos têm enxaqueca, ressaltando o fato de que queixas frequentes de dor de cabeça em crianças devem ser levadas a sério. O levantamento, apresentado neste mês no 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, no Rio de Janeiro, é o primeiro a avaliar a prevalência da enxaqueca infantil no país.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Desempenho escolar e comorbidade psiquiátrica em crianças com Migrânea e Cefaleia do Tipo Tensional

Onde foi divulgada: 26º Congresso Brasileiro de Cefaleia, Rio de Janeiro

Quem fez: Marco Antonio Arruda

Instituição: Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento

Dados de amostragem: 5.671 crianças de cinco a 12 anos de idade

Resultado: Cerca de 8% das crianças do Brasil têm enxaqueca, sendo que 0,6% apresentam a forma crônica da doença. O risco de dificuldades na escola quase triplica entre crianças com o problema; e as chances de sintomas como depressão e ansiedade aumentam em quase seis vezes nesses jovens.
Segundo o neurologista Marco Antonio Arruda, diretor do Instituto Glia de Cognição e Desenvolvimento e autor do estudo, ao contrário do que muitos pensam, crianças podem, sim, ter enxaqueca. De acordo com o médico, sua pesquisa mostrou que uma criança com o problema pode desenvolver dificuldades emocionais, além de ter o desempenho escolar prejudicado. Os resultados completos do trabalho serão publicados na edição de outubro da revista científica Neurology.
Ao todo, foram avaliadas 5.671 crianças de 18 estados e 87 cidades brasileiras. Seus pais responderam a um questionário validado cientificamente, e os professores dos jovens relataram o desempenho escolar desses alunos. Segundo a pesquisa, apenas 17,9% das crianças brasileiras nunca se queixaram de dores de cabeça. E, além dos 7,9% que têm enxaqueca episódica, 0,6% apresenta a forma crônica da doença, que se caracteriza por dores em mais de 15 dias por mês.
Desempenho acadêmico — Quanto ao impacto nas atividades escolares, o levantamento descobriu que, na população com enxaqueca, o risco de ter dificuldade em prestar atenção na aula é 2,8 vezes maior do que entre as crianças saudáveis. Já o risco de ter um desempenho abaixo da média é 32,5% maior entre as com enxaqueca episódica e 37,1% maior entre as com enxaqueca crônica. O problema também é motivo de faltas: 32,5% das crianças com enxaqueca episódica perdem dois ou mais dias de aula por causa da dor. Além disso, os sintomas de depressão e ansiedade têm um risco 5,8 vezes maior de se manifestarem nas crianças com enxaqueca.
De acordo com o neurologista Mario Fernando Prieto Peres, do Hospital Israelita Albert Einstein, os principais sinais de que a criança pode estar sofrendo de enxaqueca, além das queixas frequentes de dor de cabeça, são enjoo, vômito, incômodo com luz ou barulho, relato de alteração visual e de dores pulsantes. O neuropediatra Carlos Takeuchi, do Hospital Infantil Sabará, observa que, no caso das crianças, gatilhos comuns para a cefaleia são excesso de sol, longos períodos de jejum e o consumo de alguns alimentos.
Atualmente, o tratamento para enxaqueca infantil segue três passos: analgésicos para as crises, alteração de hábitos que desencadeiam a dor e, caso as mudanças não sejam suficientes para cessar o problema, aplica-se também um tratamento profilático com medicamento de uso contínuo.

DISFUNÇÃO ERÉTIL: COMO MANTER A EREÇÃO


Estudo revela mecanismo necessário para manter ereção

Até hoje, só era conhecida a forma como a ereção ocorria, e não o que levava à sua manutenção

Homem: Desvendado mecanismo que permite que o homem mantenha uma ereção
Homem: Desvendado mecanismo que permite que o homem mantenha uma ereção (Thinkstock)
Um estudo desenvolvido na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, desvendou os processos químicos que levam um homem a manter uma ereção — até agora, só eram conhecidos os fatores que faziam com que o pênis ficasse ereto, mas não os necessários para mantê-lo dessa forma. Para os autores da pesquisa, publicada nesta semana no periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), a descoberta abre portas para novas terapias capazes de ajudar pacientes que sofrem de disfunção erétil.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Cyclic AMP Dependent Phosphorylation of Neuronal Nitric Oxide Synthase Mediates Penile Erection

Onde foi divulgada: Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)

Quem fez: K. Joseph Hurta, Sena F. Sezenb, Gwen F. Lagodab, Biljana Musickib, Gerald A. Rameauc, Solomon H. Snyderd e Arthur L. Burnettb

Instituição: Universidade Johns Hopkins

Resultado: Depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro, ondas de óxido nítrico, o sistema nervoso cria uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo.
De acordo com os pesquisadores, a liberação de óxido nítrico, um neurotransmissor produzido no tecido nervoso, provoca a ereção pois relaxa os músculos, permitindo que o sangue chegue ao pênis. "No entanto, nos sabíamos que esse era apenas um estímulo inicial. Por isso, queríamos descobrir o que permite que a ereção se mantenha", afirma o coordenador do estudo, Arthur Burnett.
Ao estudarem camundongos, Burnett e sua equipe descobriram que o sistema nervoso, depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro ondas de óxido nítrico, produz uma cascata de substâncias químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do neurotransmissor continue por mais tempo, dentro de um modelo cíclico. 
Embora o estudo tenha sido feito com animais, Burnett afirma que a biologia básica da ereção é a mesma entre roedores e seres humanos. "Agora, vinte anos depois de descobrirmos a importância do óxido nítrico na ereção, sabemos que esse neurotransmissor inicia um sistema cíclico, que continua a produzir ondas do neurotransmissor", diz o pesquisador. "Foi uma viagem de vinte anos para completar a nossa compreensão desse processo. Agora, pode ser possível desenvolver terapias para melhorar ou facilitar o processo”, diz Solomon Snyder, que participou da pesquisa. 

sábado, 29 de setembro de 2012

DIA MUNDIAL DE CUIDADOS PALIATIVOS: 13 DE OUTUBRO


No segundo sábado de outubro, que este ano cairá no dia 13, ações em prol do desenvolvimento dos cuidados paliativos serão feitas no mundo inteiro. É o Dia Mundial de Cuidados Paliativos, cujo tema escolhido pela Aliança Mundial de cuidados paliativos em 2012 é “Viver até o fim: Cuidados Paliativos para uma população que envelhece”.

Estima-se que no Brasil, a cada ano, 650 mil pessoas precisem recorrer a cuidados paliativos. E em todo o mundo, 85% dos casos que requerem cuidados paliativos são decorrentes do câncer.
A Fundação tem o projeto de hospices, unidades que preparam a família para receber o paciente na fase final da doença, que pretende desenvolver a partir do ano que vem, em parceria com o governo do estado do Rio de Janeiro.  A ideia é que o paciente não fique internado, mas sim junto a seus familiares, e a essência é o atendimento domiciliar, feito por profissionais competentes.
A Fundação do Câncer atuou em parceria com o INCA para a construção do Hospital do Câncer IV, uma unidade de cuidados paliativos, que atende pacientes fora de possibilidade de tratamento. É considerado uma referência para todo o Brasil e atende a uma média de 1.100 pacientes por mês, desde sua inauguração, em 2008.

RATINHO AFRICANO e AUTOREGENERAÇÃO


Descoberto ratinho africano que se regenera como o Wolverine.

Um estudo da Universidade da Flórida (EUA) descobriu que um pequeno mamífero africano possui uma habilidade incomum de regenerar tecidos danificados, o que pode inspirar novas pesquisas em medicina regenerativa.
O ratinho, do gênero Acomys, é muito útil para a ciência. Enquanto alguns animais já eram conhecidos por regenerar membros perdidos, como a salamandra, não havia qualquer evidência de que os mamíferos também podiam ter tal capacidade.
Como a biologia dos anfíbios é muito diferente da humana, as descobertas feitas em estudos com salamandras, por exemplo, eram muito difíceis de se transformar em terapias médicas para os seres humanos.
O ratinho, então, representa a esperança de um novo modelo de pesquisa para a medicina regenerativa.
O que é diferente nesse mamífero
Os mamíferos não se regeneram (como você deve ter percebido quando se machucou). Geralmente, o que acontece quando nos ferimos é que o tecido em volta cicatriza para preencher o vazio criado. Se você perde um membro inteiro, ele não volta.
Esse ratinho também “recria” tecido em seu corpo quando se fere. Porém, ele também tem outras capacidades.
“Em suas costas, ele é capaz de recrescer folículos capilares e de pele, mas o músculo sob a pele não se regenera”, disse o principal autor do estudo, Ashley W. Seifert. “Ele também pode regenerar tecido da orelha de forma muito semelhante que uma salamandra regenera um membro perdido para um predador: pele, folículos pilosos, cartilagem – tudo volta”, explica.
A descoberta
Seifert estava conduzindo pesquisas com salamandras quando um colega lhe contou que um pequeno roedor que ele tinha observado na África parecia capaz de autotomia, um mecanismo de defesa pelo qual o animal autoamputa uma parte de seu corpo para escapar de um predador.
“Autotomia em lagartos, lagartixas e algumas salamandras é bem conhecida”, disse Seifert. “Mas é muito rara em mamíferos, e até agora eu só tinha visto em alguns roedores que podem abandonar sua cauda”.
Seifert se empolgou o suficiente para ir ao Quênia ver o ratinho com seus próprios olhos. Em Nairobi, Seifert foi capaz de documentar o primeiro caso conhecido de autotomia de pele em um mamífero. Mas foi a maneira como os animais pareciam se regenerar que realmente chamou sua atenção.
Ao realizar uma biópsia nos ratos, Seifert percebeu que eles demonstravam capacidades regenerativas. “Os resultados foram surpreendentes. Vários tecidos do ouvido cresceram de novo, através da formação de estruturas semelhantes a blastemas, o mesmo tipo de processo biológico que a salamandra utiliza para regenerar um membro amputado”.
“Isso pode representar um novo modelo para a cura de feridas na pele e regeneração de tecidos em seres humanos”, opina Ken Muneoka, professor de biologia celular e molecular da Universidade de Tulane.[ScienceDaily, NFR, 2045]

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

FIBROSE CÍSTICA: IMPORTANTE NOVA DESCOBERTA


Fibrose cística

Descoberta pode impulsionar novos tratamentos para fibrose cística

Cientistas concluíram que equilíbrio, e não a ausência, de bactérias no pulmão pode ajudar a tratar doenças pulmonares crônicas

Ilustração para fibrose cística
Fibrose cística: Com a doença, secreção pode se acumular nas vias aéreas e desencadear doenças graves nos pulmões (Getty)
Uma pesquisa feita na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, pode alterar a forma como é tratada a fibrose cística — doença hereditária que faz com que determinadas glândulas do corpo produzam secreções anômalas, desencadeando lesões nos pulmões e no trato gastrointestinal. As conclusões do estudo foram publicadas nesta semana na revista Science Translational Medicine.

Saiba mais

PROBIÓTICOS
São microrganismos 'do bem', bactérias (como os lactobacilos) que contribuem para o bom funcionamento do organismo. Nos intestinos grosso e delgado, ajudam a regular movimento peristáltico e síntese de vitaminas, por exemplo, além de auxiliar no equilíbrio entre as bactérias que habitam os intestinos. Os probióticos estão presentes em alimentos como os iogurtes, mas podem ser adquiridos também em suplementos alimentares.
Atualmente, o tratamento contra fibrose cística consiste no uso de antibióticos a longo prazo. Quando a doença afeta os pulmões, as pequenas vias aéreas são bloqueadas por secreções espessas. É nesse 'muco estagnado' que as bactérias conseguem crescer e se espalhar, tornando crônicos os quadros inflamatórios nos pulmões.
Até a publicação desse estudo, considerava-se que o que diferenciava os pulmões de pessoas com e sem fibrose cística era simplesmente a presença de comunidades de bactérias. No entanto, os pesquisadores americanos descobriram que os indivíduos saudáveis também têm bactérias em seus pulmões, e que a boa saúde dos órgãos depende não da ausência desses microrganismos, mas sim do equilíbrio entre eles — assim como ocorre com a flora intestinal.
A partir dessa descoberta, então, os cientistas buscaram entender qual é, de fato, a diferença entre os pulmões de pessoas saudáveis e os de indivíduos com fibrose cística. Para isso, eles sequenciaram o genoma dos micróbios existentes no muco dos pulmões de 16 indivíduos com fibrose cística e de nove pessoas saudáveis.
Diversidade — Os autores descobriram que pacientes com fibrose cística apresentam um grupo de bactérias em seus pulmões que não existe entre indivíduos saudáveis. Apesar disso, eles têm uma diversidade "muito menor" de bactérias que vivem nos pulmões. A conclusão da pesquisa, portanto, é de que doenças pulmonares graves não estão ligadas à quantidade geral de bactérias, mas sim de uma menor diversidade dos organismos e da maior presença de um determinado grupo de micróbios.
Para o coordenador do estudo, David Cornfield, esses achados abrem portas para potenciais tratamentos à base de probióticos, que são bactérias ‘do bem’, como os lactobacilos, que ajudam a manter a flora intestinal saudável, auxiliando no equilíbrio entre as bactérias que habitam os intestinos. Segundo ele, o mesmo poderia ser feito nos pulmões. “Eles teriam um efeito similar quando são dados para manter a flora intestinal saudável. Eles seriam dados antes de os médicos precisarem entrar com antibióticos”, disse o pesquisador ao site de VEJA.

Opinião do especialista

Neiva Damaceno
Pneumologista responsável pelo laboratório de fibrose cística da Santa Casa, em São Paulo


"Esse artigo e é muito importante. Ele traz uma nova informação sobre a existência de um microbioma em indivíduos saudáveis e que difere do padrão encontrado nos pacientes com fibrose cística. Isso poderá ter implicações futuras para mudanças no tratamento da doença pulmonar.
A diferença entre pessoas saudáveis e com a doença está, portanto, na diversidade. Então, talvez a chave para o tratamento esteja em encontrar uma forma de reestabelecer o microbioma dos pulmões de pacientes com fibrose para que eles se assemelhem ao dos indivíduos sem a condição. Essa é a base de tratamentos contra problemas da flora intestinal."

LOGOTIPOS DE "FAST-FOOD": PODEROSOS

Muitas crianças que ainda não aprenderam a ler não sabem o que é a letra M, mas já identificam os arcos dourados do logotipo do McDonald’s. Uma nova pesquisa revelou o que todos os pais já sabiam: anúncios de comida tem um grande poder sobre o cérebro das crianças. Além de assustador, isso é muito preocupante, já que a maioria das marcas famosas não vendem comidas saudáveis.
Um novo estudo da Universidade do Missouri-Kansas City e da Universidade do Kansas (ambas nos EUA) indica que os logotipos dos restaurantes fast-food ficam “impressos” no cérebro das crianças.
Os pesquisadores utilizaram um aparelho de ressonância magnética para analisar a atividade cerebral e fluxo sanguíneo das crianças quando elas eram expostas a logotipos de fast-food e a marcas de empresas não alimentícias.
Enquanto logotipos de carros provocaram poucos resultados, as marcas de fast-food ativaram o córtex cingulado posterior, área cerebral relacionada ao controle de apetite e motivação. A coordenadora do estudo, Amanda Bruce, afirmou ao jornal The Independentque o resultado da pesquisa é realmente preocupante, porque mostra que as crianças não tem capacidade de escolher alimentos saudáveis para comer.
Os pesquisadores também descobriram que o cérebro de crianças obesas reage de forma diferente a imagens de alimentos do que o de crianças com peso saudável. Agora eles estão investigando o que se passa pela mente desses pequenos quando a publicidade aparece em frente aos seus olhos. [SunNews/CBS]

CAMA ELÁSTICA NÃO É BRINQUEDO!



Um estudo feito pela Academia Americana de Pediatria revelou que camas elásticas não são seguras, especialmente para crianças com menos de seis anos. Os profissionais de saúde desencorajam fortemente o uso desse “brinquedo”.
Segundo levantamentos feitos pelo estudo, cerca de 98.000 pessoas se feriram em camas elásticas em 2009. 3.100 delas tiveram que ser hospitalizadas – uma taxa de lesão de cerca de 32 ferimentos a cada 100.000 pessoas.
As lesões mais comuns foram entorses, distensões, contusões, fraturas e lesões de tecidos moles. Embora menos comuns, ferimentos na cabeça e no pescoço foram os mais graves, responsáveis por mais de 10% de todas as lesões relacionadas à cama elástica.
Os maiores riscos
O estudo identificou que as pessoas em maior risco de lesão são as crianças, especificamente as com menos de seis anos, que representam mais de um terço de todos os acidentes. Fraturas e luxações são particularmente comuns (48%) nesta idade, em que os ossos ainda são frágeis.
O risco de lesão também é bem maior quando mais de uma pessoa está no brinquedo. 75% das lesões ocorrem quando mais de uma pessoa está na cama elástica.
As lesões mais devastadoras geralmente acontecem quando as crianças estão tentando dar cambalhotas ou “mortais” e caem em seus pescoços ou coluna.
Confira algumas regras de segurança que os pais podem impor para proteger seus filhos quando eles estão em uma cama elástica:
Pedir que eles usem o brinquedo sozinhos;
Proibi-los de realizar manobras bruscas;
Usar almofadas de segurança que suavizam quedas;
Supervisioná-los ou pedir que outro adulto responsável o faça;
Remover escadas do brinquedo para que crianças pequenas não possam subir nele sem querer.
O uso crescente de redes de segurança também pode diminuir lesões, porém, os especialistas advertem que as redes têm uma garantia de cerca de três anos, enquanto as camas elásticas duram em média sete anos, e os proprietários dos brinquedos não são sempre responsáveis o suficiente para substituir os materiais.
Cama elástica não é brinquedo
O último relatório da Academia Americana de Pediatria foi o primeiro a diferenciar entre as camas elásticas para lazer e as utilizadas em esportes competitivos.
Estas, usadas por atletas que treinam em trampolins para ginástica, mergulho, esqui, etc., fazem parte de um programa estruturado de treinamento que usa medidas apropriadas de segurança como cintos ou arreios.
Já as camas elásticas modernas entraram no “reino popular” depois que um ginasta competitivo, George Nissen, patenteou o dispositivo em 1945. Desde então, grupos pediátricos e ortopédicos já emitiram seis declarações desencorajando o seu uso recreativo.
“Não é um brinquedo”, disse Susannah Briskin, uma das principais autoras do novo estudo e professora de pediatria na divisão de medicina esportiva no Hospital Infantil de Cleveland (EUA).
Até agora, somente especialistas em segurança e saúde australianos não apoiaram a posição americana contra camas elásticas. “Quando utilizadas de forma responsável, é uma atividade maravilhosa”, opinou Kate Fraser, da Kidsafe NSW. “Nós apoiamos o uso de camas elásticas porque elas são uma maneira muito divertida de desenvolver habilidades essenciais como força no tronco e aptidão física. E numa época em que todos nós estamos preocupados com a obesidade infantil, uma atividade física tão divertida é altamente recomendada”, disse.[NYTimesMSNDailyTelegraph]

ACNE e os VÍRUS BACTERIÓFAGOS

Bactéria Propionibacterium acnes
Quem já passou pela adolescência sabe como pode ser especialmente incômodo ficar com a cara coberta por espinhas e marcas – e, pior, nem sempre o problema some depois dessa fase. Em estudo recente, pesquisadores dos Estados Unidos encontraram uma curiosa (e eficiente) arma contra a acne: vírus.
Antes de continuarmos, vale a pena explicar um pouco mais o que está por trás da acne: a principal causa do problema é a proliferação exagerada da bactéria Propionibacterium acnes, que vive sobre nossa pele. Quando isso acontece, o sistema imune lança um alerta e a pele fica inflamada. Durante a adolescência, devido ao “surto” de hormônios sexuais, o corpo passa a produzir mais sebo, um verdadeiro banquete para essas bactérias – o que faz com que a acne seja mais comum nessa fase da vida.
Assim, existem diversos tratamentos para a acne: remover o excesso de sebo da pele; matar as bactérias com antibióticos; tomar anti-inflamatórios; tomar hormônios. Cada tratamento tem suas vantagens, mas também seus pontos fracos. Medicamentos, por exemplo, podem ter efeitos colaterais, e a bactéria pode desenvolver resistência a antibióticos com o passar do tempo. É aí que entram os vírus.
Caçadores de bactérias
Existem certos vírus que só atacam bactérias, os chamados bacteriófagos. Destes, há um grupo específico capaz de matar a P. acnes. Embora fossem conhecidos há décadas, só recentemente os vírus desse grupo tiveram seus genomas analisados e, assim, se mostraram uma boa opção no combate à acne.
Ao avaliá-los, os pesquisadores perceberam que, ao contrário do que acontece em outros grupos, esses bacteriófagos são muito parecidos uns com os outros, com pouca variabilidade genética. Outros grupos de bacteriófagos, como o dos que atacam a bactéria da tuberculose, têm genomas tão diversos que é difícil estudá-los e descobrir que substâncias eles produzem para matar suas “presas”.
“A limitada diversidade dos bacteriófagos da P. acnes e o conhecimento de quais bactérias eles infectam trazem informações importantes sobre como aproveitá-los para controlar a acne”, destaca o pesquisador Graham Hatfull, da Universidade de Pittsburgh.
Nos testes de laboratório, as bactérias não tiveram chance contra os vírus. Resta saber se vai ser possível fazer medicamentos contendo os bacteriófagos ou se será melhor isolar a proteína que eles usam para destruir as bactérias. A equipe já planeja novos testes.[LiveScience]

DROGAS ILEGAIS e TRATAMENTO DE DOENÇAS


Recentemente, uma série de estudos começou a investigar mais a fundo as possibilidades de certas drogas ilegais serem a chave para tratar uma série de doenças incuráveis, como síndrome do estresse pós-traumático e depressão.
Esse tipo de estudo, claro, é bastante controverso.
Drogas psicodélicas e ilegais como ecstasy (MDMA), LSD e cogumelos alucinógenos como a psilocibina, no passado, eram bastante pesquisadas, recomendadas e usadas por profissionais da saúde.
Com o passar do tempo, no entanto, seus potenciais perigos e efeitos coletais foram aparecendo e tirando as substâncias de circulação. Um forte “preconceito” levantou uma barreira que impediu por muito tempo que cientistas pudessem analisar melhor essas drogas.
Mas isso não quer dizer que elas nunca demonstraram benefícios.
Hoje, o maior problema é que o mercado de drogas se tornou lucrativo demais e em toda a esquina tem alguém querendo vendê-las. O resultado é que as versões de tais substâncias na rua são cheias de impurezas, não reguladas e potencialmente perigosas.
Conforme a ciência evolui, no entanto, os pesquisadores estão tentando passar pelo preconceito contra as drogas psicodélicas para poder estudá-las em um ambiente controlado e seguro: os ensaios clínicos.
O fato de que essas pesquisas estão começando a se tornar mais frequentes e a descobrir vias pelas quais as substâncias podem ser úteis não significa, entretanto, que os cientistas estão encorajando seu uso. Elas continuam proibidas e a recomendação ainda é que você, consumidor, não as use, pois o produto que você vai adquirir hoje ainda não é seguro.
Porém, no futuro, pesquisadores preveem que as drogas em sua forma pura e regulamentadas pela medicina poderão figurar no tratamento de muitas doenças.
Benefícios
Uma das drogas mais bem estudadas (na medida do possível) é o ectasy. A literatura médica diz que a substância MDMA envia ondas que inundam o cérebro de serotonina, um produto químico natural que faz as pessoas se sentirem felizes, sociais e íntimas com os outros.
Notadamente, a droga não é livre de efeitos colaterais. A lista de potenciais efeitos na saúde inclui ranger de dentes, sudorese, aumento da pressão arterial e frequência cardíaca, ansiedade, visão turva, náuseas, vômitos e convulsões, mesmo em doses baixas. Seu abuso pode levar a vários problemas. Mas estudos recentes notam que o ecstasy deveria ser considerado menos perigoso do que é hoje. 
A droga parece poder ajudar a combater doenças como câncer, distúrbios de ansiedade, mal de Parkinson e estresse pós-traumático.
“As pessoas se tornam emocionalmente carinhosas em êxtase, o que as torna mais sensíveis à psicoterapia”, explica o Dr.Robin Carhart-Harris, um dos peritos envolvidos em um estudo sobre ectasy que foi televisionado.
O estudo, através de um scanner cerebral, observou onde exatamente no cérebro essas drogas têm um efeito, e verificou que, nos voluntários que receberam o medicamento correto, a área do cérebro envolvida na memória positiva tornou-se mais ativa, ao passo que uma outra parte que processa memórias negativas foi amortecida. “Isso tornaria mais fácil para os pacientes revisitar uma memória traumática e substituí-la ou controlá-la”, diz Carhart-Harris.
Estudos parecidos descobriram que a psilocibina poderia levar a novos tratamentos para depressão e cefaleia em salvas (dor de cabeça agonizante). Psicoterapia assistida com psilocibina também já foi usada para tratar o vício do cigarro, e os resultados do estudo mostraram uma taxa de 100% de sucesso.
Outro estudo com psilocibina ofereceu material para desvendar porque a substância pode ser benéfica. “Uma das minhas teorias sobre o cérebro é de que a consciência está diretamente ligada ao volume de sangue nos capilares do cérebro, e que as drogas que intensificam experiências mentais, como a psilocibina, aumentam esse volume. No entanto, a evidência mostra uma diminuição no fluxo de sangue. Mais pesquisas devem esclarecer o que está acontecendo. O que é bom é que nós temos aqui uma nova peça no quebra-cabeça da consciência”, disse Amanda Feilding, que investe em estudos com drogas psicodélicas.
Parece que o que os alucinógenos fazem é enfraquecer o nosso controle das experiências e permitir um estado mais livre, menos constrangido, mas também mais caótico da consciência. Também pode ser significativo que os voluntários que relataram as experiências mais vívidas e poderosas também foram os que tiveram a maior redução do fluxo de sangue.
Outra descoberta de uso mais prático imediato foi a constatação de que um dos centros cerebrais “amortecidos” pela psilocibina – conhecido como o “córtex pré-frontal medial” – é conhecido por ser hiperativo em pessoas com depressão.
Agora, um estudo clínico vai investigar se a psilocibina pode ajudar pessoas com depressão grave.
Porque estudar essas drogas?
Em sua maioria, os cientistas afirmam que essas substâncias não são viciantes, e que alguns de seus tão declarados efeitos nocivos são exagerados.
“Essas drogas não parecem produzir dependência”, explica o Dr. Stephen Ross, diretor da Divisão de Alcoolismo e Abuso de Drogas no Hospital Bellevue, em Nova York (EUA). “Sua capacidade de tratar uma série de distúrbios psiquiátricos e existenciais é notável e muito interessante para não ser explorada”, argumenta.
E para as pessoas que criticam as pesquisas médicas com essas substâncias, dizendo que elas incentivam as pessoas a se drogarem, os especialistas são claros: eles não estão incentivando o uso recreativo dessas drogas.
A questão de uma droga ser legalizada para consumo público não controlado é bem diferente da questão de se os médicos devem ser autorizados a prescrever o mesmo produto químico para tratar seus pacientes.
O que os pesquisadores defendem é a prescrição de drogas regulamentadas por um profissional de saúde, e não a venda de ectasy e LSD em festas e raves.
A contracultura psicodélica que se enraizou meio século atrás, dizem os cientistas, não pode ser um impedimento para o estudo dos benefícios médicos dessas drogas.[Telegraph]

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

HIV: DIETA DE PORTADORES


Atenção à dieta de portadores de HIV ainda é insuficiente
Jovens tiveram baixo consumo de cereais integrais e excesso de sódio e açúcares
A alimentação de adolescentes portadores do vírus HIV é bastante similar à dieta seguida por aqueles que não tem o vírus. Ambos os grupos apresentam baixo consumo de cereais integrais e o consumo excessivo de sódio e açúcares. A pesquisa, realizada pela nutricionista Luana Tanaka, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, pontua que os jovens com HIV/Aids têm de receber uma atenção especial na parte nutricionística de seu tratamento, pois eles podem estar sob maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares e outras moléstias crônicas. Segundo a nutricionista, a alimentação ainda é deixada de lado pelos adolescentes.
Foram entrevistados 88 pacientes entre 10 e 19 anos, que responderam a dois recordatórios de 24 horas, aplicados em momentos distintos, detalhando todos os alimentos que haviam consumido no período. A análise da qualidade da dieta se deu por meio do Índice de Qualidade da Dieta (IQD-R), desenvolvido nos Estados Unidos e adaptado para ser utilizado no Brasil. O índice consiste em 12 itens que contemplam aspectos de uma dieta saudável.
Dessa maneira, Luana calculou a pontuação para a dieta de cada um dos adolescentes. A média geral foi de 51,90 pontos. “É um valor baixo considerando que a pontuação do IQD-R varia de zero a 100 pontos. Mas também podemos observar que é um valor bastante próximo da média dos adolescentes da população geral (sem o vírus), que gira em torno de 50 pontos”, diz a nutricionista.
Similaridade
Quanto a similaridade entre as médias dos grupos, Luana diz que ficou claro que os pacientes com HIV passam pelos mesmos problemas e desafios decorrentes da idade que qualquer outro jovem que não tem o vírus.

“A experiência nos mostrou que eles são adolescentes que passam pelos mesmos problemas que os outros jovens da população geral. A maneira como eles reagem ao que acontece ao seu redor também é a mesma”, diz ela, exemplificando com os hábitos alimentares, a baixa frequência com que realizam exercícios físicos e o consumo excessivo de alimentos ricos em açúcar e gorduras.
A pesquisa faz parte do estudo “Qualidade de vida e sua relação com o curso de vida de crianças e adolescentes portadores de HIV/AIDS”, comandado pela médica infectologista Heloísa Helena de Sousa Marques, do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e pela professora Maria do Rosário Dias de Oliveira Latorre, da FSP. Os pacientes que participaram da pesquisa são acompanhados no Instituto da Criança (ICr) do HC.
O grupo ainda considera pouca a atenção dada à alimentação desses pacientes. “Eles são tratados com medicamentos antirretrovirais, que podem levar ao aparecimento de alterações metabólicas, como a elevação do LDL-colesterol (colesterol ruim) e a redução do HDL-colesterol (colesterol bom). Assim, o acompanhamento nutricional se torna uma medida importante na prevenção desses distúrbios”, afirma Luana. Ela ressalta a importância da orientação nutricional por parte da equipe multiprofissional no tratamento dos portadores do HIV.
Foto: Sxc.hu
Mais informações: email luanaft@usp.br
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=114052

AVALIAÇÃO POSTURAL: NOVO SOFTWARE (GRATUITO)


Software gratuito auxilia na avaliação postural
Cientistas do Instituto de Psicologia (IP) da USP desenvolveram um software de avaliação postural que auxilia enfermeiros e fisioterapeutas a traçarem diagnósticos e resolverem problemas físicos. Denominado ApLoB (Avaliação Postural do Laboratório de Biofísica), o programa tem código aberto e gratuito, e pode ser melhorado ou servir de base para outros programas do gênero.
O software foi idealizado pelo engenheiro Carlos López Noriega, em sua pesquisa realizada no programa de pós-graduação em Neurociências e Comportamento (NeC), do IP. Ele conta que a inspiração para o programa surgiu de um outro software, o Sapo (Software de Avaliação Postural), desenvolvido pelo professor Marco Duarte, orientador de Noriega no estudo. “Trata-se de um dos programas mais avançados no setor”, avalia o engenheiro. Entretanto, o Sapo foi criado por um método não usual e com a linguagem de programação Java, que normalmente não é utilizada pela comunidade científica. Assim, ele dificulta qualquer processo que possa desenvolvê-lo mais ou ainda utilizá-lo como base de estudos ou de elaboração de softwares similares.
ApLoB em ação: programa é capaz de medir ângulos e distâncias relativos à postura
O objetivo de Noriega, em sua dissertação de mestrado intituladaDesenvolvimento de um programa computacional para avaliação postural de código aberto e gratuito, foi criar um programa com funções semelhantes às do Sapo, utilizando os processos consagrados na comunidade científica. OApLoB foi feito com a linguagem de programação Python, comumente utilizado na academia, e por um método que permite que todos os passos sejam mapeados. O software pode ser baixado gratuitamente.
“Usei uma linguagem de programação mais próxima à comunidade científica. Podem melhorar o software, ou usar os passos para criar algum novo”, ressalta o pesquisador. Programas análogos na mesma área ou em setores diferentes podem se utilizar dos mesmos passos na criação, visto que o código, as ferramentas e os processos de desenvolvimento são abertos a todos. “Vejo programas parecidos sobre economia e negócios, por exemplo, em meu trabalho”, conta Noriega, que também é professor na Trevisan Escola de Negócios.
Existem alguns fatores que engrandecem o estudo. Em primeiro lugar, ele trabalha com a interdisciplinaridade: a pesquisa passa pelas áreas da computação, da neurociência e da fisioterapia. O engenheiro teve que, inclusive, assistir a aulas sobre neurofisiologia, postura e biomecânica. Em segundo, o pesquisador procura o enriquecimento da comunidade científica. “Eu dou as fontes do programa”, afirma. Quem tiver interesse está livre para utilizá-las. Além disso, a pesquisa não visa o lucro. Noriega não acredita que deve-se ganhar dinheiro em questões como a saúde das pessoas. “Tem coisas que não podem ser cobradas. Lucrar com isso não passa pela minha cabeça”. Para ter acesso ao software, pode-se falar diretamente com o pesquisador ou ainda ver as fontes na dissertação completa.
Medições
ApLoB é capaz de medir precisamente tamanhos e ângulos. É colocada uma foto no software e ele, a partir de uma escala dada, faz a medição das diferentes partes da anatomia da pessoa. O tamanho de um osso em relação a outro pode indicar um problema postural, assim como o ângulo da curvatura do pescoço, por exemplo, em relação aos ombros, pode vir a mostrar um defeito na coluna. O diagnóstico é realizado pelo profissional da saúde, mas o software ajuda a dar resultados mais exatos para auxiliá-lo.

Entretanto, o programa não tem todas as funcionalidades do Sapo. Este consegue realizar mais medições e cruzar, automaticamente, os dados em diversas tabelas, que auxiliam ainda mais o trabalho do fisioterapeuta ou o enfermeiro. Por isso este software é tão amplamente utilizado e teve alta receptividade na comunidade científica.
Imagem: cedida pelo pesquisador
Mais informações: (11) 96963-4011, emailclnoriega.usp@gmail.com com o pesquisador Carlos López Noriega
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=113879

PRÉ-DIABETES e alguns truques


Truques para reverter o pré-diabetes

publicado em 24 de de setembro 2012 por Helena Dias 
Por Carolina Randmer
Com alguns truques, é possível reverter o pré-diabetes/ Foto: Shutterstock

Antes da insulina parar de agir de vez e a pessoa desenvolver a diabetes, o corpo emite alguns sinais de alerta. Chamamos de pré-diabetes aquele momento no qual as taxas de açúcar no sangue estão elevadas, mas não o suficiente para causar uma pane no organismo.
“O quadro pode evoluir para a doença, mas com a ajuda de exercícios físicos e uma boa alimentação, a pessoa é capaz de reverter o problema”, afirmam estudiosos. Sede, cansaço, aumento da quantidade de urina e fraqueza são alguns dos sintomas que podem sugerir que há algo de errado acontecendo. Por isso, fique esperta!

Veja três truques para incorporar na dieta e passar longe do pré-diabetes:

1. Inclua chia na alimentação
A semente é uma das maiores fontes de ácido alfalinolênico (ALA), gordura poli-insaturada da mesma família do ômega-3. Ela previne a resistência à insulina e alterações bruscas nas taxas de açúcar. Combine uma colher (sopa) de chia com água, sucos, iogurtes ou frutas.


2. Experimente comer farinha de maracujá
Ela é rica em vitamina B3, ferro, fósforo, cálcio e pectina. Esse último composto tem ação
hipoglicemiante, ou seja, controla os níveis de açúcar no sangue. Como? Ela pisa no freio da absorção de glicose, então, o corpo a aproveita de uma maneira gradual. Adicione ao cardápio entre 1 e 2 colheres (sopa) todos os dias.


3. Aposte na batata-doce
Integrais, frutas e legumes são uma boa pedida para quem não pode exagerar no açúcar. Esse tipo de alimento é classificado na categoria de baixo índice glicêmico, que indica a velocidade com que a glicose é despejada na corrente sanguínea. O ideal é que ela seja liberada pouco a pouco para que não haja uma overdose doce no sangue. A batata-doce, por exemplo, é uma bela opção.
FONTE: http://dietaja.uol.com.br/truques-para-reverter-o-pre-diabetes/

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

PERDA AUDITIVA e ANALGÉSICOS


Uso de paracetamol ou de ibuprofeno em mais de dois dias por semana pode estar associado à perda auditiva em mulheres, em artigo do American Journal of Epidemiology.

O uso de analgésicos é comum e está associado a um maior risco de perda de audição em homens, mas esta relação não foi avaliada de forma prospectiva em mulheres. Cientistas do Brigham and Women's Hospital, nos EUA, em estudo publicado pelo periódico American Journal of Epidemiology, examinaram prospectivamente a relação entre a frequência de uso de aspirina, ibuprofeno e acetaminofeno (paracetamol) e o risco de perda auditiva em 62.261 mulheres, com idades compreendidas entre os 31 e 48 anos, no início do estudo Nurses' Health Study II (1995).
O resultado foi o relato de perda auditiva (n = 10.012) e o período de acompanhamento foi de 14 anos. O uso de ibuprofeno e de acetaminofeno foi independentemente associado a um maior risco de perda de audição, mas o uso de aspirina não foi. Para o ibuprofeno, o risco relativo de perda auditiva foi de 1,13 para a utilização em 2 a 3 dias/semana; 1,21 para uso em 4 a 5 dias/semana e 1,24 para uso em seis ou mais dias na semana (P-tendência < 0,0001), em comparação com o uso de menos de uma vez por semana. Para o acetaminofeno, os correspondentes riscos relativos foram de 1,11; 1,21 e 1,08, respectivamente (P-tendência = 0,0007).
Neste estudo, o uso de ibuprofeno e de acetaminofeno (mas não de aspirina) em dois ou mais dias por semana foi associado a um aumento de risco de perda de audição em mulheres. 
A autora principal do estudo, Sharon G. Curhan, sugere que as pessoas que precisam tomar estes medicamentos discutam com os seus médicos sobre os seus riscos e os benefícios e avaliem outras possíveis alternativas.
NEWS.MED.BR, 2012. Uso de paracetamol ou de ibuprofeno em mais de dois dias por semana pode estar associado à perda auditiva em mulheres, em artigo do American Journal of Epidemiology. Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2012.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

PARACOCCIDIOIDOMICOSE

Anticorpo desenvolvido em estudo na USP estimula sistema imunológico a combater a paracoccidioidomicose, doença comum em áreas rurais que afeta principalmente o pulmão (CDC)

Pesquisadores testam vacina contra doença causada por fungo.

25/09/2012
Por Karina Toledo
Agência FAPESP – Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) têm testado uma nova estratégia de vacinação contra uma doença pouco conhecida, mas potencialmente incapacitante: a paracoccidioidomicose.
Causada pelo fungo Paracoccidiodes brasiliensis, comum em áreas rurais, a doença causa um processo inflamatório crônico que leva à formação de fibrose nos tecidos afetados.
Como a principal forma de contágio é a inalatória, a sequela mais comum é a doença pulmonar obstrutiva crônica. Mas o fungo também pode afetar pele, boca, laringe, baço e fígado, além de se infiltrar nos ossos, nas articulações e no sistema nervoso central.
“Os tratamentos existentes são demorados, muitas vezes requerem a internação do paciente e causam efeitos colaterais importantes. Por isso, apostamos em uma vacina terapêutica, capaz de estimular o sistema imunológico a combater a doença. Mas também estamos testando a vacina em um protocolo profilático, para ver se ela é capaz de prevenir a infecção”, disse Suelen Silvana dos Santos, cujo estudo de doutorado é orientado pelo professor da FCF-USP Sandro Rogério de Almeida, com apoio de Bolsa da FAPESP.
Estima-se que existam 10 milhões de infectados pelo Paracoccidiodes brasiliensis na América Latina – concentrados no Brasil, na Argentina, na Venezuela e na Colômbia. Desses, apenas 2% desenvolvem a doença, fato geralmente associado a carência alimentar, alcoolismo, tabagismo ou doenças preexistentes.
Quando a micose se manifesta, no entanto, torna-se um problema de saúde pública, pois a mortalidade é alta e quem sobrevive fica, muitas vezes, incapacitado para o trabalho.
“Pesquisas têm apontado uma incidência de três casos para cada 100 mil habitantes. Mas acredito que o número é subestimado, pois a notificação não é obrigatória”, disse a pesquisadora.
Segundo Santos, 90% dos casos correspondem à forma crônica de paracoccidioidomicose, que leva anos para se desenvolver e provocar sintomas clínicos. Mas a doença também pode se manifestar de forma aguda, que é mais mais agressiva e afeta principalmente os jovens.
A principal droga usada hoje na fase mais grave da doença é a anfotericina B, que é altamente tóxica e requer longo período de hospitalização. Após a alta, o paciente precisa de acompanhamento para avaliar a função hepática e renal, além de tratamentos adicionais para evitar recaídas.
“Por esse motivo apostamos na vacina terapêutica. A estratégia é direcionar um antígeno do fungo às células dendríticas, capazes de desencadear no organismo uma resposta imunológica específica contra o Paracoccidiodes brasiliensis”, explicou Santos.
Resposta direcionada
As células dendríticas são peças-chave do sistema imunológico. Após fagocitarem os antígenos, elas migram para os órgãos linfoides e apresentam os invasores para as chamadas células T, responsáveis pela resposta imunológica adaptativa – específica para cada doença.
Quando o antígeno é apresentado às células T, cria-se uma memória imunológica que, uma vez debelada a doença, impede uma nova infecção.
“Se conseguirmos enviar o antígeno diretamente às células dendríticas, evitamos desencadear uma resposta imunológica exacerbada e não direcionada, o que poderia destruir as células dos tecidos afetados pelo fungo”, afirmou Santos.
Para isso, os pesquisadores desenvolveram um anticorpo batizado de anti-DEC205, capaz de se ligar somente aos receptores das células dendríticas. A esse anticorpo foi fusionado um peptídeo do fungo conhecido como P10.
“O P10 é uma sequência de aminoácidos retirada da principal glicoproteína do fungo, a gp43. Ele funciona como um antígeno, ou seja, induz uma resposta imunológica específica contra o fungo”, explicou Santos.
Tanto a gp43 como o P10 foram descobertos em uma série de pesquisas realizadas desde a década de 1980, sob coordenação de Luiz Rodolpho Travassos, professor aposentado da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e com financiamento da FAPESP.
Ainda em seu doutorado, o professor do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP Carlos Pelleschi Taborda – colaborador do estudo de Santos – chegou a testar o poder de imunização do P10 em camundongos com resultados animadores.
Para o desenvolvimento do anti-DEC205 fusionado ao P10, Santos contou com a colaboração deSilvia Beatriz Boscardin, também do ICB-USP.
Boscardin, que trouxe para o Brasil a tecnologia de produzir o anticorpo fusionado a antígenos, testa a mesma estratégia para desenvolver vacina contra malária e outras doenças infecciosas.
“Em um protocolo de dez dias de imunização, comparamos a resposta imunológica induzida pelo P10 isolado, pelo anti-DEC205/P10 e por um anticorpo controle, incapaz de se ligar aos receptores das células dendríticas por causa de uma mutação”, contou Santos.
O objetivo era acionar as células T produtoras de interferon-gama (IFN-γ), uma citocina pró-inflamatória importante para o combate ao fungo. A resposta utilizando a estratégia de direcionamento foi duas vezes maior que quando o antígeno foi administrado sozinho. A administração do anticorpo controle teve produções basais como esperado.
“No anti-DEC 205 foi usada uma quantidade 200 vezes menor do peptídio que no P10 isolado e, ainda assim, a resposta imunológica foi maior. Isso mostra que a estratégia de imunização é promissora”, disse Santos.
No entanto, conta a pesquisadora, foi necessário adicionar ao anti-DEC205/P10 uma substância para estimular a maturação das células dendríticas. “Quando o direcionamento é feito na ausência desse estímulo, as células dencdríticas levam a tolerância.  Normalmente a maturação é estimulada pelo processo inflamatório da doença, mas, no caso da vacina, foi necessário fazer essa estimulação”, explicou.
Os dados foram apresentados no 18º Congresso da International Society for Human and Animal Mycology (ISHAM), realizado em junho, na Alemanha. O pôster foi premiado na sessão “Basic Mycology”.
“Ainda não temos os resultados do protocolo terapêutico. Os animais já foram infectados, mas, como a doença se desenvolve lentamente, o trabalho levará mais tempo para ser concluído”, disse Santos. 
O trabalho contou ainda com a colaboração de Karen Spadari Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), e da mestranda Eline Rampazo do ICB-USP.
 

TIROIDITE CRÔNICA AUTOIMUNE

Fonte: rb.org.br
A pesquisadora Maria Angela Zaccarelli Marino, da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André (SP), descobriu um novo tipo de doença no Brasil.
Ela descreveu a tireoidite química autoimune em um artigo que será publicado no Journal of Clinical Immunology, uma das revistas científicas mais conceituadas sobre imunologia em todo o mundo.
O trabalho, que durou 15 anos, incluiu a análise de mais de 6 mil pessoas, e foi iniciado quando se constatou o aparecimento de uma doença desconhecida na região entre Santo André, Mauá e São Paulo, onde estão instaladas indústrias do setor petroquímico.
Poluição petroquímica afeta a tireoide
Entre os voluntários que moram nas proximidades do parque industrial petroquímico, a tireoidite crônica autoimune passou de 2,5% da população em 1992 para 57,6% em 2001 - não foi registrado aumento significativo para quem morava distante do complexo petroquímico.
A região que concentra as indústrias petroquímicas tinha cinco vezes mais casos de tireoidite crônica autoimune na comparação com a área residencial estudada.
Os resultados levaram a pesquisadora a sugerir o novo tipo de doença: a tireoidite química autoimune, ligada a fatores ambientais, principalmente à poluição por agentes químicos.
"A poluição pode ser o fator desencadeante para formação de anticorpos antitireoideanos, que são substâncias que agridem a glândula tireoide ocasionando a tireoidite crônica autoimune. Os poluentes funcionariam como gatilho para desencadear o problema", explica a Dra. Maria Angela.
Medicamento vitalício
Segundo a pesquisadora, a tireoidite crônica autoimune está relacionada com outras doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, artrite reumatoide, diabetes tipo 1, hepatite crônica autoimune, vitiligo e lúpus eritematoso sistêmico.
"Em crianças, o aumento de casos de tireoidite crônica autoimune foi acima de 40% no período estudado. São dados preocupantes, visto que a doença é a maior causa de hipotireoidismo primário, que se não for tratado adequadamente pode levar a danos irreversíveis".
Pessoas acometidas pela tireoidite crônica autoimune precisam tomar medicamento diariamente, para repor os hormônios que não são mais produzidos pela tireoide afetada pela doença.