Metade das mulheres pode ter apneia noturna
Segundo uma nova pesquisa, muitas mulheres podem ter apneia do sono não diagnosticada.
Em um estudo de duas universidades suecas, a Universidade Umea e a Universidade Uppsala, metade das mulheres acabaram sendo diagnosticadas com apneia do sono, de moderada a grave.
A apneia do sono ou apneia noturna é um distúrbio que pode ser/se tornar muito sério. Durante a apneia do sono, a respiração para ou fica muito fraca enquanto a pessoa está dormindo.
No estudo, os pesquisadores consideraram casos de apneia cada evento em que a pessoa ficou por pelo menos 10 segundos sem respirar, acompanhado por uma queda nos níveis de oxigênio no sangue.
Resultados
400 mulheres a partir de uma amostra aleatória (10.000) da população adulta da Suécia (entre 20 e 70 anos) responderam a um questionário e foram monitoradas enquanto dormiam.
Metade experimentou pelo menos cinco episódios de apneia em uma hora, quando pararam de respirar por mais de 10 segundos – essas foram consideradas com apneia noturna leve. Entre as mulheres com hipertensão ou obesas – dois fatores de risco para a apneia -, os números foram ainda maiores, chegando a 80 a 84% das mulheres.
Os pesquisadores disseram que a apneia é mais comum nos grupos etários mais velhos. Entre as mulheres com idades entre 20
e 44 anos, 25% tinham apneia do sono, em comparação com 56% das mulheres com idades entre 45 e 54, e 75% das mulheres com idades entre 55 e 70.
A maioria das pessoas diagnosticadas com apneia tinha apneia noturna leve (5 eventos por hora). Apneia grave, que envolve mais de 30 interrupções respiratórias por hora, foi muito menos comum. 4,6% das mulheres entre 45 e 54 anos e 14% das mulheres entre 55 e 70 anos apresentavam casos graves.
Entre as mulheres de todas as idades com hipertensão, 14% tinham apneia do sono grave, e entre as mulheres que eram obesas, 19% tinham apneia grave.
Segundo os cientistas, os resultados são importantes, porque as pessoas não têm consciência do quão comum é a condição.
Além disso, a apneia do sono já foi ligada, em outros estudos, a um maior risco de derrame, ataque cardíaco e morte precoce, e ao desenvolvimento de problemas de memória e demência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário