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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

ANO NOVO! VIDA NOVÍSSIMA!

FELIZ 2011!
Esta é a postagem de nº 2.000
(última de 2010) e com ela envio os meus votos de felicidades a amigos e amigas residentes no Brasil que seguiram este blog e aos que também visualizaram este nosso projeto no ano de 2010, em outros 50 países
 (exatas 243.330 visualizações de páginas).
Um abraço fraternal.
JONI

LARANJA VALIOSA

LARANJA MADURA,
NA BEIRA DA ESTRADA,
ESTÁ BICHADA, ZÉ!
 OU TEM MARIMBONDO NO PÉ!
O que faz das frutas alimentos tão saudáveis não é apenas um composto ou outro, mas a combinação de vários deles. Por isso, nutricionistas da Universidade Brigham Young, nos EUA, alertam que é melhor para a saúde chupar laranjas regularmente do que tomar cápsulas de vitamina C.
“Há algo em uma laranja que é melhor do que tomar cápsulas de vitamina C, e isso é o que realmente estamos tentando descobrir”, escreveu o pesquisador Tory Parker, em artigo recentemente publicado no Journal of Food Science. Na publicação, ele destaca que, apesar de a vitamina C ser indicada, muitas vezes, como a principal responsável pelos benefícios da fruta, a combinação de diversos compostos, principalmente a hesperidina e a naringenina, contribui para a saúde.
“Os carboidratos e as gorduras aumentam os radicais livres, e as frutas e antioxidantes internos neutralizam isso - o que significa que as frutas deveriam ser sua sobremesa”, escreveu o pesquisador. “Acreditamos que é a particular mistura de antioxidantes na laranja que faz com que ela seja tão boa pra você", concluiu o especialista.(Fonte: Leandro Perché-http://blogboasaude.zip.net/arch2010-12-26_2011-01-01.html)

SUBUTILIZAÇÃO DE "HOSPITAL DO HOMEM" PAULISTA

O Governo do Estado de São Paulo investiu num Centro de Estudos do Homem, o HOSPITAL DO HOMEM, que ocupa uma área de 1100m² no Hospital Brigadeiro, na Avenida Brigadeiro Luiz Antônio, 2651, em São Paulo.
A unidade reúne especialidades médicas voltadas para a saúde do homem, como andrologia, patologias da próstata e urologia, além de check-ups, ensino e pesquisa. E para melhor atendimento houve compra de equipamentos sofisticados e disponibilizado pessoal qualificado. No entanto, POR DESCONHECIMENTO DOS SERVIÇOS E MESMO PELOS PRECONCEITOS MASCULINOS A CONSULTAS E DIAGNÓSTICOS, O USO DESSE HOSPITAL TEM SIDO PEQUENO.
Por isso, vale aqui o lembrete: há hospital voltado diretamente para a saúde dos homens e não há clientela suficiente. Qual a razão? Síndrome de super-homem? Ignorância? Preconceito? Desleixo?
(Notas sobre este assunto estão circulando há algum tempo pela internet, mas mesmo assim, procura não aumenta. O que fazer?)

SÍNDROME DE JÓ

LAUREN e seu pai, ANDY MCSHEEHY
A britânica Lauren McSheehy, 11 anos, e seu pai Andy, 38 anos, sofrem de uma das mais raras doenças do planeta, a síndrome da hiperimunoglobulina E, ou síndrome de Jó. Similar à aids, a doença diminui as defesas do corpo e um simples resfriado pode matar o paciente. As informações são da agência Barcroft Media.
Além da diminuição da defesa do corpo, a doença é caracterizada por dolorosas e numerosas bolhas na pele do paciente, assim como constantes problemas respiratórios. Acredita-se que 250 pessoas em todo o planeta sofram desse mal.
Andy, quando jovem, acreditava que passaria o resto da vida isolado em um hospital. Contudo, ele se apaixonou em 1993 por uma enfermeira que cuidava dele, chamada Rachel.
Como a síndrome é muito rara, os médicos não estavam certos se os filhos de Andy poderiam sofrer dela. Para garantir, ele decidiu não ter filhos. Contudo, contra seus planos, Rachel engravidou, duas vezes. Louise, 5 anos, não herdou a doença do pai, mas não foi o caso de Lauren. Hoje, pai e filha se cuidam contra a doença e Andy e Rachel, finalmente, planejam se casar, no final do ano.

ATIVIDADES FÍSICAS PÓS-REDUÇÃO DE ESTÔMAGO



                         Dados de 2007. E os de hoje?
                   Com certeza, piores!
Com ajuda de exercícios físicos aeróbicos (caminhada ou corrida), um grupo de onze mulheres que passaram por cirurgia de redução do estômago conseguiu perder entre 8,2 e 15 quilos (kg) em três meses. O estudo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP acompanhou os efeitos dos exercícios em mulheres obesas que se submeteram a cirurgia um ano e meio antes dos testes. Após 12 semanas de treinamento, quatro mulheres apresentaram a classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) normal.
O IMC é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal: o peso corporal (em quilogramas) é dividido pela altura (em metros e ao quadrado). Em ambos os sexos, os valores de IMC para o sobrepeso encontram-se entre 25-29,9 quilos por metro quadrado e, para a obesidade, encontram-se acima de 30,0kg/m2.
Antes dos testes da pesquisa e 18 meses depois da cirurgia, três mulheres estavam com obesidade severa, três se apresentavam com obesidade de grau I (menos arriscada) e cinco na classificação de sobrepeso.
— Quando observamos as pesquisas relacionadas à obesidade, constatamos que após dois ou três anos de cirurgia alguns obesos ainda apresentam a classificação de IMC em obesidade. Poucos entram na classificação de sobrepeso e/ou eutrofia (normal) — comenta a professora Marcela Grisólia Grisoste , autora da pesquisa, destacando o resultado alcançado.
A pesquisa também avaliou a composição corporal do grupo, o que foi obtido pelo percentual de gordura por dobras cutâneas.
— É um método duplamente indireto que avalia a quantidade de gordura e a quantidade de massa muscular de uma pessoa — explica Marcela.
Com os exercícios aeróbicos, as mulheres conseguiram uma redução significativa das dobras cutâneas e do percentual de gordura. A professora enfatiza a preocupação na diminuição da quantidade de gordura, pois ela “pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida das pessoas, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas”.
Outra medição realizada pelo estudo se refere ao condicionamento físico das participantes. Para isso, a professora avaliou a frequência cardíaca de repouso delas. Houve uma redução média de 11,90 batimentos por minuto, o que demonstra melhoria na condição física.
Treinamento
O treinamento aplicado consistiu, primeiramente, na avaliação da composição corporal das mulheres, identificando dados como o peso, a altura e o percentual de gordura. Durante 12 semanas, o grupo de onze mulheres realizou 60 minutos de caminhada e/ou corrida cinco vezes por semana. Após esse período, foram reavaliados todos os percentuais da composição corporal.
As onze participantes escolhidas já tinham sido operadas pela gastroplastia denominada Bypass y de Roux, técnica cirúrgica mais utilizada nos últimos 30 anos que provoca uma perda de peso e possui uma menor quantidade de complicações no paciente.
Ela ainda aponta que a pesquisa visou observar os efeitos do exercício aeróbio no grupo, sem trabalhar com outros fatores que poderiam influenciar os resultados, como uma orientação nutricional.
Talvez se tivéssemos controlado a orientação nutricional as perdas poderiam ser maiores. E quem sabe, não somente 4 estariam classificadas no IMC normal e sim todas as 11 mulheres — comenta.

BOLSA DE ESTUDOS PARA DOUTORES

O Programa de Bolsa Dra. Ruth Cardoso abriu seleção de propostas para sua terceira edição. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de janeiro de 2011. A iniciativa oferece apoio à participação de professores e pesquisadores brasileiros das áreas de ciências humanas e sociais nas atividades da Universidade de Columbia, em Nova York, Estados Unidos.
O Programa é uma parceria da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) com a Universidade de Columbia e a Comissão para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos da América e o Brasil (Fulbright).
Entre os objetivos do programa estão destacar no meio universitário e de pesquisa dos Estados Unidos a atuação de cientistas brasileiros em instituições do país nas áreas de ciências humanas e sociais e promover a aproximação, o diálogo e aprofundamento no conhecimento mútuo das duas culturas e sociedades.
A bolsa honra a memória da professora Ruth Corrêa Leite Cardoso, ex-bolsista da Comissão Fulbright na Universidade Columbia em 1988 e personalidade de destacada atuação na cena acadêmica brasileira, em particular nas ciências humanas e sociais.
O programa prevê a concessão de uma bolsa por ano. A bolsa tem o valor mensal de US$ 5 mil e será concedida por um período de até nove meses. O selecionado também receberá auxílio instalação de US$ 2 mil, seguro-saúde, passagem aérea de ida e volta em classe econômica promocional e moradia no campus da Universidade Columbia, em Nova York, em apartamento de um dormitório ou equivalente.
O bolsista também terá acesso às instalações e serviços da Universidade Columbia – escritório, internet, laboratórios e bibliotecas – e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de docência ou de pesquisa.
Os candidatos deverão ter concluído doutorado antes de 2007, possuir nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana e estar credenciado como docente e orientador em programa de pós-graduação reconhecido pela Capes.
Deverão também, entre outros requisitos, dedicar-se em regime integral às atividades acadêmicas, que devem incluir a docência, orientação ou co-orientação de dissertações ou teses e/ou a participação em projetos de pesquisa em ciências humanas e sociais com ênfase nas áreas de antropologia, ciência política, sociologia e história do Brasil.
A inscrição deve ser feita pela internet, com o preenchimento em inglês do formulário de inscrição, um syllabus do curso proposto com no máximo dez páginas e três cartas de recomendação em inglês, além de um currículo atualizado em português (na Plataforma Lattes), um currículo resumido em inglês e o projeto de pesquisa a ser desenvolvido na Universidade de Columbia.Mais informações: www.fapesp.br/ruthcardoso.
(Fonte: FAPESP-sisaude)

VENDA DO MEDICAMENTO "THELIN" SUSPENSA!

O laboratório farmacêutico Pfizer anunciou na última sexta-feira (10) a suspensão da venda do medicamento Thelin, indicado para o combate à hipertensão arterial pulmonar. O remédio era autorizado para comércio na União Europeia, Austrália e no Canadá. Testes clínicos com o composto também serão cancelados. A empresa colocou uma nota em seu site sobre a decisão (em inglês).
Segundo a maior vendedora de remédios do mundo, o produto com base no princípio ativo "sitaxentan" revelou ser tóxico ao fígado. Esse efeito colateral é típico, de acordo com a empresa, à classe de medicamentos a qual pertence o Thelin. Mas estudos recentes de farmacovigilância mostraram que os benefícios da droga não mais superavam o risco de desenvolver lesões ao fígado na população com hipertensão arterial pulmonar.
Como existem métodos alternativos para o tratamento da doença, a Pfizer optou por cancelar o uso da droga. Segundo a empresa, autoridades sanitárias e de saúde dos países que recebem o Thelin foram notificadas.
A hipertensão arterial pulmonar é uma doença rara e progressiva, que pode levar à falência do coração e morte prematura. O laboratório recomenda aos médicos que deixem de prescrever a medicação ou que trabalhem com terapias substitutas.
Para aqueles que já recebam a medicação, o médico deverá ser consultado antes do paciente decidir suspender o consumo por conta própria.
(Fonte: G1-sissaude)

LASER VERDE PARA PRÓSTATA

EXEMPLO DE ACESSÓRIO QUE UTILIZA LASER VERDE
Um laser verde, que não provoca cortes, promete acabar com o medo de operar a próstata. Mais rápido que o método tradicional, o Green Laser é uma forma de curar o adenoma, ou hipertrofia benigna da próstata (HBP), uma doença comum entre os homens: atinge pelo menos metade deles a partir dos 40 anos de idade e a incidência chega a 90% em pacientes com 80 anos.
A doença é caracterizada pelo aumento da glândula masculina e, se não for tratada, pode pressionar a bexiga, prejudicando as funções renais. Por meio do laser verde, a cirurgia corretiva dura 30 minutos, metade do tempo necessário no procedimento tradicional, e o paciente, que antes levava até três dias para se recuperar, agora não fica mais que 24 horas no hospital.
Paulo Rodrigues, urologista do Hospital 9 de Julho, diz que "o procedimento deve se tornar rotina". O médico Joaquim de Almeida Claro, coordenador do Hospital do Homem, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, explica que o laser age sobre a oxihemoglobina, uma substância presente na próstata.
O laser evapora a substância, diminuindo o tamanho da próstata. Assim, temos maior controle sobre sangramentos.
Apesar de não curar o câncer de próstata, o laser verde pode ser usado para aliviar seus sintomas. Para Rafael Kaliks, oncologista do Hospital Albert Einstein, nesses casos é importante avaliar a necessidade de uma cirurgia.
Como o tumor se desenvolve muito devagar, às vezes nem é necessário operar e basta aliviar os sintomas. (Fonte: sissaude)

FIM DAS CICATRIZES

Uma novidade anunciada no domingo (12/12) na 50ª Reunião Anual da American Society for Cell Biology, na Filadélfia, Estados Unidos, poderá resultar em alternativas para tratar ferimentos graves sem a formação de cicatrizes.
O ácido hialurônico é uma substância presente no organismo de todos os animais que preenche os espaços entre as células.
Com o avanço da idade, o ácido hialurônico diminui, reduzindo também a hidratação e elasticidade da pele, o que contribui para o surgimento de rugas.
Ácido hialurônico
O grupo de Cornelia Tölg, do London Regional Cancer Program, em Ontário, no Canadá, conseguiu bloquear fragmentos de ácido hialurônico que disparam a inflamação.
 O bloqueio, feito em ratos com um minúsculo peptídio chamado 15-1, promoveu a cura de ferimentos profundos com a minimização de cicatrizes e a formação de um tecido cutâneo mais forte no lugar afetado.
A equipe, que contou com pesquisadores dos Estados Unidos, identificou no peptídio (molécula composta de dois ou mais aminoácidos) denominado 15-1 a capacidade de bloquear receptores moleculares em células da pele que reagem a fragmentos do ácido hialurônico ao estabelecer um caminho celular para a inflamação.
Nos testes feitos em laboratório, uma única dose do peptídio reduziu a contração do ferimento, os depósitos de colágeno, a inflamação e o crescimento de vasos sanguíneos novos e indesejados. Apesar de o estudo ter sido feito em animais, os cientistas afirmam que os resultados obtidos podem ser extrapolados para eventual aplicação em humanos.
Regeneração de tecidos
Até o fim da década de 1970, o ácido hialurônico era considerado apenas uma espécie de goma inerte que preenchia a matriz extracelular, mas desde então estudos têm mostrado seu importante envolvimento em uma ampla variedade de processos biológicos, do desenvolvimento embrionário do coração a metástases de tumores, passando pelo reparo de ferimentos.
A relação entre níveis de ácido hialurônico e a regeneração de tecidos é paradoxal, segundo os autores do estudo. Os níveis desse ácido são extremamente elevados em embriões e em recém-nascidos, que são capazes de se recuperar rapidamente de cirurgias sem a formação de cicatrizes.
Mas, durante a vida adulta, os níveis de ácido hialurônico intactos caem enquanto aumenta a proporção de moléculas quebradas da substância. Por conta disso, enquanto o ácido intacto promove uma recuperação forte - no caso de ferimentos - os fragmentos atuam junto a receptores que disparam a inflamação que resulta na formação de cicatrizes e de pele mais frágil.(Fonte: Fapesp-diariodasaude.com.br)

PROTEÍNA DA MEMÓRIA

Um grupo de pesquisadores do Centro em Ciência da Saúde na Universidade do Texas, nos Estados Unidos, conseguiu restaurar a memória e a capacidade de aprendizagem em um modelo animal da doença de Alzheimer.
Um modelo animal é uma cobaia especialmente desenvolvida por meio de manipulação genética para reproduzir com mais fidelidade os efeitos de uma doença sobre o organismo humano.
Os modelos animais são importantes porque permitem que os cientistas façam experiências básicas sobre uma determinada doença, somente partindo para testes em humanos quando a possibilidade de resultados positivos for grande.
Proteína da memória
No estudo, a recuperação foi verificada em camundongos que tiveram aumentada a quantidade de uma proteína chamada CBP.
Segundo os autores, trata-se da primeira demonstração de que a CBP, que libera a produção de outras proteínas essenciais para a formação de memórias, pode reverter consequências da doença hoje incurável.
Os resultados da pesquisa serão publicados em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
De acordo com os cientistas, o estudo aponta para um novo caminho para o desenvolvimento de terapias para Alzheimer, forma mais comum de demência que afeta mais de 25 milhões de pessoas no mundo.
Tau
Em pacientes com a doença, o acúmulo da proteína beta-amiloide bloqueia a formação de memória ao destruir as sinapses, regiões em que os neurônios compartilham informações. Outra proteína, a tau, forma emaranhados neurofibrilares que se depositam no interior dos neurônios.
Aumentar a quantidade de CBP não altera a fisiologia da beta-amiloide ou da tau, mas atua em um mecanismo de recuperação diferente, ao restaurar a atividade da proteína CREB e elevar os níveis de outra proteína, chamada BDNF.
"A CBP pode funcionar como um efeito dominó entre as proteínas que transportam sinais das sinapses aos núcleos dos neurônios. Levar informação aos núcleos é necessário para a formação de memórias de longo prazo", disse Salvatore Oddo, um dos autores do estudo.
O grupo produziu geneticamente um vírus capaz de levar a CBP ao hipocampo, região no cérebro fundamental para a consolidação de memórias e para a aprendizagem.
Lembranças
Aos seis meses de idade, quando a entrega da CBP foi realizada, os camundongos modificados geneticamente estavam com perdas cognitivas semelhantes às verificadas no Alzheimer.
Os animais foram avaliados em um labirinto, onde tinham que lembrar a localização de uma plataforma de saída. Camundongos tratados com CBP foram comparados com outros que receberam apenas placebo e com um terceiro grupo, de animais normais.
A eficiência em escapar do labirinto foi usada como sinal de formação de memória e de aprendizagem. No modelo com Alzheimer, o rendimento do grupo com CPB foi idêntico ao observado nos animais normais, sem a doença, e muito superior ao grupo que recebeu placebo.(Fonte: FAPESP- diariodasaude.com.br)

NOVA TEORIA SOBRE A DOENÇA DE ALZHEIMER

Os esforços científicos que tentam compreender a doença de Alzheimer já avançaram o máximo que podiam com base nas teorias atuais. E, como avançaram pouco, está na hora de trocar de teorias.
A opinião é do Dr. Karl Herrup, presidente do Departamento de Biologia Celular e Neurociências da renomada Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos.
Herrup acredita que placas e emaranhados associados com a proteína beta amiloide são unicamente sintomas, e não as causas da doença. Mas como os cientistas continuam acreditando nessa hipótese, as pesquisas têm ficado travadas e não têm dado resultados positivos.
Hipótese da cascata amiloide
A doença de Alzheimer é uma doença incurável, degenerativa e eventualmente fatal, que ataca a função cognitiva. Ela afeta mais de 26 milhões de pessoas em todo o mundo e é a forma mais comum de demência entre pessoas com mais de 65 anos.
Nas últimas três décadas, a maioria das pesquisas de Alzheimer tem sido governado pela "hipótese da cascata amiloide".
A hipótese - que sustenta que o peptídeo beta-amiloide é a chave para o surgimento e a progressão da doença - teve apelo significativo entre os cientistas porque esse peptídeo é o principal ingrediente das placas relacionadas à doença, que são comuns nos cérebros das pessoas afetadas.
Na verdade, essa correlação persistente levou os pesquisadores a gastar muitos anos e milhões de dólares à procura de como evitar a formação das placas, como forma de tratar, curar ou prevenir a doença de Alzheimer. Nos últimos anos, entretanto, dezenas de ensaios clínicos em humanos com base nesta teoria falharam.
Nova teoria sobre Alzheimer
O Dr. Herrup sugere uma perspectiva alternativa, que ele formalizou em um artigo publicado hoje no Journal of Neuroscience. Destacando que a idade é o fator de risco mais importante na doença, ele sugere uma nova hipótese na qual a idade é o ponto de partida.
A idade diminui a agilidade do cérebro e diminui suas respostas às mudanças. Por si sós, no entanto, as mudanças relacionadas à idade causam apenas um lento declínio "natural" na função cognitiva, afirma Herrup.
Ele postula que, embora essas mudanças possam aumentar o risco do Alzheimer, elas não causam a doença.
Herrup acredita que há três passos básicos que são necessários para que um indivíduo progrida dessa situação natural para o espectro completo dos sintomas clínicos de Alzheimer: uma lesão inicial, provavelmente de origem vascular; uma resposta inflamatória, que é crônica e única para a doença de Alzheimer; e uma alteração celular de estado, uma porta celular biológica sem volta, que altera permanentemente a fisiologia dos neurônios e vários outros tipos de células no cérebro.
"A lesão inicial pode desencadear uma resposta protetora nas células cerebrais," afirma ele. "Mas o problema real é que, no idoso, a resposta não sabe quando parar. Ela continua mesmo após a própria lesão desaparecer. No final, o dano real é feito pela persistência da resposta, e não pela lesão em si."
Estímulo ao debate
Herrup espera que sua nova teoria estimule o debate e abra caminho para novos avanços experimentais e de diagnóstico. "Esta nova hipótese, por exemplo, enfatiza o valor das abordagens anti-inflamatórias para a prevenção da doença de Alzheimer," afirma.
Ele admite que os componentes individuais do modelo não são inteiramente novos, mas assinala que, ao reorganizar sua ordem e mudar suas prioridades, sua visão tem enormes implicações para as modernas pesquisas sobre Alzheimer.
"Minha hipótese implica que a agregação de beta-amilóide não é uma parte central da biologia da doença de Alzheimer," diz Herrup. "Ela prevê que se pode ter placas sem ter a doença de Alzheimer e que é possível ter a doença de Alzheimer sem ter as placas.
"Os pesquisadores devem ser cautelosos ao seguir estas previsões, mas desde que nós já fomos tão longe quanto podíamos com a nossa hipótese atual, talvez tenhamos chegado a um ponto onde cautela demais não é uma boa recomendação. É hora de re-imaginar a doença de Alzheimer para que possamos pensar criativamente sobre seu tratamento." (Fonte: diariodasaude.com.br)

AH! SE A MODA PEGA! Piso tátil obrigatório

Nova lei, em vigor na Capital gaúcha desde o dia 29/12, estabelece que hipermercados e shoppings centers delimitem os corredores, incluindo a frente das lojas, com piso tátil, que é próprio para a leitura de deficientes visuais. Mais informações sobre a lei nº 11.022, de 22 de dezembro de 2010, podem ser obtidas pelo telefone 51 3289.1141 ou pelo e-mail ouvidoria@seacis.prefpoa.com.br.
(Fonte: Sindilojas-consumidorrs)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

PARA PARAR DE FUMAR! GRATUITO!

"Software para ajudar pessoas a parar de fumar."
O PARANDO é um software para ajudar pessoas a parar de fumar. O método utilizado é o de dividir o ato de fumar em intervalos de tempo e, a partir daí, diminuir o número de cigarros em 1 a cada dia, aumentando o intervalo de tempo.
O sistema contempla ainda, duas partes muito importantes:
1- A primeira diz respeito a um controle da saúde da pessoa, onde são medidos níveis de biorritmo (obesidade) e teste dos níveis de estresse.
2- A segunda realiza uma série de cálculos, para oferecer dados sobre as vantagens financeiras auferidas com o ato de parar de fumar.
Parando 1.0
 Gratuito
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Sistema: Windows 98/Me/2000/XP
Empresa: Walbert Ribeiro Costa

Para parar de Fumar. Conheça!
Observações-Sistema operacional Windows 98/Me/2000/XP
Antes de instalar o Parando você pode criar um ponto de restauração do Windows, assim, se não gostar do programa ou se ele não funcionar corretamente, você pode simplesmente restaurar o sistema para um ponto anterior à instalação do programa.

REFRIGERANTES COM CAFEÍNA

CRIANÇA SONOLENTA
Um estudo realizado por uma clínica pediátrica dos EUA sugere que crianças com menos de 12 anos estão rotineiramente consumindo tanta cafeína que isso pode interferir no seu sono. O consumo seria quase exclusivamente de refrigerantes com cafeína, como Coca-Cola.
Cerca de 75% das 228 crianças entrevistadas para o estudo (publicado no "The Journal of Pediatrics") consumiam cafeína. Crianças entre 5 e 7 anos consumiam uma média de 52mg por dia, e as com idade entre 8 e 12 anos consumiam 109mg, em média – mais ou menos a mesma quantidade de uma xícara de café.
A cafeína é diurética, e o estudo foi elaborado para observar se o consumo estava associado ao xixi na cama, o que não foi comprovado. O tempo médio de sono para os que consumiam cafeína foi levemente menor do que a quantidade recomendada pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
A Associação Americana de Bebidas contestou o estudo, citando uma revisão feita em 2002 que descobriu que os efeitos da cafeína em crianças "parecem ser modestos e tipicamente inócuos". "A cafeína é segura, até mesmo para crianças", disse Maureen Storey, vice-presidente sênior de política de ciência da associação.
Os autores do estudo reconheceram que ele não provou uma associação entre a cafeína e problemas de sono. Mesmo assim, o principal autor, William J. Warzak, professor de psicologia da Universidade de Nebraska, diz que evitar a substância é uma boa ideia. "Mas você não será um pai ou uma mãe desnaturado se seu filho tomar uma Coca-Cola fora de casa”, ele acrescentou.
Fonte: g1.globo.com-ciencia-e-saude)

AH! SE A MODA PEGA! Sacolas plásticas banidas!

QUEM VIU, VIU! QUEM NÃO VIU......
Sacolas plásticas são usadas em supermercado de Roma nesta quarta-feira (29). (Foto: Reuters)
A Itália se prepara para banir as sacolas plásticas de lojas e supermercados de todo o país a partir de 1º de janeiro de 2011, quando os consumidores que aguardam as promoções de Ano Novo deverão adotar bolsas biodegradáveis, de tecido ou papel.
Os italianos estão entre os maiores consumidores de sacolas plásticas da Europa, com uma taxa de uso per cápita de mais de 300 ao ano ou cerca de um quarto das 100 bilhões de sacolas plásticas importadas de China, Tailândia e Malásia, usadas em toda a Europa.
"Isto marca um passo importante na luta contra a poluição e nos torna a todos mais responsáveis na reciclagem", disse a ministra do Meio Ambiente, Stefania Prestigiacomo.
Prestigiacomo disse que o governo está lançando uma campanha de conscientização para promover o uso de sacolas feitas de materiais naturais e recicláveis, "que não devem apenas ser práticas e ecológicas, mas também ter estilo".
Grupos ambientalistas saudaram a proibição, apesar da oposição das indústrias.
(Fonte: g1.globo.com/mundo)

CÉREBRO SOCIAL


AMÍGDALA CEREBRAL
Cientistas norte-americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho de sua amígdala - pequena estrutura de forma amendoada encontrada no cérebro, e não o órgão na garganta.
O estudo, feito por pesquisadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, Massachusetts, foi publicado na revista científica Nature Neuroscience.
O trabalho confirma resultados de estudos anteriores, envolvendo outras espécies de primatas, mostrando que animais que vivem em grupos sociais maiores têm amígdalas maiores.
"Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se leva em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que chefiou o estudo.
"Consideramos uma única espécie de primata - a humana - e descobrimos que o volume da amígdala se correlacionou positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos."
Vida social
Os pesquisadores também analisaram outras estruturas subcorticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos.
Também não foram encontradas associações entre o volume da amígdala e outras variáveis sociais na vida de humanos - como índices de satisfação social, por exemplo.
"A associação entre o tamanho da amígdala e o tamanho e complexidade da rede social foi observada tanto em indivíduos mais velhos como mais novos, homens e mulheres", disse Bradford Dickerson, da Escola Médica Harvard, em Cambridge, Massachusetts, outro cientista que participou do estudo.
"E a associação é específica à amígdala, porque o tamanho e complexidade da rede social não foram associados ao tamanho de outras estruturas do cérebro", acrescentou.
Cérebro social
Os pesquisadores pediram aos 58 participantes do estudo que respondessem perguntas sobre o tamanho e a complexidade de suas redes sociais.
As perguntas se referiam ao número total de contatos sociais regulares que cada participante mantinha, assim como o número de grupos diferentes a que esses contatos pertenciam.
Os participantes, com idades entre 19 e 83 anos, também foram submetidos a exames de ressonância magnética para que os cientistas pudessem obter informações sobre uma série de estruturas presentes no cérebro, incluindo o volume da amígdala.
Barrett disse que os resultados do estudo são consistentes com a "hipótese do cérebro social", uma teoria segundo a qual a amígdala humana teria evoluído em parte para permitir que o homem lidasse com uma vida social cada vez mais complexa.
"Mais pesquisas estão sendo feitas para tentar estabelecer de que forma a amígdala e outras regiões do cérebro estão envolvidas no comportamento social de humanos", ela disse.
"Nós e outros pesquisadores estamos tentando entender também como anormalidades nessas regiões do cérebro podem prejudicar o comportamento social em distúrbios neurológicos e psiquiátricos."
(Fonte: diariodasaude.com.br)

OLHARES CONSERVADOR e LIBERAL

CONSERVADOR ou LIBERAL?
É desnecessário dizer que conservadores e liberais veem o mundo de formas diferentes. Mas uma nova pesquisa realizada na Universidade de Nebraska-Lincoln, nos EUA, sugere que há nisto uma verdade mais literal do que se possa imaginar.
No estudo, os pesquisadores mediram a reação de pessoas de correntes políticas diferentes às chamadas "pistas do olhar" - a tendência de uma pessoa em desviar a atenção para uma direção coerente com os movimentos dos olhos de outra pessoa, mesmo que isto seja irrelevante para o que ela está fazendo no momento.
Os resultados mostraram que conservadores seguem as pistas do olhar do interlocutor de uma forma e os liberais de outra.
Seguindo o olhar
Os liberais responderam fortemente aos alertas, deslocando constantemente sua atenção no sentido sugerido a eles por um rosto na tela do computador.
Já os conservadores não foram tão solícitos e praticamente não acompanharam o olhar do interlocutor.
Mas por quê a diferença?
Os pesquisadores sugerem que a importância que os conservadores dão à autonomia pessoal pode torná-los menos propensos a ser influenciados por outros e, portanto, menos sensíveis aos alertas visuais.
"Nós achávamos que o temperamento político poderia moderar a magnitude dos efeitos das dicas do olhar, mas não esperávamos que os conservadores fossem completamente imunes a esses estímulos," disse Michael Dodd, um dos autores do estudo.
Já os liberais podem ter seguido as pistas do olhar porque eles tendem a ser mais sensíveis aos outros, sugere o estudo.
Negociações políticas
"Este estudo fornece basicamente mais uma evidência de que liberais e conservadores percebem o mundo, e processam as informações recolhidas nesse mundo, de maneiras diferentes," disse Kevin Smith, coautor do trabalho.
"Entender exatamente porque as pessoas têm perspectivas políticas tão diferentes e onde essas diferenças se originam pode nos ajudar a compreender melhor as raízes de muitos conflitos políticos," prossegue.
Tradicionalmente, os cientistas políticos têm creditado as diferenças de orientação política unicamente às forças ambientais, mas este estudo mostra o papel potencial do viés cognitivo - de onde quer que ele possa vir - como uma área relevante de investigação.
"Fazer as coisas na política depende de que pontos de vista antagônicos encontrem um terreno comum," disse Smith. "Nossa pesquisa sugere que isto é muito mais difícil do que parece, pois o mesmo pedaço de terra pode ser muito diferente dependendo de qual colina ideológica você olha para ele."
(Fonte: diariodasaude.com.br)

"PAÍS-DO-FAZ-DE-CONTA" - Preço da saúde

Se o preço das frutas e hortaliças baixasse em 10%, o total de calorias
ingeridas pela população, provenientes desses alimentos, aumentaria em quase 7,9%
Uma alimentação mais saudável pode ser incentivada por meio de uma política de ajuste de preços dos alimentos.
Por meio da isenção de impostos sobre alimentos saudáveis e do aumento de impostos sobre os não saudáveis é possível estimular o consumo dos primeiros e promover uma dieta mais adequada da população.
A proposta é de um estudo da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, que partiu da ideia de que os valores de comidas e bebidas influenciam nos hábitos alimentares.
"Buscamos analisar como o preço estimula ou desestimula o consumo de certos alimentos", explica o nutricionista Rafael Moreira Claro, autor do estudo. No caso de frutas e hortaliças, se o seu preço baixasse em 10%, o total de calorias ingeridas provenientes desses alimentos aumentaria em quase 7,9%.
Fiscalização necessária
De acordo com o estudo, atualmente, frutas, legumes e verduras são a parte mais cara de uma dieta.
"Se uma pessoa quiser ingerir 1.000 calorias comendo apenas estes alimentos, precisaria de quase R$ 4,50 enquanto, hipoteticamente, poderia conseguir a mesma quantidade de calorias ingerindo açúcar com apenas R$ 0,3 (30 centavos)", relata Moreira Claro.
Assim, para não encarecer a refeição, a população de baixa renda acaba comendo menos frutas e hortaliças, alimentos saudáveis que poderiam fazer parte da dieta em maior proporção.
"Uma redução nos impostos sobre estes produtos ajudaria na diminuição de seu preço e no consequente aumento de seu consumo", observa o nutricionista, que ressalta: "A diminuição das taxas, porém, deve ser acompanhada de publicidade que avise ao consumidor sobre tal redução. Caso contrário o supermercado pode não repassar essa baixa de preço e continuar vendendo pelo mesmo valor".
Imposto da saúde
Em relação aos alimentos não saudáveis a pesquisa analisou as chamadas bebidas adoçadas (refrigerantes, bebidas energéticas e esportivas, além de sucos adoçados com açúcar) e apontou que se o seu preço aumentasse em 10%, seu consumo cairia em 8,4%.
Para induzir o aumento do valor, a sobretaxação dos refrigerantes seria uma medida possível e traria benefícios à sociedade na medida em que reduziria o consumo de uma bebida responsável por causar obesidade.
"O refrigerante não causa a obesidade sozinho, mas sua relação com a doença é evidente" alerta o nutricionista. Ele explica também que a diminuição na ingestão de bebidas adoçadas diminuiria os custos com o atendimento à saúde, em casos de obesidade e outras doenças crônicas. "O governo sairia ganhando, ainda que aumentar os impostos seja, num primeiro momento, uma medida impopular".
Renda familiar
O maior ou menor consumo de alimentos saudáveis também é impactado pela variação da renda de uma família. Tal impacto, porém, é menor do que o causado por uma baixa nos preços. Um aumento de 10% na renda familiar, por exemplo, aumentaria apenas em 2,7% o total de calorias ingeridas provenientes de frutas e hortaliças. O fato é justificado em função da diluição desse aumento de renda na aquisição de inúmeros outros bens e serviços.
Moreira Claro elucida que a questão dos impostos é o jeito mais simples de influenciar no consumo porque o preço afeta a todos de uma forma global e o impacto é mais direto quando valores são alterados, para mais ou para menos.
Além disso, nas classes mais altas, onde o poder aquisitivo já é significativo, o aumento da renda influencia ainda menos na compra de alimentos saudáveis.
 "Uma política de ajuste de preços, barateando os alimentos saudáveis e encarecendo os não saudáveis, é uma saída que traria mais efeito sobre a qualidade da dieta", finaliza.(Fonte: Juliana Cruz - Ag.USP - diariodasaude.com.br)

MAPA-MÚNDI ATUALIZADO

Agência Espacial Europeia divulga a nova versão do GlobCover,
 mapa de alta resolução da cobertura territorial do planeta (ESA)
A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou no dia 21 a nova versão de seu mapa da superfície terrestre. O GlobCover 2009 atualiza o mapa anterior, de 2005, por meio da análise de dados obtidos pelo espectrômetro com resolução de 300 metros a bordo do satélite Envisat.
O trabalho foi feito por pesquisadores da ESA e da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica. Para fazer o novo mapa global de cobertura territorial, foi usado um novo software, desenvolvido pelas empresas Medias France e Brockmann Consult.
Foram processados dados colhidos pelo Envisat de 1° de janeiro a 31 de dezembro de 2009. As legendas do mapa adotam o Sistema de Classificação de Cobertura Territorial da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês).
Segundo a ESA, o GlobCover 2009 é o mapa de cobertura territorial com a melhor resolução já conseguida. A agência destaca que o GlobCover, que foi baixado mais de 8 mil vezes em sua versão de 2005, auxilia em diversos tipos de pesquisa, como sobre os efeitos das mudanças climáticas, da conservação da biodiversidade e do uso de recursos naturais em todo o planeta.
As instruções para baixar o GlobCover 2009 estão disponíveis em: http://ionia1.esrin.esa.int/
(Fonte: FAPESP)

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

PARAR DE FUMAR MELHORA NÍVEL DE COLESTEROL HDL

Mesmo com o ganho de peso, parar de fumar melhora osníveis de colesterol "bom", diz pesquisa. Se confirmada por mais estudos, a descoberta pode esclarecer a relação entre o fumo e a saúde cardíaca.
Até 20% das doenças do coração são atribuídas ao cigarro, mas ainda não se sabe o que causa esse efeito. É possível que o fumo afete o sistema cardiovascular de várias formas, reduzindo níveis de oxigênio e causando danos ao coração.
Estudos menores já mostraram que fumar reduz o colesterol "bom" (HDL) e aumenta o "ruim" (LDL), segundo o pesquisador Adam Gepner, da Escola de Medicina da Universidade de Wisconsin (EUA).
Para testar com mais rigor o impacto do fumo sobre o colesterol, a equipe de Gepner recrutou mais de 1.500 fumantes, incluindo pessoas com sobrepeso ou obesas.  Em média, os participantes fumavam 21 cigarros por dia até o início do estudo. Depois de um ano em programas para parar de fumar, 36% deles largaram o vício.
Na pesquisa, aqueles que pararam de fumar tiveram um aumento de 5% no colesterol "bom", independentemente do número de cigarros que fumavam. Contudo, o grupo que parou de fumar ganhou, em média, quatro quilos.
O ganho de peso piora os níveis de colesterol. Por isso, os pesquisadores acreditam que o efeito benéfico de parar de fumar possa ser ainda maior do que o apontado.
Os pesquisadores ainda não sabem como parar de fumar afeta os níveis de colesterol. Especula-se que o cigarro prejudique proteínas que controlam o colesterol.
Mesmo assim, segundo Gepner, se a relação entre cigarro e colesterol for provada, pode-se calcular que o risco de um ex-fumante ter um infarto ou derrame caia até 6% depois de dez anos sem cigarro.
(Fonte: Folha.com - Equilíbrio e Saúde)

DISTRIBUIÇÃO DE ADESIVOS DE NICOTINA

O governo britânico oferecerá adesivos de nicotina de graça durante uma semana aos fumantes que queiram deixar o hábito de fumar em 2011.
A partir de 1º de janeiro, como parte da campanha "Stop Smoking Quit Kit", do Serviço britânico de Saúde Pública (NHS, na sigla em inglês), muitas farmácias oferecerão aos fumantes que desejem utilizar os emplastros para abandonar o tabaco por uma semana de graça.
Em declarações à rede pública britânica "BBC", o ministro da Saúde, Andrew Lansley, assinalou que espera que após essa primeira semana os fumantes decidam completar todo o programa.
"Confiamos que a partir do sábado, e trabalhando com nossos colegas nas farmácias de todo o país, mais de 400 mil pessoas tentem deixar de fumar utilizando os 'Quit Kits' do Ministério da Saúde", afirmou.
O Ministério da Saúde encomendou 300 mil pacotes com emplastos de nicotina e terá a possibilidade de adquirir outros 105 mil extras em caso de a demanda aumentar.
Lansley considerou que esse método para deixar o tabaco era "duas vezes mais eficaz que outros mecanismos para ajudar as pessoas a deixar de fumar".
O ministro acrescentou que o governo incentiva os cidadãos a abandonar essa prática por constituir "a maior causa evitável de morte adiantada deste país". (Fonte: Folha.com - Equilíbrio e Saúde)

ABUSOS CONTRA A CIÊNCIA?

"PULSERINHAS DE EQUILÍBRIO"
Uma organização revelou nesta quarta-feira a verdade sobre algumas das mais duvidosas dicas de saúde e boa forma feitas por artistas, pondo fim a ideias como a reabsorção de esperma e o uso de braceletes de plástico para aumentar a energia do organismo.
Em lista anual de abusos contra a ciência, o Sense About Science (SAS) desmentiu sugestões feitas por atores, estrelas do pop e outras pessoas famosas sobre dieta e exercícios, um esforço "para ajudar as celebridades a perceber onde estão errando e para ajudar o público a entender as alegações de celebridades".
Na seção de saúde e fitness, o SAS notou que o jogador de futebol David Beckham e a noiva do príncipe William, Kate Middleton, foram vistos usando braceletes com hologramas (do tipo Power Balance) que, segundo os fabricantes, podem melhorar a energia da pessoa.
O grupo também mencionou uma dieta usada pela top model Naomi Campbell e os atores Ashton Kutcher e Demi Moore. Na rotina da dieta, os seguidores sobrevivem apenas com maple syrup (xarope de bordo), limão e pimenta por duas semanas. Em entrevista concedida à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey, em maio, Campbell disse: "É bom limpar seu corpo de vez em quando."
"Muitas dessas alegações promovem teorias, terapias e campanhas que não fazem sentido científico", disse o SAS.
A pop star Sarah Harding, que era do grupo Girls Aloud, disse à revista "Now" que ela polvilha carvão vegetal na comida, declarando: "Não tem gosto de nada e aparentemente absorve todas as coisas ruins e prejudiciais do corpo."
John Elmsley, cientista da área de química e escritor, disse que o carvão vegetal absorve moléculas tóxicas quando usado em máscaras de gás e tratamento de esgoto, mas que é "desnecessário quando se trata de uma dieta, porque o corpo já é bem capaz de remover qualquer 'coisa ruim e prejudicial'."
Um dos destaques do SAS foi a dica do lutador de vale-tudo Alex Reid, que disse ao tabloide "The Sun" que costuma "reabsorver" seu esperma para se preparar para uma luta importante.
"É muito bom para um homem ter sexo sem proteção desde que não ejacule. Porque eu acredito que todo aquele sêmen tem muita nutrição. Uma colher de sopa de sêmen tem o equivalente de bife, ovos, limões e laranjas. Eu estou reabsorvendo isso no meu corpo, isso me faz gritar 'raaaaah'", disse Reid.
John Aplin, cientista que pesquisa reprodução da Universidade de Manchester, disse que o esperma não pode ser reabsorvido quando já se formou nos testículos.
"Na verdade, o esperma morre após alguns dias, e o conteúdo nutricional da ejaculação é realmente pequeno", disse Aplin ao grupo SAS.
Para tentar combater os efeitos de algumas das mais ousadas dicas de saúde, o grupo de campanha SAS publicou suas próprias "sugestões fáceis de lembrar para comentários de celebridades":
- Nada está livre de componentes químicos: tudo é feito com substâncias químicas, é só uma questão de elementos.
- Desintoxicação é um mito de marketing: nosso corpo se basta sem poções caras e dietas desintoxicantes.
- As funções do organismo ocorrem sem estímulos externos.
- Energia e boa forma vêm de alimentos e exercícios: não há atalhos.
(Fonte: Folha.com - Equilíbrio e Saúde)

CAMPANHA CONTÍNUA CONTRA ANOREXIA

A modelo e atriz francesa Isabelle Caro, que em 2007 posou nua para uma campanha contra a anorexia mostrando seu corpo devastado pela doença, morreu em 17 de novembro, informou nesta quarta-feira (29) o site suíço 20 Minutes.
A primeira informação de sua morte foi divulgada através de uma rede social na internet por um amigo da modelo, que tinha 28 anos e provocou comoção com as fotografias feitas há três anos.
No meio da campanha, dirigida pelo fotógrafo Oliviero Toscani, conhecido por suas ideias provocadoras e pelas campanhas publicitárias da grife Benetton, Caro explicou que tinha aceitado posar para alertar as jovens sobre o perigo das dietas, dos ditados da moda e da anorexia.
Seu objetivo, segundo ela, era sensibilizar as mulheres sobre essa ameaça, que pesava sobre sua vida desde que ela tinha 13 anos e que a levou a pesar 31 quilos (tinha 1,64 m de altura).
A morte de Caro, que foi mantida em segredo pela família, não teve sua causa revelada.
Seu amigo Vincent Bigler informou ao site que a modelo havia sido hospitalizada durante duas semanas por causa de uma pneumonia, e que ultimamente mostrava um estado de extrema fraqueza. No entanto, ele disse não saber a causa de sua morte. (Fonte: Folha.com - Ilustrada)

RESÍDUOS SÓLIDOS

LIXO SECO DE UM LADO E LIXO ÚMIDO DO OUTRO
Os consumidores que não separarem o lixo seco do úmido estarão sujeitos a multas, segundo decreto publicado na quinta-feira no Diário Oficial. O texto regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que trata da destinação adequada do lixo no País.
Entre outras medidas, o decreto prevê penalidades para aqueles que não cumprirem as obrigações estabelecidas na coleta seletiva e nos sistemas de logística reversa, pelo qual aparelhos eletroeletrônicos, pilhas e pneus terão de retornar aos fabricantes. A punição pode vir em forma de advertência e, em caso de reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500 que poderão ser convertidas em "serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente".
Também estão previstas multas entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões para infrações ambientais, como o lançamento de resíduos sólidos em praias. Para a importação de resíduos perigosos, os valores chegam a R$ 10 milhões.
Sancionada em agosto pelo presidente Lula, a lei prevê a substituição dos lixões por aterros sanitários; a criação de planos municipais, estaduais e federal para a gestão dos resíduos; e o incentivo a linhas de financiamento de cooperativas, que devem auxiliar a coleta seletiva e a logística reversa de produtos.
Os desafios são grandes. A coleta seletiva - um dos pilares da nova política - não é plenamente difundida. Dados do setor apontam que 44% dos municípios brasileiros não dispõem da iniciativa. A regulamentação prevê que o processo da coleta deverá ao menos separar resíduos secos e úmidos "e, progressivamente, ser estendido à separação dos resíduos secos em suas parcelas específicas, segundo metas estabelecidas nos respectivos planos". A fiscalização deverá ser feita por órgãos municipais.
"A lei representa uma revolução na forma como a sociedade lida com o lixo", avalia o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Silvano Silvério. "Ela depende do consumidor, pois tudo parte dele para que o ritual ocorra. O texto responsabiliza de forma compartilhada toda a cadeia produtiva."
Para o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos (Abetre), Diógenes Del Bel, o sucesso da lei será determinado pelas iniciativas do governo e do setor. "É difícil penalizar o consumidor, é uma questão difusa. Uma preocupação que temos é a definição de metas de logística reversa."
OUTROS PONTOS
Responsabilidade compartilhada - Fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços públicos de limpeza e manejo de resíduos sólidos são considerados responsáveis pelo ciclo de vida dos produtos.
Redução do lixo - Geradores de resíduos sólidos terão de adotar medidas para reduzir a quantidade produzida.
Cronograma - Presidido pelo Ministério do Meio Ambiente, um comitê deve fixar cronogramas para a implantação dos sistemas de logística reversa.
Fonte: Estadão-Rafael Moraes Moura/consumidorrs)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

SENSAÇÃO DE CALOR PÓS-EXERCÍCIO FÍSICO

SENSAÇÃO DE CALOR
É um dia frio e você acabou de terminar uma cansativa sessão na academia, suando em cima de uma esteira. Ou numa aula de spinning. Ou nadou quilômetros na piscina. Ou acabou de terminar uma longa corrida ou um duro percurso de bicicleta.
Agora você tomou um banho e trocou de roupa. Parou de transpirar, mas ainda se sente quente. Subitamente, sua casa fria e seu escritório não parecem mais tão gelados.
Pesquisadores de atividades físicas costumavam dizer que isso era um bônus do exercício – que você queima calorias não só enquanto se exercita, mas também por horas depois de parar, até mesmo pelo resto do dia. O exercício, eles diziam, tem um efeito significativo sobre a perda de peso graças ao chamado consumo de oxigênio em excesso pós-exercício.
Mas então apareciam aqueles “do contra”, relatando que esse efeito era apenas um mito. O ritmo metabólico volta ao normal logo que o exercício chega ao fim, informaram pesquisadores.
Ainda assim, muitos que se exercitam insistem que deve haver alguma mudança em seu metabolismo. Se não, por que eles se sentiriam tão quentes? Se não é um ritmo metabólico acelerado, então o que é?
Paul Laursen, fisiologista de desempenho da Academia de Esportes da Nova Zelândia, compete nos triatlos Ironman. Os exercícios prolongados e intensos fazem parte de sua vida. Ele sentiu o efeito continuado, diz ele, após uma recente corrida de bicicleta de 90 milhas.
“Era uma grande sessão de treino com amigos, os níveis de testosterona estavam altos, e estávamos todos tentando ultrapassar uns aos outros nas subidas”, escreveu Laursen por e-mail. “Foi como se eu estivesse com febre pelo resto do dia. E continuou durante a noite. Minha esposa dormiu com uma coberta, mas eu quis somente o lençol. Meu corpo parecia uma fornalha”.
Acontece que não existe uma resposta fácil para por que pessoas como Laursen se sentem tão quentes.
“De uma coisa temos certeza: seu metabolismo vai às alturas quando você se exercita”, afirmou Nisha Charkoudian, professora-associada de fisiologia na Faculdade de Medicina da Mayo Clinic, em Rochester, Minnesota. “Então, quando você para, o fato interessante – e que não compreendemos – é que sua temperatura corporal fica alta por cerca de duas horas”.
O efeito depende muito da intensidade de seu exercício. “Se você sai para uma caminhada, sua temperatura não sobe tanto”, disse Charkoudian, mas ao correr intensamente por uma hora, você pode ter o que se parece com uma febre: uma temperatura de aproximadamente 38 graus Celsius.
É um efeito que Glenn Kenny, professor da Escola de Cinética Humana e Ciências da Saúde da Universidade de Ottawa, passou anos pesquisando. Ele construiu uma máquina de 1 milhão de dólares – a única do mundo, segundo ele – que pode medir alterações minuto a minuto na perda de calor corporal.
Ela se parece com uma lata gigante. O indivíduo se senta em seu interior e pedala numa bicicleta reclinada. O dispositivo pode detectar a quantidade de calor dissipada pelo corpo do indivíduo a cada momento do exercício, e a cada momento do descanso pós-exercício, sob diferentes condições – temperatura do ar maior ou menor, mais ou menos umidade.
A partir de experimentos com o dispositivo, Kenny descobriu a razão para o estado febril que aparece quando a temperatura básica do corpo está elevada: isso não ocorre porque você continua queimando calorias no mesmo ritmo do exercício, mas porque o corpo tem dificuldade em se livrar do calor adicional que foi gerado durante a sessão. A dissipação de calor é acentuadamente reduzida após o exercício: por algum motivo, o corpo simplesmente não consegue eliminar o calor extra que ganhou.
Kenny imagina que o efeito esteja relacionado aos efeitos do exercício sobre o sistema cardiovascular. Porém, mesmo se sentindo quente, você não está queimando mais calorias, diz ele, e portanto não irá perder mais peso.
Metabolismo
De outros estudos, onde mediu ritmos metabólicos, ele descarta afirmações de que o exercício também poderia elevar a taxa com que as pessoas queimam calorias nas horas subsequentes. Ele descobriu que qualquer efeito sobre o metabolismo pós-exercício era tão pequeno que chegava a ser imensurável, e tão passageiro que acabava em até cinco minutos depois da interrupção. Seus participantes, porém, não eram pessoas como Laursen.
Os participantes de Joseph LaForgia eram. Ou eram, pelo menos, atletas experientes. LaForgia, um fisiologista de atividades físicas da Universidade do Sul da Austrália, diz que as pessoas que se exercitam intensamente – fazendo corridas frequentes, por exemplo – podem sentir um efeito metabólico prolongado. Suas taxas metabólicas podem subir e permanecer altas por sete horas depois do fim dos exercícios.
Mesmo assim, as calorias adicionais queimadas representavam cerca de 10 por cento das calorias queimadas durante os exercícios intensos. Quanto às pessoas que se exercitavam moderadamente, como faz a maioria, o pequeno aumento no metabolismo não durou mais de duas horas e acumulou apenas 5 por cento da quantidade queimada no exercício. E como uma sessão modesta de exercícios queima muito menos calorias que uma sessão intensa, as pessoas que se exercitavam moderadamente acabavam com uma queima adicional subsequente muito pequena.
Mas isso ainda deixa uma dúvida. Se sua taxa metabólica aumenta levemente, por que você se sentiria mais quente por até sete horas após uma malhação longa e intensa?
LaForgia diz não ter estudado as sensações de calor, e Kenny diz que se alguém se sente quente por tanto tempo, esse não seria um efeito da dissipação retardada de calor.
Em vez disso, a sensação poderia ser causada por outro efeito do exercício – os esforços do corpo em reparar sutis danos nos tecidos, causados por toda aquela atividade. O sistema imunológico pode entrar na jogada, assim como as enzimas que reparam músculos e precisam de energia produtora de calor. Talvez os efeitos geradores de calor da reparação de danos sejam o motivo para Laursen ter chutado as cobertas naquele noite, após seu percurso de 90 milhas.
Se esse for o caso, ele provavelmente não estava queimando muitas calorias extras. Porém, mais uma vez, a longa pedalada pelas montanhas da Nova Zelândia havia queimado mais do que o suficiente.
(Fonte: Por Gina Kolata-The New York Times/http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/12/28/especialistas-explicam-por-que-a-sensacao-de-calor-permanece-mesmo-apos-o-exercicio.jhtm)

RELAÇÕES SEXUAIS DEPOIS DO CASAMENTO

Casais que esperam para ter relações sexuais depois do casamento acabam tendo relacionamentos mais estáveis e felizes, além de uma vida sexual mais satisfatória, segundo um estudo publicado pela revista científica Journal of Family Psychology, da Associação Americana de Psicologia.
Pessoas que praticaram abstinência até a noite do casamento deram notas 22% mais altas para a estabilidade de seu relacionamento do que os demais.
As notas para a satisfação com o relacionamento também foram 20% mais altas entre os casais que esperaram, assim com as questões sobre qualidade da vida sexual (15% mais altas) e comunicação entre os cônjuges (12% maiores).
Para os casais que ficaram no meio do caminho - tiveram relações sexuais após mais tempo de relacionamento, mas antes do casamento - os benefícios foram cerca de metade daqueles observados nos casais que escolheram a castidade até a noite de núpcias.
Mais de duas mil pessoas participaram da pesquisa, preenchendo um questionário de avaliação de casamento online chamado RELATE, que incluía a pergunta "Quando você se tornou sexualmente ativo neste relacionamento?".
Religiosidade
Apesar de o estudo ter sido feito pela Universidade Brigham Young, financiada pela Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, também conhecida como Igreja Mórmon, o pesquisador Dean Busby diz ter controlado a influência do envolvimento religioso na análise do material.
"Independentemente da religiosidade, esperar (para ter relações sexuais) ajuda na formação de melhores processos de comunicação e isso ajuda a melhorar a estabilidade e a satisfação no relacionamento no longo prazo", diz ele.
"Há muito mais num relacionamento que sexo, mas descobrimos que aqueles que esperaram mais são mais satisfeitos com o aspecto sexual de seu relacionamento."
O sociólogo Mark Regnerus, da Universidade do Texas, autor do livro Premarital Sex in America, acredita que sexo cedo demais pode realmente atrapalhar o relacionamento.
"Casais que chegam à lua de mel cedo demais - isso é, priorizam o sexo logo no início do relacionamento - frequentemente acabam em relacionamentos mal desenvolvidos em aspectos que tornam as relações estáveis e os cônjuges honestos e confiáveis."
(Fonte: noticias.uol.com.br)

BIOCOMBUSTÍVEL DE LEVEDURA

Cientistas obtêm nova linhagem de levedura capaz de
produzir mais etanol e a partir de mais açúcares (Wikimidia)
Um grupo internacional de cientistas anunciou ter conseguido obter geneticamente uma nova linhagem de levedura que se mostrou capaz de produzir etanol a partir do uso de mais tipos de açúcares de plantas.
Para produzir comercialmente combustíveis como o etanol, que no Brasil é derivado da cana-de-açúcar, microrganismos devem ser capazes de fermentar sacarídeos encontrados em vegetais, como glicose, xilose ou celobiose. O problema é que a maioria dos micróbios não consegue converter todos esses açúcares em combustível que possa ser produzido em escala.
No novo estudo, Yong-Su Jin, da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, e colegas, expandiram a capacidade natural da levedura Saccharomyces cerevisiae de fermentar glicose ao modificar geneticamente o fungo – que também é usado na produção de pão e cerveja – para que se tornasse capaz de transportar proteínas de outro tipo de levedura, a Pichia stipitis.
Embora as duas leveduras sejam da mesma família, apenas a Pichia stipitis é capaz de fermentar a xilose, açúcar derivado de madeiras e associado à celulose.
A linhagem de levedura resultante se mostrou capaz de fermentar os três açúcares – glicose, xilose e celobiose – e, segundo a pesquisa, que será publicada esta semana no site da revista Proceedings of the National Academy of Sciences, com a produção de muito mais etanol do que as linhagens naturais.
A levedura modificada também superou um problema de linhagens obtidas em pesquisas anteriores, que fermentavam açúcares pobremente mesmo na presença de glicose abundante. Segundo os autores da nova pesquisa, os resultados deverão ajudar no desenvolvimento de biocombustíveis avançados feitos a partir de matéria orgânica.
O artigo Engineered Saccharomyces cerevisiae capable of simultaneous cellobiose and xylose fermentation (doi/10.1073/pnas.1010456108), de Yong-Su Jin e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1010456108. (Fonte: FAPESP)

OBESIDADE e PUBERDADE

ESTRUTURA DA LEPTINA
Um grupo coordenado pela neurocientista brasileira Carol Elias deu um passo importante para desvendar os mecanismos bioquímicos de um fenômeno que vem alarmando médicos norte-americanos: a antecipação da puberdade feminina.
Depois de quase uma década de investigação que começou no Brasil, com financiamento da FAPESP, da Capes e do CNPq, e terminou nos Estados Unidos, com apoio dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), Carol e sua equipe identificaram a região cerebral em que o hormônio leptina age despertando o amadurecimento sexual. É o núcleo pré-mamilar ventral.
“Há um mecanismo bioquímico delicado que informa ao cérebro que o organismo está pronto para reproduzir”, disse Carol, ex-professora na Universidade de São Paulo (USP) e atualmente pesquisadora na Universidade do Texas. E quem dá esse recado ao cérebro é a leptina, hormônio secretado pelas células de gordura, mais conhecido por despertar a sensação de saciedade e reduzir a fome.
Anos atrás surgiram as primeiras pistas de que esse hormônio iniciava uma cadeia de reações químicas que levam ao desenvolvimento dos órgãos sexuais e à fertilidade. Camundongos e seres humanos que não produzem leptina não entram na puberdade, período em que começam transformações fisiológicas que preparam o corpo para procriar.
De 1997 a 1999, período em que passou na Universidade Harvard, Carol colaborou com a identificação das regiões cerebrais que produzem receptores de leptina, proteína à qual o hormônio de mesmo nome se liga estimulando o funcionamento das células cerebrais (neurônios).
Entre as regiões do hipotálamo que expressam receptores de leptina, uma chamou a atenção: o núcleo pré-mamilar ventral. Esse grupo de células, como já havia sido demonstrado por outro brasileiro, Newton Canteras, pesquisador da USP, se conecta a regiões cerebrais produtoras do hormônio liberador de gonadotrofinas, responsável por estimular a secreção de outros hormônios sexuais.
Mas a comprovação de que era esse núcleo que mediava a ação da leptina no início da puberdade levou mais tempo. Convidada pelo neurocientista Joel Elmquist a integrar sua equipe no Texas, Carol e os pesquisadores José Donato Júnior, Roberta Cravo e Renata Frazão desenvolveram em laboratório um camundongo geneticamente modificado para, em certas condições, produzir o receptor de leptina apenas no núcleo pré-mamilar ventral. A estratégia deu certo, relatam os pesquisadores em artigo publicado no dia 22 na revista Journal of Clinical Investigation.
As fêmeas de camundongo inférteis entraram na puberdade e se tornaram capazes de procriar quando se estimulou a produção do receptor de leptina exclusivamente no núcleo pré-mamilar ventral. “As células desse núcleo passaram a reconhecer a presença da leptina, induzindo o amadurecimento sexual”, explicou Carol.
A provável explicação é que os neurônios do núcleo pré-mamilar ventral estimulam a atividade de células produtoras do hormônio liberador de gonadotrofinas que, por sua vez, induz a produção de outros hormônios sexuais. Essa cadeia de reações bioquímicas, que, por razão ainda desconhecida despertou a puberdade apenas nas fêmeas, ajuda a compreender porque uma proporção cada vez maior de meninas norte-americanas com 7 e 8 anos de idade estão entrando na puberdade, como mostrou estudo publicado em setembro na Pediatrics.
“É possível que as taxas mais elevadas de leptina em crianças obesas estejam estimulando regiões cerebrais que normalmente só seriam ativadas mais tarde”, disse Carol.
“Agora que identificamos o grupo de células responsáveis por mediar a ação da leptina no início da puberdade teremos condições de desvendar os mecanismos celulares, genéticos e bioquímicos envolvidos nesta função”, disse.
O artigo Leptin’s effect on puberty in mice is relayed by the ventral premammillary nucleus and does not require signaling in Kiss1 neurons (doi:10.1172/JCI45106), de Carol Elias e outros, pode ser lido em www.jci.org/articles/view/45106. (Fonte: Ricardo Zorzetto - FAPESP)