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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

"PAÍS-DO-FAZ-DE-CONTA" - Turma dos gulosos

A proposta original do Ministério do Esporte para 2011 era de R$ 1.287.505.367,00 bilhão. Porém, ao chegar ao Congresso Nacional, o valor praticamente dobrou e chegou aos R$2.459.089.347,00. A diferença – R$ 1.171.583.980,00 – que engordou o orçamento foi devido às emendas dos parlamentares, que tradicionalmente são apresentadas.
Emendas são recursos que deputados e senadores levam para as suas bases eleitorais a fim de aplicarem em pequenas obras esportivas, como quadras, ginásios etc.
Pode até parecer uma boa ação, mas essas quadras não têm material de qualidade e nem sempre recebem manutenção da Prefeitura.
Pior: os espaços são entregues à garotada sem a presença de um professor de educação física, o que poderia garantir um melhor aproveitamento do espaço para fins não só de lazer, mas de educação.
Arma poderosa
As emendas são, antes de tudo, uma poderosa arma governamental. O dinheiro está assegurado no orçamento, mas até a sua liberação é um sufoco. Depende de muito prestígio do deputado ou senador. Isso em qualquer ministério.
E isso ocorre porque o Palácio do Planalto autoriza a liberação da verba quando tem um projeto importante em votação e que determinada bancada – mineira, gaúcha, paulista etc – ou partido decidem votar contra.
É aí que a “emenda entra em campo”. O assessor parlamentar do ministério conversa com o líder da bancada, por exemplo, e negocia a liberação dos recursos das emendas em troca do voto favorável aos interesses governamentais.
A reversão do voto é automática, imediata, sem discussão. É o que se chama comumente de “é dando que se recebe”.Por José da Cruz às 19h56 (Blog do José Cruz)

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