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segunda-feira, 12 de abril de 2010

EPILEPSIA

Um estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde revelou que cerca de 75% das pessoas que sofrem de epilepsia no mundo deixam de receber tratamento, e isso se deve muito mais à falta de conhecimento sobre a doença do que ao valor do seu tratamento. Esse distúrbio é mais comum entre as crianças do que entre os adultos (cerca de 5% da população jovem tem o problema).
A epilepsia, que em geral tem origem desconhecida, não é uma doença transmissível e acontece quando alguns neurônios não funcionam corretamente. Essa disfunção se manifesta em contrações involuntárias de alguns músculos do corpo ou até do corpo inteiro durante alguns segundos. Outro sintoma é o que os médicos chamam de ausência (quando a pessoa parece olhar para o nada, pisca com frequência ou estala os lábios, como se não estivesse percebendo o que está ao seu redor). Esses períodos em que a pessoa parece inconsciente ou quando tem essas contrações são conhecidos como crises. Numa crise mais grave, a pessoa pode chegar até mesmo a ter convulsões.
Como a causa na maioria dos casos é desconhecida, acontece por vezes de a doença ser passageira, desaparecendo ainda na infância naturalmente, o que não dispensa a avaliação e tratamento - no Brasil todos os remédios necessários são fornecidos pelo governo.
Alguns sinais ficam mais evidentes nos primeiros anos na escola , quando ela pode apresentar falta de atenção enquanto escreve ou assiste às aulas, e isso pode atrapalhar o rendimento escolar. Uma das formas de perceber o problema pode ser quando, durante um ditado, a criança escreve apenas partes do que o professor fala, sem registrar grandes pedaços do texto dito. Como os professores podem não saber diferenciar se a criança tem déficit de atenção ou epilepsia de fato, cabe a eles observar os alunos e orientar os pais a procurarem um especialista.
Segundo Rogério Tuma, neurologista do Hospital Sírio Libanês (SP), a doença pode ser constatada logo depois que a criança nasce, quando o médico já pode perceber se o bebê apresenta contrações constantes em algum músculo do corpo. Se ele suspeitar que elas indicam epilepsia, é pedido um exame de eletroencefalograma para analisar as descargas elétricas do cérebro e constatar se há de fato disfunção em algumas células.
O diagnóstico precoce aumenta muito as chances de cura, e o tratamento normalmente é feito à base de medicamentos. Só em casos em que a causa da epilepsia é conhecida e muito específica (como um tumor ou após um acidente que comprometeu a estrutura do cérebro) é possível fazer uma cirurgia para sanar o problema.
Se já se sabe que a criança é epilética, é importante que os pais avisem a coordenação da escola para que eles fiquem cientes de que o aluno pode apresentar algumas dificuldades. Cabe à coordenação comunicar aos professores para que eles sejam mais cuidadosos – especialmente em aulas de educação física, que exigem mais esforço do aluno e isso pode acarretar alguma crise – mas sem excluir as crianças de nenhuma brincadeira ou exercício.
Os problemas mais freqüentes da epilepsia são causados durante as crises, que podem durar vários segundos. Tuma explica que o cérebro aprende a ter a crise, então quanto mais crises a pessoa tem, maior é o risco de ela ter de novo. Uma maneira de evitá-las é seguindo o tratamento indicado pelo médico. Nesse tempo, como a pessoa perde o controle sobre o próprio corpo (ou parte dele), ela pode cair e se machucar. Em casos mais graves, pode até mesmo ocorrer a falta de oxigenação no cérebro, o que leva a convulsões e até a danos permanentes.
Durante uma crise, a única coisa que se pode fazer é garantir que a pessoa não se machuque. Se a criança “ausente”, verifique se ela está sentada, ou deitada de lado, para que não perca o equilíbrio e caia. Se a crise se manifesta como contrações involuntárias ou convulsões, deite a criança no chão de lado e abra espaço para ela não bater em nada. Não coloque nada na boca dela – nem os dedos, que podem ser mordidos, nem outros objetos que podem machucar a criança. É importante que ele fique deitado de lado porque assim que a crise termina todos os músculos relaxam. Nesse momento, se ele estiver deitado com a barriga para cima, a língua relaxada pode tampar a passagem de ar da garganta e impedir a pessoa de respirar.
A criança também pode vomitar devido à convulsão e, deitada de lado, ela não corre o risco de engasgar com o próprio vômito. Se você estiver sozinho com a criança durante uma crise, fique ao lado e espere a crise terminar. Só depois procurar por socorro.
Inúmeras pesquisas já comprovaram que o álcool prejudica a saúde da mãe e compromete o futuro do bebê. Por isso, fique atenta, pois, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade do Novo México, nos EUA, os fetos que são expostos a álcool têm maiores chances de desenvolver epilepsia.
Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após examinar o histórico familiar de 425 pessoas que sofrem da doença. Eles estabeleceram uma correlação entre fatores de risco - como a exposição ao álcool e às drogas durante a gravidez – e as ocorrências de epilepsia. (Fonte: Drielle Sá/Crescer)

9 comentários:

  1. Boa tarde! quem tem epilepsia pode comer chocolate?

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    1. Pode, desde que não seja em excesso, nem próximo a ingestão do medicamento pois, alimentos como chocolate e bebidas que contem cafeina interferem na absorção da medicção pelo organismo, vindo atrapalhar o tratamento

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    2. Sugiro a todas pessoas que tem dúvidas sobre epilepsia, ou parentes, que consultem fontes oficiais e participem de comunidades no face book que visa a troca de experinecias entre familiares e pessoas que tem epilepsia, para assim compreender melhor o que passa consigo ou seus familiares. Sugiro ABE-Associação Brasileira de Epilepsia, em várias capitais do Basil, no FaceBook. Grupos como o Quebra do Preconceito Pacientes e Familares. As causa
      da epilepsia são conhecidas, a ciencia já desvendou e não há mais mistério em torno da epilepsia nem é coisa sobrenatural.

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  2. presiso de ajuda meu marido tem convulsoes e toma gardenal mesmo assim da crises o queeu faco para diminuir

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  3. Olá.
    Entendo que seguir a recomendação da pessoa que fez o comentário acima é coisa de bom senso.
    Outra posição a ser adotada, imprescindivelmente, é procurar um especialista na área.
    Fazendo isto poderá ficar mais tranquila e saber como lidar com a situação.
    Um abraço.
    Joni

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  4. MEU MARIDO TEM EPILEPSIA E FICO MUITO PREOCUPADA COM ELE POIS ELE TRABALHA EM UM LOCAL COM FLUXO INTENSO DE CARROS EM ALTA VELOCIDADE. ES ELE PASSAR MAL E CAIR .GOSTARIA DE SABER SE ELE TEM DIREITO DE ENCOSTAR PELO INSS AO MENOS DURANTE SEU TRATAMENTO?

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  5. Meu filho tenhe epilepisia omedico diz que tenhe cirrugia e comfiavel?

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  6. Respostas
    1. Fiz cirurgia à cerca de 3 anos.ñ é só utilizada na epilepsia também é utilizada para Parkinson.fiz o implante do estimulador cerebral profundo DBS.não curou na totalidade mas já sabia mas melhorou muito.

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