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sábado, 24 de abril de 2010

RECIPROCIDADE

Valerie Kuhlmeier e Kristen Dunfield, pesquisadoras da Queen’s University, no Reino Unido, observaram em um estudo feito com bebês que estes conseguem identificar quando uma pessoa tenta ajudá-los com alguma tarefa e respondem de maneira positiva em ações posteriores.
“Essa foi a primeira vez que conseguimos demonstrar que as crianças muito jovens podem ser seletivas em suas ações”, diz Dunfield. “Antes disso já se sabia que as crianças procuravam ajudar outros indivíduos ao seu redor. Mas nesse caso, observamos que elas podem escolher a quem ajudar, ou seja, direcionam suas ações com mais ou menos afinco dependendo da pessoa próxima.”
Os experimentos envolviam pessoas desconhecidas que se prestavam a ajudar os bebês em ações simples, como pegar brinquedos que as crianças prestavam mais atenção e posicioná-los próximos a elas. Algumas vezes, o brinquedo era posicionado em alturas maiores e a pessoa que deveria ajudar demonstrava esforço, mas fingia não alcançar o brinquedo. Em uma terceira ação, os indivíduos que deviam ajudar ignoravam as crianças.
Em um segundo experimento, em que os indivíduos que participaram da primeira ação pediam ajuda aos bebês para que esses lhes estendessem um brinquedo, foi observado que em 75% dos casos as crianças mostravam um grande esforço para retribuir o favor. A “boa ação” era retribuída mesmo quando aqueles que ajudaram no primeiro experimento não haviam completado a ação. No caso daqueles que não haviam ajudado, as crianças também demonstravam ignorar seus pedidos.
Os pesquisadores afirmam que os bebês têm uma grande capacidade de retribuir favores e direcioná-los em retribuição às ações anteriores, o que demonstra uma complexidade do pensamento – incluindo atividades relacionadas com a memória e a atenção bastante desenvolvidas – que antes se pensava que só era desenvolvido em crianças mais velhas.
com informações da Queen’s University (Fonte: oqueeutenho.uol.com.br)

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