Pesquisadores do Departamento de Oftalmologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) desenvolveram corante intraocular a partir da antocianina, substância do açaí.
A patente do produto, com utilização em cirurgias na universidade (prevista para abril), já foi obtida. Cada frasco usado na operação custa de R$ 200 a R$ 500.
Os corantes são utilizados em cirurgias da retina e do vítreo (componente que preenche o olho, responsável pelo tônus ocular), para que seja possível visualizar membranas e tecidos transparentes na correção de doenças que acometem o fundo dos olhos.
“A procura pelo corante perfeito é antiga. O ideal é que ele seja o menos tóxico possível e não atinja o nervo ótico ou as células da retina, como esse [do açaí] parece ser. Achamos na flora brasileira um corante natural melhor do que os químicos”, disse ao jornal Folha de S.Paulo, Maurício Maia, professor da Unifesp que coordena o estudo.
Em andamento há um ano, a pesquisa realizou testes laboratoriais de pH, cor e adesão da antocianina às membranas e aos tecidos. O novo corante (roxo) mostrou grande capacidade de tingimento e tornou as membranas da retina mais visíveis, provando-se ainda eficaz na coloração do vítreo e da membrana limitante interna. (Fonte: Radis)
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