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quarta-feira, 31 de março de 2010

COMO LER RÓTULOS

Verifique o prazo de validade e o estado da embalagem: se estiver danificada , não a adquira.
O Prazo de Validade pode ser indicado de 2 formas: Consumir até (dia e mês): para produtos de fácil deterioração, como iogurtes ou queijo fresco; consumir de preferência antes de ou do fim de (dia e mês): para todos os alimentos. Quando a duração é superior a 18 meses, basta a indicação do ano.
Caso as embalagens de produtos congelados estejam úmidas ou apresentem cristais de gelo no interior, rejeite-as. Esta situação indicia que os produtos sofreram descongelação e que a rede de frio não foi mantida constante.
Respeite rigorosamente as condições de conservação e o modo de emprego ou utilização dos alimentos que dão esta indicação.
Leia cuidadosamente a informação nutricional do rótulo. Tenha sempre atenção à quantidade dos lipídios (ou gorduras). Dê preferência aos produtos com baixo teor em lipídios, sobretudo os saturados e colesterol.
Verifique a quantidade de sal (sódio). Para reduzir o seu consumo é importante não só diminuir a ingestão de produtos ricos neste elemento, mas também a quantidade de sal utilizada na preparação e confecção dos alimentos.
Opte pelos produtos com o maior conteúdo de fibras alimentares. Privilegie os alimentos que tenham carboidratos com menos quantidade de açúcares (Fonte: Patrícia Oliveira/Blog Nutritips/SIS.SAÚDE)

OBESIDADE, ESTRESSE, SEDENTARISMO.....

Pessoas que trabalham sentadas e têm uma ocupação de grande estresse correm mais risco de se tornarem obesas, segundo estudo da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. E, de acordo com os autores, nem uma dieta rica em frutas, verduras e legumes pode reverter os efeitos do estresse crônico no trabalho sobre o ganho de peso de pessoas sedentárias.
A análise de mais de 2,7 mil empregados de uma fábrica de Nova York indicou uma associação entre alta pressão no trabalho - com o medo das demissões e a falta de controle sobre as próprias atividades - e diversos problemas de saúde, incluindo doença cardiovascular, síndrome metabólica, depressão, exaustão, ansiedade e ganho de peso.
Os pesquisadores destacam que essa tendência pode ser aplicadas a diversas situações de trabalho, em qualquer lugar do mundo. “Ouvimos sempre a mesma história: após passar o dia sentado em reuniões estressantes ou em seus computadores, eles não podem esperar para chegar a suas casas e se jogarem em frente à TV”. E os especialistas destacam que o comportamento sedentário, aliado ao estresse crônico, tem forte ligação com o ganho de peso. (Fonte: Leandro Perché-Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

DECISÕES DIFÍCEIS

E AGORA?
Uma pesquisa que examinou os caminhos neurais no cérebro humano envolvidos no chamado "controle do status quo" concluiu que quanto mais complicado for o problema que enfrentamos, e mais difícil a decisão que tivermos que tomar, maior será a probabilidade de não agirmos.
O "controle do status quo" é uma tendência que os humanos parecem ter em direção ao conservadorismo, ou seja, para a manutenção da situação atual, em detrimento de ações que possam movê-los para uma situação diferente.
O que parece controverso é que esse viés conservador leva a uma quantidade de erros muito superior ao normal, o que agiria contrariamente a qualquer vantagem evolutiva.
O estudo, feito por cientistas da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, analisou o processo de tomada de decisão dos participantes ao mesmo tempo que eles tinham seus cérebros rastreados por um equipamento de ressonância magnética - a chamada ressonância magnética funcional, ou fMRI.
"Quando se deparam com uma decisão complexa, as pessoas tendem a aceitar o status quo. Daí o velho ditado 'Quando estiver em dúvida, não faça nada," explica o Dr. Stephen Fleming, coordenador da pesquisa.
"Quer se trate de mudar de casa ou de mudar o canal da TV, há uma tendência considerável para permanecer na situação atual e optar por não tomar qualquer ação, e nós queríamos explorar este viés para a inação e analisar as regiões do cérebro envolvidas," diz Fleming.
No experimento, os participantes apertavam uma tecla para ver na tela do computador lances de uma partida de tênis, devendo decidir se a bola havia batido dentro ou fora da quadra. Mas, a cada lance, eles viam uma decisão default, a qual eles deviam confirmar ou rejeitar.
Os participantes precisavam apenas continuar pressionando a tecla para validar a opção default mostrada pelo computador. Para discordar, eles tinham que soltar a tecla e apertar uma outra.
Os resultados mostraram uma tendência consistente para validar a decisão padrão mostrada pelo computador, o que levou a vários erros de decisão.
Conforme os lances ficavam mais difíceis, o viés para aceitar o padrão tornou-se ainda mais pronunciado e o número de erros maior.
As imagens do cérebro geradas pela ressonância magnética funcional mostraram que uma região do cérebro conhecida como núcleo subtalâmico (STN) foi mais ativa nos casos em que o padrão foi rejeitado.
Além disso, um maior fluxo de informação foi observado saindo de uma outra região sensível às dificuldades (o córtex pré-frontal) em direção ao STN. Isso indica que o STN desempenha um papel fundamental na superação do viés do status quo quando a decisão é muito difícil.
"É interessante notar que os tratamentos atuais da doença de Parkinson, como a estimulação cerebral profunda (DBS) funcionam interrompendo o núcleo subtalâmico para amenizar a dificuldade de iniciar ações. Este é um exemplo de como o conhecimento sobre os mecanismos de uma doença podem reforçar nosso conhecimento da tomada de decisão normal e vice-versa," diz o pesquisador.
"Este estudo observou uma decisão perceptual muito simples e há obviamente outros fatores importantes, como os desejos e os objetivos que influenciam as decisões de agir ou não agir. Então, seria interessante investigar como essas regiões respondem quando os valores e as necessidades entram em jogo," concluiu ele. (Fonte: Diário da Saúde/SIS.SAÚDE)

IMERSÃO EM ÁGUA FRIA

TERAPIA?
A imersão em água fria é uma intervenção popular para a recuperação após exercício. A razão científica não é conhecida e não existem diretrizes claras para o uso.
O periódico British Journal of Sports Medicine publicou uma revisão de 16 estudos, realizada por pesquisadores da Universidade de Ulster (Reino Unido), que avaliou o efeito fisiológico e bioquímico de curtos períodos de imersão em água fria. O tamanho da amostra foi restrito e houve um amplo grau de heterogeneidade entre os estudos.
Nos achados da pesquisa, a imersão em água fria foi associada a aumento na frequência cardíaca, na pressão arterial, na frequência respiratória e no metabolismo. Houve decréscimo pressão parcial de dióxido de carbono e no fluxo cerebral. Foram encontradas evidências de aumento na concentração periférica de catecolaminas, de elevação do estresse oxidativo e de um possível aumento na formação de espécies de radicais livres. A magnitude destas respostas foi atenuada pela aclimatação.
Portanto, a imersão em água fria induz alterações fisiológicas e bioquímicas no corpo. Grande parte desta evidência é derivada de estudos com imersão de corpo inteiro, envolvendo indivíduos hígidos. A explicação fisiológica e bioquímica para o uso de curtos períodos de imersão em água fria para a recuperação em esportes permanece obscura. (Fonte: British Journal of Sports Medicine, Volume 44, 2010, Pages 179-187-Bibliomed/SIS.SAÚDE)

CIGARROS PARA MENINAS?

O Camel nº 9 foi lançado e divulgado, em 2007, em revistas femininas dos Estados Unidos -onde se permite a propaganda de tabaco: os cigarros vendidos nesta embalagem são finos, delicados. Alguns trazem como brinde batons com sabor de morango e joias para celular.
Cigarro para meninas? Segundo o fabricante, R. J. Reynolds, não. O alvo eram mulheres adultas, declarou a companhia em comunicado. A campanha, no entanto, atingiu as adolescentes americanas, como mostra uma pesquisa publicada neste mês na revista "Pediatrics".
O estudo acompanhou 1.036 crianças que tinham de dez a 13 anos em 2003. Uma vez por ano, até 2008, elas responderam questões como "qual seu anúncio de cigarro favorito?".
A proporção de meninos que citavam alguma marca não mudou no período. A de meninas, porém, pulou de 34% para 44% no último ano da pesquisa -em 2008, exatamente após o lançamento do Camel nº 9.
"É uma evidência definitiva de que [os fabricantes do cigarro] violaram o acordo", diz John Pierce, autor do estudo, citando acordo de 1998 em que a indústria do tabaco se comprometia a não direcionar suas propagandas a adolescentes.
Na época do lançamento do produto, houve protestos de associações anticigarro e a campanha da marca foi interrompida. Mas a polêmica deu ainda mais evidência ao produto.
O estudo vem à tona na semana em que a FDA (agência americana que regula remédios e alimentos) aprovou uma regra que proíbe a venda de cigarros para menores de 18 anos e aumenta as restrições de anúncios de produtos de tabaco. (Fonte:Tarso Araujo-Folha online/SIS.SAÚDE)

GENE PATENTEADO

Pela primeira vez nos Estados Unidos, um juiz disse explicitamente em uma sentença que os genes humanos são produto da natureza e, por isso, não podem ser patenteados. O caso ocorreu por causa de um tipo de exame registrado por uma empresa particular.
Lisbeth Meriani, do estado de Massachusetts, nos EUA, é uma das pessoas que precisa usar esse exame. Ela teve que retirar os dois seios por causa de um câncer e agora precisa fazer um teste pra saber se conseguiu vencer a doença. O teste custa 3 mil dólares (quase 5 mil e quatrocentos reais) e só é fornecido por uma empresa: a Myriad Genetics, que investiu milhões de dólares em pesquisa e patenteou a descrição e o isolamento do gene humano que, modificado, pode desencadear o câncer - tanto no seio como no ovário. Mas Lisbeth, assim como várias outras mulheres pelo país não tem como pagar pelo exame.
A Associação de Defesa das Liberdades Civis entrou na justiça em maio do ano passado contra a empresa que desenvolveu o teste para tentar quebrar o monopólio e baixar os preços dos exames.
Nesta semana, um juiz do Tribunal Federal de Nova York decidiu pela anulação da patente, dizendo que "o DNA registrado pela empresa não é diferente do DNA natural", encontrado em todos os seres humanos.
A decisão reacende uma discussão: quem deve, afinal, financiar as pesquisas genéticas em seres humanos? Empresas comerciais ou o Estado?
A empresa americana diz que só consegue desenvolver novos testes e remédios com o dinheiro da venda de seus produtos patenteados.
Já a representante da Associação de Defesa das Liberdades Civis nos Estados Unidos diz que esse tipo de pesquisa deve ser feita pelas universidades públicas.
Para a geneticista Mayana Zatz, uma das principais pesquisadoras do Brasil nesse campo, a decisão da justiça dos EUA é importante para pacientes e cientistas do mundo todo, que terão acesso livre ao que já foi descoberto. Ela falou também sobre a questão do financiamento.
"Eu acho que existe muita pesquisa ainda que é por parte do estado e que visa somente o avanço da ciência e o benefício do paciente, da saúde pública, e existe a pesquisa onde você vai gerar produtos. Nesse sentido, a iniciativa privada tem interesse em investir e, dependendo do caso, é justo pedir uma patente, mas não quando você está descobrindo mutações naturais, que não tem aí nenhuma criação, mas simplesmente a descoberta de uma coisa que já existe nos nossos genes", afirmou. (Fonte: G1)

terça-feira, 30 de março de 2010

DROGAS PSICOTRÓPICAS

O termo droga tem origem na palavra droog (holandês antigo) que significa folha seca (isto porque antigamente todos os medicamentos eram feitos à base de vegetais). Atualmente, a medicina define droga como qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou de comportamento.
A palavra psicotrópico se relaciona com o termo tropismo, que significa ter atração por. Então, drogas psicotrópicas são aquelas que atuam sobre nosso cérebro, alterando de alguma maneira nosso psiquismo.
Há diferentes formas de classificação das drogas (susbstâncias psicotrópicas ou psicoativas), a saber:
 Ponto de vista legal
Lícitas: aquelas comercializadas legalmente, podendo a venda ter ou não alguma restrição, como por exemplos, obrigatoriedade de receita médica (alguns medicamentos) ou venda exclusiva para maiores de 18 anos (álcool e tabaco);
Ilícitas: proibida a comercialização. Exemplos: maconha e alucinógenos
 Ponto de vista didático
 (acerca da atuação sobre a atividade mental e comportamental de seu consumidor)
- Depressoras do Sistema Nervoso Central (álcool, barbitúricos, benzodiazepínicos, opióides/morfina,heroína,codeína, solventes e inalantes);
- Estimulantes do Sistema Nervoso Central (anfetaminas, cocaína);
- Perturbadoras do Sistema Nervoso Central : maconha e alucinógenos (origem vegetal: THC/maconha, Mescalina/cactos mexicanos, Lírio/trombeteira, Psilocibina/ certos cogumelos; origem sintética: LSD, ecstasy, anticolinérgicos) 
 Outras drogas
(não podem ser classificadas únicamente em uma das categorias já citadas)
- Tabaco, cafeína, esteróides anabolizantes
(Fontes: Livretos informativos s/drogas psicotrópicas/CEBRID-SENAD)

segunda-feira, 29 de março de 2010

CÂNCER DE MAMA: NOVO TRATAMENTO

RADIOTERAPIA TRADICIONAL
Um tratamento pioneiro para o câncer de mama, que permite reduzir a radioterapia a uma sessão de meia hora, está dando bons resultados nos testes com pacientes, indicam médicos do University College de Londres.
O tratamento, utilizado após a extração do tumor em casos nos quais o câncer não está em fase avançada, mata as células cancerígenas que podem ficar com uma emissão concentrada de radiação.
Atualmente, as mulheres com câncer de mama se submetem a cinco sessões de radioterapia que duram por volta de seis semanas depois da cirurgia, que conserva a maior parte do peito, ao contrário da mastectomia.
Os médicos confiam que, assim que forem publicados os resultados dos testes no final deste ano, seja possível oferecer um só tratamento de radiação (conhecido pela sigla em inglês como IORT). É o que ressalta a equipe de pesquisadores liderada pelo oncologista Michael Baum, cujos estudos são publicados nesta segunda-feira (29) pelo jornal "The Times".
O procedimento consiste na introdução de um aparelho esférico - do tamanho de uma bola de gude - na área onde estava o tumor, por meio da incisão criada durante a operação. O aparelho propaga uma dose constante de radiação ao redor do leito tumoral, de acordo com os médicos.
Segundo o "The Times", os resultados do teste, que levou dez anos, serão apresentados em junho na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica em Chicago (EUA).
Os pesquisadores esperam mostrar que o IORT é seguro e efetivo como as sessões convencionais de radioterapia. Até o momento, na terceira fase dos testes clínicos participaram 77 pacientes no Reino Unido, Alemanha e Austrália. Dessas mulheres, apenas duas - de idade média de 66 anos - voltaram a ter câncer de mama no mesmo local.
O oncologista afirmou que o aparelho custa em torno de 300 mil libras (mais de R$ 800 mil) e é portátil. Por isso, seu acesso pode ser oferecido a mulheres que vivem longe das unidades de radioterapia, sobretudo no mundo em desenvolvimento. (Fonte: G1-Ciência e Saúde)

OBESIDADE INFANTIL PREOCUPANTE

A proibição de alimentos calóricos à disposição de alunos nos ambientes escolares poderia ajudar a reduzir os problemas relativos à obesidade na infância, diz um estudo feito pela Universidade Estadual de São Francisco, EUA, e publicado no periódico Health Affairs.
“Essa pesquisa trouxe à tona resultados bastante claros de como a obesidade infantil pode ser combatida a partir de políticas públicas conscientes”, diz Emma Sanchez-Vaznaugh, pesquisadora que colaborou com a pesquisa.
A obesidade infantil tem aumentado assustadoramente em todo o mundo. Só nos EUA os números triplicaram nas últimas três décadas. Hoje em dia, uma em cada três crianças americanas tem sobrepeso ou sofre de obesidade.
Para o estudo, os pesquisadores usaram dados sobre o Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças. Os números foram colhidos durante oito anos como parte de um estudo amplo feito anualmente na Califórnia. Os resultados da análise da pesquisa americana mostraram como a taxa de sobrepeso estava aumentando em todos os subgrupos de estudantes do ensino médio. Entretanto, após três anos da vigência de uma lei aprovada em alguns Estados brasileiros, esses problemas diminuíram significativamente. A única exceção foi quanto às adolescentes do sexo feminino nos primeiros anos do ensino médio, cujas médias só se equilibraram nos anos seguintes. Mas isso poderia ser explicado pelo desenvolvimento natural do corpo feminino nessa idade.
“Mesmo sabendo que as políticas públicas não influenciam diretamente o comportamento dos estudantes, nosso estudo mostrou que é possível criar um ambiente onde os estudantes tenham a chance de aprender a fazer escolhas alimentares e isso pode, de alguma forma, moldar seus comportamentos alimentares futuros. A partir disso seria possível influenciar as tendências de hábitos alimentares em toda a população estudantil”, explica Sanchez-Vaznaugh.
Mas a pesquisadora diz que é necessário observar o entorno das escolas, onde bares e pequenos mercados podem continuar vendendo alimentos pouco saudáveis e com custos menores – o que é problemático, especialmente em bairros mais carentes, caso as cantinas escolares não ofereçam opções econômicas de alimentos – além de enfatizar que é necessário que as escolas também contribuam com um ambiente que facilite a prática de atividades físicas.
No Brasil, é interessante observar que foi rejeitado ano passado, em São Paulo, um projeto de lei que proibia a venda de alimentos inadequados para os estudantes, e que fossem à base de açúcar e gordura saturada. Entre as proibições estariam os refrigerantes, salgadinhos fritos e guloseimas calóricas. Iniciativas similares estão em andamento atualmente no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, mas seguem indefinidas.
(Fonte: O que eu tenho? com informações da San Francisco State University/SIS.SAÚDE)

COMIDA-DROGA

O mecanismo molecular que leva indivíduos ao vício em drogas é o mesmo que está por trás da compulsão pela comida, de acordo com um novo estudo realizado por cientistas norte-americanos.
Os resultados fornecem uma explicação científica para algo que é verificado na prática por pacientes obesos há muito tempo: assim como ocorre com a dependência em outras substâncias, largar o vício por comida não saudável é algo extremamente difícil.
A pesquisa, coordenada por Paul Kenny do Instituto de Pesquisa Scripps, na Flórida (Estados Unidos), foi publicada no último domingo (28/3) na edição on-line da revista Nature Neuroscience e em breve será veiculada na versão impressa.
Os resultados do estudo já haviam sido divulgados de forma preliminar em uma reunião da Sociedade de Neurociências, em Chicago, em outubro de 2009. Mas o artigo vai mais longe, demonstrando pela primeira vez com clareza, em modelos animais, que o desenvolvimento da obesidade coincide com a deterioração progressiva do equilíbrio químico em circuitos de recompensa do cérebro. Conforme esses centros de prazer do cérebro se tornavam cada vez menos sensíveis, os ratos utilizados no experimento desenvolviam rapidamente o hábito de comer compulsivamente, consumindo quantidades maiores de alimentos com altos teores de calorias e gordura, até se tornarem obesos.
As mesmas mudanças ocorreram nos cérebros dos ratos que consumiram grande quantidade de cocaína ou heroína. Os cientistas acreditam que esse mecanismo tem um papel importante no desenvolvimento do uso compulsivo de drogas.
De acordo com Kenny, o estudo, que levou três anos para ser concluído, confirma as propriedades “viciantes” da comida junk – alimentos não saudáveis com muitas calorias e muita gordura. “Ao contrário do resumo divulgado de forma preliminar, esse novo estudo explica o que ocorre no cérebro desses animais quando eles têm acesso fácil a altos teores de calorias e gordura. A pesquisa apresentou as evidências mais completas e convincentes de que a dependência de drogas e a obesidade têm base nos mesmos mecanismos neurobiológicos subjacentes”, afirmou Kenny.
Segundo ele, os animais continuaram a comer compulsivamente, mesmo quando recebiam choques elétricos. “Isso mostra como eles estavam motivados a consumir o alimento saboroso”, disse.
Os pesquisadores alimentaram os ratos com uma dieta modelada a partir do típico cardápio que contribui para a obesidade humana – com calorias de fácil obtenção e alta gordura –, como salsichas, bacon e cheese-cake. Logo após o início dos experimentos, os animais começaram a comer em grande quantidade.
“Eles procuraram sistematicamente o pior tipo de comida. O resultado é que eles ingeriram o dobro das calorias dos ratos do grupo de controle. Quando removemos a comida junk e tentamos colocá-los em uma dieta mais balanceada, eles simplesmente se recusavam a comer”, disse Kenny.
A modificação na preferência dos ratos em relação à dieta foi tão grande que os animais passaram fome por duas semanas depois que a comida junk foi cortada. Os animais que apresentaram um colapso nos circuitos cerebrais de recompensa foram justamente aqueles que mudaram a dieta mais profundamente, buscando a comida mais saborosa e menos saudável. “Esses mesmos ratos também foram os que se mantiveram comendo, mesmo quando levavam choques elétricos”, disse o cientista.
De acordo com Kenny, o mecanismo do vício é bastante simples. As vias de recompensa no cérebro foram tão superestimuladas que o sistema basicamente começa a ser “ligado” espontaneamente, adaptando-se à nova realidade do vício – seja ele a cocaína ou o bolo de chocolate. “O corpo se adapta notavelmente bem à mudança. E esse é o problema. Quando o animal superestimula os centros de prazer de seu cérebro com comida altamente saborosa, os sistemas se adaptam a isso, diminuindo sua atividade. No entanto, nesse momento o animal requer constante estimulação pela comida saborosa a fim de evitar a entrada em um estado persistente de recompensa negativa”, explicou.
Depois de mostrar que os ratos obesos tinham, em relação à comida, um comportamento claramente semelhante ao do vício em drogas, Kenny e sua equipe investigaram o mecanismo molecular subjacente que explica a modificação. Eles se concentraram em um receptor específico no cérebro, conhecido por ter um importante papel na vulnerabilidade à dependência química e à obesidade – o receptor de dopamina D2.
Esse receptor responde à dopamina, um neurotransmissor que é liberado no cérebro por experiências de prazer, como comida, sexo ou drogas como a cocaína. No caso do abuso de cocaína, por exemplo, a droga altera o fluxo de dopamina bloqueando sua recuperação, inundando o cérebro e superestimulando os receptores. Isso leva eventualmente a mudanças físicas na maneira como o cérebro responde à droga.
O estudo mostra que o mesmo processo ocorre quando o indivíduo está viciado em comida junk. “Essa descoberta confirma o que muita gente suspeitava: o consumo exagerado de comida muito saborosa é um gatilho para uma resposta neuroadaptativa, semelhante ao vício, nos circuitos de recompensa do cérebro. Isso leva ao desenvolvimento de uma obesidade e à dependência de drogas”, afirmou.
O artigo Dopamine D2 receptors in addiction-like reward dysfunction and compulsive eating in obese rats (doi:10.1038/nn.2519), de Paul Johnson e Paul Kenny e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Neuroscience em www.nature.com/neuro. (Fonte: SIS.SAÚDE)

ACNE e HIV

Um antibiótico usado há mais de 30 anos para o tratamento de acne pode ajudar a tratar a infecção pelo HIV, vírus da aids, segundo pesquisadores da Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos. Em artigo que será publicado na edição de abril do Journal of Infectious Diseases, os especialistas afirmam terem descoberto que a minociclina afeta as células imunológicas infectadas.                  
Em testes em laboratório, os cientistas observaram que o antibiótico ajuda a função imunológica, auxiliando os mecanismos celulares que ajudam a evitar que o vírus seja reativado. Segundo os pesquisadores, a droga tem o potencial de melhorar o atual regime de tratamento de pacientes soropositivos - um coquetel de medicamentos conhecido como terapia antiretroviral altamente ativa (HAART). “O grande desafio que os médicos enfrentam agora quando tratam pacientes com HIV é manter o vírus preso em um estado dormente”, destacou a cientista Janice Clements "Enquanto a HAART é realmente eficaz em evitar a replicação ativa, a minociclina é outra arma de defesa contra o vírus”, concluiu. (Fonte: Leandro Perché/Boa Saúde/SIS.SAÚDE)

TRATAMENTO PARA DEPENDENTES DE DROGAS - Quem viver...verá?

O governo brasileiro deve finalizar em alguns meses um plano de ações voltadas para um tratamento mais específico de dependentes de drogas, em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), disse o representante do Unodc para o Brasil e o Cone Sul, Bo Mathiasen.
Ele comentou, em entrevista à Agência Brasil, detalhes de uma reunião com o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, realizada na última quarta-feira (24). Segundo Mathiasen, o Unodc e a OMS propuseram ao Brasil uma parceria na difusão de um programa global de atendimento e acompanhamento de dependentes de álcool e outras drogas.
O representante do Unodc revelou que a estratégia é fortalecer o sistema de tratamento de dependentes considerados problemáticos – pessoas que já apresentam um perfil crônico de dependência da droga. No Brasil, o foco serão os centros de Atendimento Psicossociais (Caps), além da capacitação e o treinamento de profissionais de saúde. Há ainda a possibilidade de uma cooperação internacional, com objetivo de levar o trabalho brasileiro para outros países.
De acordo com Mathiesen, Temporão manifestou preocupação com a falta de ações na área de consumo de cocaína e derivados – em especial, o crack. Funcionários do ministério, do Unodc e da OMS já traçaram um esboço do plano de ações. O documento deve ser apresentado oficialmente ao ministro na próxima semana.
“Sendo prioridade, é uma questão de poucos meses [para que o plano fique pronto]”, disse Mathiesen. “O foco são as políticas de tratamento do dependente químico problemático que deveriam ser muito mais voltadas para a saúde da pessoa e os direitos humanos. Uma ótica de acolher e ajudar e não de punir”, completou.
De acordo com o Unodc, o perfil da maioria dos usuários problemáticos de drogas incluiu pessoas que já sofreram abandono, violência doméstica, abuso sexual e exclusão familiar. As drogas, segundo Mathiesen, surgem nesse cenário como uma forma de recompor tais frustrações. “O mundo já reconhece que as pessoas [viciadas em drogas] não deveriam receber nenhum tipo de punição, mas acolhimento e tratamento”, afirmou. (Fonte: Agência Brasil/SIS/SAÚDE)

domingo, 28 de março de 2010

CHUMBO e TDAH

TDAH ou transtorno de déficit de atenção e hiperatividade está entre os distúrbios de comportamento mais custosos. A combinação da falta de atenção, impulsividade e hiperatividade pode levar a acidentes, insucesso escolar, abuso de substância, comportamento antissocial, entre outros.
Apesar de ser estudado há quase 100 anos, as causas do distúrbio ainda são desconhecidas. Muitas das pesquisas atuais sobre TDAH têm focado sobre a hereditariedade da doença, que é responsável por cerca de 70% da hiperatividade e falta de atenção da criança. Os 30% continuam sem explicação e recentemente o foco mudou para o ambiente.
O chumbo é uma neurotoxina e há muito tempo conhecido. A regulação governamental reduziu a quantidade de chumbo liberada para o ambiente, mas apenas regulamentar o combustível de automóveis e a tinta não eliminou completamente o chumbo do ambiente. Ele é encontrado em quantidades imperceptíveis nas roupas das crianças, nos doces importados, no solo e na água que elas bebem.
Hoje, todos os americanos estão expostos a baixos níveis do metal e quase todas as crianças possuem níveis mensuráveis do metal em seu organismo.
De acordo com o cientista Joel Nigg, do Oregon Health & Science University, essa exposição universal a baixos níveis de chumbo o torna um candidato ideal para ser um fator desencadeante do distúrbio. Isto era uma teoria até há pouco tempo, mas dois estudos recentes fornecem evidências fortes.
O primeiro estudo comparou crianças diagnosticadas com TDAH e crianças de controle, e descobriu que as crianças com a desordem possuíam níveis de chumbo no sangue levemente superiores. Este estudo mostrou uma ligação entre os níveis de chumbo no sangue e sintomas de hiperatividade e impulsividade apenas.
Um segundo estudo mostrou uma relação forte entre níveis de chumbo no sangue e problemas de hiperatividade e atenção.
Em ambos os estudos, a conexão era independente de QI, renda familiar, raça ou uso de tabaco pela mãe durante a gravidez.
Dr. Nigg fornece um modelo causal para os sintomas associados com TDAH: o chumbo se liga a locais no estriato e córtex frontal do cérebro, ativando ou desativando os genes nessas regiões. Ao desorganizar a atividade cerebral, a toxina por sua vez altera o processo psicológico suportado por esses neurônios, em especial o controle cognitivo. Finalmente, o controle cognitivo diminuído contribui para hiperatividade e falta de atenção. (Fonte: Emedix)

CÓLICAS NOS BEBÊS

Pesquisadores da University of Texas Health Science Center at Houston afirmam terem identificado um organismo que pode desencadear a cólica nos bebês - a bactéria Klebsiella, que pode ser encontrada na boca, pele e intestinos.
No estudo com 36 bebês, metade dos quais tinha cólica e apresentava a bactéria e inflamação no intestino.
Segundo J. Marc Rhoads, M.D., professor de pediatria na University of Texas Medical School at Houston, não existe um tratamento baseado em evidências para a cólica do bebê.
"Acreditamos que a bactéria possa estar desencadeando uma reação inflamatória, causando a inflamação do intestino", diz Rhoads, principal pesquisador do estudo. Os bebês do estudo foram alimentados com leite materno e/ou leite em pó. Estudos anteriores não apresentaram dados significativos que suportassem a teoria de que a amamentar com leite materno proteja a criança das cólicas.
A cólica é definida como um choro forte e inexplicável em recém-nascidos saudáveis. Ocorre normalmente em crianças com menos de três meses e dura mais de três horas ao dia por pelo menos três dias da semana.
"A cólica é uma condição muito comum e afeta cerca de 15% das crianças saudáveis. Mais de a metade dos óbitos de crianças recém-nascidas recai na categoria de cólicas. Poderemos prevenir essas mortes se pudermos encontrar um tratamento, disse Rhoad." No momento, os pediatras receitam leite em pó hipoalergênicos na tentativa de tratar a cólica, mas nada foi provado como sendo um tratamento efetivo para a condição.
"Durante estudo, também constatamos que os bebês que não tinham cólica tinham maior variedade de bactérias em seus intestinos. A presença de mais bactérias pode indicar que espécies específicas de bactéria (filotipos) são benéficas aos humanos", disse Rhoads.
Um estudo maior é necessário para examinar a Klebsiella e o uso de probióticos, que é um suplemento dietético produzido com bactérias boas, para controlar a inflamação no intestino. Antes que isso ocorra, será realizado um estudos com 40 adultos saudáveis para examinar a segurança dos probióticos.Journal of Pediatrics, 23/07/2009 (Fonte: Emedix)

sábado, 27 de março de 2010

DRA. NORA VOLKOW

Neurocientista e psiquiatra Nora Volkow
Primeira mulher a dirigir o Nida  (instituto nacional dos EUA para o abuso de drogas), 
e pioneira no uso de tomografia para estudar vício em droga
Publicou mais de 400 artigos, mostrando que a dopamina tem um papel fundamental em todas as dependências -das drogas ilícitas ao vício em jogos ou compulsão alimentar- e reforçando a ideia de que a dependência é uma doença crônica, que deve ser tratada como tal.
Volkow nasceu no México, na mesma casa em que seu bisavô, o revolucionário russo Leon Trotsky, foi assassinado. Na última quarta-feira (24), esteve em São Paulo, onde realizou uma palestra na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). Leia a seguir trechos da entrevista que a cientista concedeu à Folha.
FOLHA - Como a sra. define a dependência?
NORA VOLKOW - É uma doença crônica e reincidente, que envolve mudanças no cérebro que levam ao consumo compulsivo de drogas apesar de suas consequências devastadoras. A decisão inicial de usar uma droga é voluntária, mas seu uso crônico pode precipitar mudanças cerebrais que comprometem os sistemas de recompensa, motivação e mesmo o livre-arbítrio.
FOLHA - Qual a diferença entre os mecanismos que levam ao vício em drogas e os que levam a outras dependências, como jogo compulsivo?
VOLKOW - Temos evidências de que os mecanismos cerebrais de dependências comportamentais, como jogo compulsivo, são similares aos produzidos por drogas. As substâncias psicoativas interferem nos mecanismos de recompensa, controlados pelo neurotransmissor dopamina. A maioria das drogas aumenta exageradamente a produção de dopamina, o que sobrecarrega o sistema de motivação e afeta circuitos cerebrais como a memória, a tomada de decisões e a motivação. O jogo compulsivo interfere nos mesmos circuitos cerebrais.
FOLHA - O que as tomografias nos contam sobre a dependência?
VOLKOW - Poder monitorar o cérebro em atividade nos permitiu realmente "ver" as mudanças associadas à dependência e seu risco. As tecnologias de imagem são instrumentos poderosos para combater o estigma, ainda muito difundido, de que abandonar o vício é uma questão de vontade. Demonstrar que [a dependência] é uma doença pode levar a uma enorme mudança na visão que médicos, políticos, o público em geral e muitos cientistas têm do vício e do dependente.
FOLHA - São essas evidências que levam a sra. a defender que o dependente não seja criminalizado?
VOLKOW - Não é meu papel dizer à sociedade como lidar com o status legal desses indivíduos, mas posso usar o conhecimento que tenho para informar os responsáveis pelas políticas públicas que a dependência é um distúrbio médico e que os tratamentos para ela funcionam. Pesquisas mostram que tratamentos feitos dentro do sistema prisional reduzem o abuso de drogas e a volta à prisão, o que pode ser uma forma de acabar com o círculo vicioso de abuso de droga e problemas com a justiça criminal.
FOLHA - E qual é sua opinião sobre a descriminalização da maconha?
VOLKOW - Tenho de me ater aos fatos. Não sabemos exatamente o que aconteceria nessas circunstâncias, mas sabemos que, quando uma droga se torna mais disponível, o uso cresce. É o que acontece com o tabaco e o álcool.
FOLHA - Quais são os melhores tratamentos disponíveis?
VOLKOW - Os mais eficazes envolvem o uso personalizado de medicamentos e terapias comportamentais. Em particular, a dependência a opiáceos pode ser tratada com bastante sucesso. Para as dependências severas, necessitamos de um sistema de cuidados crônicos, com a consciência de que recaídas são comuns e devem ser rapidamente tratadas.
FOLHA - E quais são as perspectivas de novos tratamentos?
VOLKOW - Graças à ciência básica, particularmente na área de genética, estamos identificando novos alvos para os medicamentos. Outra abordagem é o uso de medicamentos aprovados para outros usos, mas que podem ser úteis para tratar dependência. As técnicas de imagem cerebral também estão abrindo novas oportunidades terapêuticas. Por exemplo, uma técnica chamada neurofeedback pode permitir que a pessoa freie voluntariamente áreas específicas do cérebro para controlar a compulsão. (Fonte: Iara Biderman/Folha de S.Paulo/OBID)

VÍCIO EM SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS

Dra. Nora Volkow
A neurocientista e psiquiatra Nora Volkow, 53, foi a primeira mulher a assumir a direção do Nida (instituto nacional dos EUA para o abuso de drogas), em 2003. Eleita pela revista "Time" uma das cem pessoas mais influentes do mundo, foi pioneira no uso da tomografia para investigar o efeito das drogas.


Uma das maiores especialistas em drogas da atualidade esteve em São Paulo na última quarta-feira (24) e foi enfática ao caracterizar a dependência de substâncias químicas como a cocaína, o cigarro e a bebida: “a dependência é uma doença crônica no cérebro humano.”
Nora Volkow, diretora do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (Nida) dos EUA, afirma que o vício em substâncias químicas afeta uma região do cérebro chamada córtex orbitofrontal, responsável pela tomada de decisões. “Essas pessoas perdem o livre arbítrio para dizer ‘não”.
A médica, que estuda nos EUA como a dependência química pode alterar as funções cerebrais, deu uma palestra para cerca de 400 profissionais da saúde na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Segundo Nora, há muitas pessoas que julgam os dependentes como pessoas moralmente fracas, e ignoram que elas perderam o controle de suas ações. “Se você está dirigindo um veículo e tenta não atropelar um gato, o freio pode falhar e você não consegue fazer o que quer. É difícil fazer as pessoas acreditarem algo semelhante ocorre com as drogas”, afirma. “Mesmo quando a pessoa tem a melhor das intenções de não tomar a droga, ela perde a cabeça, o ‘freio’ do cérebro não funciona.” 
De acordo com a especialista, os jovens correm um risco maior de se tornar dependentes químicos. “Na infância e na adolescência, o cérebro é muito plástico [fácil de ser ‘modelado’]. isso é bom para o aprendizado, mas ao mesmo tempo ajuda a pessoa a se tornar dependente de drogas.”
Nora aponta que correm mais riscos aqueles que têm predisposição genética para a dependência ou os que vivem sob condições estressantes, como os que não se dão bem com os pais ou com os amigos. Por isso, segundo ela, um dos métodos que funcionam melhor para a prevenção são os programas que estimulam a auto-estima dos adolescentes, como a prática de esportes. 
A diretora do Nida, que é psiquiatra, defende também maior uso de medicamentos para o controle da dependência. Segundo ela, os remédios conseguem ajudar as pessoas a romper o ciclo vicioso que as leva usarem drogas compulsivamente.
“Assim como a hipertensão, a dependência de drogas é crônica e exige cuidado contínuo. Entre os tratamentos que funcionaram bem estão os que foram levados a cabo por cinco anos, e não um ou três meses”, diz.
O psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Unifesp concorda com a médica. “Se você parte do princípio que o cérebro está com problemas, uma abordagem apenas psicológica pode deixar a desejar.” 
Segundo Nora, um dos fatores que leva ao vício é o acesso livre às drogas, e por isso ela é contra a legalização. “Hoje os maiores vícios que temos são álcool e nicotina, não porque são as drogas que causam mais dependência, mas porque são as mais disponíveis. Não é uma questão ideológica. É uma questão epidemiológica.”
Ao mesmo tempo, a psiquiatra diz ser contra encarar o dependente como um criminoso. Ela defende que o estado ofereça tratamento e ao mesmo tempo penalize quem não se submete a ele. “Nos Estados Unidos, médicos dependentes que não seguem o tratamento perdem sua licença para trabalhar”, conta. (Fonte: G1/ABEAD)

LEI SECA e FISCALIZAÇÃO

Para o presidente da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead), o psiquiatra gaúcho Carlos Salgado, a Lei Seca não fracassou, mas precisa que as barreiras de fiscalização sejam retomadas para voltar a ser respeitada como no início, em 2008. A seguir, trechos da entrevista:
Zero Hora – Segundo a pesquisa divulgada ontem, 51% dos que beberam em bares da Capital admitiram dirigir. Ao mesmo tempo, 63% se disseram favoráveis à Lei Seca. Como se explica isso?
Carlos Salgado – A relação com o álcool, assim como acontece com o tabaco, é marcada pela ambivalência. As pessoas sabem que faz mal, que podem se acidentar ou até desenvolver uma cirrose, mas, ao mesmo tempo, dizem que dá prazer, que precisam beber para se divertir. É essa ambivalência que está por trás disso.
ZH – Por que as campanhas de conscientização e mesmo a Lei Seca não conseguem pôr um fim ao problema?
Salgado – Muitas campanhas são apenas jogos de palavras e são limitadas. O que precisamos são programas bem estruturados e completos. A fiscalização é a chave de tudo. Na Europa é assim, e as pessoas sabem até onde vão os limites.
ZH – O senhor considera a Lei Seca um fracasso?
Salgado – A Lei Seca é excelente e tem apoio da comunidade. O erro foi parar a fiscalização. No início, quando as barreiras eram comuns e rigorosas, foi um sucesso. Até os índices de acidentes caíram. E é uma medida simples. Basta haver vontade política e investimento. Mesmo sendo caro, vale mais gastar em prevenção do que arcar com os custos dos acidentes. Quando as blitze voltarem a ser sistemáticas, as pessoas vão mudar de comportamento. (Fonte Zero Hora/ABEAD)

LEI SECA

A Lei Seca, que entrou em vigor em junho de 2008, tinha a pretensão de criar novo comportamento entre os motoristas brasileiros: longe do álcool e menos vulneráveis aos riscos de acidentes. De início, a percepção foi de uma mudança drástica na atitude dos condutores, mas, aos poucos, o afrouxamento na vigilância indicava o retorno da situação de risco, principalmente por causa dos excessos cometidos por parcela dos condutores, o que coloca em risco os demais.
De acordo com o estudo “Impacto do uso de bebidas alcoólicas e outras substâncias no trânsito brasileiro”, divulgado pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), órgão vinculado ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, um de cada quatro motoristas, ou seja, 25% de 8 mil entrevistados em rodovias federais admitiram ter consumido cinco ou mais doses de bebida alcóolica de duas e oito vezes em um mês.
Se o risco já pode ser considerado exagerado, é preciso cautela para dirigir com atenção redobrada: mais da metade dos condutores diz ingerir de 07 a 15 doses de álcool em encontro com amigos. O consumo de álcool tem prevalência maior à noite. Depois das 20h, 7,3% dos entrevistados teve exame de alcoolemia positivo, enquanto, antes desse horário, a taxa caía para 3,3%.
Três efeitos são sensivelmente percebidos entre os motoristas que ingeriram álcool: aumento da taxa de erros, violação das leis e mais agressividade.
Segundo o pesquisador da Associação Brasileira Comunitária para a Prevenção do Abuso de Drogas (Abraço), Valdir Ribeiro Campos, responsável por estudos sobre o tema desde 2005, as chamadas drogas privativas alteram a capacidade crítica da pessoa, pois atuam diretamente no sistema nervoso. “As pessoas passam a atuar de forma impulsiva, agressiva, sem avaliar os riscos”, explica. Ele indica a necessidade de se manter o mesmo ambiente de vigilância permanente do começo da Lei Seca. “A nova legislação criou um clima de mudança, mas, com o tempo, a falta de fiscalização e políticas de prevenção fez com que muitos motoristas voltassem ao comportamento inicial”, diz.
Além disso, o uso do álcool reflete na saúde das pessoas. Diagnóstico de transtornos psiquiátricos são comuns entre os motoristas que apresentam resultados mais altos para testes de álcool ou drogas na saliva. A depressão e o transtorno de personalidade antissocial são doenças identificadas entre os motoristas alcoolizados.
Entre 2008 e 2009, os pesquisadores fizeram 8 mil entrevistas nas rodovias federais que cortam as 27 capitais brasileiras. Foram ouvidos motoristas de carros, motos, ônibus e caminhões e, especificamente em Porto Alegre (RS), as questões foram levadas a motoboys, vítimas de acidentes de trânsito, e a condutores de veículos frequentadores de bares e restaurantes.
Num comparativo entre os resultados obtidos na cidade e na estrada que corta o estado gaúcho, o número de motoristas alcoolizados se mostrou mais frequente no centro urbano, o que expõe ainda mais a condição crítica. Na capital do Rio Grande do Sul, 32% das vítimas fatais de acidentes de trânsito apresentaram amostras de álcool no sangue nos resultados do exame de necropsia, com mais incidência entre jovens.
(Fonte: Estado de Minas/ABEAD)

RELAÇÕES INTERPESSOAIS

Um dos grandes desafios nas relações interpessoais entre patrões e empregados está exatamente fora do ambiente de trabalho. E tem um nome: conflitos pessoais. Problemas relacionados à família, financeiros ou de saúde física e mental, como distúrbios de comportamento provocados pelo envolvimento com drogas, por vezes dificultam a convivência e tendem a apresentar reflexos na produtividade do trabalhador.
"Os trabalhadores não podem ser comparados a robôs, não ter sentimentos ou não deixar suas emoções influenciar. Estar equilibrado emocionalmente é um dos pré-requisitos básicos para ser alcançar êxito no ambiente laboral",  alerta a socióloga do trabalho, Natália Pacheco Junior.
Há uma tendência maior de conflitos entre patrão-empregadoscolegas quando um funcionário leva seus problemas para o ambiente de trabalho, segundo a socióloga. “Qualquer fato ou situação que abale psicologicamente uma pessoa gera impactos em seu rendimento, já que altera o humor, diminui a aceitação a críticas e dificulta a concentração e atenção levando a maior probabilidade de cometer erros”, afirma.
Especialistas estimam que 20% de qualquer corpo funcional é afetado por problemas pessoais, o que acaba comprometendo o desempenho profissional.
Segundo pesquisas nos Estados Unidos, foi constatado que 12% têm problemas com álcool e drogas, enquanto 8% de ordem emocional.
Para a psicóloga Aline Cataldi do Instituto Batista Americano – Wakigawa, o empregador deve desempenhar um papel de apoio. “Ao perceber algo errado com o empregado é interessante que tenha uma conversa com o funcionário no intuito de ajudá-lo” diz.
Gerente executivo de uma multinacional, A.N.P., de 32 anos, viveu momentos difíceis na carreira, quando perdeu a mulher grávida. Foram tempos de drogas, álcool e faltas constantes. Logo ele, que começou como office boy até atingir o cargo atual. " Eu me afundei nas drogas quando minha esposa, dez meses após o casamento, morreu em um acidente de carro. Ela estava grávida, de dois meses. Acabei me envolvendo com droga e cheguei a ser ameaçado de morte por traficantes. A virada aconteceu com muito apoio: pagaram minha internação em uma clínica para dependentes tive acompanhamento médico e psicológico. Felizmente consegui me recuperar e manter o emprego", finaliza. (Fonte: Jornal do Brasil/ABEAD)

sexta-feira, 26 de março de 2010

TRANSPLANTE DE TRAQUEIA

Um garoto britânico de dez anos de idade tornou-se a primeira criança a receber um transplante de traqueia feita com células tronco, disse o hospital Great Ormond Street Hospital for Children, em Londres, que realizou a cirurgia esta semana. Esta foi a primeira vez que uma traqueia inteira foi transplantada e os médicos dizem que o garoto respira normalmente.
Os médicos britânicos e italianos responsáveis pelo transplante inédito esperam que o procedimento reduza em muito o risco de rejeição já que o sistema imunológico do garoto não deve repelir a nova traqueia.
Do órgão doado, foram retiradas células do doador, deixando apenas a armação de colágeno. Foram então injetadas células-tronco do garoto na armação.
Os médicos esperam que no próximo mês as células-tronco se transformem em células especializadas que formem o interior e o exterior da traqueia.
O garoto apresenta estenose traqueal congenital, uma malformação rara caracterizada pelo baixo calibre da via aérea. Quando nasceu, sua traqueia media apenas 1 milímetro de largura. "É como respirar através de um canudo", afirmou o comunicado do hospital.
O pesquisador italiano de células-troco, Paolo Macchiarini, do hospital Universitário de Florença fez parte da equipe médica. (Fonte: BBC Brasil)

REPELENTE CASEIRO

 REPELENTE DOS PESCADORES

1/2 litro de álcool;- 1 pacote de cravo da Índia (10 gr);
- 1 vidro de óleo de nenê (100ml).

- Deixe o cravo curtindo no álcool uns 4 dias;  agite (cedo e à tarde);

- Junte o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, erva-doce, aloe vera).

- Passe só uma gota nos braços e pernas: o mosquito foge do incômodo.
O cravo espanta formigas da cozinha e dos eletrônicos, espanta moscas e mosquitos, pulgas dos animais.

(Fonte: internet)

DESMATAMENTO

ANTIBIÓTICOS CONTROLADOS

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou, nesta quarta-feira (24), audiência pública para discutir medidas mais restritivas para a prescrição e comércio dos antibióticos orais e injetáveis. O objetivo é ampliar o controle sobre esses produtos e contribuir para a redução da resistência bacteriana na comunidade.
“O uso indiscriminado de antibióticos é um problema de saúde pública em todo o mundo. A idéia é que o controle sobre esses medicamentos seja feito de forma mais efetiva, contribuindo para o consumo racional desses produtos”, afirma o diretor-presidente da Anvisa, Dirceu Raposo de Mello.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 50% das prescrições de antibióticos no mundo são inadequadas. Só no Brasil, o comércio de antibióticos movimentou, em 2009, cerca de R$ 1,6 bilhão, segundo relatório do instituto IMS Health.
Para o diretor da Anvisa Dirceu Barbano, é fundamental a responsabilização de cada segmento envolvido com a prescrição e dispensação de antibióticos. “A desqualificação do comércio desses medicamentos, no Brasil, não é um problema isolado da Anvisa. Para que consigamos reverter o quadro atual, todos precisam estar envolvidos: farmacêuticos, sociedades médicas, indústria farmacêutica, autoridades sanitárias e população”, disse o diretor.
Durante o debate, alguns participantes destacaram a importância de se ampliar não apenas o sistema de controle, mas a disponibilização de informações para a sociedade e profissionais de saúde.
A audiência pública terminou às 18h desta quarta-feira (24). As propostas apresentadas no encontro serão consolidadas pela Anvisa e submetidas à Consulta Pública nos próximos meses.
A Anvisa propõe mais rigor para a prescrição e dispensação de medicamentos antibióticos.
Em resumo, isso implica nos seguintes passos: - exigência de Receita de Controle Especial em duas vias; - apresentação e Retenção de uma via da receita no ato da dispensação; - dizeres de rotulagem e bula devem apresentar a seguinte frase: “VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA“;  - controle eletrônico da movimentação (entradas e saídas) de alguns antibióticos (azitromicina, sulfametoxazol, amoxicilina e cefalexina) nas farmácias e drogarias do setor privado pelo Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC. (Fonte: Anvisa)

EFEITO SALAMANDRA!

Pesquisadores americanos descobriram o gene que bloqueia um poder de cura e regeneração ainda encontrado em alguns seres, como os anfíbios, mas que se considerava perdido ao longo do processo evolutivo em todos os outros animais.
Os cientistas do Wistar Institute, na Filadélfia, demonstraram que ratos que têm o gene p21 inativo ganham a habilidade de regenerar tecido perdido ou danificado. "Assim como uma salamandra que perdeu um membro, estes ratos irão repor tecido perdido ou danificado por um tecido saudável sem nenhum sinal de cicatriz", afirmou Ellen Heber-katz, cientista que liderou a pesquisa.
"Embora estejamos apenas começando a entender as repercussões destas descobertas, talvez, um dia sejamos capazes de acelerar a regeneração em humanos ao tornar inativo temporariamente o gene p21", completou a cientista.
Ao contrário do que ocorre normalmente com os mamíferos, que curam feridas formando cicatrizes, os ratos usados no estudo começaram a cura formando uma blastema, estrutura associada ao rápido crescimento celular e observada nos anfíbios.
De acordo com os pesquisadores, a ausência do gene p21 faz com que as células dos ratos se comportem como células-tronco, ao invés de apresentar o comportamento típico das células de mamíferos adultos. A descoberta fornece sólida evidência que liga o processo de regeneração ao controle da divisão celular.
A investigação começou há mais de uma década a partir de uma observação feita por acaso. Em 1996, ratos usados em uma pesquisa sobre auto-imunidade tiveram suas orelhas furadas para criar uma identificação comum de longo prazo. Algumas semanas depois, no entanto, os cientistas descobriram que os furos nas orelhas haviam desaparecido e não havia nenhuma marca. (Fonte: BBC Brasil)

quinta-feira, 25 de março de 2010

ALBINISMO

O albinismo é uma doença de natureza genética em que ocorre uma falha na produção do pigmento melanina.
Qualquer pessoa com albinismo produz uma quantidade abaixo do normal desse pigmento, que é produzido nas células conhecidas como melanócitos ou melanoblastos: ele dá cor aos olhos, à pele e aos cabelos.
Uma vez que consegue absorver todo comprimento de onda da luz, a melanina protege a pele dos danos causados pelos raios ultravioleta do sol. Ela também ajuda os olhos a se desenvolverem e a lidarem corretamente com a luz visível.
Nas pessoas albinas, a quantidade de melanina varia de zero a um valor praticamente normal. Isso pode afetar a aparência - sem melanina, os cabelos e a pele ficam brancos. Entretanto, uma pessoa com quantidade levemente abaixo do normal de melanina pode parecer normal.
 Os médicos geralmente diagnosticam o albinismo fazendo um exame oftalmológico. Como a melanina tem um papel importante no desenvolvimento dos olhos, todos os albinos apresentam anatomia ocular incomum e visão abaixo do normal. O albinismo não é contagioso; ele é provocado por uma mutação no DNA, transmitida dos pais para o filho, ao nascer.
No albinismo, a mutação pode ocorrer em três áreas: - na composição da melanina; - nas proteínas que produzem a melanina; - nas partes da célula que contêm e distribuem a melanina.
O albinismo foi registrado no mundo todo, em diferentes etnias.  No entanto, é um distúrbio raro: 1 em cada 17 mil pessoas no mundo apresenta uma forma de albinismo. Certas formas são mais comuns em determinadas populações.
O tipo mais comum de albinismo, o OCA2, ocorre em 1 em cada 36 mil caucasianos nos Estados Unidos, mas afeta 1 em cada 125 norte-americanos nativos de Kuna, no Panamá.
O albinismo é muito mais do que pele, cabelos e olhos claros. (Fonte: HowStuffWorks)
Por que as pessoas albinas têm olhos vermelhos?
Elas não têm. Isso é apenas um truque de luz. Pela pupila, íris e retina transparentes, passa uma quantidade suficiente de luz que permite que você veja os vasos sangüíneos através da retina.


GINKGO BILOBA

Ginkgo Biloba, um dos fitoterápicos mais vendidos no mundo poderá ser alvo de restrições em um futuro próximo. Pelo menos é o que espera um grupo de médicos da Universidade de Bonn, na Alemanha, que publicou uma ampla revisão sobre o assunto no Journal of Natural Products.
Eles reuniram evidências de que o Ginkgo biloba, usado como “tonificante cerebral” e indicado para idosos, pode aumentar a ocorrência de crises em pacientes epiléticos e reduzir a eficácia dos medicamentos usados para evitar convulsões. Os autores recomendam que passe a ser vendido apenas com receita médica.
(Fonte: menteecérebro)

FOTOFOBIA

A aversão à luz é um sintoma conhecido há tempos por pacientes e médicos, mas só agora seu mecanismo foi compreendido.
Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, descobriram uma via neural que vai da retina até um grupo de neurônios cuja atividade aumenta durante as crises.
Em experimentos com animais, observou-se que a luz estimula os “neurônios da enxaqueca” e que esse grupo de neurônios só é desativado de 20 a 30 minutos depois que a pessoa permanece no escuro. Para quem sofre de enxaqueca, evitar ambientes iluminados é uma das formas de atenuar as fortes dores de cabeça.
No estudo publicado na revista Nature Neuroscience, os autores explicam que o mecanismo depende da integridade do nervo óptico, motivo pelo qual cegos que sofrem de enxaqueca com lesão nessa área não apresentam fotofobia. (Fonte: menteecérebro)

FIBRAS DE ALGA MARINHA

A equipe de cientistas da Universidade de Newcastle descobriu que os alginatos, uma fibra extraída das algas, ajudam o corpo a reduzir a absorção de gordura em até 75%. O índice é melhor do que a maioria dos tratamentos contra obesidade.
Os cientistas estão fazendo testes com a fibra adicionada a pão, para determinar o efeito que ela teria em uma dieta normal.
"Essa pesquisa sugere que se nós podemos adicionar fibras naturais a produtos usados diariamente, como pães, biscoitos e iogurtes, até três quartos da gordura contida em uma refeição podem passar diretamente pelo corpo", afirma Iain Brownlee, da equipe de pesquisadores de Newcastle. "Nós já adicionamos o alginato ao pão e testes iniciais de gosto têm sido extremamente animadores."
Os cientistas usaram um "estômago artificial" para testar a eficácia dos 60 tipos diferentes de fibras naturais ao medir o quanto cada um afeta a digestão da gordura. O estômago artificial é um aparelho que replica as reações físicas e químicas do estômago humano.
As descobertas foram apresentadas na Sociedade Americana de Química, durante uma conferência em San Francisco, nos Estados Unidos.
"Há inúmeros relatos de curas milagrosas para se perder peso, mas apenas alguns poucos casos têm evidência científica sólida para amparar esses relatos."
Alginatos já são atualmente adicionados a alguns alimentos em pequenas quantidades, para aumentar a sua consistência.
Para o diretor do National Obesity Fórum (NOF), uma entidade britânica que reúne médicos e estudiosos, a descoberta é "interessante". "A pesquisa parece interessante, mas nós só podemos começar a recomendar [as algas] se os cientistas conseguirem gerar boas provas após testes rigorosos." (Fonte: BBCBrasil)

FUMAR EM CARRO

Uma entidade que reúne médicos britânicos está propondo a proibição de fumar em carros particulares e lugares públicos frequentados por crianças.
Segundo a Royal College of Physicians, o fumo passivo na Grã-Bretanha é responsável todos os anos por 300 mil consultas médicas de crianças, que enfrentam problemas como asma. Mas um grupo que faz campanha pelo direito dos fumantes, criticou a proposta da entidade médica, dizendo que a proposta seria inaceitável e impraticável.
Fumar dentro de bares é proibido na Grã-Bretanha desde 2007.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ANTICONCEPCIONAL: MACONHA

Um estudo da Universidade da Califórnia acaba de mostrar os efeitos de um anticoncepcional inusitado: a maconha.
Com um olhar mais a fundo sobre o funcionamento dos espermatozóides, os pesquisadores chegaram à conclusão de que a droga contêm um princípio ativo capaz de “gastar a bateria” dos espermatozóides antes da hora.
Os espermatozóides permanecem imóveis na maior parte do tempo em que estão no corpo dos homens. O movimento só começa quando ele está a caminho do corpo da mulher e sua “bateria” dura apenas o tempo suficiente para atingir o óvulo feminino. Se os espermatozóides forem ativados em algum momento antes do necessário, eles não têm energia suficiente para chegar ao óvulo e perdem a chance de fecundação. E a maconha, assim como uma substância do canal reprodutor masculino e feminino, o endocanabinóide, tem o poder de fazer essa ativação, de acordo com a pesquisa.
Um dos responsáveis pelo estudo, Yuriy Kirichok, compara os espermatozóides a balões cheios de ar. Assim como bexigas, os espermatozóides estão "inflados", com partículas com carga positiva - os prótons - em vez de ar. Quando liberamos todos estes prótons de uma vez, o espermatozóide se move. É como se estivéssemos abrindo um canal para que o ar escapasse do balão. Isso acontece porque, a carga do lado de fora de onde está o esperma é negativa e atraí os prótons que estão dentro dos espermatozóides, de carga positiva. “Nós identificamos a molécula que permite que isso aconteça", diz o pesquisador.
A maconha e os endocanabinóides, dizem os pesquisadores, abrem o caminho para essa reação ocorrer, e o "ar" sair do esperma. Com a ativação antes do tempo, quando chega a hora de correr para o corpo da mulher, já não há potência para alcançar o óvulo.
O estudo, por enquanto, trabalha em cima de hipóteses. Nenhum teste prático com consumidores de maconha foi feito para comprovar se o efeito, de fato, é significativo. (Fonte: Revista Galileu)

REABILITAÇÃO DE DEFICIENTES

Foi inaugurado em Campinas, na segunda-feira (22/3), uma unidade da Rede de Reabilitação Lucy Montoro voltado ao atendimento integral de pessoas com deficiências físicas.
O Centro de Reabilitação Lucy Montoro, localizado à Rua Márcia Mendes, Cidade Universitária, contará com espaço para atendimento integrado com equipamentos, tecnologias avançadas, equipes médicas multidisciplinares e terá capacidade para 10 mil atendimentos por mês.
A unidade será coordenada conjuntamente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pelo Centro Infantil Boldrini, instituição referência no tratamento de crianças com câncer e à qual o Centro de Reabilitação estará juridicamente vinculado.
A Unicamp participará na elaboração do plano de trabalho, na assistência aos pacientes, na qualificação dos profissionais envolvidos e na gestão de novas pesquisas na área, segundo explicou o reitor da universidade, Fernando Costa, durante a inauguração. Ele também ressaltou a melhoria no atendimento a essa população que o novo centro proporcionará.
Visando a atender uma população de 250 mil pessoas com deficiência, a nova unidade deverá promover 550 atendimentos por dia na fase inicial, de acordo com a médica Silvia Brandalise, presidente do Centro Boldrini.
Com diversas especialidades médicas voltadas a deficientes congênitos e a vítimas de acidentes, como ortopedia, fisioterapia, fisiatria, fonoaudiologia etc., o Centro Lucy Montoro conta com equipamentos de última geração na área de reabilitação.
A unidade de Campinas é a terceira do Estado a integrar a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, projeto do governo do Estado de São Paulo. As duas primeiras foram instaladas na capital e em Ribeirão Preto.
Mais informações: www.unicamp.br e www.estacaodigitalmedica.com.br/lucymontoro (Fonte: FAPESP)

terça-feira, 23 de março de 2010

DROGA PARA PROTEGER FUMANTES

Uma coisa todo mundo já sabe: o melhor jeito de prevenir os danos causados pelo cigarro é simplesmente não fumar. Mas pesquisadores da Austrália acabam de descobrir uma nova droga que pode proteger os pulmões dos fumantes que insistem em dar suas tragadas.
Segundo um estudo publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, uma proteína chamada GM-CSF controla o surgimento de inflamações no pulmão dos fumantes. Esse tipo de problema pode desencadear em doenças mais graves e perigosas, como o enfisema.
Para testar a hipótese, os cientistas da Universidade de Melbourne usaram um remédio capaz de bloquear a ação do GM-CSF em ratos. As cobaias foram expostas a uma quantidade de fumaça igual a nove cigarros por dia, durante quatro dias. No final do período, os ratos foram mortos e seus órgãos analisados. Os pulmões dos que haviam tomado a droga apresentou um nível de irritação muito menor do que os outros.
Mais testes precisam ser feitos para que a droga seja usada por humanos, mas os cientistas já deixaram claro que o remédio controla apenas um dos malefícios do fumo, deixando, por exemplo, de combater o câncer. (Fonte: Revista Galileu)

EXPOSIÇÃO DE CORPOS HUMANOS

Uma nova mostra com corpos humanos dissecados vai ocupar a Oca do Parque Ibirapuera a partir de 21 de maio.
Corpos – A Exposição, inédita na America do Sul e já vista por mais de três milhões de visitantes em Nova York, chega ao Brasil, reunindo acervo com cerca de 20 corpos e 250 órgãos reais.
A principal diferença entre esta exposição e a apresentada em 2007 – que atraiu 450 mil pessoas à Oca – é que agora os visitantes verão os corpos expostos em poses atléticas, como se estivessem em movimento praticando futebol, rugby, tênis e maratona. Dessa forma, a pessoa pode observar como o corpo funciona em certas atividades.
São Paulo será a primeira cidade da América Latina a receber essa exposição que utiliza uma forma mais avançada de dissecação e preservação de corpos, conferindo maior realismo às peças. O método foi desenvolvido pela equipe do diretor médico da mostra, o americano Dr. Roy Glover.
A técnica de conservação retira toda a água dos tecidos, que é substituída por uma borracha de silicone (polimerização), possibilitando a sua conservação por anos.(Fonte: Época-SP)

INSÔNIA INFANTIL

Crianças que sofrem de insônia ou dormem pouco podem ter problemas na modulação do ritmo cardíaco durante o sono, segundo estudo apresentado esta semana na conferência da Associação Americana do Coração.
Os pesquisadores destacam que, em pessoas saudáveis, os intervalos entre os batimentos cardíacos variam um pouco em resposta a funções automáticas, como a respiração, mas problemas de sono podem atrapalhar essa modulação.
Avaliando dados de 612 estudantes da primeira à quinta série - obtidos através de questionários respondidos pelos pais - e os resultados de testes de distúrbio de sono em laboratório, os pesquisadores notaram que as crianças que dormiam mais e melhor tinham um perfil de regulação cardíaca mais saudável do que aquelas com menor duração do sono.
"Seus corações são mais excitáveis se tiverem insônia. Se o coração for muito excitado, significa que está batendo muito rápido e, normalmente, isso não é bom", disse o pesquisador Duanping Liao, da Penn State University College of Medicine, nos Estados Unidos.
"Esses dados indicam que, entre as crianças novas com sintomas de insônia reportados por seus pais, já há um comprometimento da regulação autonômica cardiovascular, muito antes de atingirem o tradicional período de alto risco para doença cardiovascular", concluiu o especialista.
Baseados nos resultados, os pesquisadores ressaltam a importância de se prestar atenção em distúrbios de sono entre as crianças, e tratá-los o quanto antes, por causa da grande influência do sono na saúde geral. Porém mais estudos são necessários para confirmar essa relação e revelar se os distúrbios de sono na infância podem afetar o risco cardiovascular na idade adulta. (Fonte: American Heart Association's 50th Annual Conference. Press release. 03 de março de 2010/SIS.SAÚDE)