Um medicamento que força as células cancerígenas a envelhecer e morrer está em fase inicial de testes em seres humanos. A pesquisa foi destaque na edição mais recente da revista "Nature" e promete ser mais uma arma no arsenal contra o câncer.
A capacidade de se dividir indefinidamente permite às células tumorais crescer e se espalhar pelo corpo. Mas, de acordo com estudos realizados em ratos, o bloqueio de um gene chamado Skp2 forçou essas células a iniciar um processo de envelhecimento conhecido como senescência. Esse processo ocorre, por exemplo, quando o corpo tenta se livrar de células da pele danificadas pela exposição excessiva ao sol.
A equipe usou para o estudo ratos geneticamente modificados que desenvolveram uma forma de câncer de próstata. Em alguns deles, os cientistas tornaram inativo o gene Skp2. Quando o rato atingiu seis meses de vida, eles descobriram que os portadores de Skp2 inativo não desenvolveram tumores, ao contrário dos outros ratos da pesquisa.
Ao analisar os tecidos de nódulos linfáticos e da próstata, descobriram que muitas células tinham começado a envelhecer e notaram uma lentidão na divisão de células. Já nos ratos com a função normal do Skp2 isso não aconteceu.
O medicamento, que está sendo desenvolvido pela Takeda Pharmaceutical, está na primeira fase de testes clínicos em seres humanos. Essa etapa abrange um pequeno grupo de voluntários e busca avaliar os principais efeitos colaterais e definir a dosagem segura. (Fonte: Karina Toledo/Agência Estado/SIS.SAÚDE)
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