Pesquisadores da Universidade Yale, dos Estados Unidos, realizaram um estudo abrangente em que reuniram 173 pesquisas diferentes sobre a relação entre as crianças e as mídias em geral, produzidas desde 1980.
Eles constataram que aquelas que passam muito tempo assistindo à televisão, a filmes, navegando na internet ou jogando videogame estão mais propensas, futuramente, a desenvolver problemas como obesidade, fumo, uso de drogas e álcool, déficit de atenção e hiperatividade, além de apresentarem baixo rendimento escolar. E quanto seria esse “tempo excessivo”? Como diz Cary Gross, professor da Faculdade de Medicina de Yale, e um dos responsáveis pelo estudo, há pesquisas que apontam uma média de 8 horas por semana, enquanto outros mostram que 2 horas por dia já seriam excessivas, tanto para os menores de 3 anos de idade, quanto para os maiores. Mas, apesar de existirem mais evidências em relação à quantidade, é preciso estar atento também ao conteúdo que as crianças têm acesso.
“Elas são como esponjas e absorvem o que vêem na televisão. O ideal é que os pais reduzam o tempo dos filhos em frente à tela”, diz. Cross tem dois, de 6 e 8 anos, e afirma que eles passam cerca de apenas 30 minutos diários em média em frente à TV ou ao computador. “E eu assisto a todo programa antes, assim como também conheço todo game que eles jogam”, fala.
Entre as medidas apresentadas aos pais pelo grupo de pesquisadores, estão monitorar o uso, ver, ouvir e navegar junto com eles na internet, além de explicar às crianças o que é positivo e negativo nos programas de TV e games.
Outra pesquisa, conduzida pela Universidade de Washington, também reforça a tese do quanto as brincadeiras são importantes não só para o desenvolvimento infantil, mas também para uma boa saúde.
Os pesquisadores constataram que a existência de espaços verdes perto de casa contribui para que as crianças façam mais atividades físicas e, consequentemente, tenham menos riscos de ficarem obesas. A pesquisa foi conduzida por Janice Bell e outros pesquisadores da Escola de Saúde Pública e Medicina Comunitária da Universidade de Washington.
Eles acompanharam quase 4 mil crianças e jovens, de 3 a 16 anos, durante dois anos. De acordo com artigo publicado na edição de dezembro do American Journal of Preventive Medicine, a pesquisa sugere, ainda, que as crianças que vivem em contato com áreas verdes apresentam melhor funcionamento cerebral e menos sintomas de déficit de atenção e hiperatividade.
Você mora longe de parques? Ou vive em uma cidade carente de espaços verdes? Então, procure outras alternativas: viaje para o campo sempre que possível, cultive um jardim em seu próprio quintal e se divirta junto com as crianças. De quebra, você também relaxa, se sente mais revigorado e ganham até mesmo auto-estima. (Fonte: Simone Tinti/revistacrescer)
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