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sexta-feira, 12 de março de 2010

AFOGAMENTO

O afogamento é a segunda causa mais frequente de óbito, por causas externas, nas crianças de 1 a 14 anos de idade, perdendo apenas para os acidentes automobilísticos.
A atitude dos pais pode influenciar decisivamente na redução dos casos de afogamento.
Apesar de a água ser um brinquedo fundamental no desenvolvimento infantil e da natação ser um aprendizado essencial, todo cuidado é pouco quando estamos falando de crianças.
1) Pais e babás devem estar sempre conscientes que NUNCA podem deixar, nem mesmo por um instante, crianças sem supervisão quando estiverem próximas ou dentro de banheiras, piscinas, caixas d’água, lagos e, é claro, no mar. É importante ressaltar que a maior parte dos afogamentos acontece em piscinas, e não no mar, como pensa a maioria da população.
2) A supervisão deve ser focada na criança. Isso significa que o adulto supervisor deve estar a uma curta distância do menor e não entretido em outras atividades, ainda que seja no mesmo espaço onde a criança está brincando na água.
3) Caso a família disponha de uma piscina na casa ou no condomínio, esta deve ser cercada por todos os lados. Coberturas de lonas ou motorizadas, apesar de oferecer alguma proteção suplementar, não substituem a cerca.
4) Hoje em dia, considera-se que aprender a nadar é habilidade fundamental a ser oferecida às crianças no processo de educação para a vida. Nesse sentido, eu sou comumente questionado por pais sobre com qual idade os filhos devem ir a escolas de natação. Apesar de muitas oferecem “cursos” até para bebês, a criança geralmente não está pronta, do ponto de vista de desenvolvimento neuropsicomotor, para o aprendizado da natação antes dos 3 anos de idade. Antes dessa idade a criança habitualmente não se beneficia do ensino formal de natação. Lembro que as escolas de natação não oferecem cursos “à prova de afogamentos” em qualquer idade.
5) Os pais ou supervisores devem idealmente aprender o Suporte Básico de Vida, que ensina técnicas básicas de reanimação. Existem vários cursos disponíveis no nosso meio com essa finalidade.
6) O uso de dispositivos de flutuação NÃO são considerados como coletes salva-vidas. O uso dessas boias não exime a supervisão constante.
7) Discuta essa questão com o pediatra do seu filho, para aprimorar ainda mais as medidas de segurança contra os afogamentos. (Fonte: Albert Bousso/revistacrescer)

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