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domingo, 26 de janeiro de 2014

SIZZURP: MATA TAMBÉM!


Preso na última quinta-feira em Miami Beach por dirigir sob efeito e álcool e drogas, o cantor Justin Bieber pode ser usuário de um entorpecente caseiro. Sites de celebridades como TMZ e Radar Online trazem relatos de que o ídolo teen consome drogas com frequência alarmante – em especial, uma mistura batizada de sizzurp. "Essa droga virou febre nos Estados Unidos e está afetando o Brasil. É um problema crescente na saúde pública”, afirma o psiquiatra Ivan Braun, doutor pela Faculdade de Medicina da USP e especialista no tratamento de usuários de drogas. Um levantamento feito em 2005 mostrou que quase 2% dos brasileiros já haviam utilizado o xarope pelo menos uma vez na vida para fins recreacionais.
A droga é feita com xarope para tosse, refrigerante e balas dissolvidas, para melhorar o sabor. O tipo de xarope utilizado tem como principal princípio ativo a codeína – um derivado do ópio, como a morfina. O medicamento ainda contém anti-histamínicos como a prometazina, um antialérgico com efeito tranquilizante.
A mistura gera uma sensação de euforia e bem-estar e, assim como outros entorpecentes, pode causar dependência. "O usuário passa a necessitar de doses cada vez maiores, e quando fica sem a medicação tem síndrome de abstinência", diz Braun. "Outro problema é que, com frequência, há associação com outras drogas, o que aumenta chances de comportamentos de risco." Em doses elevadas, a bebida pode causar falta de ar e levar à morte.
Leia mais:


Saúde pública – Xarope à base de codeína é um medicamento vendido sob prescrição médica, indicado para pacientes com tosse grave. Quando utilizado com supervisão médica, não oferece riscos ao paciente. Em excesso, torna-se prejudicial. 
Além dos xaropes para tosse, ansiolíticos, relaxantes musculares e medicamentos para dor – que contém outros tipos de opioides – também são alvos de abusos. "Uma proposta interessante e muito discutida para inibir o abuso de drogas prescritas é misturar à formulação substâncias de gosto desagradável", diz o médico. O tratamento em caso de excessos geralmente não requer medicação, apenas terapia para estimular o fim do hábito. Em casos mais graves pode ser necessário o uso da clonidina, medicamento usado na desintoxicação por opioides.


Hip-hop e Rap – A origem do sizzurp está associada à cultura do hip-hop, nos Estados Unidos. Acredita-se que a droga tenha se difundido a partir do Texas, onde seu uso se tornou comum na década de 1990. Em 2008, o rapper americano Pimp C teve a morte atribuída a uma overdose de xarope contra tosse. Segundo relados, em 2013, o também rapper Lil Wayne foi hospitalizado pelo menos motivo. O cantor menciona a bebida em diversas composições.
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/droga-com-a-qual-justin-bieber-estaria-envolvido-e-feita-com-xarope-para-tosse

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

EXPOSIÇÃO AO SOL e REDUÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL

Tomar sol diminui pressão arterial e reduz risco cardíaco

Redação do Diário da Saúde

Tomar sol diminui pressão arterial e reduz risco cardíaco
"Pode ser um momento oportuno para reavaliar os riscos e os benefícios da luz solar para a saúde humana e reconsiderar as atuais recomendações de saúde pública." [Imagem: University of Southampton]
Há algum tempo, médicos e cientistas vêm alertando para o que parece ser uma radicalização na propaganda e no uso dos filtros solares.
Esse exagero no uso de filtros solares está causando deficiência de vitamina D na população, um problema que parece ser particularmente grave entre os jovens brasileiros.
Agora se comprovou que a exposição da pele à luz solar, mesmo quando não atua diretamente na sintetização da vitamina D, ajuda a reduzir a pressão arterial e o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.
Sol, óxido nítrico e coração
Pesquisadores das universidades de Southampton e Edimburgo (Reino Unido) descobriram que a luz solar altera os níveis de uma pequena molécula mensageira, o óxido nítrico (NO), na pele e no sangue, reduzindo a pressão arterial.
É bem documentado que a pressão arterial e as doenças cardiovasculares variam de acordo com a época do ano e a latitude, com níveis mais elevados observados no inverno e em países mais distantes do equador, onde a radiação ultravioleta do sol é menor.
"O óxido nítrico, junto com os produtos dele derivados, que são abundantes na pele, está envolvido na regulação da pressão arterial. Quando expostas à luz solar, pequenas quantidades de óxido nítrico são transferidas da pele para a circulação, diminuindo o tônus dos vasos sanguíneos. Assim a pressão arterial cai, o mesmo acontecendo com o risco de ataque cardíaco e derrame," afirmam os doutores Martin Feelisch e Richard Weller no estudo publicado noJournal of Investigative Dermatology.
Embora evitar o exagero da exposição ao sol seja importante para prevenir o câncer de pele - o que é válido sobretudo para pessoas de pele muito clara e com histórico de câncer de pele na família -, os autores deste estudo sugerem que minimizar a exposição à luz do sol também pode ser algo negativo, aumentando o risco de condições relacionadas com as doenças cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares, frequentemente associadas com a hipertensão arterial, são responsáveis por 30% das mortes em todo o mundo.
Raios UVA
Propagandas de filtros solares à parte, as conclusões do estudo científico mostram que a exposição aos raios ultravioleta A (UVA) dilata os vasos sanguíneos, reduz significativamente a pressão arterial e altera os níveis de óxido nítrico na circulação sanguínea, sem alterar os níveis de vitamina D.
Os experimentos indicaram que estoques de óxido nítrico nas camadas superiores da pele estão envolvidos na mediação de todos esses efeitos.
"Estes resultados são significativos para a discussão acerca dos potenciais benefícios à saúde da luz do sol e do papel da vitamina D neste processo. Pode ser um momento oportuno para reavaliar os riscos e os benefícios da luz solar para a saúde humana e reconsiderar as atuais recomendações de saúde pública," disse o professor Feelisch.
"Evitar o excesso de exposição à luz solar é fundamental para prevenir o câncer de pele, mas não ser exposto a ele de forma nenhuma, por medo ou como resultado de um certo estilo de vida, pode aumentar o risco de doença cardiovascular. E, com exceção da saúde óssea, os efeitos da suplementação oral de vitamina D têm sido decepcionantes," conclui ele.
FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=tomar-sol-diminui-pressao-arterial-reduz-risco-cardiaco&id=9457&nl=nlds

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

DIABETES e a DIETA DO MEDITERRÂNEO

Dieta do Mediterrâneo previne o diabetes, diz estudo

Para evitar a moléstia em idosos com alto risco de doença cardíaca, basta seguir o regime, sem necessidade de comer menos, exercitar-se mais ou perder peso

Dieta do Mediterrâneo
Dieta do Mediterrâneo: Alimentação é rica em alimentos como frutas, legumes, azeite e grãos integrais (Thinkstock)
Uma dieta rica em azeite de oliva extra virgem, grãos integrais, peixes, frutas e vegetais pode ser determinante para a prevenção do diabetes tipo 2. A revelação foi feita em um estudo espanhol publicado hoje no periódico Annals of Internal Medicine.

A dieta do Mediterrâneo já esteve associada a uma série de benefícios. Uma pesquisa de 2013 mostrou que mulheres de meia-idade que seguem esse regime envelhecem melhor. Outro trabalho revelou que essa alimentação reduz a incidência de problemas cardiovascularesem pessoas com mais de 55 anos que apresentam um alto risco cardíaco.


CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Annals of Internal Medicine

Quem fez: Jordi Salas-Salvadó, Mònica Bulló, Ramón Estruch, Emilio Ros, Maria-Isabel Covas, entre outros

Instituição: Instituto de Salud Carlos III

Dados de amostragem: 3541 pacientes idosos que seguiram três dietas diferentes

Resultado: Os voluntários que seguiram a dieta do Mediterrâneo suplementada com azeite de oliva extra virgem desenvolveram menos casos de diabetes do que os demais
Segundo novo estudo, para prevenir diabetes tipo 2 em pacientes idosos com alto risco de doença cardíaca, basta seguir a dieta mediterrânea rica em azeite de oliva extra virgem, sem necessidade de restringir o consumo de calorias, aumentar a prática de exercícios ou perder peso.

O efeito da dieta – Intervenções de estilo de vida que induzem a perda de peso têm sido associadas a uma diminuição de 50% da incidência de diabetes. Para descobrir se a dieta mediterrânea, isoladamente, diminuiria a ocorrência da enfermidade, pesquisadores recrutaram 3.541 idosos sem diabetes e com alto risco de doença cardiovascular – fator associado ao diabetes. 

Os voluntários foram aleatoriamente divididos em três grupos. Um seguiu a dieta do Mediterrâneo, suplementada com 50 mililitros de azeite de oliva extra virgem por dia. Um segundo time ingeriu a dieta do Mediterrâneo, somada a 30 gramas de oleaginosas variadas diariamente. Outro grupo de controle foi instruído a reduzir a ingestão de gordura de todas as fontes. Os cientistas não encorajaram os participantes a restringir a ingestão de calorias ou aumentar a prática de atividade física. 

Depois de quatro anos, a incidência de diabetes foi maior no grupo que apenas reduziu a ingestão de gordura (101 casos), do que no time que seguiu a dieta e ingeriu oleaginosas (92) e no que consumiu alimentos mediterrâneos e azeite (80). 

DIABETES: LENTE DE CONTATO INTELIGENTE

Google desenvolve lentes de contato para diabéticos

Lentes, que ainda estão sendo testadas, foram criadas para detectar taxa de glicose no sangue por meio das lágrimas

Lentes de contato inteligentes do Google têm sensor de glicose e chip que recebe e envia esses dados
Lentes de contato inteligentes do Google têm sensor de glicose e chip que recebe e envia esses dados (Google)
O Google anunciou nesta quinta-feira que está testando uma nova forma de diabéticos controlarem seus níveis de açúcar no sangue. O aparato consiste em lentes de contato inteligentes capazes de detectar, a cada segundo, a taxa de glicose nas lágrimas de uma pessoa. Caso provem ser seguras e eficazes, as lentes podem substituir a necessidade de agulhadas nos dedos para que essa taxa seja medida em uma gota de sangue.
Segundo o Google, os testes clínicos do método já estão em andamento e estão sendo realizados junto ao Food and Drug Administration (FDA), agência americana que controla medicamentos e alimentos.
Os responsáveis pelo projeto explicam que as lentes contêm um pequeno sensor capaz de detectar a glicose nas lágrimas a cada segundo, além de um chip que recebe e transmite via wireless essa informação. Os pesquisadores do Google analisam a possibilidade de integrar às lentes sinais luminosos que alertem sobre níveis perigosos de açúcar no organismo.
(Com AFP)

MUSCULAÇÃO e DIABETES EM MULHERES

Musculação reduz risco de diabetes em mulheres, diz estudo


  • Getty Images
    Exercícios de resistência reduziram em um terço as chances de desenvolvimento da doença
    Exercícios de resistência reduziram em um terço as chances de desenvolvimento da doença
Mulheres que fazem musculação reduzem o risco de desenvolverem diabetes, de acordo com um estudo feito por cientistas da Faculdade de Medicina de Harvard.
O estudo acompanhou cerca de 100 mil enfermeiras americanas por um período de oito anos.
Levantar pesos, fazer flexões ou exercícios similares de resistência muscular foram relacionados a um risco mais baixo de diabetes, concluíram os pesquisadores.
No que diz respeito especificamente à diabetes, os benefícios da musculação superaram os do exercício aeróbico.
Mulheres que fazem pelo menos 150 minutos por semana de exercícios aeróbicos e ao menos uma hora também por semana de musculação tiveram a redução mais significativa (no risco de diabetes), se comparada com mulheres sedentárias.
Elas reduziram em um terço as chances de desenvolverem diabetes 2.
Especialistas já sabiam que a prática exercícios aeróbicos regularmente - tais como corrida ou natação - ajuda na diminuição do risco de se desenvolver esse tipo de diabetes.
O estudo de Harvard sugere, no entanto, que musculação e exercícios de resistência sejam adicionados à rotina para garantir uma maior proteção.
Amortecedor
Os pesquisadores afirmaram que o estudo não é perfeito - entrevistaram apenas enfermeiras, em sua maioria de etnia caucasiana, e levaram em conta apenas os dados que as mulheres lhes passavam, sem poder checá-los.
No entanto, eles disseram que os resultados são compatíveis com outras pesquisas que analisaram esses quesitos em grupos de homens.
Eles acreditam que uma massa muscular mais desenvolvida funciona como um amortecedor contra diabetes.
Isso porque o diabetes tipo 2 se desenvolve quando células que produzem insulina passam a funcionar mal ou quando a insulina produzida não age como deveria.
A insulina permite ao corpo usar o açúcar como energia e armazenar qualquer excesso nos músculos e no fígado.
Assim, o excesso de peso pode aumentar o risco de uma pessoa em desenvolver a doença.
De acordo com o instituto britânico Diabetes UK, se você está acima do peso, a cada quilo perdido, você, reduz o risco de ter esse tipo de diabetes em 15%.
"Apesar das limitações envolvidas, a pesquisa destaca a mensagem de que ter um estilo de vida saudável e ativo pode ajudar a reduzir o risco de se ter diabetes 2", disse o médico Richard Elliot, porta-voz do instituto.
"Temos certeza de que o melhor jeito de reduzir o risco desse tipo de diabetes é manter um peso saudável se alimentando de maneira saudável, com uma dieta balanceada e com atividade física regular. Agora no começo do ano, muita gente está em busca de maneiras de perder peso. Nossa recomendação é que encontrem uma atividade física que gostem, assim é mais fácil se manter motivado."
FONTE: 
http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2014/01/15/musculacao-reduz-risco-de-diabetes-em-mulheres-diz-estudo.htm

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

BEBIDA ALCOÓLICA e PERDA DE MEMÓRIA


Estudo: beber mais de dois 'drinks' ao dia acelera perda de memória

WASHINGTON, 15 Jan 2014 (AFP) - Homens de meia idade que ingerem mais de dois 'drinks' por dia podem sofrer uma perda acelerada da memória, alertou um estudo publicado nesta quarta-feira.

Não se observou diferença, no entanto, na função mental ou de memória entre abstêmios e aqueles que ingeriram menos de dois 'drinks' ou 20 gramas de álcool por dia, segundo as descobertas publicadas no periódico Neurology.

Para fazer este estudo, mais de 5.000 homens de meia idade foram entrevistados sobre seus hábitos de consumo de bebidas alcoólicas três vezes ao longo de 10 anos.

Em seguida, eles se submeteram a testes de memória e outros testes cognitivos na idade média de 56 anos. Estes testes foram repetidos duas vezes nos 10 anos seguintes.

"Nosso estudo se concentrou em participantes da meia idade e sugere que o consumo excessivo de álcool está associado a um declínio mais rápido em todas as áreas da função cognitiva nos homens", afirmou a autora do estudo, Severine Sabia, da University College de Londres.

As habilidades mentais dos bebedores inveterados decaíram entre 1,5 e seis anos mais rápido do que aqueles que consumiram menos álcool diariamente.

Os homens que consumiram 36 gramas de álcool ou mais por dia sofreram as perdas mais abruptas de memória e função cerebral.

Duas mil mulheres também foram incluídas do estudo, mas não havia suficientes consumidoras em excesso de álcool para permitir analisar sua decadência mental em comparação com bebedoras moderadas ou abstêmias.

A revista Neurology é um periódico da Academia Americana de Neurologia.

ksh-bc/nss/mvv

ÁLCOOL MATA, E MUITO, NO BRASIL!

Taxa de mortalidade por álcool no Brasil é uma das maiores do continente

Levantamento feito em 16 países mostrou que 12 a cada 100 000 óbitos registrados ao ano no país não ocorreriam na ausência de bebida alcoólica

Álcool: No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres
Álcool: No Brasil, homens têm risco três vezes maior de beber excessivamente do que mulheres (Thinkstock)
Um novo levantamento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) revelou que o Brasil está entre os países do continente americano com as maiores taxas de mortalidade causada pelo álcool. Entre 2007 e 2009, 12,2 a cada 100 000 mortes ocorridas ao ano no país não teriam acontecido sem o consumo de bebida alcoólica. 
A Colômbia foi o país que apresentou a menor taxa de morte associada ao álcool (1,8 a cada 100 000 mortes) e El Salvador, a maior (27,4 por 100 000 mortes).
Leia também:

O estudo, publicado nesta terça-feira na revista Addiction, se baseou nos dados registrados entre 2007 e 2009 por 16 países do continente americano.  De acordo com a pesquisa, o álcool foi a causa necessária de morte – ou seja, os óbitos não teriam acontecido na ausência do consumo de álcool — de 79 456 pessoas ao ano nesses países. A doença hepática foi a principal condição que provocou essas mortes.
Dos países analisados, aqueles que apresentaram uma taxa de mortalidade relacionada ao álcool baixa (menos do que 6 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Colômbia, Argentina, Equador, Costa Rica, Venezuela e Canadá. Os países com uma taxa de mortalidade por álcool média (entre 6 e 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram Cuba, Estados Unidos, Peru, Paraguai e Chile. As maiores taxas (mais de 12 em cada 100 000 mortes ao ano) foram observadas no Brasil, México, Guatemala, Nicarágua e El Salvador.
O levantamento também observou que 84% das mortes associadas ao álcool registradas entre 2007 e 2009 nesses 16 países ocorreram entre o sexo masculino. No Brasil, os homens são duas vezes mais propensos do que as mulheres a consumir álcool regularmente e três vezes mais propensos a beber excessivamente.


As faixas etárias mais atingidas pelo álcool variaram de acordo com o país. No Brasil, assim como na Costa Rica, no Equador e na Venezuela, por exemplo, houve um aumento do número de pessoas entre 40 e 49 anos que morreram em decorrência da bebida alcoólica.

AMIANTO: CHEGOU O FIM DE SEU USO????

USP desenvolve material para substituir amianto

Com informações da Agência Brasil

USP desenvolve material para substituir amianto
O amianto é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS).[Imagem: Agência Brasil]
Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) desenvolveram um novo material com as mesmas qualidades e o mesmo desempenho do amianto para a fabricação de telhas.
O composto reúne quantidade reduzida de fibras sintéticas - que têm preço elevado no mercado - e foi baseado na estrutura de materiais naturais como o bambu.
O amianto é considerado cancerígeno pela Organização Mundial da Saúde (OMS), na mesma classe que o benzeno, formol e tabaco. Mais de 50 países já proibiram a substância, que ainda é extraída e usada no Brasil.
"Faz tempo que a indústria brasileira procura uma telha para substituir a de amianto. Fibras vegetais foram testadas, mas elas não têm durabilidade muito boa. As fibras sintéticas foram empregadas, mas com desempenho inferior às de amianto. Desenvolvemos algo que reduz o emprego de fibras sintéticas sem alterar o desempenho da telha", disse o pesquisador Cleber Marcos Ribeiro Dias, autor do estudo sobre o emprego das fibras.
"Nós fizemos testes do novo composto em escala industrial e já pedimos uma patente com participação de duas empresas, uma de Leme (SP) e outra de Criciúma, que nos ajudaram na pesquisa. Os testes mostraram viabilidade da produção industrial", disse o pesquisador.

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA INFANTIL: novo aparelho

INCOR desenvolve aparelho de assistência cardíaca para crianças

Com informações da Agência Fapesp

INCOR desenvolve aparelho de assistência cardíaca para crianças
Os equipamentos serão paracorpóreos (implantados fora do corpo) e auxiliarão o coração dos pacientes a realizar o bombeamento do sangue. [Imagem: Agência Fapesp]
Crianças em estágios avançados de insuficiência cardíaca e na fila por um novo coração nos hospitais do país poderão receber, nos próximos anos, um coração "extra" para suportar o tempo de espera até a chegada de um doador.
Pesquisadores do Instituto do Coração (Incor) estão desenvolvendo aparelhos capazes de servir de "ponte" enquanto os pacientes pediátricos aguardam o transplante.
Um dos aparelhos, conhecidos como DAVs (Dispositivos de Assistência Ventricular) voltado a crianças com até 15 quilos, deverá entrar em fase de testes clínicos no Incor já nos próximos meses.
"Os dispositivos poderão servir tanto de ponte para pacientes pediátricos esperarem pelo transplante, como para dar assistência circulatória mecânica por alguns meses para aqueles internados com cardiomiopatias graves, que não respondem a outras terapias médicas e com uma diminuição importante da capacidade de o coração bombear sangue para órgãos vitais", disse Idágene Cestari, diretora da Divisão de Bioengenharia do Incor e coordenadora do projeto.
Os equipamentos serão paracorpóreos (implantados fora do corpo) e auxiliarão o coração dos pacientes a realizar o bombeamento do sangue.
De acordo com Cestari, é por isso que são chamados de dispositivos de assistência ventricular - e não "coração artificial", como os que substituem e realizam a função do órgão.
"Essa é uma diferença importante dos DAVs em relação ao coração artificial, porque o coração é mantido em atividade e o dispositivo trabalha de modo a auxiliar o órgão a realizar a circulação sanguínea", explicou.
Os aparelhos são constituídos por uma bomba com duas câmaras - uma de sangue e outra pneumática - ligadas a cânulas de silicone, que serão suturadas nas estruturas cardíacas e exteriorizadas na região abdominal do paciente.
À medida que o sangue do paciente preenche a câmara de sangue, um pulso de pressão é enviado para a câmara pneumática, que faz com que o sangue retorne para o paciente, realizando desta forma o trabalho do coração e restabelecendo a pressão e a circulação sanguínea.
"Só existe um dispositivo pulsátil desse tipo, aprovado para uso clínico em pacientes pediátricos nos Estados Unidos em dezembro de 2011, que é fabricado por uma empresa alemã e é inviável para nós, no Brasil, em razão de seu custo, em torno de R$ 250 mil. Pretendemos desenvolver DAVs para uso em pacientes pediátricos no Brasil que possam ser integrados à nossa prática médica", disse Cestari.
Na avaliação da pesquisadora, além de contribuir para a implantação desse tipo de terapia praticamente inexistente no país, o desenvolvimento dos DAVs pediátricos deverá contribuir para aumentar as chances de realização de transplante cardíaco de crianças que aguardam na fila de espera por um doador.

MAPA DAS EMOÇÕES

Mapa das emoções relaciona áreas do corpo com cada emoção

Com informações da BBC
Pesquisadores finlandeses criaram o primeiro mapa que aponta em que lugar do corpo as emoções humanas se manifestam.
Cada emoção parece despertar reações em diferentes áreas do corpo, independentemente do fato de as pessoas terem culturas diferentes.
"As emoções não ajustam apenas a nossa saúde mental, mas também nossos estados corporais. Desta forma, nos preparam para reagir rapidamente frente aos perigos, mas também diante de qualquer oportunidade que o ambiente nos ofereça, como uma interação social prazerosa", disse Lauri Nummenmaa, da Universidade de Aalto.
Colorindo as emoções
Para o estudo, os cientistas realizaram cinco experimentos com 701 pessoas.
Os voluntários deveriam localizar em que lugar sentiam o efeito de uma série de emoções básicas como raiva, medo, nojo, felicidade, tristeza ou surpresa, e outras mais complexas como ansiedade, amor, depressão, desprezo, orgulho, vergonha e inveja.
Os participantes tinham que colorir em uma figura humana as zonas que se ativavam mais ou menos enquanto ouviam as palavras que designam cada uma destas emoções.
O vermelho era usado para marcar as áreas de maior atividade e o azul, as com menos sensações.
Os cientistas então observaram uma grande coincidência, acima de 70%, das áreas coloridas.
Mapa das emoções relaciona área do corpo com cada emoção
Emoções básicas ativam sensações na parte superior do corpo. [Imagem: Aalto University/Turku PBC Centre]
Para garantir que estes mapas não dependiam da cultura ou idioma dos voluntários, os cientistas repetiram os exercícios em três grupos com nacionalidade diferentes: finlandeses, suecos e taiwaneses.
Mesmo assim as coincidências foram observadas, levando à conclusão de que as respostas físicas às emoções podem ser universais.
Amor e alegria
Segundo o mapa das emoções, as duas emoções que causam uma reação corporal mais intensa e em todo o corpo são o amor e a alegria.
Também é possível ver que, no geral, todas as emoções básicas ativam sensações na parte superior do corpo, onde estão os órgãos vitais e, principalmente, na cabeça.
"Observar a topografia das sensações corporais disparadas pelas emoções permite criar uma ferramenta única para a investigação das emoções e pode até oferecer indicadores biológicos de transtornos emocionais," afirmaram os cientistas em seu estudo.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

TORNAR AS PISCINAS SEGURAS: batalha de D.Odele Souza

09/01/2014 - 03h30

Há 16 anos, mãe cuida da filha em coma após ser sugada em piscina

CLÁUDIA COLLUCCI

DE SÃO PAULO
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Há 16 anos, a secretária-executiva aposentada Odele Souza, 65, viu a filha Flavia, à época com dez anos, entrar em coma irreversível após ter os cabelos sugados pelo ralo da piscina do prédio onde moravam, em São Paulo.


Conseguiu provar, por meio de perícia, que o condomínio havia mudado inadvertidamente o sistema de limpeza da piscina, o que potencializou a sucção do ralo.
Após 12 anos de briga judicial, o condomínio e a seguradora foram condenados ao pagamento de indenização.
Atualmente, ela luta para que o país aprove uma lei federal para tornar as piscinas mais seguras. Também mantém um blog dedicado à filha, hoje com 26 anos, que segue em estado vegetativo.
Leia o depoimento abaixo.
Eduardo Knapp/Folhapress
Odele Souza, em sua casa em São Paulo; há 16 aos sua filha entrou em coma após ter o cabelo sugado pelo ralo da piscina
Odele Souza, em sua casa em São Paulo; há 16 anos sua filha entrou em coma após ter o cabelo sugado pelo ralo da piscina
*
Era 6 de janeiro de 1998. Fazia calor e minha filha desceu para a piscina com outros três adolescentes. Ela sabia nadar desde pequena. De repente, ela mergulhou e a sucção do ralo a prendeu pelos cabelos no fundo da piscina.
Os colegas estavam de costas e não perceberam que ela estava se afogando. Não sabemos quanto tempo se passou até que um vizinho viu pela janela que ela não se mexia e gritou.
Meu filho tentou puxá-la, mas ela não vinha porque estava presa pelo cabelo no ralo. Precisou arrancar uma mecha para soltá-la. Já estava inconsciente, com parada cardiorrespiratória, roxinha.
Chamamos o resgate, ela foi levada para o hospital e ficou 35 dias na UTI. Ao todo foram oito meses de hospital até voltarmos para casa com home-care. Ela nunca saiu do que os neurologistas chamam de coma vigil [estado vegetativo permanente].
Respira sem ajuda de aparelhos, mas não fala, não se move, só se alimenta por sonda, todas as secreções precisam ser aspiradas.
Comecei a investigar o que tinha acontecido. Lembro-me que, mesmo no frio, eu colocava o maiô e ia para piscina. Colocava uma boneca perto do ralo para ver se ela seria sugada. Nada acontecia.
O zelador dizia: "A senhora é teimosa, já disse que esse ralo não suga cabelo de ninguém". Eu insistia: "Mas sugou o cabelo da minha filha!".
Não sugava mais porque a bomba de sucção estava desligada. Percebi que eles jamais admitiriam qualquer responsabilidade espontaneamente. Decidi recorrer à Justiça.
Procurei nove advogados e nenhum quis abraçar a causa. Há 16 anos, ninguém tinha ouvido falar sobre isso. O décimo advogado, após pesquisar casos semelhantes no exterior, assumiu o caso.
Começamos uma batalha judicial e processei a seguradora do condomínio, o condomínio e o fabricante do equipamento de sucção.
Após uma perícia determinada pela Justiça, descobrimos que, por sua conta e risco, o zelador tinha trocado o motor da bomba de sucção da piscina por outro mais potente. Essa troca foi feita sem nenhuma orientação técnica.
Eduardo Knapp/Folhapress
Retrato da menina Flavia, que há 16 anos ficou em coma após ter o cabelo sugado pelo ralo da piscina do condomínio
Retrato da menina Flavia, que há 16 anos ficou em coma após ter o cabelo sugado pelo ralo da piscina do condomínio
A piscina tinha 43 metros cúbicos de água e o motor antigo era de 0,50 cavalos. Foi retirado aquele motor e colocado um de 1,50 cavalos, que, segundo a perícia, era adequado para uma piscina muito maior, de 103 metros cúbicos de água.
Ao fazer isso, a piscina virou uma roleta-russa. E minha filha foi a vítima.
Também processei o fabricante do ralo porque uma empresa que fabrica e comercializa produtos que podem colocar em risco à vida de seus usuários precisa colocar alertas do tipo "esse motor é adequado para uma piscina de x litros de água". Na época, isso não existia.
Enfrentei uma batalha judicial de 12 anos, passei muitas dificuldades financeiras e nunca me conformei com o que tinha acontecido com a minha filha.
Em 2012, o condomínio e a seguradora do condomínio foram condenados. É com o dinheiro da indenização [ela não revela o valor] que eu consigo manter a estrutura para cuidar dela, com técnicas de enfermagem e fisioterapeuta.
Minha rotina é bastante espartana. Acordo às 5h15 para dar a primeira refeição à Flavia, por sonda, às 5h30. Às 8h, chega a técnica em enfermagem que faz a higiene dela, o banho de leito, massagem no corpo, às 9h chega o fisioterapeuta, às 10h ela toma água é retirada da cama e colocada na cadeira de rodas.
Às 11h, toma mais alimentação enteral. Às 12h30, desce para o jardim do prédio.
Às 13h30, volta para cama e é higienizada de novo. Às 14h, recebe um suco e virada na cama. Ela precisa de vigilância 24 horas por dia, senão ela se afoga [com a própria saliva].
A técnica fica até as 20h e depois sou que cuido dela sozinha até o dia seguinte. Fico com um olho aberto e outro fechado. Desenvolvi uma audição muito aguçada. Se ela faz qualquer ruído, pulo da cama e corro até ela.
Depois de anos de um profundo luto, comecei a perceber que outras crianças estavam sendo vítimas do mesmo tipo de acidente. A maioria não é fatalidade, é por negligência. E não dos pais.
Se a piscina onde seus filhos vão nadar está com o motor superdimensionado ou com o ralo quebrado, os pais não têm nem conhecimento e nem obrigação de verificar isso. Os locais que administram essas piscinas é têm essa obrigação de manter esses locais seguros. Existem hoje ralos com dispositivos que, mesmo que a criança encoste o cabelo, eles não sugam.
Em 2007, decidi criar um blog para alertar as pessoas para o perigo das piscinas e contar o dia a dia dos cuidados com a minha filha.
Comecei a pesquisar muito sobre legislação e, em 2010, vi que estava tramitando na Câmara Federal um projeto de lei para tornar as piscinas mais seguras no país, mas que não tratava da questão dos ralos, das cercas de proteção e salva-vidas.
Eu me juntei a dois peritos em segurança de piscina. Fizemos um projeto técnico e, em 2011, entregamos ao deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), mas nada aconteceu desde então [o parlamentar diz que está tentando apressar a tramitação da matéria e submetê-la à votação em plenário até março].
Acredito que se esse projeto já tivesse sido votado e aprovado, todos esses acidentes poderiam ter sido evitados. A lei por si só não funciona, precisa ser seguida de fiscalização e punição. É o que acontece com as leis de trânsito.
Por que um ralo de piscina fica sem a tampa, sem proteção ou enferrujado? Porque não tem punição. É um absurdo que 16 anos depois do acidente da Flavia as piscinas continuem sendo verdadeiras armadilhas submersas.
Vou continuar lutando para ver essa lei aprovada e funcionando. É uma forma de resgatar a cidadania da minha filha que foi roubada. Quando eu procuro pais de outras vítimas dos ralos, eles dizem: "Eu quero esquecer. Nada que eu faça vai trazer meu filho de volta".
Eu penso diferente. Essa lei não vai servir para a minha filha, nada vai trazê-la de volta. Os médicos dizem que o estado é irreversível. A minha dor também é irreversível.
Mas quando a gente usa a dor coletivamente, você transforma essa dor de luto para luta. Acaba dando um certo sentido a algo que não tem nenhum.
Que sentido tem uma criança de dez anos, linda, saudável, perder todos os sonhos como aconteceu com a minha menina? Eu quero que outras crianças não passem pelo o que minha filha passa e que outras mães não passem pelo o que eu passo.
É uma perda lenta e diária. Lembro-me da vozinha alegre dela e começo a imaginar o que ela poderia estar fazendo hoje adulta.

Com o blog, é como se eu estivesse dando voz à minha filha. É como se, mesmo em coma, ela estivesse agindo, atuando. É a nossa janela para o mundo.
FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1395163-ha-16-anos-mae-cuida-da-filha-em-coma-apos-ser-sugada-em-piscina.shtml

ESCLEROSE MÚLTIPLA: SPRAY DE MACONHA

França autoriza tratamento à base de cannabis para esclerose múltipla

Medicamento, já comercializado na Grã-Bretanha e Alemanha, é recomendado a pacientes que não responderam à terapia convencional

Sativex: Spray a base de maconha é indicado para tratar esclerose múltipla
Sativex: Spray a base de maconha é indicado para tratar esclerose múltipla (GWPharma)
A França autorizou nesta quinta-feira o lançamento comercial do Sativex, um spray bucal que contém substâncias derivadas da cannabis e que é prescrito para aliviar as dores ocasionadas pela esclerose múltipla. A decisão "é uma etapa prévia à comercialização do produto, que será realizada por iniciativa do laboratório", declarou o Ministério da Saúde do país. O spray já é comercializado em outros países europeus.
A causa da esclerose múltipla ainda é desconhecida e não há cura para a doença. Sabe-se que ela ocorre quando há danos ou destruição da mielina, uma substância que envolve e protege as fibras nervosas do cérebro, da medula espinhal e do nervo óptico. Quando isso acontece, são formadas áreas de cicatrização, ou escleroses, e surgem diferentes sintomas sensitivos, motores e psicológicos.
O Sativex, produzido pelo laboratório britânico GWPharma, combina as duas principais substâncias extraídas da cannabis: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD). O produto foi autorizado em 2010 por órgãos reguladores da Grã-Bretanha como uma terapia de segunda linha para tratar espasticidade em pacientes com esclerose múltipla — ou seja, em indivíduos que não responderam às drogas principais. A espasticidade, um sintoma comum da doença, ocorre quanto há um aumento do tônus muscular, podendo desencadear espasmos involuntários, distúrbios de sono e dores. Depois da Grã-Bretanha, outros países, entre eles Espanha, Alemanha e Dinamarca, segundo a farmacêutica, aprovaram o produto.
Na França, o Sativex será comercializado por outro laboratório, o Almirall. Segundo o Ministério da Saúde do país, o tratamento com o spray deverá ser iniciado por médicos de hospital.
Contrários — Um artigo científico publicado em dezembro de 2012 no periódico britânico Drug And Therapeutics Bulletin afirmou que não há evidências que comprovem a eficácia da maconha na redução dos sintomas da esclerose múltipla, como outras pesquisas haviam sugerido. Para os autores do texto, os estudos feitos sobre o assunto até então são limitados.

domingo, 5 de janeiro de 2014

CRIANÇAS BRASILEIRAS FUMANTES PASSIVAS


Segundo pesquisa, crianças brasileiras fumantes passivas desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e duas vezes mais morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.
São Paulo - Um estudo sobre o tabagismo passivo revelou que 51% das crianças até 5 anos são consideradas fumantes passivas por causa do vício dos pais. A pesquisa foi coordenada pelo diretor do Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (USP), João Paulo Lotufo. Segundo a pesquisa, essas crianças desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e duas vezes mais morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.

Segundo ele, a pesquisa foi feita com a urina do fumante e de alguém da família que não fuma quando foi constatada a presença de nicotina também no sangue dos fumantes passivos.
“O fumante passivo também corre o risco de dependência e de inflamação das mucosas. Todos os que têm tendência a desenvolver doenças como as otites, rinites, bronquites, asma, vão sofrer e ter mais problemas. Nesses casos a mucosa já é inflamada e com a fumaça isso piora muito”.


Ele destacou que muitos pais alegam que fumam fora de casa para não prejudicar os filhos, mas isso não adianta, pois o cheiro do cigarro fica no corpo e nas roupas do fumante e, consequentemente, as crianças acabam respirando isso. “Só o cheiro já é motivo de inflamação. Sem dúvida é melhor fumar fora, mas o ideal é parar de fumar. Pelo menos 305 de quem vem ao ambulatório para parar de fumar, tem como motivação os filhos”.

Lotufo observou que depois que São Paulo aprovou a Lei Antifumo houve diminuição dos casos de doenças cardiocirculatórias. “Infelizmente são só sete estados que tem essa lei em vigor. O Brasil ainda não é um ambiente livre de fumaça, mas a lei que abrange todo o país já foi aprovada, mas ainda não regulamentada. Estamos em um movimento para que ela ente em vigor o quanto antes”.

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
Publicação: 17/12/2013 10:11 Atualização: 17/12/2013 10:12
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