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terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

PROJETO CIDADE LIMPA! MATINHOS - PR

A Prefeitura de Matinhos, por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente implantou, recentemente, o PROJETO CIDADE LIMPA - DESEJO DE TODOS, RESPONSABILIDADE DE CADA UM!

A municipalidade  espera que moradores, veranistas e turistas encampem a ideia: CIDADE LIMPA - DEVER DE TODOS! 

As populações local e visitante estão sendo orientadas sobre separação e descartes adequados de resíduos gerados, além de obterem informações sobre coleta urbana diária e mutirão de limpeza.

Outro ponto que está chamando a atenção da comunidade, conforme destaca o Secretário Ari Nomax, é a troca de cascas dos cocos já aproveitados por mudas de plantas semeadas em cascas de coco. Esta troca é feita na base 3X1, ou seja, 3 cascas que seriam jogadas no lixo por uma casca com mudas plantadas. 

Há previsão também para o reaproveitamento destas cascas de coco cujo destino hoje é o lixo e a um custo altíssimo à municipalidade!

E, nesta ação, o INSTITUTO PLURAL também está dando o seu quinhão!!














INSTITUTO PLURAL e PREFEITURA MUNICIPAL DE MATINHOS - PR

 


Em uma visita institucional à Prefeitura Municipal de Matinhos - PR, no dia 15 de fevereiro deste ano, o Presidente do Instituto Plural, Joni Silva Correia,  encontrou-se com o Procurador Jurídico do município, Dr. RONYSSON PONTES. 

Na oportunidade, reafirmado ficou o compromisso de, por meio da filial da nossa entidade (já criada e em Matinhos  registrada) realizarmos um profícuo trabalho, sob os princípios da Política Nacional de Assistência Social e por meio de projetos como o denominado PROJETO PCD – PDC – PDR: DEFESA E GARANTIA DE DIREITOS (PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS (PCD), PESSOAS COM DOENÇAS CRÔNICAS (PDC) e PESSOAS COM DOENÇAS RARAS (PDR).

Entendemos ser esta uma proposta relevante para uma população que esteja econômica e  socialmente vulnerável, eis que será uma ação permanente,planejada, continuada, de caráter preventivo e proativo; nossos atendimentos serão sempre 100% gratuitos e observaremos fortemente o princípio da universalidade.

Fizemos questão também de solicitar apoio a nossa busca de recursos para a instalação ali de uma fábrica de gelo, que atenderá plenamente os desejos e interesses dos vendedores ambulantes e dos que trabalham nos quiosques daquela orla marítima.

Reunião proveitosa graças à fidalguia do anfitrião:ótimos frutos serão colhidos! 






domingo, 14 de fevereiro de 2021

INSTITUTO PLURAL e os TRABALHADORES DA AREIA DE MATINHOS – PR

Planejamento bem feito garante ótimo resultado! Verificamos in loco o resultado de muitos períodos de trabalho.  





















Trabalhadores da areia de Matinhos – PR estão prestando ótimo atendimento aos seus clientes (não só da Praia Brava de Caiobá), oferecendo produtos de qualidade com ótimos preços. Estes profissionais foram credenciados ao trabalho na areia pela Prefeitura Municipal que, por meio de seus setores de fiscalização e vigilância sanitária, monitora a situação.  

Apoio decisivo de parceiros como NISSEI e INSTITUTO PLURAL fez com que uma parte das agruras destes profissionais, provocadas pela COVID 19, fosse minimizada: a eles foram fornecidas camisetas e máscaras personalizadas, melhora de acesso à praia e barraca própria como ponto de apoio logístico.

Planos para assessoramento a este grupo de profissionais  e suas famílias estão sendo gestados pelo INSTITUTO PLURAL, sob os princípios da Política Nacional de Assistência Social. Contatos também já foram mantidos com parlamentares paranaenses com o fito de obter recursos, por meio de suas emendas parlamentares, para serem investidos em uma FÁBRICA DE GELO, por exemplo.

Ótimo 2021 para todos!

 


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

EQUOTERAPIA: método de reabilitação

 


·              A Lei 13.830, de 2019, que regulamenta a equoterapia como método de reabilitação de pessoas com deficiência, foi sancionada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. A publicação no Diário Oficial da União ocorreu em 14 de maio de 2019.

·         A nova legislação determina que a prática de reabilitação — que utiliza o cavalo em abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação voltada ao desenvolvimento biopsicossocial da pessoa com deficiência — será exercida por uma equipe multiprofissional, integrada por médico, médico veterinário e profissionais como psicólogo, fisioterapeuta e da equitação.

·         Também poderão fazer parte da equipe pedagogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e professores de educação física, desde que possuam curso específico na área da equoterapia. Outra exigência é que deve haver o acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo praticante, por meio de um registro periódico, sistemático e individualizado das informações em prontuário.

·         Os centros de equoterapia somente poderão operar se obtiverem alvará de funcionamento da vigilância sanitária, de acordo com as normas sanitárias previstas em regulamento. Esses centros devem ser responsáveis pelo atendimento médico de urgência ou pela remoção para unidade de saúde, em caso de necessidade.

·         O autor da proposta, senador Flávio Arns (Rede-PR), argumenta que a interação com o cavalo e o ato de montar, desenvolve novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima. De acordo com o projeto, a prática passa a ser condicionada a um parecer favorável, com avaliação médica, psicológica e fisioterápica.

·         O texto aprovado é um substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD 13/2015) ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 264/2010.

·         A lei entra em vigor em 180 dias.

·         Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

·         Fonte: Agência Senado

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO LISTA 40 PROFISSÕES NA ÁREA DE SAÚDE!

Saiba quem se enquadra na lista:  

Profissionais da saúde 

  • médicos,

  •  enfermeiros,

  • nutricionistas,

  • fisioterapeutas,

  • terapeutas ocupacionais,

  • biólogos, biomédicos,

  • farmacêuticos,

  • odontólogos,

  • fonoaudiólogos,

  • psicólogos,

  • assistentes sociais,

  • profissionais da educação física,

  • médicos veterinários e seus respectivos técnicos e auxiliares; 

Profissionais que atuam em cuidados domiciliares  

  • cuidadores de idosos 

  • doulas/parteiras.

Também serão imunizados na primeira fase os funcionários do sistema funerário que tenham contato com cadáveres potencialmente contaminados. No documento, a Sesa acrescenta que a vacina “também será ofertada para acadêmicos em saúde e estudantes da área técnica em saúde em estágio hospitalar, atenção básica, clínica e laboratorial”. 

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/saiba-quais-os-profissionais-da-area-da-saude-que-podem-se-vacinar-contra-covid-19-na-primeira-fase-1.3038153

A TRÁGICA HISTÓRIA DE NIKOLA TESLA!


 

domingo, 7 de fevereiro de 2021

COLESTEROL FAZ MAL?

 Cientistas questionam causalidade entre colesterol e doenças cardiovasculares


E se o colesterol não fizer mal?

Na ciência, às vezes uma nova perspectiva pode virar nossa interpretação dos dados de cabeça para baixo, exigindo o que os cientistas chamam de uma "mudança de paradigma".

Por exemplo, houve, e continua havendo, desacordos ferozes na ciência da nutrição sobre o que constitui uma dieta saudável.

Uma das controvérsias-chave envolve o papel das gorduras saturadas na saúde e nas doenças.

As gorduras saturadas são conhecidas por aumentar os níveis de colesterol no sangue, e o aumento do colesterol no sangue é frequentemente observado em pessoas que desenvolvem doenças cardiovasculares.

Por conta disso, há mais de meio século a maioria dos cientistas tem dito que as gorduras saturadas na dieta promovem doenças cardíacas porque aumentam o colesterol no sangue.

Mas, no mundo real - e não na interpretação dos cientistas - duas coisas estarem juntas (associação) não significa que uma delas causa a outra (causalidade).

Hipótese dieta-coração

Agora, um novo modelo explicativo está desafiando essa chamada "hipótese dieta-coração", defendendo uma explicação alternativa para essa ligação dieta-colesterol-doenças cardiovasculares.

Três cientistas noruegueses estão contestando a hipótese dieta-coração como uma pergunta simples e direta: "Por que as gorduras saturadas aumentam o colesterol no sangue e por que isso seria perigoso? "

Afinal, as gorduras saturadas ocorrem naturalmente em uma ampla variedade de alimentos, incluindo o leite materno.

"O colesterol é uma molécula extremamente importante para todas as células do corpo," explica a professora Marit Zinöcker, da Universidade Bjorknes (Noruega). "Uma célula é cercada por uma membrana fluida que controla a função celular, e as células dependem da capacidade de incorporar uma certa quantidade de moléculas de colesterol, para que suas membranas não se tornem muito rígidas ou muito fluidas."

"A base do modelo é que, quando as gorduras saturadas substituem as gorduras poli-insaturadas na dieta, é necessário menos colesterol nas membranas celulares," explica ela.

O oposto é verdadeiro quando se ingere mais ácidos graxos poli-insaturados, que incluem os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6. "Isso ocorre porque as gorduras poli-insaturadas da dieta entram em nossas membranas celulares e as tornam mais fluidas. As células ajustam a fluidez das suas membranas incorporando o colesterol recrutado da corrente sanguínea," explica Zinöcker.

Segundo o modelo apresentado pelos pesquisadores, isso pode explicar por que os níveis de colesterol sanguíneo diminuem quando comemos mais gorduras poli-insaturadas.

Os pesquisadores chamaram seu novo modelo de "Adaptação Homeoviscosa aos Lípides na Dieta" (HADL, Homeoviscous Adaptation to Dietary Lipids).


Ácidos graxos

Em seu artigo, os pesquisadores discutem outras razões para o colesterol LDL elevado em pessoas com doenças cardiovasculares, como inflamação de baixo grau e resistência à insulina.

Isso indica que o colesterol sanguíneo elevado causado por distúrbios metabólicos deve ser desacoplado do colesterol sanguíneo elevado causado por uma grande mudança na ingestão de ácidos graxos saturados da dieta. E também questiona o benefício de reduzir o colesterol no sangue adicionando ácidos graxos poli-insaturados à dieta, e não lidando com a causa primária.

"Há, na melhor das hipóteses, indícios fracos de que uma alta ingestão de gordura saturada causa doenças cardíacas," acrescenta o professor Simon Dankel. "Os dados gerais são inconsistentes e não convincentes, para não mencionar a falta de uma explicação lógica biológica e evolutiva. Além disso, as pessoas com distúrbios metabólicos muitas vezes não apresentam as mudanças esperadas no colesterol no sangue quando mudam sua ingestão de gordura, sugerindo falta de resposta normal."

Os pesquisadores afirmam que, embora o modelo seja baseado no conhecimento existente dos mecanismos celulares, ele ainda precisa ser verificado, recomendando à comunidade científica que discuta o modelo e testem-no com todos os dados que tiverem disponíveis.


Checagem com artigo científico:

Artigo: The homeoviscous adaptation to dietary lipids (HADL) model explains controversies over saturated fat, cholesterol, and cardiovascular disease risk
Autores: Marit Kolby Zinöcker, Karianne Svendsen, Simon Nitter Dankel
Publicação: The American Journal of Clinical Nutrition
Vol.: nqaa322
DOI: 10.1093/ajcn/nqaa322

EXAME DE URINA PARA DETECTAR CÂNCER DE PRÓSTATA!

 Exame de urina detecta câncer da próstata com quase 100% de precisão

Redação do Diário da Saúde

Exame de urina detecta câncer da próstata com quase 100% de precisão
A inteligência artificial analisa múltiplos biomarcadores na urina, garantindo quase 100% de precisão no diagnóstico.
[Imagem: Hojun Kim et al. - 10.1021/acsnano.0c06946]


câncer de próstata é um dos cânceres mais comuns entre os homens.Exame de urina para câncer de próstata

Além do toque retal, o único instrumento à disposição dos médicos para diagnosticar a condição é o exame do PSA (Antígeno Específico da Próstata), um biomarcador no sangue que pode indicar o câncer.

No entanto, com a precisão do diagnóstico via PSA sendo tão baixa quanto 30%, um número considerável de pacientes acaba sendo submetido a biópsias invasivas adicionais, sofrendo com seus efeitos colaterais, como sangramento e dores, além do impacto emocional.

Pesquisadores do Instituto Coreano de Ciência e Tecnologia desenvolveram agora uma técnica para diagnosticar o câncer de próstata a partir da urina com quase 100% de precisão.

A nova técnica, que dá resultados em apenas vinte minutos, foi criada introduzindo um método de inteligência artificial na análise dos dados colhidos por um biossensor ultrassensível.

Por ser um método não invasivo, um teste de diagnóstico que utiliza urina é conveniente para os pacientes e dispensa a biópsia invasiva, diagnosticando assim o câncer sem efeitos colaterais.

Exame com inteligência artificial

E por que os cientistas não haviam feito isso antes?

Ocorre que a concentração dos "fatores indicativos de câncer" na urina é muito baixa, de forma que biossensores que analisam a urina têm sido utilizados até agora apenas para classificar grupos de risco, em vez de para um diagnóstico preciso.

Hojun Kim e seus colegas tiveram que trabalhar em três frentes para superar essa deficiência: primeiro, eles desenvolveram um biossensor mais sensível; segundo, eles passaram a analisar simultaneamente diferentes tipos de fatores de câncer, em vez de apenas um; e, finalmente, usaram a inteligência artificial para analisar os complexos padrões dos sinais detectados, identificando apenas os sinais associados ao câncer de próstata.

Em um primeiro ensaio de avaliação, o sistema com inteligência artificial identificou o câncer de próstata em 76 amostras urinárias com quase 100% de precisão.

"Para pacientes que precisam de cirurgia e/ou tratamentos, o câncer será diagnosticado com alta precisão, utilizando a urina para minimizar biópsias e tratamentos desnecessários, o que pode reduzir drasticamente os custos médicos," disse o professor In Gab Jeong, coordenador da equipe.

Serão necessários ensaios clínicos com números maiores de pacientes para que o novo teste diagnóstico possa ser colocado em uso clínico.

  • Checagem com artigo científico:

Artigo: Noninvasive Precision Screening of Prostate Cancer by Urinary Multimarker Sensor and Artificial Intelligence Analysis
Autores: Hojun Kim, Sungwook Park, In Gab Jeong, Sang Hoon Song, Youngdo Jeong, Choung-Soo Kim, Kwan Hyi Lee
Publicação: ACS Nano
DOI: 10.1021/acsnano.0c06946

sábado, 6 de fevereiro de 2021

LEI BRASILEIRA DE INCLUSÃO!

LEI Nº 13.146, DE 06 DE JULHO DE 2015, institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).



O que é a Lei Brasileira de Inclusão?

A Lei Brasileira de Inclusão – LBI, também conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, é um conjunto de normas destinadas a assegurar e a promover, em igualdade de condições, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais por pessoas com deficiência, visando à sua inclusão social e a cidadania.

A Lei foi editada em 06 de julho de 2015, mas entrou em vigor (passou a ter validade) no dia 03 de janeiro de 2016, após cumprir um período de vacância (período destinado à assimilação do conteúdo da nova lei) de 180 dias. Esta Lei passou a beneficiar mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência, de acordo com os dados do IBGE.

A Lei Brasileira de Inclusão foi criada a fim de dar efetividade à Convenção Internacional da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados pelo Brasil, em Nova York, no dia 30 de março de 2007.

A principal inovação da LBI foi a mudança no conceito jurídico de “deficiência”, que deixou de ser considerada como uma condição estática e biológica da pessoa, passando a ser tratada como o resultado da interação das barreiras impostas pelo meio com as limitações de natureza física, mental, intelectual e sensorial do indivíduo, conforme disposto no artigo 2º, in verbis:

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.

No entanto, mais do que o conceito de deficiência, a LBI trata de diversas ferramentas para garantir que todos os direitos das pessoas com deficiência sejam respeitados, e para que possam se defender da exclusão, da discriminação, do preconceito e da ausência de acesso real à todos os setores da sociedade.

 

https://www.politize.com.br/lei-brasileira-de-inclusao/

AUTISMO EM PALAVRAS: ISSO É AUTISMO!

 


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

EXERCÍCIOS FÍSICOS e COVID 19!

 Atividade física não é fator protetivo do agravamento da covid-19

Segundo Bruno Gualano, conforme a doença se agrava, a proteção gerada pelos exercícios físicos é reduzida e os fatores de risco se tornam determinantes para a evolução do quadro clínico

Por ser a covid-19 uma doença infecciosa, a prática de atividade física não necessariamente é benéfica ou garante o não agravamento do quadro clínico- Foto: Cecília Bastos / USP Imagens


A prática regular de atividade física não é fator determinante para evitar o agravamento da covid-19, informa estudo. Em caso de contaminação, os benefícios adquiridos pelos exercícios físicos diminuem conforme a doença se agrava e os fatores de risco se tornam preponderantes. A pesquisa foi realizada com cerca de 200 pacientes na faixa etária de 55 anos, majoritariamente com comorbidades e diferentes níveis de atividade física, internados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e no Hospital de Campanha do Ibirapuera.

Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Bruno Gualano, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da USP e especialista em Fisiologia do Exercício, explica que, conforme a covid-19 se agrava, a proteção do exercício físico é reduzida e os fatores de risco se tornam preponderantes, como a idade avançada e doenças crônicas já associadas aos quadros graves da infecção. “A prática de atividade física confere certo benefício para o paciente leve. No entanto, na medida em que a doença evolui, essa proteção diminui e aumenta a contribuição de outros fatores que já são conhecidos.”

A prática de exercício físico é favorável e colabora para a boa evolução do quadro clínico de diversas doenças e na abreviação do tempo de hospitalização e de internação em Unidade de Terapia Intensiva. Já no caso da covid-19, por ser uma doença infecciosa, o estudo verificou que a prática de atividade física não necessariamente é benéfica ou garante o não agravamento do quadro clínico: “O exercício físico diminui a prevalência das condições crônicas associadas ao agravamento da covid-19, porém, não é um elixir. O exercício físico regular não confere proteção absoluta ao paciente com covid-19, o tal do histórico de atleta não está imune à doença e seus efeitos”, informa o especialista.

Para Gualano, a atividade física é importante para reduzir fatores de risco que não só podem agravar a covid-19, mas também outras doenças. Contudo, é importante não associar a prática com uma suposta imunidade plena à covid-19. Atletas profissionais geralmente são acometidos por quadros leves da infecção, o que está atrelado ao alto nível de atividade física, alimentação regrada e estilo de vida saudável, diferente da população em geral. “Não podemos nos comparar a esses atletas. Não somos atletas profissionais e não podemos tomar como verdadeiro o que acontece com eles. Não existe fator protetivo absoluto contra o agravamento da covid-19. O estilo de vida em si não é um fator de proteção absoluto”, finaliza.


Jornal da USP no Ar 
Jornal da USP no Ar é uma parceria da Rádio USP com a Escola Politécnica, a Faculdade de Medicina e o Instituto de Estudos Avançados. No ar de segunda a sexta-feira: 1ª edição das 7h30 às 9h, com apresentação de Roxane Ré, e demais edições às 10h45, 14h, 15h e às 16h45. Você pode sintonizar a Rádio USP em São Paulo FM 93.7, em Ribeirão Preto FM 107.9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo do Jornal da USP no celular.

https://jornal.usp.br/ciencias/ciencias-da-saude/atividade-fisica-nao-e-fator-protetivo-do-agravamento-da-covid-19/

SINTOMAS PERSISTENTES PÓS-COVID!

 Dados preliminares mostram que 64% dos recuperados de covid têm sintomas persistentes

De acordo com estudo da USP em Ribeirão Preto, principais sintomas persistentes são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular, dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos

Por 
R
esultados preliminares de uma pesquisa com pacientes recuperados de covid-19, acompanhados pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, revelam que 64% têm algum sintoma persistente seis meses depois do início dos sintomas. Entre os pacientes atendidos pelo ambulatório pós-covid (MINC) do Hospital das Clínicas da FMRP, os principais sintomas persistentes são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular, dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos. Os dados são coletados pelo projeto Recovida, que acompanha, desde maio de 2020, sobreviventes da covid-19 para observar as repercussões da doença.

“O Recovida é um projeto que foi pensado logo no início da pandemia no Brasil. Começamos a pesquisar e organizar o estudo em abril do ano passado, no final desse mesmo mês ele foi aceito pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) e em maio começamos a coletar os dados”, conta a fisioterapeuta Lívia Pimenta Bonifácio, que desenvolveu o projeto em seu pós-doutorado na FMRP. “O objetivo é acompanhar pacientes sobreviventes da covid-19 na sua apresentação leve e na forma grave da doença e observar sua sobrevida, bem como a ocorrência de possíveis repercussões físicas, psicológicas ou sociais relacionadas à infecção ou ao seu tratamento.”

“Até o momento temos uma amostra de 177 pacientes acompanhados pelo Recovida entre casos com apresentação leve, moderada e grave da covid-19”, afirma Lívia. “Nossa meta é atingir 200 pacientes. No ambulatório MINC foram atendidos em torno de 230 pacientes no total, de maio a dezembro de 2020.”

Coleta de dados do projeto Recovida é realizada com os pacientes do ambulatório pós-covid (MINC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, que atendeu em torno de 230 pacientes de maio a dezembro de 2020, entre casos com apresentação leve, moderada e grave da covid-19,  para observar as repercussões da doença – Foto: Cedida pela pesquisadora

 

Para facilitar o entendimento da gravidade da doença, os pacientes foram divididos nos grupos leve, moderado e grave. “Estipulamos como critérios de classificação do estudo que os casos leves da covid-19 seriam aqueles pacientes com sintomas leves que não necessitaram de suporte de oxigênio e não foram internados”, descreve a fisioterapeuta. “Os casos moderados são de pacientes com sintomas leves a moderados que necessitaram de internação com suporte ou não de oxigênio e os casos graves, pacientes com sintomas de moderados a graves que necessitaram de internação, foram encaminhados ao CTI, necessitaram de intubação ou tiveram complicações seletas.”

Acompanhamento

No MINC o paciente recebe um atendimento médico habitual que segue um protocolo de avaliação clínica, física, de coleta de exames específicos e de imagem numa periodicidade estabelecida de fase aguda até um mês do início dos sintomas, três, seis e 12 meses de acompanhamento, que também é feito pelo Recovida  – Foto: Cedida pela pesquisadora

 

Aplicados os critérios de classificação, a pesquisa identificou 14,7% de casos leves, 44,6% de casos moderados e 40,7% de casos graves. “No MINC o paciente recebe um atendimento médico habitual que segue um protocolo de avaliação clínica, física, de coleta de exames específicos e de imagem numa periodicidade estabelecida de fase aguda até um mês do início dos sintomas, três, seis e 12 meses de acompanhamento, quando isso é possível, mas caso o paciente necessite de mais cuidados as consultas são mais frequentes”, diz Lívia. “O Recovida segue este mesmo protocolo de periodicidade de acompanhamento dos pacientes, inclusive na verificação dos exames estabelecidos pelo protocolo.”

Embora os resultados sejam preliminares, o estudo aponta que alguns sintomas são comuns e perduram por bastante tempo, e que podem ser sequelas. “Temos pacientes com mais de seis meses do início dos sintomas e que ainda referem algum ou alguns sintomas persistentes”, relata a fisioterapeuta. “Na fase aguda, vimos que os sintomas respiratórios são os mais comuns e mais marcantes, como tosse e a falta de ar (dispneia) assim como outros sintomas: febre, dor no corpo (mialgia), fadiga, dor de cabeça (cefaleia) e episódios de diarreia. Também há sintomas característicos da doença como alteração ou perda do paladar e do olfato.”

Com três meses do início dos sintomas as queixas respiratórias como tosse e falta de ar ainda permanecem, mas em menor porcentagem. “Nesse momento, novas queixas se apresentam, como perda de força muscular geral, algumas alterações na sensibilidade do corpo (parestesias), queda de cabelo e ressecamento da pele”, observa Lívia. “E os sintomas característicos relacionados ao paladar e olfato estão diminuídos/reduzidos (hiposmia e hipogeusia), mas começam a retornar ao estado normal sentido pelo paciente.”

De acordo com a fisioterapeuta, os resultados preliminares do estudo indicam que em torno de 64% dos pacientes têm ainda algum sintoma persistente com seis meses ou mais do início dos sintomas. “Os principais são fadiga, falta de ar, dor de cabeça, perda de força muscular e casos de queixas relacionadas à visão como uma dificuldade para enxergar ou incômodo nos olhos”, ressalta.

Enfrentamento

Segundo Lívia, os cuidados com os pacientes ajudam a traçar estratégias de enfrentamento da covid-19. “Acredito que seja importante acompanhar estes pacientes porque não sabemos ainda até quando os sintomas persistem, se serão de fato sequelas da covid-19 e quais consequências podem gerar na qualidade de vida pessoal e profissional destes pacientes”, diz. “Apenas os estudos, as pesquisas científicas bem delineadas, orientadas e fomentadas trarão estas informações estritamente necessárias para o combate à covid-19.”

O estudo conta com parcerias que complementam a avaliação do paciente. “A equipe da fisioterapia realizando exames de espirometria, oscilometria, teste de caminhada e teste de força, a de oftalmologia realiza exames mais específicos para acuidade visual dos pacientes com queixas visuais e a equipe de fonoaudiologia e CCP avaliam os pacientes que necessitaram de intubação ou traqueostomia para avaliar possíveis sequelas relacionadas à deglutição ou fonação”, aponta a fisioterapeuta. “Outros estudos parceiros da imunologia e oncologia analisam dados relacionados à genética. O Recovida é um estudo do tipo ‘guarda-chuva’ que trabalha e compartilha dados com estes parceiros e oferece aos pacientes recuperados da covid-19 uma avaliação bastante completa.”

Fisioterapeuta Lívia Pimenta Bonifácio e professor Fernando Bellissimo-Rodrigues, da FMRP – Foto: Cedida pela pesquisadora

 

A pesquisa é orientada pelo professor Fernando Bellissimo-Rodrigues, do Departamento de Medicina Social da FMRP. Também colaboraram com o estudo os professores Valdes Bollela, Rodrigo de Carvalho Santana, João Paulo Souza, Afonso Dinis Costa Passos, Amaury Lelis Dal Fabro, Benedito Antônio Lopes da Fonseca e prof. João Santana. O trabalho teve ainda colaboração dos projetos parceiros: professora Ada Clarice Gastaldi, junto com fisioterapeutas e alunos do curso de Fisioterapia, professora Rosália Antunes-Foschini e Ílen Ferreira Costa, da Oftalmologia, e a aluna de Enfermagem Ana Paula Sulino Pereira.

Mais informações: e-mail livia_pb@usp.br, com Lívia Pimenta Bonifácio

https://jornal.usp.br/ciencias/dados-preliminares-mostram-que-64-dos-recuperados-de-covid-tem-sintomas-persistentes/