Pesquisar este blog

sábado, 30 de março de 2013

quinta-feira, 21 de março de 2013

VIDA SEXUAL CONFESSA



A VIDA SEXUAL E A
Imagem inline 2
 Dois amigos se encontram depois de muitos anos.

Ficam conversando sobre as suas vidas até que um pergunta:

- E como vai a tua vida sexual ???...

- Igual à Coca-Cola.

- Uau, que beleza !!! 
 Cheia de gás, heim ?!!! ...
 
- Nada disso !!!  Antes era NORMAL, depois ficou LIGHT e agora é ZERO !!!!
 
Imagem inline 3



 FONTE: internet (autoria desconhecida, por enquanto). 


terça-feira, 19 de março de 2013

NO PAÍS DA ROSEMARY: "GOVERNO-NÔ-TÔ-NEM-AÍ"

Desarticulado, poder público abre espaço para ação de ONG’s

Com boa estrutura, ONG's chegam a oferecer complexos cursos técnicos
No atual contexto de atuação das Organizações Não-Governamentais, as ONG’s, no campo da educação profissional, pesquisa da Faculdade de Educação realizou um levantamento das instituições da sociedade civil presentes neste ramo, no município de São Paulo. Foram catalogadas 117 organizações, com mais de 150 unidades espalhadas por toda a cidade. Apesar de apresentarem boa estrutura física, e contar com bons profissionais, a desarticulação do poder público, muitas vezes, leva estas organizações a confundirem projetos educacionais, com modelos de socorro e assistência social para jovens carentes.
Reformulada no início dos anos 2000, a lei federal da aprendizagem, regida pelo Ministério do Trabalho, obriga empresas brasileiras, de médio e grande porte, a contratar adolescentes e jovens de 14 a 24 anos. No entanto, a falta de diálogo entre pastas do Trabalho, Educação e Assistência Social, deixa estes jovens desamparados, sem qualquer preparação para a entrada no mercado de trabalho. Com a dissertação de mestrado Educação profissional e organizações não governamentais: panorama dos cursos de formação profissional de jovens trabalhadores no município de São Paulo, a psicóloga Ana Paula Bellizia pretendeu conhecer como as ONG’s acabam se encarregando deste serviço.
Ana Paula conseguiu que 64 organizações, do total de ONG’s catalogadas na pesquisa, respondessem um questionário para conhecimento do serviço por elas prestado. Estas entidades eram responsáveis pela abertura de até 35 mil vagas anuais para jovens realizarem algum tipo de curso relacionado a orientação profissional. “Obtivemos respostas de ONG’s que ofereciam desde um complexo curso técnico de mecânica, até instituições que abriam vagas para cursos preparatórios de capacitação genérica para o trabalho e para a vida”, conta a psicóloga.
Estrutura
Apesar da grande maioria das ONG’s não serem reconhecidas oficialmente pelo Ministério da Educação (MEC), muitas delas possuem boa estrutura física e de pessoal. Dados apontam que mais de 80% destas organizações trabalham com menos de 30 alunos por sala, por exemplo, número impensável para a maioria das escolas públicas paulistanas.

“Um mito derrubado foi que apenas voluntários, e portanto, pessoas sem comprometimento profissional, trabalhavam nas ONG’s. Segundo as próprias organizações, mais de 90% de seus funcionários são contratados”, explica Ana Paula. A psicóloga ainda conta que 30% das instituições contam com psicólogos, pedagogos e assistentes sociais trabalhando em conjunto.
Outros dados, no entanto, preocupam. Do total de ONG’s estudadas, 10 afirmam ter apenas educadores com o ensino médio completo, sem nenhuma formação técnica específica. De outro lado, somente 20 organizações afirmam ter educadores com licenciatura, formação exigida pelo MEC para ser professor.
Financiamento
Uma das grandes críticas às ONG’s, em geral, é a maneira como elas se mantém financeiramente. Muitas pessoas contrárias a estas instituições afirmam que, apesar de formalmente serem “não-governamentais”, a grande maioria delas funciona com investimento de dinheiro público.

De fato, das organizações que participaram da pesquisa, apenas 27% não depende de dinheiro público para funcionar. Outros 22% das instituições dependem exclusivamente de verbas municipais e estaduais para fornecer seus cursos de formação profissional. No entanto, para Ana Paula, este não é o principal motivo de preocupação. Segundo a psicóloga, é preciso estar atento a pasta de origem destes recursos, ou seja, qual a intenção do poder público ao investir nesta área.
“Quase todo o dinheiro público investido nas ONG’s provedoras de educação profissional vêm das pastas de Assistência Social e Trabalho”, diz Ana Paula. Isto denota o desinteresse das pastas de Educação acerca do tema. Para o poder público, este tipo de formação oferecida aos jovens de baixa renda não se constitui como uma forma de educação, e sim uma espécie de socorro social. Uma ajuda pontual, sem grandes contribuições para a formação acadêmica destas pessoas.
Teoria X Prática 
E não é apenas o poder público, o governo ou o Ministério da Educação que não reconhece o trabalho das ONG’s como um esforço educacional. Muitos dos próprios trabalhadores dos projetos destas organizações nem mesmo têm a plena consciência de que fazem educação profissional. Preocupadas com o futuro dos jovens acolhidos em cada um dos programas oferecidos, parte das organizações acredita fazer prioritariamente um trabalho de Assistência Social.

“As ONG’s estão muito ocupadas com a assistência social, e não há espaço para a discussão sobre os conceitos de educação profissional”, afirma Ana Paula. Segundo a psicóloga, este é um quadro que precisa de maior atenção pois, nesse contexto, educação, assistência social e trabalho são áreas indissociáveis, que precisam funcionar juntas. “O trabalho é o que nos torna humanos. A educação tem sentido prático quando focada neste conceito. Então, não é preciso optar entre a teoria e à prática, uma vez que o trabalho é parte essencial da vida,”, conclui.
Imagem: Cecília Bastos / USP Imagens
Mais informações: email anapaulabelz@gmail.com, com a psicóloga Ana Paula Bellizia
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=131411

TUBERCULOSE e a TECNOLOGIA MÓVEL


Tecnologia móvel auxilia controle da tuberculose
Camila Ruiz, da Assessoria de Imprensa da EERPimprensa.rp@usp.br
tuberculose
Pesquisadores da USP utilizam aplicativo móvel instalado em smartphones com sistema operacional Android para operar um sistema integrado e padronizado de registro para o acompanhamento do tratamento dos pacientes com tuberculose.  O aplicativo foi criado pelo professor Domingos Alves, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, e por dois alunos sob sua orientação. A cidade de  Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, pelo alto número de casos da doença, foi escolhido para o teste piloto da implantação dessa nova tecnologia, que já recebe apoio da Secretaria Estadual e Ministério da Saúde para expandir o seu uso em outros municípios do Brasil.
Uma das coordenadoras do projeto, professora Tereza Cristina Scatena Villa, da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP afirma que a duração do tratamento pode ser de, no mínimo seis meses, sendo que a ingestão dos medicamentos precisa ser supervisionada e registrada diariamente por um profissional de saúde. Nesse sentido, diz ela, o aplicativo permite que o profissional tenha acesso fácil às informações de cadastro e de acompanhamento do paciente. “Ele pode, ainda, inserir novas informações para o gerenciamento clínico do caso, como exames realizados (baciloscopia e RX), esquema terapêutico, além de ações para avaliação das pessoas que entraram em contato com os doentes, uma vez que a tuberculose é transmitida pelo ar.”
A professora também destaca que “muitos pacientes com tuberculose recebem diariamente o medicamento em seu próprio domicílio e este fato justifica ainda mais a importância do uso da tecnologia móvel [smartphones], uma vez que o profissional de saúde terá na tela do celular todas as informações para um melhor acompanhamento do paciente, permitindo atualizar as informações em tempo real”.
Pretende-se ainda, diz ela, que o dispositivo substitua diversos formulários de acompanhamento dos casos de tuberculose, assim as informações serão complementadas e registradas, por meio de relatórios semanais e mensais, junto ao Sistema de Informação Estadual e Nacional sobre Tuberculose. “Com isso será evitada a perda de informações e permitida uma real avaliação da situação epidemiológica da doença. O uso dessa tecnologia inovadora também permitirá o agrupamento sistematizado das informações. Assim, os profissionais terão acesso aos dados do usuário centralizados em um único local, facilitando a tomada de decisão em relação à terapêutica e evitando a duplicidade de registros.”
Já para o paciente, as vantagens são muitas. “Ele terá uma diminuição nos gastos com deslocamento ao serviço, pois poderá agendar consultas e receber informações durante a medicação supervisionada no domicílio.”
Testes
Os testes do novo aplicativo começaram em janeiro deste ano em uma Unidade de Saúde de Ribeirão Preto. Segundo Nathalia Halax, aluna de mestrado da EERP e uma das responsáveis pela realização do teste, junto com Nathalia Crepaldi, graduada em Informática Biomédica da USP, essa iniciativa é muito motivadora para todos e, principalmente, para os profissionais de saúde, que reconhecem a importância do dispositivo na sistematização dos registros. “O interesse dos profissionais vai além do esperado. Eles acreditam que os pacientes e o próprio serviço têm muito a ganhar com a utilização da tecnologia móvel em termos de acesso a informações atualizadas de resultados de exames e outras intercorrências que ocorrem durante o tratamento”, afirma Nathalia.

Até o início deste mês, foi feito o cadastramento de aproximadamente 30 pacientes em tratamento na Unidade de Saúde, para os ajustes necessários e capacitação dos profissionais para a utilização da tecnologia móvel de gerenciamento da assistência à Tuberculose.
O projeto multicêntrico Estudo de pontos de estrangulamento do controle da tuberculose na atenção primária, do Ministério da Ciência, Técnologia e Inovação; Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); e Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estatatégicos (SCTIE); e Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit), área de Pesquisa em Doenças Negligenciadas; é coordenado pelos professores Tereza Cristina Scatena Villa, da EERP, e Antônio Ruffino-Netto, da FMRP.
Além dos coordenadores, participam desse projeto o professor Domingos Alves, da FMRP; os professores Pedro Fredemir Palha, Ricardo Alexandre Arcêncio e Aline Aparecida Monroe, da EERP; e alunos de graduação e pós-graduação de ambas as unidades de ensino. “É uma pesquisa que constitui um trabalho em rede com a participação de quatro faculdades de Medicina: USP, Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio), Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Faculdade de Medicina de Sâo José do Rio Preto (Famerp); e nove de enfermagem: USP, Uni-Rio, UFRN, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e Universidade do Estado do Amazonas (UEAM), além de profissionais de saúde municipais, estaduais e do Ministério da Saúde, procurando fortalecer o elo ensino-pesquisa-assistência.”
Foto: Sxc.hu
Mais informações: (16) 3602-3407
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=131183

O FUMO e a SOBREVIVÊNCIA


__________________________________________________________
Drauzio   Varella
Drauzio Varella é médico cancerologista. Por 20 anos dirigiu o serviço de Imunologia do Hospital do Câncer. Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids no Brasil e do trabalho em presídios, ao qual se dedica ainda hoje. É autor do livro "Estação Carandiru" (Companhia das Letras). Escreve aos sábados, a cada duas semanas, na versão impressa de "Ilustrada".
___________________________________________
Folha Ilustrada, 09/03/2013

Drauzio Varella

O fumo e a sobrevivência

 
Para quem gosta de morrer mais cedo, o cigarro é arma de eficácia incomparável. Ele reduz de tal forma a duração da vida que nenhuma medida isolada de saúde pública tem tanto impacto na redução da mortalidade quanto parar de fumar.
 
Acaba de ser publicado o levantamento mais completo sobre os índices de mortalidade em fumantes e ex-fumantes. Os dados foram colhidos entre 113.752 mulheres e 88.496 homens, de 25 a 79 anos de idade, acompanhados durante 7 anos.
 
Em média, os fumantes consumiam mais álcool, tinham nível educacional mais baixo e índice de massa corpórea menor do que o dos ex-fumantes e daqueles que nunca fumaram.
 
Cerca de 2/3 dos que foram ou ainda são fumantes adquiriram a dependência antes dos 20 anos, dado que explica o esforço criminoso da publicidade dirigida para viciar crianças e adolescentes.
 
As curvas de mortalidade revelaram que:
1 - Continuar fumando encurta 11 anos na vida de uma mulher e 12 anos na vida do homem.
2 - Comparado com os que nunca fumaram, o risco de morte de um fumante é três vezes maior. Mulheres correm riscos iguais aos dos homens, confirmando o adágio "mulher que fuma como homem, morre como homem".
3 - Uma pessoa que nunca fumou tem duas vezes mais chance de chegar aos 80 anos. Na mulher de hoje, a probabilidade de sobreviver até essa idade é de 70%, número que cai para 38% nas fumantes. Nos homens esses valores são de 61% e 26%, respectivamente.
4 - A diferença de sobrevida é explicada pela incidência mais alta de câncer, doenças cardiovasculares, doenças pulmonares obstrutivo-crônicas (como o enfisema) e outras enfermidades provocadas pelo fumo. As causas de morte mais frequentes são câncer de pulmão, infarto do miocárdio e derrame cerebral.
5 - Na faixa de 25 a 79 anos de idade, cerca de 60% de todas as mortes são causadas pelo cigarro.
6 - O risco de desenvolver doenças pulmonares obstrutivo-crônicas nas mulheres que fumam é 22 vezes mais alto; nos homens é 25 vezes maior.
 
Foi analisado também o impacto de parar de fumar na redução da mortalidade.
1 - Quanto mais cedo alguém deixa de fumar, mais tempo vive.
2 - As curvas de sobrevida dos que se livraram do cigarro entre os 25 e os 34 anos de idade são praticamente idênticas às dos que jamais fumaram. Parar nessa faixa etária faz ganhar pelo menos 10 anos de vida.
3 - As curvas dos que pararam dos 35 aos 44 anos são um pouco mais desfavoráveis. Ainda assim, largar de fumar nessa fase permite viver nove anos mais.
4 - Comparados com os que nunca fumaram, ex-fumantes que pararam ao redor dos 39 anos ainda apresentam mortalidade 20% mais alta. Embora significante, esse número é pequeno em relação ao risco 200% maior que correriam se continuassem fumando.
5 - Parar de fumar dos 45 aos 54 anos reduz 2/3 da mortalidade geral e faz ganhar em média seis anos de vida. Os que o fazem entre 55 e 64 anos vivem em média quatro anos mais.
6 - O câncer de pulmão está associado ao maior risco de morte entre os ex-fumantes.
 
O fato de nas últimas décadas os fumantes terem aderido em massa aos assim chamados cigarros de baixos teores não alterou em nada a mortalidade.
No caso das doenças pulmonares obstrutivas, que evoluem com falta de ar progressiva, foi até pior: a incidência mais do que duplicou desde a década de 1980. 
A explicação se deve às mudanças que a indústria introduziu na produção de cigarros: o uso de variedades de fumo geneticamente selecionadas para reduzir o pH da fumaça, o emprego de papel mais poroso e filtros com mais perfurações, tornaram menos aversivas, mais profundas e prolongadas as inalações, expondo aos efeitos tóxicos grandes extensões do tecido pulmonar. 
Como o cigarro perde espaço no mundo industrializado, e em países como o Brasil, as multinacionais têm agido com agressividade nos mercados asiáticos e africanos, valendo-se da falta de instrução das populações mais pobres e da legislação frouxa que permite a publicidade predatória.
 Os epidemiologistas estimam que essa estratégia macabra fará o número de mortes causadas pelo cigarro _que foi de 100 milhões no século 20, saltar para 1 bilhão no século atual.

TABAGISMO e o FIM DO MUNDO

E ATÉ LÁ? O QUE FARÁ PARA ACABAR COM ESTA INDÚSTRIA DA MORTE?

Como parece que o fim do mundo está gravado na mente humana, as preocupações atuais se concentram nos males que poderão ser ocasionados pelo aquecimento global.
Segundo o IPCC, órgão da ONU que monitora as mudanças climáticas, o perigo poderá estar em todo o planeta por volta de 2100, quando a Terra poderá ter uma temperatura média 2º C mais alta.
Mas não será preciso esperar pelas incertezas das previsões climáticas.
Quem quiser se preocupar com uma catástrofe que tirará a vida de 1 bilhão de pessoas até 2100 basta se lembrar do cigarro.
"A única entidade no mundo que se beneficiará se o cigarro for passado para a próxima geração de crianças pobres do mundo será a indústria do cigarro," disse Gregory Connolly, membro de um painel internacional que discutiu o assunto.
"Todas as outras indústrias que produzem bens de consumo e serviços vão perder, não se beneficiar, e o mesmo é verdade para as economias das nações pobres e seus cidadãos se o fumo não for banido," acrescenta.
Um após o outro, todos os participantes da conferência alertaram sobre a catástrofe mundial com agenda definida - mas que se sucederá lentamente - caso o cigarro não seja definitivamente banido.
Os pesquisadores estimam que 100 milhões de mortes nos países desenvolvidos, e 1 bilhão nos países mais pobres, serão causados pelo cigarro até 2100.
Segundo pesquisadores do mundo todo, reunidos na Universidade de Harvard (EUA), se as nações do mundo querem realmente enfrentar esse problema para o qual não há incerteza, será necessário:
  1. Colocar o controle do tabaco na agenda da ONU e outras agências internacionais;
  2. garantir que todos os setores da sociedade trabalhem coletivamente para proteger não apenas a saúde da população, mas também os danos econômicos que o cigarro causa;
  3. colocar a saúde como elemento central de qualquer decisão em tratados comerciais que incluam o tabaco; e
  4. trabalhar para reduzir a taxa de fumantes para menos de 5% no mundo todo em 2048, basicamente banindo o uso do cigarro.
FONTE: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=antes-efeitos-aquecimento-global-1-bi-morrera-pelo-cigarro&id=8659

NOVA YORK e PROIBIÇÃO DE EXPOSIÇÃO DE CIGARROS NOS PONTOS DE VENDA


Prefeito de Nova York quer proibir cigarros à mostra nas lojas

Michael Bloomberg apresentou novo projeto de lei nesta segunda-feira (18).
Desde 2012, prefeito também trava luta contra os refrigerantes gigantes.

Da AFP
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, apresentou nesta segunda-feira (18) um novo projeto de lei contra o fumo que propõe que as lojas da cidade não exibam os cigarros à venda.
Dessa forma, segundo a prefeitura, Nova York se converteria na primeira cidade americana onde os cigarros não ficarão à mostra nas lojas, mas ocultos por um painel ou cortina.
Uma segunda iniciativa apresentada nesta segunda abrange a luta contra o contrabando de cigarros, que movimenta toda uma indústria em Nova York. Com seus altos impostos sobre o tabaco, a cidade é um dos lugares mais caros dos Estados Unidos para comprar um pacote de cigarros.
·          
Maços de cigarro com capas contendo ilustrações que simulam bocas e dentes danificados pelo uso de cigarro. A União Europeia está discutindo novas regras para venda de derivados de tabaco. A previsão é que, até 2015, todos os maços tenham 75% do seu espaç (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
Prefeiro de Nova York quer que cigarros fiquem ocultos por painel ou cortina nas lojas. União Europeia também está discutindo novas regras para venda de derivados de tabaco (Foto: Fabrizio Bensch/Reuters)
"Nova York cortou de maneira espetacular seu número de fumantes. Mas até um novo fumante é demais, ainda mais se for jovem", afirmou Bloomberg ao apresentar as iniciativas.
Desde 2002, quando chegou à prefeitura, Bloomberg – um ex-fumante – tem travado uma violenta batalha contra o cigarro.
Prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em imagem de 27 de fevereiro (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)Prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, em imagem de 27 de fevereiro (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

FONTE: REDE ACT - 

 
LEIA TAMBÉM: 

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

AH! SE A MODA PEGA! PROIBIDA A EXPOSIÇÃO DE CIGARROS NOS PDV de CORNÉLIO PROCÓPIO - PR

PRÓSTATA: HIPERPLASIA BENIGNA



Um em cada quatro homens com mais de 50 anos de idade atendidos no Ambulatório de Urologia do Centro de Referência da Saúde do Homem, em São Paulo, sofre de doença na próstata. Um levantamento feito pela unidade de saúde, divulgado dia 18/03, mostrou que 25% dos homens apresentaram um quadro de hiperplasia prostática benigna, que provoca um aumento da próstata. A partir dos 65 anos, o problema chega a atingir 30% dos homens e após os 80 anos a taxa de incidência da doença é 90%. 

"Na verdade, 25% dos homens ao redor dos 50 anos têm hiperplasia benigna da próstata com algum tipo de repercussão clínica", disse o médico Joaquim de Almeida Claro, coordenador do centro. Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que a causa da hiperplasia ainda é desconhecida. "Ainda não sabemos a causa, mas sabemos que ela ocorre e está intimamente relacionada à idade". 

A próstata, que pesa cerca de 20 gramas, é responsável pela produção do esperma. Ao longo dos anos, informou o centro, o crescimento da glândula é normal, mas quando as células prostáticas começam a invadir os tecidos vizinhos, a bexiga e a uretra ficam comprimidas e então aparece um dos primeiros sintomas da doença: a dificuldade de urinar. 

"A repercussão desse crescimento benigno são dificuldades para urinar, acordar no meio da noite para urinar, o jato da urina começa a sair fraco ou fino, e isso tem um impacto muito grande na qualidade de vida desses pacientes. E com o passar dos anos, isso fica mais frequente. Ao redor dos 80 anos de idade, quase todos os homens, cerca de 90%, têm uma repercussão clínica desse crescimento e precisa fazer algum tratamento. A próstata nunca para de crescer a partir dos 45 anos e quanto mais crescer, mais importante serão os sintomas e essa repercussão do crescimento benigno da próstata", disse o médico. 
Segundo Almeida Claro, não há formas para se evitar o crescimento da próstata. Por isso, é fundamental procurar um médico o quanto antes para que se consiga fazer algum tratamento que evite a necessidade de se usar sondas para urinar e que, principalmente, minimize os sintomas associados à hiperplasia da próstata. "Não existe nenhum remédio que faça com que a próstata pare de crescer ou que ela cresça mais lentamente ou diminua de tamanho. Não existe tratamento nesse sentido. Por isso, o acompanhamento médico deve ser feito a partir dos 40 anos de idade visando a evitar ou pelo menos diminuir as complicações desse crescimento benigno da próstata e diminuir os impactos na qualidade de vida dos pacientes", destacou. 

O diagnóstico da doença é feito por meio do teste de PSA (antígeno prostático específico), exame laboratorial e físico da próstata, mais conhecido como "exame do toque". "A partir dos 40 anos de idade, todos os homens devem procurar, pelo menos uma vez por ano, o urologista", ressaltou o médico.
FONTE: http://www.bonde.com.br/?id_bonde=1-27--172-20130319&tit=crescimento+da+prostata+atinge+um+em+cada+quatro+homens

segunda-feira, 18 de março de 2013

EXTRATO DE EUCALIPTO


Extrato vindo do eucalipto apresenta atuação conservante
A espécie utilizada na separação do extrato correspondeu ao Eucalyptus urograndis
Pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da USP, em Piracicaba, SP, detectou propriedades conservantes de uma composição obtida a partir do processamento do extrato pirolenhoso. O extrato pirolenhoso é um produto de base orgânica resultante da condensação da fumaça gerada na pirólise da madeira e, em especial, durante a produção de carvão vegetal. Segundo a pesquisadora Raquel Silveira Ramos Almeida, as substâncias presentes no extrato têm um potencial muito amplo para tais aplicações, como cosméticos e saneantes. Uma patente derivada da pesquisa, intitulada “Composição conservante antimicrobiana” foi depositada em janeiro deste ano.
O trabalho, descrito na tese Potencial do extrato pirolenhoso da madeira de eucalipto como agente conservante de cosméticos e saneantes, iniciado em 2009 e finalizado em 2012, contou com a orientação do professor José Otávio Brito, líder do Grupo de Pesquisa em Bioenergia e Bioprodutos de Base Florestal do Departamento de Ciências Florestais da Esalq . “A pesquisa partiu da hipótese de que o extrato pirolenhoso, por conter uma gama relevante de compostos, poderia incluir substâncias que apresentassem propriedades conservantes, com possibilidade de uso nas áreas cosméticas e saneantes” diz Raquel, e continua “desse modo, procuramos avaliar suas propriedades antimicrobianas”.
Processo de Obtenção
O extrato pirolenhoso, em geral, é constituído em sua maior parte por água, compostos fenólicos, aldeídos e ácidos orgânicos. No trabalho desenvolvido nos laboratórios da Esalq, Raquel simulou a pirólise da madeira de eucalipto, tal qual ela ocorreria em fornos convencionais de produção de carvão vegetal. Esta etapa foi desenvolvida em consonância com a pesquisa que estava sendo realizada, na época, por Marcel Taccini, em sua dissertação de mestrado, também na Esalq. O estudo envolvia a avaliação básica das implicações ambientais das emissões de gases da carbonização da madeira, no contexto dos protocolos internacionais de créditos de carbono.

Em seguida, foram realizadas por Raquel análises químicas e físico-químicas da composição do extrato e avaliações de suas propriedades antimicrobianas. O estudo da capacidade antifúngica foi realizado com o apoio do professor Eduardo Micotti da Gloria, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição da Esalq. A equipe do professor Eduardo utilizou a técnica denominada bioautografia para identificar a fração antifúngica existente na composição, utilizando como modelo o fungo Aspergillus niger.
Com a separação da fração antifúngica da composição, Raquel pôde realizar análises mais específicas, empregando a cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa, e identificar substâncias responsáveis na ação antifúngica. A ação antibacteriana também foi detectada pela autora da tese, que comprovou mais esta bioatividade para a composição estudada.
Valor agregado
O uso do composto como conservante em cosméticos aumentaria o valor agregado do carvão vegetal
Segundo os pesquisadores, o trabalho se enquadra na utilização de energia renovável no Brasil, pois está ligado ao carvão vegetal, intensamente usado como insumo na indústria siderúrgica nacional. Na forma como a produção de carvão vegetal é feita hoje, o produto final tem pouco valor agregado e, justamente por isso, os produtores não investem em melhorias estruturais da produção, o que tem trazido impactos ecológicos e sociais. Com a exploração de outros produtos, poderá haver maior ganho para o produtor e, desse modo, aumento de interesse pela modernização dos processos, tornando-os ambientalmente e socialmente mais adequados. “O carvão vegetal é uma commodity de baixo valor agregado. O extrato pirolenhoso aumentaria esse valor e inseriria a produção carvoeira num cenário mais sofisticado” diz Taccini.
Raquel diz que já existem referências sobre a utilização do extrato pirolenhoso de eucalipto na produção agrícola. No entanto, no Brasil, segundo ela, inexistem estudos específicos para a identificação precisa dos componentes do produto, no sentido de avaliar potenciais conservantes. A utilização em larga escala da composição depende de testes toxicológicos, que comprovem a segurança da aplicação, por exemplo, em cosméticos, para se adequar às exigências dos órgãos reguladores (como a Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa). “Além disso, certamente, a viabilização da utilização desta composição junto ao mercado somente ocorrerá mediante o interesse e integração com o setor produtivo” diz Raquel.
Finalmente, Brito comenta que os trabalhos desenvolvidos por Raquel e Taccini são exemplos de destaque dentre os que têm sido conduzidos pelo seu Grupo de Pesquisa em Bioenergia e Bioprodutos de Base Florestal, sobretudo, pelo potencial de contribuição que podem trazer para a sociedade, na visão do uso sustentado de recursos naturais. Segundo informações de Taccini, durante a produção do carvão, 70% do material da carbonização é emitido para a atmosfera. O Brasil é o maior produtor de carvão vegetal do mundo, e por essa razão, é importante se pensar neste potencial e otimizar a produção, mediante o aproveitamento dos gases do processo na forma de co-produtos.
Imagens: Wikimedia Commons e sxc.hu
Mais informações: email henraq@terra.com.br, com Raquel
FONTE:  http://www.usp.br/agen/?p=131189

AZITROMICINA e ARRITMIAS CARDÍACAS



Food and Drug Administration (FDA) alerta o público que a azitromicina pode causar alterações na atividade elétrica do coração, que podem levar a um ritmo cardíaco irregular potencialmente fatal. Os pacientes com maior risco de desenvolver esta condição incluem aqueles com fatores de risco conhecidos, tais como prolongamento do intervalo QT, baixos níveis sanguíneos de potássio ou magnésio, um ritmo mais lento do que a taxa normal do coração ou o uso de certos medicamentos para tratar arritmias.
O FDA emitiu uma Drug Safety Communication como resultado de uma revisão de um estudo realizado por pesquisadores médicos, bem como outro estudo feito pelo fabricante da medicação, que avaliou o potencial da azitromicina de causar alterações na atividade elétrica do coração.
O FDA já havia divulgado um comunicado em 17 de maio de 2012, sobre um estudo que comparou os riscos de morte cardiovascular em pacientes tratados com a azitromicina ou com drogas antibacterianas, tais como a amoxicilina, a ciprofloxacina, a levofloxacina ou sem o uso de fármaco antibacteriano. O estudo relatou um aumento nas mortes cardiovasculares e no risco de morte devido a qualquer causa, em pessoas tratadas com um curso de cinco dias de azitromicina, em comparação com as pessoas tratadas com a amoxicilina, ciprofloxacina ou sem fármaco. Os riscos de morte cardiovascular associados ao tratamento com a levofloxacina foram semelhantes aos associados com o tratamento com a azitromicina.
Os profissionais de saúde devem considerar o risco de torsades de pointes e ritmos cardíacos fatais com o uso da azitromicina quando se considera as opções de tratamento para pacientes que já possuem algum risco para eventos cardiovasculares. O FDA observa que o potencial risco de prolongamento do intervalo QT com a azitromicina deve ser colocado em contexto apropriado ao escolher uma medicação antibacteriana. Drogas alternativas do grupo dos macrolídeos, ou não-macrolídeos, tais como as fluoroquinolonas, também têm o potencial de prolongamento do intervalo QT ou outros significativos efeitos que devem ser considerados na escolha de um medicamento antibacteriano.
Profissionais de saúde e pacientes devem ser incentivados a relatar eventos adversos ou efeitos colaterais relacionados ao uso desses produtos para o FDA's MedWatch Safety Information and Adverse Event Reporting Program.
NEWS.MED.BR, 2013. FDA : azitromicina pode levar a arritmias cardíacas potencialmente fatais. Disponível em: . Acesso em: 18 mar. 2013.

domingo, 17 de março de 2013

ENSINO DE MÚSICA e o DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS


Criança

Ensino de música eleva desempenho escolar, diz estudo 

Pesquisa pioneira conduzida pela Unifesp analisa comportamento de estudantes com idades entre 8 e 10 anos

Nathalia Goulart
Aulas de música podem melhorar rendimento em matemática, português e leitura
Aulas de música podem melhorar rendimento em matemática, português e leitura (Thinkstock)
Um estudo recente conduzido pelo departamento de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) encontrou evidências de que o ensino de música tem efeito positivo no desempenho acadêmico de crianças e adolescentes, além de melhorar suas habilidades de leitura. A pesquisa é a primeira no mundo a mensurar esse impacto. Os resultados serão publicados neste mês no periódico científico PLoS One.
De acordo com o pesquisador Hugo Cogo Moreira, pós-doutorando da Unifesp e autor da pesquisa, as investigações sobre o tema realizadas até hoje se restringem a teorias que explicam por que a música afeta o desenvolvimento intelectual de crianças em idade escolar. "Nunca, porém, essas teorias foram testadas dentro da sala de aula. Por isso, tudo o que tínhamos até agora era puramente teórico. Essa falta de evidências me levou a encabeçar o primeiro estudo clínico sobre o assunto."
Para a pesquisa, Moreira selecionou dez escolas da rede pública de São Paulo. Em cada uma delas, participaram do experimento 27 estudantes com idades entre 8 e 10 anos que comprovadamente apresentavam dificuldades de leitura. As instituições foram então separadas em dois grupos: o primeiro, chamado intervenção, recebeu aulas de música três vezes por semana durante cinco meses; o segundo, chamado controle, não recebeu nenhum tipo de atenção especial. A função do segundo grupo é servir de base para comparação. 
Nas escolas do primeiro grupo, as aulas foram ministradas por dois professores. A preocupação era garantir que as lições não seriam interrompidas – quando um professor faltava, havia outro profissional de plantão. Os docentes também foram avaliados a cada 15 dias pela equipe da Unifesp para garantir que as aulas seguiam os mesmos padrões em todas as escolas, evitando assim que um determinado grupo de alunos fosse privilegiado ou prejudicado involuntariamente. Em sala, as crianças foram estimuladas a compor, cantar, improvisar e fazer exercícios rítmicos utilizando uma flauta doce barroca, principal instrumento usado na pesquisa.
Ao fim da investigação, foram feitas duas análises dos dados. Na primeira, as crianças que tiveram aulas de música foram comparadas àquelas que estavam nas escolas-intervenção mas que não compareceram a nenhuma aula. Os alunos que assistiram a todas as aulas foram capazes de ler corretamente, em média, 14 palavras a mais por minuto, demostrando maior fluência. Além disso, foi constatado que, a cada bimestre, a nota final na disciplina de português dessas mesmas crianças aumentou em média 0,77 ponto, o que significa mais de 3 pontos ao fim de um ano letivo. Em matemática, o crescimento registrado foi um pouco inferior, mas igualmente significativo: 0,49 ponto a cada bimestre, ou 1,9 ponto ao fim do ano. 
Na segunda análise conduzida por Moreira, o estudo comparou as crianças das escolas-intervenção com as das unidades-controle. Os resultados foram menos expressivos do que os da primeira análise, mas apontaram igualmente para uma melhora no desempenho acadêmico. As notas de matemática e de português subiram, respectivamente, 0,25 e 0,21 ponto por bimestre, ou 1 e 0,8 ponto até o fim do ano letivo. Houve melhora também no tocante à leitura: as crianças do primeiro grupo leram corretamente 2,5 palavras a mais por minuto. "Por se tratar de um estudo pioneiro, ele não é conclusivo em relação ao impacto real das aulas de música, mas certamente oferece indícios fortes o suficiente para que novas pesquisas investiguem a fundo o tema", diz o pesquisador.
De acordo com a lei nº 11.769, todas as escolas públicas e privadas do Brasil devem incluir o ensino de música em sua grade curricular. A lei não precisa, contudo, se as aulas devem ser dadas em todas as séries ou como devem ser incluídas na rotina escolar. Também não há informação sobre a carga horária mínima.
Apesar das evidências de que o conteúdo musical pode ter um impacto positivo no desempenho acadêmico dos alunos, os especialistas alertam: antes de inchar o currículo acadêmico com novas disciplinas, é preciso garantir que o aprendizado das disciplinas essenciais – o que ainda não acontece no Brasil.
FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/estudo-relaciona-ensino-de-musica-a-desempenho-academico-e-habilidades-de-leitura

OLHO BIÔNICO e seu INVENTOR


Inventor de olho biônico tem parceria com pesquisadores brasileiros

CLÁUDIA COLLUCCI
DE SÃO PAULO
Pesquisadores brasileiros ajudaram a criar o primeiro olho biônico, aprovado no mês passado nos EUA, e agora colaboram em outro projeto que usa células-tronco da retina para recuperar a visão.
A revelação é do inventor do olho biônico, o engenheiro biomédico Mark Humayun, 50, que mantém uma parceria de 15 anos com o departamento de oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
Em entrevista exclusiva à Folha, o professor da Universidade do Sul da Califórnia afirma que seu maior desafio tem sido administrar a expectativa das pessoas sobre a nova tecnologia. "Não podemos alimentar falsas esperanças"
O olho biônico Argus II não restaura completamente a visão, mas permite que pessoas com uma doença rara que leva à cegueira (retinose pigmentar) detecte faixas de pedestres, presença de pessoas e grandes números e letras.
Ao menos 60 pessoas na Europa e nos EUA já usam o aparelho, a maioria subsidiada por programas governamentais. A tecnologia aguarda registro da Anvisa para ser comercializada no Brasil.
Espécie de Professor Pardal, Humayun tem cem patentes registradas em seu nome, entre elas bombas de insulina para diabéticos e dispositivos cerebrais.
Ze Carlos Barretta/Folhapress
Mark Humayun, pesquisador americano que inventou olho bionico recem aprovado pela FDA
Mark Humayun, pesquisador americano que inventou olho biônico recém aprovado pela FDA
*

Folha - O que o inspirou na criação do olho biônico?
Mark Humayun - Minha avó ficou cega por complicações da diabetes e, naquela época, pensei que poderia fazer algo para ajudá-la.


Quando foi isso e quais obstáculos o sr. enfrentou?
Há 25 anos, quando começamos com essa ideia, colocar um computador dentro dos olhos era ficção científica. Nos primeiros anos, havia pouco dinheiro, pouco apoio.
Para mudar isso, passamos a colocar o aparelho por 30, 45 minutos nos olhos de cegos, com anestesia local, e perguntar o que eles estavam vendo. O fato é que puderam ver um eletrodo dentro do olho e, então, acreditamos que poderíamos construir uma retina artificial.


O olho biônico custa US$ 100 mil. O sr. acredita que, com o tempo, ficará mais acessível?
O aparelho possibilita a visão por ao menos dez anos. São US$ 10 mil por ano. Por esse prisma, não é tão caro. Mas acredito que, com melhores técnicas de fabricação, poderemos torná-lo mais barato. Temos que lembrar que foram investidos US$ 200 milhões para desenvolvê-lo. Então, US$ 10 mil dólares por mês não é muito.


O aparelho não restaura completamente a visão. Ele deve ser aprimorado?
Ele permite identificar objetos grandes, como portas, contorno de corpos. Isso é uma grande coisa. Mas os usuários não podem reconhecer um rosto ou ler como nós lemos. A tecnologia deve melhorar cada vez mais.


Ele poderá ser usado em pessoas com outras doenças, como a degeneração macular?
Não temos essa resposta. Teoricamente, só precisamos melhorar a tecnologia.


Em quanto tempo?
O primeiro modelo do aparelho levou 15 anos para ser desenvolvido. O segundo, sete. Estamos aprendendo rápido e, em três ou quatro anos, teremos um novo modelo.


Qual o principal desafio ainda a ser enfrentado?
Administrar a expectativa das pessoas. Todo mundo ouviu sobre o olho biônico e todo mundo quer. Precisamos ser muito claros sobre o perfil de pessoas que serão beneficiadas com ele. Não podemos alimentar falsas esperanças. Ele não pode ser usado em doenças em que o nervo óptico foi lesionado ou em condições em que não há mais células viáveis da retina.


O Brasil teve participação neste projeto?
O Brasil tem um grande papel na pesquisa. Tenho recebido pesquisadores brasileiros no meu laboratório nos EUA, e eles contribuíram muito desde o início.


O sr. desenvolve outra pesquisa, em parceria com a Unifesp, que envolve uso de células-tronco. Do que se trata?
O olho biônico tenta restaurar a visão perdida, já as pesquisas com célula-tronco pretendem recuperar a retina que está morrendo.
São células-tronco que se diferenciam in vitro em células do epitélio pigmentar e são colocadas numa membrana. A hipótese é que colocar essas células debaixo da retina vai dar a nutrição para as outras células se manterem ou melhorarem. Estamos na fase pré-clínica. Os primeiros pacientes precisam ser aprovados pelo FDA. Isso deve acontecer em 2014.

Editoria de Arte/Folhapress
visão 'high-tech' Aparelho ajuda quem tem retinite pigmentosa, que afeta 1 em 4.000
Visão 'high-tech' Aparelho ajuda quem tem retinite pigmentosa, que afeta 1 em 4.000 


FONTE:  http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1247395-inventor-de-olho-bionico-tem-parceria-com-pesquisadores-brasileiros.shtml

CHORO...DEPOIS QUE O PETRÓLEO FOI DERRAMADO

QUEM ASSUME A CULPA? QUEM DEVERIA? 
Oportunidade perdida

Merval Pereira

A “maldição do petróleo”, fenômeno registrado nas principais economias produtoras do mundo, já está presente nas cidades brasileiras mais beneficiadas pelos royalties e pelas participações especiais. A Macroplan, empresa de consultoria especializada em estratégia e cenários de longo prazo, concluiu uma pesquisa focada na qualidade da gestão das 25 cidades que recebem 70% daqueles recursos.

Ao longo de uma década, 2000-2010, as cidades do chamado “arco do petróleo” no Sudeste (16 do Estado do Rio, cinco do Espírito Santo e quatro de São Paulo), receberam entre um total de R$ 27 bilhões.

O estudo ressalta que, ao mesmo tempo que os municípios vivem o seu melhor momento econômico, com aumento considerável do Produto Interno Bruto (PIB), quase todos não experimentam melhorias significativas nos principais indicadores sociais. O PIB, em 18 das 25 das cidades estudadas, cresceu mais do que o Produto de seus respectivos estados, mas a qualidade de vida dos seus habitantes não acompanhou esse crescimento.

Outra conclusão mais geral dos analistas da Macroplan foi o vigoroso crescimento demográfico com a consequente, e até esperada, pressão por acesso a serviços públicos principalmente saneamento, saúde e educação, que veio turvar o caminho do desenvolvimento com efeitos colaterais perversos a deterioração urbanística, o aumento no número de trabalhadores informais, a má distribuição de renda, entre outros.

A vasta maioria dos municípios cerca de 88% deles registrou crescimento demográfico superior ao de seus estados e, em quase a metade das cidades pesquisadas, houve aumento no número de pessoas vivendo em habitações subnormais, entre 2000 e 2010, sendo que nove delas tiveram um crescimento maior que 100% nesse indicador.

A face mais cruel do empobrecimento da população se exibe no crescimento dos indicadores de (in)segurança: 13 das 25 cidades têm taxas de homicídio acima das respectivas médias estaduais, sendo que quatro delas figuram entre as cem mais violentas do país (Búzios, Cabo Frio, Linhares e Paraty).

No terreno da educação, apesar do desempenho no país ter melhorado, de acordo com o Índice da Educação Básica (Ideb) deste ano, os esforços para avançar nos municípios pesquisados pela Macroplan conseguiram produzir apenas pequenas mudanças nos anos iniciais do ensino fundamental.

Alguns chegaram a registrar queda do Ideb na década estudada, entre eles, São João da Barra, Silva Jardim e Cachoeiras de Macacu todos no Estado do Rio. E a taxa de analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos, medida pelo Censo de 2010, mostrou, em 20 das 25 cidades, patamar mais elevado que o de seus respectivos estados.

Mas o que é feito, afinal, com o dinheiro do petróleo? O grande problema dessas cidades, na conclusão do estudo, reside na baixa qualidade da gestão. “Nenhuma cidade elaborou e seguiu planos de longo prazo, traduzidos em projetos estruturantes, para o emprego dos royalties e muito menos para a eventualidade de flutuações cíclicas ou declínio permanente, nem modelos de gestão inovadores”, observou o diretor da consultoria e um dos coordenadores do estudo, Glaucio Neves.

Semelhança verificada nas cidades que passaram a contar com esses recursos é o aumento do peso da máquina pública. No conjunto dos 25 municípios, houve incremento de 74% no emprego na administração pública, mais do dobro da média brasileira. Entre 2003 e 2010, as despesas de pessoal e as demais de custeio do conjunto dos municípios analisados dobraram, em termos reais, enquanto os investimentos só cresceram 24%. Apesar do aumento do número de empregos públicos formais, a taxa de desemprego é elevada nessas cidades: 64% delas apresentaram, em 2010, taxa de desemprego maior do que a média brasileira.

Em 2010, em 17 dos 25 municípios, o percentual de pessoas na condição de pobreza extrema era mais alto do que a média dos estados: 41 mil pessoas apresentavam renda inferior a R$ 70, e quase 200 mil, renda inferior a R$ 127 mensais. E, como mostra a pesquisa, para erradicar a pobreza extrema nessas cidades no ano de 2010 seria necessário menos de 1% do volume anual de royalties e participação especial transferido para esses municípios.

O Globo, 29/9/2012
FONTE: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=14023&sid=908

sábado, 16 de março de 2013

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A TUBERCULOSE: 24 de MARÇO

306410_1906495243986C29_1224769066_n.jpg
Esse é o momento estratégico de informarmos e dar visibilidade a essa
grave situação de saúde pública em nosso país
No Brasil estima-se que, do total da população, mais de 50 milhões de pessoas estejam infectadas pelo bacilo da tuberculose.

A tuberculose é uma doença grave que se pode prevenir, tratar e curar no SUS, mas que continua afetando e levando sofrimento e morte a milhares de pessoas a cada ano.

A tuberculose ainda é um sério problema da saúde pública, com profundas raízes sociais. Está intimamente ligada à pobreza e à má distribuição de renda, além do estigma que implica na não adesão dos portadores e/ou familiares/contactantes.

O surgimento da epidemia de AIDS e o aparecimento de focos de tuberculose multirresistente agravam ainda mais o problema da doença no mundo. 

A transmissão é plena enquanto o doente estiver eliminando bacilos, e não tiver iniciado o tratamento. Calcula-se que, durante um ano, numa comunidade, um indivíduo bacilífero poderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.



  DADOS SOBRE A TUBERCULOSE NO BRASIL

. 73 MIL NOVOS CASOS NOTIFICADOS EM 2011
. 4,6 MIL MORTES EM 2010
. 17º PAIS EM NÚMERO DE CASOS ENTRE OS 22 PAÍSES QUE CONCENTRAM 80% DFA CARGA DE TUBERCULOSE NO MUNDO.
. 4ª CAUSA DE MORTES POR DOENÇAS INFECCIOSAS
. 1ª CAUSA DE MORTES DENTRE AS DOENÇAS INFECCIOSAS EM PESSOAS VIVENDO COM AIDS



 FONTE: 
Pesquisa e Edição:

Carlos Basília
Fórum ONGs Tuberculose RJ
Observatório Tuberculose Brasil
Instituto Brasileiro de Inovações em saúde Social - IBISS

Conheça nosso trabalho de Advocacy, Comunicação e Mobilização Social

Frente Parlamentar Nacional de Tuberculose (Congresso Nacional)

Campanhas de tuberculose:
Boletim Ato Público Brasil Livre da Tuberculose linkado 2011.pdf
OTB -Especial Conferência Mundial sobre os Determinantes Sociais da Saúde.pdf

Notícia: