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segunda-feira, 4 de março de 2013

ANTI-HIPERTENSIVOS e INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA


O principal objetivo da terapia anti-hipertensiva é a obtenção do controle ideal da pressão arterial. Uma variedade de agentes redutores da pressão arterial (PA) está disponível para uso clínico. Geralmente, uma combinação de dois ou mais medicamentos anti-hipertensivos é necessária a fim de controlar a hipertensão arterial. De fato, o tratamento anti-hipertensivo é individualizado, dependendo da tolerância e das características clínicas de cada paciente.
Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) e os bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs) foram, sem dúvida, os medicamentos mais estudados na pesquisa divulgada pelo periódico Hypertension Research. Sua capacidade de induzir a dilatação das arteríolas eferentes em glomérulos renais, resultando em pressão intraglomerular reduzida, e de inibir ações pró-inflamatórias e proliferativas exercidas pela angiotensina II, torna estes medicamentos os mais comumente usados em pacientes com doença renal crônica (DRC), particularmente aqueles pacientes comdiabetes, pois essas medicações têm efeitos metabólicos neutros e têm reduzido significativamente a proteinúria. Menos informações estão disponíveis para os efeitos em longo prazo de outros agentes na DRC. Os bloqueadores do canal de cálcio (BCC) mostraram controlar a PA de maneira eficaz, os β-bloqueadores regulam a hiperatividade do sistema nervoso simpático observada na insuficiência renal crônica e os diuréticos controlam a expansão do volume intravascular causada pela retenção de líquidos. Notavelmente, os β-bloqueadores reduzem a sensibilidade à insulina, com exceção de algumas substâncias mais novas, e, portanto, devem ser evitados em pacientes com diabetes ou com intolerância à glicose. Além disso, os bloqueadores de canal de cálcio podem aumentar a proteinúria, a menos que a PA esteja bem controlada, pois dilatam a arteríola aferente e aumentam a pressão intraglomerular. Os estudos clínicos mostraram que, especialmente o diltiazem e o verapamil parecem ter maior papel renoprotetor do que as dihidropiridinas.
Para alcançar os níveis desejados de PA, um IECA ou um BRA pode ser combinado a um diurético tiazídico ou a um diurético de alça, e, se necessário, um BCC ou um β-bloqueador pode ser adicionado. A combinação de IECA com BRA parece reduzir ainda mais a proteinúria na DRC. No entanto, um risco significativo de hipercalemia e insuficiência renal aguda tem sido atribuído a esta combinação. Pesquisas descobriram novas substâncias que podem contribuir para o controle ideal da PA, tais como inibidores da renina, os novos bloqueadores do sistema renina angiotensina (RAS) e inibidores da endotelina-1, que têm efeitos benéficos, quando combinados aos inibidores da ECA.
NEWS.MED.BR, 2013. Artigo de revisão: efeitos dos anti-hipertensivos na insuficiência renal crônica, publicado pelo Hypertension Research. Disponível em: . Acesso em: 4 mar. 2013.

Um comentário:

  1. ATENÇÃO HIPERTENSOS , DIABÉTICOS IDOSOS E POPULAÇÃO NEGRA CUIDEM-SE

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