Pesquisar este blog

segunda-feira, 29 de março de 2010

OBESIDADE INFANTIL PREOCUPANTE

A proibição de alimentos calóricos à disposição de alunos nos ambientes escolares poderia ajudar a reduzir os problemas relativos à obesidade na infância, diz um estudo feito pela Universidade Estadual de São Francisco, EUA, e publicado no periódico Health Affairs.
“Essa pesquisa trouxe à tona resultados bastante claros de como a obesidade infantil pode ser combatida a partir de políticas públicas conscientes”, diz Emma Sanchez-Vaznaugh, pesquisadora que colaborou com a pesquisa.
A obesidade infantil tem aumentado assustadoramente em todo o mundo. Só nos EUA os números triplicaram nas últimas três décadas. Hoje em dia, uma em cada três crianças americanas tem sobrepeso ou sofre de obesidade.
Para o estudo, os pesquisadores usaram dados sobre o Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças. Os números foram colhidos durante oito anos como parte de um estudo amplo feito anualmente na Califórnia. Os resultados da análise da pesquisa americana mostraram como a taxa de sobrepeso estava aumentando em todos os subgrupos de estudantes do ensino médio. Entretanto, após três anos da vigência de uma lei aprovada em alguns Estados brasileiros, esses problemas diminuíram significativamente. A única exceção foi quanto às adolescentes do sexo feminino nos primeiros anos do ensino médio, cujas médias só se equilibraram nos anos seguintes. Mas isso poderia ser explicado pelo desenvolvimento natural do corpo feminino nessa idade.
“Mesmo sabendo que as políticas públicas não influenciam diretamente o comportamento dos estudantes, nosso estudo mostrou que é possível criar um ambiente onde os estudantes tenham a chance de aprender a fazer escolhas alimentares e isso pode, de alguma forma, moldar seus comportamentos alimentares futuros. A partir disso seria possível influenciar as tendências de hábitos alimentares em toda a população estudantil”, explica Sanchez-Vaznaugh.
Mas a pesquisadora diz que é necessário observar o entorno das escolas, onde bares e pequenos mercados podem continuar vendendo alimentos pouco saudáveis e com custos menores – o que é problemático, especialmente em bairros mais carentes, caso as cantinas escolares não ofereçam opções econômicas de alimentos – além de enfatizar que é necessário que as escolas também contribuam com um ambiente que facilite a prática de atividades físicas.
No Brasil, é interessante observar que foi rejeitado ano passado, em São Paulo, um projeto de lei que proibia a venda de alimentos inadequados para os estudantes, e que fossem à base de açúcar e gordura saturada. Entre as proibições estariam os refrigerantes, salgadinhos fritos e guloseimas calóricas. Iniciativas similares estão em andamento atualmente no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, mas seguem indefinidas.
(Fonte: O que eu tenho? com informações da San Francisco State University/SIS.SAÚDE)

Nenhum comentário:

Postar um comentário