Falar da própria vida escolhendo músicas para expor sentimentos e vivências pode ser um recurso terapêutico que auxilia na reconstrução da identidade e ajuda a melhorar a qualidade de vida de portadores de doenças crônico-degenerativas.
Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usaram a técnica em oito pacientes com esclerose múltipla, distúrbio neurológico progressivo que afeta adultos jovens e compromete principalmente os movimentos e os resultados foram publicados nos Arquivos de Neuro-Psiquiatria.
Depois de escolher entre 10 e 15 músicas, os pacientes participaram de uma entrevista aberta na qual explicaram suas experiências pessoais com cada uma. A análise dos conteúdos mostrou que prevaleceram relatos associados à consciência emocional e corporal e primeiros relacionamentos.
Segundo os autores, a técnica da “autobiografia musical” permitiu que eles expressassem afetos, frustrações e desejos, reorganizando-os no contexto da doença e elaborando o senso de continuidade da vida.
Pela primeira vez aplicado a pacientes com esclerose, o recurso terapêutico deve ser considerado como mais uma estratégia no tratamento multidisciplinar do distúrbio, recomendam os autores. (Fonte: menteecérebro)
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