Uma frase comum de ser ouvida em casas com crianças recém nascidas é “cuidado para não acordar o bebê”. Pesquisadores comprovam, agora, que esse período de sono realmente não deve ser perturbado: esses períodos de descanso melhoram o aprendizado dessas crianças.
Rebecca Gomez e seus colegas, da Universidade do Arizona, EUA, chegaram à conclusão que bebês com um bom o sono diurno demonstraram uma capacidade de aprendizado e abstração mais avançada do que outros bebês.
Os pesquisadores monitoraram esse nível de abstração observando em que nível bebês, com idade média de 15 meses, conseguiam reconhecer uma série de frases compostas por fonemas (mas sem significado).
Uma parte dessas crianças fazia o teste antes do horário de seu sono diurno, outras após esse horário. Depois de algum tempo o teste com fonemas era repetido e a partir das expressões faciais desses bebês era possível monitorar quando eles reconheciam sequências de fonemas.
Ambos os grupos demonstraram esse reconhecimento. Entretanto, os bebês que faziam o primeiro teste antes do sono diurno conseguiam prever algumas das frases fonéticas.
O resultado sugere que o sono diurno melhoraria a capacidade de aprendizado abstrato. Outra coisa observada pelos pesquisadores foi o fato de que o grupo de crianças que haviam feito o teste após o sono diurno não conseguia abstrair as informações mesmo após uma noite de sono noturno, o que comprovaria a importância desse período de descanso durante o dia.
“O que sabíamos era que os bebês, quando dormem, normalmente chegam ao estágio de sono REM – estágio de movimento rápido dos olhos, que corresponde ao sono profundo – isso devido ao estágio de desenvolvimento de seu cérebro. Eles, na verdade, precisam desse sono após assimilarem informações, pois é dessa maneira que eles vão abstrair e trabalhar com o que aprenderam criando assim uma trama temporal de suas experiências no dia a dia.
Se eles não dormirem de tempos em tempos, provavelmente tudo o que aprendem pode ser perdido”, explica Lyn Nadel, outra pesquisadora envolvida no estudo.
Os resultados devem motivar os pais a cuidarem para que seus filhos, após uma sessão de leitura, por exemplo – onde há diversas palavras e formas novas sendo apresentadas e estimulando seu cérebro – procurem cuidar para que essas crianças durmam e mantenham alguma regularidade nesse sono, pois isso poderá contribuir para uma maior absorção de informações. (Fonte: o que eu tenho/com informações da University of Arizona)
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