Um estudo publicado, hoje, por pesquisadores canadenses no Journal of the American Medical Association (JAMA mostra que a imunização de crianças e adolescentes pode reduzir em cerca de 60% os casos de gripe em uma comunidade.
Contudo, a maior parte dos países do mundo, incluindo o Brasil, não costuma imunizar a faixa etária dos 3 aos 15 anos. Eles optam por priorizar grupos com mais mortes provocadas pela doença, como idosos ou crianças com menos de 2 anos.
O trabalho mostrou que crianças vacinadas não sofrem contágio na escola e, dessa forma, não levam o vírus para casa. O efeito é conhecido pelos epidemiologistas como imunidade de rebanho, pois a vacinação de um grupo protege os demais membros da comunidade.
O estudo analisou a gripe comum, mas especialistas sugerem que uma estratégia semelhante ajudaria no combate à pandemia de Influenza A (H1N1), a chamada gripe suína. "A principal implicação (do artigo) é que crianças e adolescentes devem ser incluídos no público-alvo de vacinação para influenza", afirmou o principal autor do trabalho, Mark Loeb, da Universidade McMaster.
No Brasil, a campanha de vacinação contra gripe A não vai oferecer imunização gratuita para pessoas com idade entre 3 e 19 anos. O Ministério da Saúde afirma que a campanha de vacinação não pretende conter a pandemia - algo que já seria impossível -, mas evitar os casos graves.
Por isso, o principal critério para definir quais grupos devem receber a vacina foi a suscetibilidade aos quadros letais da doença, o que tornaria menos prioritária a imunização de crianças com mais de 3 anos e jovens com menos de 20. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Fonte: UOL)
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