Na medida em que as pessoas envelhecem, naturalmente, ocorre a diminuição de seus hormônios. As mulheres perdem níveis de estrogênio e os homens de testosterona, que vão decrescendo de acordo com a idade. O sexo masculino começa a sentir esta perda por volta dos 50 a 55 anos, enquanto a mulher já sente a partir dos 45 anos de idade. Segundo especialistas, os avanços da medicina já garantem tratar essas mudanças, amenizar as perdas e garantir qualidade de vida.
Estudos recentes mostram vantagens da aplicação dos hormônios naturais, os fito-hormônios, no sexo masculino. "O homem deixa de produzir hormônios mais tarde e de forma menos traumática do que a mulher. Mas isso não quer dizer que ele não precise repor, por exemplo, a testosterona, o que melhora sua vida sexual, função cerebral, muscular e óssea", aconselha a farmacêutica fitoterápica Cláudia Souza.
Diferentemente do climatério feminino, a andropausa não traz a infertilidade para o homem, apenas uma redução dela, devido à menor produção de espermatozóides. "Em torno dos 55 anos, às vezes até mesmo antes, começa a perda da libido e o interesse sexual diminui ou desaparece, apesar de o homem ainda ter ereção peniana. Mais tarde, surge a dificuldade em manter a ereção, alterações de humor, irritabilidade, sintomas depressivos e alterações da memória", explica Rogério Alvarenga, endocrinologista e especialista em medicina ortomolecular.
Para os homens que preocupam-se com a qualidade de vida e que acreditam que a prevenção é a melhor opção, Rogério Alvarenga ressalta a existência da TRH masculina, que tornou-se segura com a aplicação transdérmica, através de gel, cremes ou adesivos cutâneos, deixando de lado as antigas injeções e os comprimidos via oral. E, segundo pesquisas recentes, a reposição de testosterona pode devolver a libido, a massa muscular e até funções em declínio nos homens com mais de 50 anos.
O médico ortomolecular também fala da necessidade de se fazer uma suplementação de vitaminas, sais minerais, oligoelementos e "smart drugs", antioxidantes e, em especial, determinados aminoácidos. "Eles melhoram a atividade mental, ajudando na liberação de neurotransmissores cerebrais que estabilizam o interesse sexual e o prazer pelas coisas da vida. Além de contribuírem para o aumento da massa muscular que se perde nessa fase da vida masculina", afirma.
Para que o tratamento dos sintomas da andropausa tenha sucesso é preciso realizar previamente exames laboratoriais como a quantidade de hormônios sexuais, da hipófise, da tireóide e das supra-renais. Além da necessidade de um acompanhamento dos níveis hormonais e um histórico psicológico do paciente. "Depois de verificada a baixa nos precursores dos hormônios, dosam-se os níveis da Testosterona Total e Livre e uma avaliação de antígeno prostático, para depois começar a terapia hormonal. Entre 30 e 60 dias o paciente já sente e apresenta melhora significativa", esclarece Alvarenga.
As contra-indicações da TRH não podem ser esquecidas, já que homens que apresentam o PSA alterado, hiperplasia benigna da próstata, câncer da próstata e pacientes com antecedentes de câncer prostático na família, não podem tratar a doença com a aplicação de hormônios. E qualquer homem em tratamento de reposição com testosterona deve fazer o exame de próstata uma vez por ano.
O tratamento ainda não é um consenso entre especialistas. Algumas pesquisas realizadas nos Estados Unidos observaram efeitos colaterais como o aumento de peso, diminuição do número de espermatozóides, acne moderada e retenção de sal e água no organismo. Mesmo com algumas dúvidas sobre a aplicação da terapia de reposição, o endocrinologista e nutrólogo Rogério Alvarenga relata que vem observando que os homens estão aos poucos tendo coragem de ir ao médico e fazer um tratamento preventivo. "Os primeiros que aderiram à terapia viram os benefícios e já estão passando para os outros. Isso é um ótimo sinal", diz o médico. (Fonte: http://www.maisde50.com.br/)
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