AMBLIOPIA
Acupuntura em locais do corpo associados à visão pode ajudar no tratamento da ambliopia, o problema ocular mais comum em crianças, também conhecido como "olho preguiçoso". É o que aponta um estudo publicado no periódico "Archives of Ophtalmology".
O distúrbio é caracterizado pela baixa visão em um dos olhos. Estima-se que, no Brasil, ele possa atingir até 4% das crianças.
O tratamento, feito com óculos, colírio ou tampão (colocado no olho sadio para estimular o olho mais "fraco"), costuma ser eficaz até os sete anos, em média.
O estudo foi feito na China com 88 crianças entre sete e 12 anos. Durante 25 semanas, metade delas usou tampão por duas horas ao dia.
A outra metade fez cinco sessões semanais de acupuntura. De acordo com a pesquisa, esse grupo teve 42% de melhora, contra 17% no grupo que usou tampão.
Hong Jin Pai, médico acupunturista do centro de dor da clínica de neurologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que já existem acupunturistas que usam a técnica no Brasil para problemas oculares, incluindo a ambliopia. No entanto, a melhora costuma ser lenta e, no caso do "olho preguiçoso", ele acredita que seja mais indicado usar o tampão associado à acupuntura para ter resultados melhores.
A aplicação das agulhas, segundo Jin Pai, ativa o sistema nervoso correspondente e libera endorfina, dopamina e serotonina, substâncias com efeito analgésico e anti-inflamatório.
"Como a dificuldade de a criança amblíope enxergar pode causar tensão dos músculos extra e intraoculares, a acupuntura provocaria o relaxamento deles."
REJEIÇÃO AO TAMPÃO
Para o presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia, Paulo Augusto de Arruda Mello, pesquisas como essa buscam alternativas aos tampões, bastante rejeitados. "As crianças odeiam usá-los", diz.
Por isso, Mello vê importância no trabalho, que pode abrir perspectivas para novos tratamentos, mas acredita que é preciso ter mais evidências científicas para mudar a conduta do tratamento nos consultórios.
Célia Nakanami, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, concorda. Ela afirma que ainda não há comprovação de como a acupuntura atua no córtex visual e que é preciso responder a diversas questões antes de indicar o tratamento como praxe.
"Métodos alternativos devem ser acompanhados de perto. Corre-se o risco de perder a oportunidade de fazer um tratamento clássico eficaz enquanto ainda há tempo de obter maior taxa de cura", afirma Mello.
(Fonte: Mariana Versolato - Folha.com - Equilíbrio e Saúde)
tenho 40 anos
ResponderExcluirAmbliopia: uma doença séria, pouco conhecida, que pode causar a perda de visão quando não tratada corretamente.
ResponderExcluirAmpliopia, ou "olho preguiçoso", é uma deficiência na visão em que um ou os dois olhos não apresentam um amadurecimento normal. Tem que ser detectada e tratada antes dos quatro anos, quando a visão ainda está em pleno desenvolvimento. Se não tratada até os sete anos, as perdas são consideradas irreversíveis e a visão fica definitivamente comprometida. A incidência da ambliopia em crianças em idade escolar é de aproximadamente 4%. Um volume assustador considerando o tamanho da população brasileira. As causas mais frequentes são catarata congênita, a diferença de graus entre os olhos e principalmente o estrabismo.
Em muitos casos, a deficiência passa despercebida pelos pais e pediatras. Isso porque a criança, que sempre enxergou assim, não percebe que só tem um olho “bom”. A boa notícia é que o tratamento é simples, feito com o uso de um tampão ocular. O que realmente preocupa é a desinformação. Por isso, é essencial que todas as crianças de até quatro anos visitem um oftalmologista, mesmo em nenhuma desconfiança para tal.
Se a criança está com a visão em ordem, os pais cumpriram com sua obrigação e podem dar a missão como encerada. Mas, para os pais que identificaram ambliopia em seus filhos, a história continua. E com um grande desafio pela frente. A utilização de um oclusor ocular é o único tratamento. Mas como fazer um pequeno usar - sem tirar - um desses tampões por seis, oito ou até 12 horas por dia? Durante dois, três, ou mais anos. A tarefa é um desafio, principalmente porque os modelos mais antigos, em maior número no mercado, incomodam. Alguns deles até machucam – caso dos esparadrapos colocados e retirados diariamente. Outro agravante é a aparência hospitalar dos tampões tradicionais, que estimulam brincadeiras negativas por parte de outras crianças.
Nesse momento, o segredo é trabalhar a autoestima da criança, tornando-a diferente positivamente, dona de algo que as outras crianças “achem muito legal” e tenham vontade de ter também. Com isso em mente, Simone Sgarbi, mãe da Camila, seis anos, cuja ambliopia foi detectada há dois, decidiu pesquisar um tampão que sua filha realmente usasse – e com gosto. Em busca de um produto confortável e divertido, desenvolveu um tampão feito de borracha macia, que se encaixa nos óculos. E aí passou a fazê-lo nas mais diferentes cores, estampas e motivos. Um para cada dia, um para cada roupa, um para cada humor. Deu certo e a Camila adorou. Não só usa com prazer como até lembra a mãe do horário de colocar.
Foi assim que a empresa Tô de Olho Tampão nasceu, em conjunto com a sócia Paola Petti Cerveira, a designer responsável pela concepção de tampões adaptados anatomicamente ao rosto da criança, sempre com estampas com temas alegres e coloridos. No desenvolvimento dos oclusores, a dupla também contou com a orientação de oftalmologistas e ortoptistas.
Com menos de dois anos, a solução já faz o maior sucesso entre pais e crianças, sem falar nos oftalmologistas e ortoptistas, que encontraram um novo apoio para ajudar nos seus tratamentos. Simone conclui: “O que me importa mesmo é que todos os pais levem seus filhos ao oftalmologista antes dos quatro anos. A chance de os seus filhos terem o problema é real e só assim eles podem descobrir.”.
site www.todeolhotampao.com.br
Tel.(11)3021-9299