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domingo, 29 de agosto de 2010

HIPOGLICEMIA


A Dra. Denise Reis Franco, endocrinologista, explica que a hipoglicemia ocorre quando o açúcar no sangue está abaixo da faixa considerada normal (60mg/dl).  “Isso acontece quando há um desequilíbrio entre a quantidade de açúcar e a quantidade de insulina no nosso corpo”, explica a especialista. Ela diz que os sintomas podem variar bastante de um paciente para outro.
Pessoas com diabetes podem apresentar hipoglicemias leves e moderadas com alguma freqüência e, se não tratadas a tempo, podem evoluir para um quadro mais grave de coma hipoglicêmico.
Os sintomas de hipoglicemia são: - confusão mental, comportamento anormal, irritabilidade, agressividade ou também lentidão; - incapacidade para realizar coisas comuns, como somar 2 + 2; - distúrbios visuais, como visão dupla ou turva; - tontura; - palpitação; -tremores; - suor excessivo; - fome; - sonolência.
A endocrinologista alerta que alguns dos sintomas de hipoglicemia mais leve podem ser vistos em outras situações de estresse. “Por isso, é importante verificar a glicemia durante o aparecimento de alguns desses sintomas para realizar o tratamento adequado”, sugere a médica.
Quando a pessoa com diabetes tem uma hipoglicemia mais severa, pode até mesmo ter perda de consciência. Ou seja, acontece o coma hipoglicêmico, uma situação que deve ser evitada. “Na hipoglicemia severa o valor da glicemia está abaixo de 36mg/dl, ou o paciente não perdeu a consciência, mas precisa de ajuda para se recuperar”, ensina a endocrinologista.
A Dra. Denise explica que há diferença no tratamento da hipoglicemia, dependendo do estado do paciente: - Paciente acordado, consciente: repor carboidratos com 5 a 6 balas, ou 150 ml de suco de laranja, ou 1 copo de refrigerante não dietético, ou 2 colheres de açúcar. Procure não fornecer alimentos como chocolate e bolos com cobertura, que demoram mais para elevar a glicemia. Após 10 minutos da ingestão dos alimentos, verificar a taxa da glicemia. Se ela continuar baixa, repetir o procedimento; - Paciente desacordado, inconsciente: não se pode fornecer alimentos. Aplique glucagon via subcutânea, conforme orientação dada por seu médico ou enfermeiro. Este hormônio tem ação oposta à insulina, ou seja, eleva a glicemia. Geralmente usa-se uma ampola para adultos, e meia ampola para crianças. Levar a pessoa com diabetes ao pronto-socorro, para aplicação de glicose endovenosa. Caso não consiga transportar o paciente, chamar um pronto-atendimento.
Segundo a Dra. Denise, um dos problemas mais comuns, depois de uma crise hipoglicêmica, é a hiperglicemia causada pelo excesso de carboidratos.  Ela ressalta que, na maioria das vezes, a pessoa se recupera do evento sem seqüelas. “O problema maior ocorre com hipoglicemias mais graves, com perda de consciência, que podem até levar à morte, embora isso seja bastante raro. Um episódio de hipoglicemia severa prolongado pode favorecer lentidão de pensamento e perda de memória momentânea que, em geral, é recuperada”, explica.
A Dra. Denise dá algumas recomendações para se evitar crises de hipoglicemia: - tenha o hábito de monitorar a glicemia, pois o ajuste da dose de insulina e a correção adequada podem evitar episódios de hipoglicemias severas; - procure informar às pessoas que convivem com você como reconhecer os sintomas de hipoglicemia e como corrigi-la; - se praticar atividades físicas, acostume-se a monitorar a glicemia mais freqüentemente. Lembre-se de que o exercício pode facilitar o aparecimento das hipoglicemias até várias horas após o término. Se praticar atividades físicas por várias horas, procure se alimentar e verificar a glicemia antes, durante e após o exercício; - tenha sempre com você uma fonte rápida de carboidrato, como balas ou suplementação de glicose (sachês de mel ou glicose); - cuidado com a ingestão de álcool sem se alimentar, pois isso pode baixar a glicemia. Se você não está com o glicosímetro e tem sintomas, trate como se fosse uma hipoglicemia; - se os episódios de hipoglicemia forem freqüentes, converse com seu médico para ajustar a dose da medicação para o diabetes.  (Fonte: Revista Mais Saúde - edição 30 - SBD)

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