Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a percepção de um som que não está sendo gerado no ambiente afeta 278 milhões de pessoas. No Brasil, são 28 milhões que convivem com o sintoma. Porém há tratamentos que envolvem até mesmo o emprego de ruídos para "competir" com o chiado característico do zumbido.
Conhecido na comunidade científica internacional como tinnitus, o sintoma no ouvido nem sempre tem origem em ruídos estridentes. Segundo o médico e professor Ricardo Bento, chefe do departamento de otorrinolaringologia da USP, muitas doenças podem causar zumbido e várias causas podem se manifestar em um único indivíduo.
Quando causado por barulho excessivo, o zumbido ocorre em função de uma lesão nas células da cóclea, decorrente de uma pressão forte no tímpano. Sendo um sintoma que varia de intensidade entre os pacientes, o zumbido pode ser permanente ou temporário.
“Tanto é possível que o trauma desapareça depois de alguns dias após a exposição ao ruído, como o paciente pode ter uma lesão crônica que vai durar o resto de sua vida”, explica o professor.
Uma possível solução para alguns casos pode estar na terapia acústica, técnica que consiste no emprego de ruídos alternativos, para estimular o paciente a ignorar o zumbido ou, pelo menos, tomar conhecimento que outros sons estão presentes no ambiente.
O método conhecido como Terapia de Habituação do ouvido (TRT, na sigla em inglês) foi desenvolvido pelo neurocientista polonês Pawel Jastreboff e consiste no uso de sons alternativos para competir com o zumbido. O paciente passa a não focar a atenção no tinnitus, passando a relatar que o chiado "diminui ou desapareceu".
Produtos com emprego de tecnologia de terapia acústica já estão disponíveis no mercado em aparelhos auditivos voltados, inicialmente, para pacientes com perda de audição.
Segundo Sandra Braga, mestre em fonoaudiologia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo e porta-voz da Audibel, pessoas com problemas no ouvido geralmente não desejam notar que estão usando um produto para corrigir o sintoma.
"Muitas vezes o gerador de som em aparelhos auditivos não precisa nem ser ligado, em casos de pacientes com zumbido e perda auditiva", afirma a fonoaudióloga. "O nível de incômodo da pessoa é equivalente à atenção que ela dá ao zumbido."
Há quem evite se informar ou mesmo tratar o problema. “É preciso cuidado, zumbido extremo leva o paciente à depressão, atrapalha a rotina profissional e pessoal e há casos até de suicídio”, afirma Ricardo Bento. “O importante ao paciente é saber que sempre há algo a ser feito.”
O médico também destaca a diferença entre o sintoma e a perda auditiva. “Uma pequena parcela das pessoas que vivem com zumbido escutam dentro dos padrões de normalidade” explica Ricardo. “O zumbido nunca é causa da perda de audição, pode ser apenas uma consequência, uma tentativa do ouvido de compensar um problema.”
Outra dúvida recorrente é quanto à hereditariedade do sintoma, quando intenso. “Mais de 95% dos casos de perda de audição está associada a problemas do próprio ouvido do paciente”, diz o presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
Usar protetor auditivo individual, diminuir o tempo de exposição a ruído intenso ou mesmo se afastar completamente de barulho são algumas das táticas mais recomendadas para tratar o zumbido.
Alterações emocionais como estresse e o abuso no consumo de café, cigarro e álcool também afetam o aparelho auditivo. “Algumas dessas substâncias causam vasoconstrição nas artérias que irrigam o ouvido”, explica Ricardo Bento.
No caso de situações de zumbido extremo, exames metabólicos e de imagens são necessários para esclarecer o procecimento a ser adotado no tratamento do paciente, afirma o especialista. (Fonte: g1)
Sofro com zumbido e só depois de mais de um ano fui diagnosticada com DTM, como muita gente tem essa disfunção e não sabe pois a informação nesta área é escassa fiz um vídeo informativo sobre o assunto por favor divulguem, pode ajudar alguém. obrigada. http://www.youtube.com/watch?v=TADIbvwC4TI
ResponderExcluirRossanna,
ResponderExcluirParabéns pelo seu posicionamento.
Farei pesquisas e divulgarei mais a Disfunção Temporo-Mandibular,também, ok?
Um abraço
Joni
Sofro de acufene e fiz um tratamento à laser que me ajudou muito, meu zumbido hoje é quase imperceptivel e voltei a viver de maneira "normal".
ResponderExcluirEu moro em Bruxelas na Bélgica e esse tipo de tratamento é bem utilisado por aqui.
Se interessar meu e-mal: simone@krunas.net
Simone Krunas
esses otorrinos não conseguem eliminar um simples zumbido, que especialidade médica atrasada no tempo.
ResponderExcluirDah uma olhada no www.biosom.com.br
ExcluirUsei o biosom e não adiantou nada, sem melhora no zumbido
ExcluirEu acabei de ver um software que se chama Hearing Guardian que pode melhorar esse problema! Nao sei se funciona mas da uma olhada no www.biosom.com.br
ResponderExcluirObrigado.
ResponderExcluirJoni
Gostaria de saber onde adquirir o aparelho para TRT. Quem fornece esse tipo de aparelho.
ResponderExcluirOlá.
ExcluirEu ñão tenho a respota para sua pergunta, mas acabei de encontrar um endereço que, talvez, possa vir a ser útil para você:
Serviço: Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba)
Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista, otoneurologista e coordenadora do GIPZ Curitiba
Informações:(41) 3225-1665
Boa sorte.
Joni
Olá.
ExcluirDê uma olhada neste texto que acabei de colocar no blog:
ZUMBIDO e a TERAPIA DE RETREINAMENTO
Tchau
Joni
Manos to com um ZUMBIDO no ouvido direlto ja tem uns 5 meses mais ou menos o que que eu faço ?
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