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quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DEFESA PESSOAL PARA IDOSOS

Aprovado em primeira discussão pela Alerj, projeto de lei que cria o programa de defesa pessoal para idosos, obrigando estado, com as prefeituras, a oferecer ensino de artes marciais a quem tem mais de 60 anos, já rende polêmica. Embora o autor da proposta, deputado Tucalo (PP), afirme que a intenção é reforçar a saúde e deixar a terceira idade mais alerta para riscos de violência, médicos, policiais e donos de academias veem com reservas a prática para essa faixa etária, devido a riscos de acidentes.
“Minha ideia é melhorar a autoestima e a qualidade de vida de idosos e contribuir com a segurança, desenvolvendo neles o bom senso para que só reajam se houver clara chance de defesa”, diz Tucalo, lembrando que os idosos são alvos frequentes de bandidos. Só no 1º semestre de 2010, foram registrados 433 crimes contra idosos na Delegacia de Atendimento à Terceira Idade.
Pelo projeto, as aulas devem ser ministradas por professores de Educação Física especializados em artes marciais ou profissionais com cursos técnicos na área. O governo do estado só comentará o assunto quando o projeto for enviado ao Palácio Guanabara.
Idosos ouvidos por O DIA, se dividem. “Qualquer iniciativa que nos ajude a ficar mais atentos contra bandidos é válida”, acredita o aposentado Heni Miguel, 77. Maria Edwirges Larria, 64, discorda: “Não temos mais força para nos defender. Os mais novos é que têm que fazer isso por nós”.
O presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Rio, José Elias Soares Pinheiro, teme que idosos sejam submetidos a aulas sem o devido preparo físico e que os treinamentos sejam ministrados por pessoas sem experiência com a terceira idade. “Os idosos só devem praticar exercício após avaliação médica. A constituição óssea já está fragilizada e uma fratura pode resultar em óbito”, adverte.
Chefe do setor de investigação da 12ª DP (Copacabana), Antônio Ferreira, faixa-preta em jiu-jítsu, dá aula de defesa pessoal para idosos, mas recomenda nunca reagir em situação de risco.
O especialista em kung-fu Renan Tobias alerta para a necessidade de especialização do professor e de cuidados com o local das aulas: “O espaço deve ter piso antiderrapante e outros itens para a segurança”, alerta.
(Fonte: Francisco E.Alves/Portal da Educação Física-Boletim 256)

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