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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

MULHERES FUMANTES e SOBREPESO


Segundo artigo veiculado na Revista Brasileira de Epidemiologia, em pesquisa realizada em 2007 no Pará, foi revelado que mulheres fumantes tem até duas vezes mais chances de desenvolver sobrepeso.
O trabalho é da autoria de Naíza Bandeira, da Faculdade de Nutrição do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pará, e Erly Moura, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo, e foi disponibilizado na edição de dezembro de 2009.
De acordo com as autoras, para colheita de dados, foi realizado um estudo a partir de dados obtidos no ano de 2007, por meio de inquérito telefônico, para o monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. O levantamento foi, afirmam elas, “um estudo de base populacional, realizado junto a 1.066 indivíduos com 18 e mais anos de idade residentes em Santarém”. O inquérito telefônico conteve questões sobre, por exemplo, características demográficas e socioeconômicas, características do padrão de alimentação e de atividade física, peso e altura recordados, frequência do consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, auto-avaliação do estado de saúde do entrevistado e referência a diagnóstico médico anterior de hipertensão arterial e também diabetes e colesterol elevado.
As pesquisadoras revelam que “para as mulheres, a razão de prevalência de excesso de peso tende a ser maior para a ex-fumante e aumenta mais para a fumante atual, porém sem significância estatística, mesmo após a inclusão das variáveis sociodemográficas”. No entanto, elas acrescentam, após os 20 anos de idade, “a razão de prevalência de excesso de peso passa a ser significativamente maior para a fumante atual, isto é mulheres com hábito de fumar têm 2,56 vezes mais chance de apresentarem excesso de peso do que as nunca fumantes e ex-fumantes”.
Na opinião das especialistas, apesar dos resultados obtidos pelo levantamento, “considerando que o ganho de peso após a cessação do tabagismo pode ser uma barreira na luta contra o fumo, que os estudos sobre este assunto são poucos e controversos, que este estudo aponta o estado nutricional prévio e a necessidade de análise de outras variáveis nesta relação, recomenda-se novos estudos mais detalhados sobre associação entre estado nutricional e hábito de fumar”. (Fonte: ABEAD)






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