A doença é caracterizada por uma disfunção da bexiga urinária e do esfíncter, que podem provocar um descontrole na retenção ou no esvaziamento da urina e que atinge 20% da população.
No caso da personagem global, o problema foi causado por uma lesão na medula, mas a bexiga neurogênica pode ocorrer também como conseqüência de esclerose múltipla, diabetes, AVC e lesões nos nervos que se dirigem à bexiga e esfíncter.
Quando o descontrole da bexiga dificulta a retenção da urina – quadro conhecido como bexiga hiperativa -, existe urgência em urinar e um número acentuado de idas ao banheiro, levando, em alguns casos, à incontinência urinária.
“A bexiga hiperativa acomete cerca de 20% da população mundial e afeta bastante a qualidade de vida. Os pacientes acabam se isolando com medo de que ocorra perda de urina durante as atividades diárias ou por falta de banheiro disponível”, explica o urologista Dr. José Carlos Truzzi, doutor em Urologia pela Unifesp.
O quadro de bexiga neurogênica pode causar também infecções urinárias, formação de cálculos na bexiga e, em casos mais graves, insuficiência renal.
A bexiga neurogênica pode ser tratada por meio de fisioterapia pélvica, medicamentos ou cirurgia.
Quando a dificuldade do paciente é reter a urina, existe mais uma opção de tratamento, a aplicação de Toxina Botulínica tipo A. Aprovado há um ano pela ANVISA, o tratamento consiste na aplicação da toxina diretamente na bexiga, causando relaxamento temporário do músculo e impedindo contrações involuntárias. Entre as vantagens deste procedimento, que está aumentando no país, está a redução dos efeitos colaterais comuns aos medicamentos orais e o fato de evitar a realização de cirurgia.
Embora não ocorra uma recuperação completa do paciente, alguns apresentam uma melhora importante da qualidade de vida com os tratamentos disponíveis. (Fonte: Jornal Saúde & Lazer)
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