Uma equipe internacional de cientistas identificou 14 novos metabólitos que poderão permitir pela primeira vez a detecção do risco das mulheres grávidas sofrerem pré-eclâmpsia.
A pré-eclâmpsia é uma condição grave, com risco de vida, que muitas vezes não dá sinais antes da segunda metade da gravidez. Atualmente não existe um exame capaz de detectar a doença e nenhum outro remédio que não seja o nascimento do bebê.
Os resultados da pesquisa foram publicados no Hypertension: Journal of the American Heart Association.
A pré-eclâmpsia é uma condição com risco de vida caracterizada por pressão arterial elevada e elevação do nível de proteínas na urina. Os cientistas acreditam que o problema começa no início da gravidez, com um desenvolvimento defeituoso da placenta, mas na maioria das vezes ele não dá sinais até a segunda metade da gravidez. A pré-eclâmpsia pode pôr em perigo a vida da mãe e da criança e é uma das principais causas de morte materna.
A equipe de pesquisadores usou uma combinação de sofisticadas tecnologias de ponta e técnicas de análise de dados para detectar 14 metabólitos simples com alta precisão, no início da gravidez.
Esses metabólitos indicam que as mulheres correm o risco de desenvolver pré-eclâmpsia mais tarde na gravidez.
Risco de pré-eclâmpsia
"Tudo o que sabemos sobre esta condição sugere que as mulheres não ficam doentes e não apresentam a pré-eclâmpsia até a gravidez estar adiantada, mas a condição se origina no início da gravidez," explica Louise Kenny, da Universidade College Cork, na Irlanda.
"Para desenvolver um tratamento eficaz e estratégias de prevenção - nosso objetivo principal - temos de ser capazes de iniciar o tratamento no início da gravidez. Precisamos ser capazes dizer quem está em risco e que não está," diz a médica.
Os pesquisadores estudaram mulheres no SCOPE (Screening for Pregnancy Endpoints), um estudo internacional de cerca de 7.000 mulheres com gravidez pela primeira vez destinado a prever e prevenir as principais doenças da gravidez tardia.
Eles estão agora tentando simplificar a tecnologia para desenvolver um exame de sangue que seja barato e acessível em todos os hospitais.
"Nos próximos cinco anos, o nosso objetivo é desenvolver um exame de sangue simples, que estará disponível para todas as mulheres grávidas, que irá detectar o risco de pré-eclâmpsia logo no início da gravidez," disse Phil Baker, coautor do estudo. (Fonte: diariodasaude.com.br)
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