Portaria do Ministério da Saúde determina que sejam descartados os possíveis doadores que tenham tatuado o corpo nos últimos 12 meses. A gravação na pele, assim como a colocação de piercing, maquiagem definitiva e acupuntura, é vista como fator de risco no Guia para Inquérito Relativo à História Clínico-Epidemiológica em Doadores de Órgãos e Tecidos Humanos, que integra a portaria.
A explicação, segundo o documento, relaciona-se à ''tentativa de equacionar os riscos de estarmos diante da condição de portador de doença subclínica ou em janela imunológica''.
Segundo a coordenadora da Unidade de Transplante Regional da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Ogle Beatriz Bacchi, o princípio que norteia a doação é o rigor em termos de segurança clínica e ética. ''Quem recebe o órgão não pode levar de brinde uma doença como Aids ou hepatite. Os critérios de seleção têm que ser muito bem feitos. Alguns comportamentos de risco predispõem o indivíduo à contaminação.''
Como a avaliação prévia tem que eliminar todos os riscos previstos na janela imunológica (termo usado para designar o período que o organismo leva, a partir de uma infecção, para produzir anticorpos que possam ser detectados por exames de sangue), optou-se, no caso da tatuagem, a descartar os candidatos a doação que tenham se tatuado no período de até um ano.
No caso de doadores mortos, vale a palavra da família. Se esta não souber informar há quanto tempo foi feita a tatuagem, a doação é descartada. ''Pode ser um tiro no pé'', avalia Ogle.
Ela lembra que os pacientes que submetem-se a transplantes são tratados na sequência com medicamentos imunossupressores, que eliminam ou reduzem as reações imunológicas específicas do organismo contra um antígeno, ou, em outras palavras, evitam a rejeição ao novo órgão.
''Portanto a imunosupressão anula todas as outras atividades de proteção do organismo. Se o órgão transplantado abriga um vírus latente, com a ação do medicamento este vírus vai encontrar um ambiente propício para desenvolver a doença. Daí a necessidade de critérios rígidos para a captação de órgãos'', reafirma a coordenadora.
A assistente social do Hemocentro Regional do Hospital Universitário (HU) de Londrina, Eliana Palu Rodrigues, explica que, nos casos em que o candidato a doação de sangue usa piercing ou fez acupuntura recentemente, é feita uma avaliação por parte do médico. Se ficar constatado que foram utilizados materiais descartáveis e obedecidas as normas sanitárias, a doação pode ser liberada. Nos casos de tatuagem, porém, independente da forma como foi feita, o critério é esperar os 12 meses previstos na portaria do Ministério da Saúde. (Fonte: Silvana Leão-Folha de Londrina)
minha mãe poderá precisar de um pedaço do meu fígado, esta com câncer, eu fiz uma tatuagem a dois meses, porem, sou tatuadora a 15 anos e onde fiz é onde trabalho, recebo constantemente visitas da vigilância sanitária, só recebemos elogios, estamos sempre atentos a qualquer procedimento que nos leve a ter mais conhecimentos em biosegurança, estamos sempre atualizados, então risco de alguma doença sanguínea seria praticamente zero, ate mesmo pq tenho vacinas como hepatite b e dupla adulto, mesmo assim, fazendo um exame antes, eu n poderia doar para ela nem sangue, nem fígado?
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