TOMÓGRAFO |
A tomografia computadorizada comum do coração e do tórax não é frequentemente utilizada para o diagnóstico das doenças cardíacas.No entanto, ela pode detectar anormalidades nas estruturas do coração, principalmente no pericárdio (membrana que reveste o coração) e nos vasos cardíacos principais.Os pulmões e outras estruturas de sustentação no tórax, também podem ser bem visualizadas através da tomografia.
Neste exame um computador gera imagens de cortes transversais de todo o tórax utilizando raios X , revelando a localização exata de qualquer anormalidade.O escore de cálcio e angiotomografia das artérias coronárias são modalidades da tomografia cardíaca, cuja indicação e utilização vêm crescendo dia a dia.
O escore de cálcio (EC)
O EC avalia a quantidade de cálcio nas artérias do coração, achado que apresenta uma relação direta com a presença e a extensão da doença arterial coronariana (presença de placas de gordura ou ateromas nas artérias do coração). Um escore de cálcio elevado (maior que 400) é indicativo de um maior risco de eventos cardíacos como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco).Muitos pacientes com EC elevado e médio risco no escore de Framingham, passam a ser considerados de alto risco.Valores de EC abaixo de 100 são considerados de baixo risco, e entre 100 e 400, médio risco.
Por isso, um escore de cálcio elevado, aumenta o perfil de risco do pacientes e tem uma boa correlação com pelo menos uma lesão coronariana crítica. Este exame não serve para identificar obstruções nas artérias do coração.O escore de cálcio pode ser feito juntamente com angiotomografia das artérias coronárias.
Angiotomografia das artérias coronárias (ATAC)
A ATAC é uma modalidade de tomografia computadorizada que utiliza inúmeros detectores de imagens (32 , 64 ou até mais de 300), permitindo a visualização das artérias do coração. A ATAC ainda não está indicada para substituir o cateterismo cardíaco e a cineangiocoronariografia no diagnóstico da doença arterial coronariana.
A ATAC ainda apresenta algumas dificuldades em quantificar estas placas de ateroma, podendo também sugerir a presença destas placas quando elas de fato não existem. Por um outro lado, quando uma ATAC não demosntra nenhuma presença de placas de ateroma, o quadro clínico passa a ser bastante tranquilizador, pois o exame é muito útil para afastar essa condição (valor preditivo negativo).
Uma limitação das imagens obtidas através da ATAC é uma consequência de que o coração é uma estrutura dinâmica, que se movimenta durante o exame. Este exame ainda usa uma quantidade significativa de contraste, aspecto que deve ser levado em conta nos pacientes com história de alergias ao contraste ou lesão renal.
Anomalias congênitas e inflamações das artérias (vasculites) podem ser bem visualizadas pela ATAC.
Outras indicações da ATAC
- Avaliação de artérias coronárias anômalas (mal formação congênita).
- Avaliação de obstruções nas artérias coronárias em pacientes com probabilidade intermediária de doença arterial coronariana (avaliada pelo escore de Framingham) e testes de isquemia (teste de esforço ou cintilografia miocárdica, por exemplo) duvidosos ou conflitantes.
- Avaliação de obstruções nas artérias coronárias em pacientes com baixa probabilidade de doença arterial coronariana (avaliada pelo escore de Framingham) e testes de isquemia (teste de esforço ou cintilografia miocárdica, por exemplo ) positivos.
- Avaliação da patência de enxertos cirúrgicos (funcionamento de pontes de safena ou mamárias ).
- Como uma opção à angiografia invasiva (cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia ) na diferenciação de cardiomiopatias isquêmicas versus não isquêmicas , ou seja , originadas ou não por placas de gordura na parede das artérias.
- Como opção à angiografia invasiva (cateterismo cardíaco e cineangiocoronariografia ) no seguimento de pacientes com doença de Kawasaki ( inflamação das artérias do coração).
- Avaliação de pacientes com dor torácica.
Riscos da ATAC
A ATAC apresenta alguns riscos como exposição à irradiação, reação alérgica e disfunção renal induzida ou agravada pelo uso do contraste. Matéria publicada por Dippe Gestão de Conteúdo em 21/05/2010
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