Dois terços dos fumantes mantêm cigarro após diagnóstico de câncer
Dado faz parte de levantamento feito no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Um quarto dos pacientes do hospital tem histórico de tabagismo
Cigarro: Câncer de pulmão, bexiga, cabeça e pescoço são um dos principais tipos da doença associados ao tabagismo(Thinkstock/VEJA)
Dois em cada três fumantes atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) mantêm o vício mesmo após serem diagnosticados com um tumor. Além disso, segundo levantamento divulgado pelo hospital nesta quarta-feira, um quarto dos pacientes da instituição possui histórico de tabagismo.
O câncer de pulmão é o principal tipo da doença que atinge majoritariamente pacientes com histórico de tabagismo. Segundo o Icesp, 90% dos casos do tumor têm relação com o cigarro. Entre os outros cânceres que possuem forte associação com o tabagismo, está o de bexiga —70% dos homens e 40% das mulheres atendidos no hospital com a doença são fumantes ou ex-fumantes. No caso de cânceres de cabeça e pescoço, como de laringe e boca, 83% das pessoas atingidas têm histórico de tabagismo, de acordo com o levantamento.
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“O cigarro é uma das fontes de poluição ambiental mais perigosa. Os danos atingem todo o corpo e estão ligados a outros graves problemas de saúde como as doenças cardiovasculares. Quem convive com fumantes também é atingido tornando-se um tabagista passivo. Ao inalar a fumaça do cigarro passa a ter mais chances de desenvolver tumores”, diz Frederico Fernandes, coordenador do Grupo de Apoio ao Tabagista do Icesp.
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