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domingo, 28 de dezembro de 2014

CUIDADOS COM APLICATIVOS VOLTADOS À SAÚDE

Aplicativos que medem a pressão ameaçam a saúde, diz pesquisa

Programas de smartphones para medir a pressão sanguínea são imprecisos e, em 98% dos casos, não foram desenvolvido por instituições especializadas

Pesquisadores verificaram que alguns aplicativos para monitorar a pressão tinham sido baixados mais de 2 milhões de vezes
Pesquisadores verificaram que alguns aplicativos para monitorar a pressão tinham sido baixados mais de 2 milhões de vezes (Thinkstock)
Aplicativos para smartphones que medem a pressão sanguínea podem ser prejudiciais para o controle da hipertensão, mostrou um estudo publicado neste mês no periódico da Sociedade Americana de Hipertensão. De acordo com os autores, muitos desses programas não foram testados cientificamente e podem dar resultados errados, imprecisos e, por isso, potencialmente perigosos.
Os pesquisadores analisaram 107 aplicativos famosos para o controle hipertensão disponíveis para download no Google Play e na Apple iTunes e constataram que três quartos ofereciam ferramentas úteis para acompanhamento de dados médicos. No entanto, somente 2,8% foram desenvolvidos com a ajuda de instituições de saúde, como universidades. Além disso, os pesquisadores encontraram sete aplicativos para o sistema Android que instruíam os usuários a pressionar o dedo na tela ou na câmera do celular para medir a pressão sanguínea, mecanismo que os cientistas consideram enganoso.
Os aplicativos desse tipo haviam sido baixados pelo menos 900 000 vezes. Alguns chegaram a 2,4 milhões de downloads. “Essa tecnologia ainda está em fase de pesquisa, não está pronta para uso clínico”, disse Nilay Kumar, da escola de medicina de Harvard e principal autor do estudo.
Benefícios — Por outro lado, de acordo com os estudiosos, esses aplicativos podem ajudar a pessoa a armazenar seu histórico de saúde. A maior parte (72%) dos mais populares permitia aos usuários acompanhar seus dados médicos e cerca de um quarto oferecia a opção de exportar as informações diretamente do consultório médico. 
Após os autores concluírem o estudo, eles ressaltam a necessidade de uma regulamentação urgente para esse tipo de serviço.
(com Reuters)
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/aplicativos-que-medem-a-pressao-ameacam-a-saude-diz-pesquisa

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

DIABETES TIPO 2: METFORMINA e DOENÇA RENAL

Metformina é segura para pacientes com doença renal, diz pesquisa

Medicamento mais utilizado para tratar o diabetes tipo 2 não oferece risco de acidose láctica em indivíduos com doença renal leve a moderada

Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2
Metformina: um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2 (Jack Hollingsworth/VEJA)
Ao contrário do que orientam as diretrizes da FDA, agência americana que regula remédios e alimentos, a metformina, um dos medicamentos mais populares para o tratamento do diabetes tipo 2, é segura para pacientes com doença renal leve a moderada. Essa é a constatação de um estudo feito por pesquisadores da Universidade Yale, nos Estados Unidos, e publicado na terça-feira no periódico Jama.

Opinião da especialista

Denise Franco


Endocrinologista e diretora da ADJ Diabetes Brasil e da Sociedade Brasileira de Diabetes.


A metformina é um medicamento barato, consolidado há 20 anos no mercado e a primeira droga que escolhemos para tratar o diabetes tipo 2.


Esse remédio pertence à classe das biguanidas, que foram associadas à incidência de acidose láctica. Ainda não há comprovação de que a metformina em si faça mal para pacientes com doença renal. Mesmo assim, por cautela, os médicos não receitam esse remédio para pessoas com doenças renais.

O estudo clínico de Yale não é grande e as orientações para o uso da droga estão consolidadas.
Há 20 anos a metformina é usada para controlar os níveis de açúcar no sangue de pacientes com diabetes tipo 2. Os médicos, no entanto, evitam prescrever a droga para doentes mais velhos, em uma tentativa de reduzir o risco de acidose láctica, uma condição na qual o sangue torna-se muito ácido. 
“Quando o indivíduo chega a uma certa idade, sua função renal começa a decair e a primeira coisa que os médicos costumam fazer é parar o tratamento com metformina”, explica Silvio Inzucchi, coautor do estudo. “No entanto, o diabetes fica fora de controle. Outras drogas podem ser usadas, mas elas são mais caras e causam mais efeitos colaterais que a metformina.”​
Resultado — Os pesquisadores revisaram pesquisas já publicadas para verificar o risco de acidose láctica com o uso de metformina em diabéticos com doença renal leve a moderada. Eles constataram que o risco do problema acontecer é extremamente baixo e comparável ao daqueles que não tomam o medicamento.
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/metformina-e-segura-para-pacientes-com-doenca-renal-diz-pesquisa

DIABETES: RECOMENDAÇÕES MÉDICAS RECENTÍSSIMAS

Nova cartilha orienta que diabéticos acima de 40 anos tomem estatina

Para Associação Americana de Diabetes, mesmo que não tenham colesterol alto, diabéticos a partir dessa idade devem ingerir o remédio

Patricia Orlando
Cartela com remédios comprimidos
Estatina: remédio ajuda a controlar o nível de colesterol 'ruim', o LDL (Medioimages/Thinkstock/VEJA)
A Associação Americana de Diabetes divulgou nesta terça-feira suas novas diretrizes, o Standards of Medical Care, para o tratamento de pacientes com diabetesEntre as novas recomendações, está a de que praticamente todos os diabéticos acima de 40 anos tomem doses moderadas a altas de estatina, um medicamento utilizado para controlar os níveis de LDL, o colesterol "ruim". Para os mais jovens, o fármaco é indicado se a pessoa tiver outros fatores de risco para doenças cardiovasculares: colesterol alto, hipertensão, tabagismo, sobrepeso e obesidade.

Opinião da especialista

Freddy Goldberg Eliaschewitz

Endocrinologista membro do conselho consultivo da ADJ.


Os diabéticos já estão em um grupo de alto risco para doenças cardiovasculares. Por esse motivo, precisam controlar índices como o colesterol.
Pesquisas constataram que, quanto menor o nível de colesterol, mais benefícios cardiovasculares a pessoa vai ter. O paciente pode estar com o colesterol abaixo de 100 mg/dl, por exemplo. Mas, se esse nível cair ainda mais, o indivíduo terá ainda menos chances de sofrer de algum problema cardiovascular.
Por isso, ao reduzir o nível de colesterol o quanto possível, o uso da estatina pode beneficiar os diabéticos.
Portadores de diabetes têm de duas a quatro vezes mais risco de sofrer um derrame ou um ataque cardíaco. Por esse motivo, entidades como o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração passaram a recomendar o uso regular de estatina para diabéticos.
A Associação Americana dos Diabetes seguiu as outras organizações e recomendou que diabéticos de 40 a 75 anos, ou mais, e sem fatores de risco para doenças cardiovasculares tomem doses moderadas da droga. Pacientes de qualquer idade que possuam histórico de doença cardiovascular ou outro fator de risco precisam tomar regularmente doses altas do fármaco. Apenas as pessoas com menos de 40 anos e sem fator de risco nem histórico de doenças cardiovasculares não precisam da droga.
“A grande mudança é recomendar estatinas em doses moderadas ou altas com base no perfil de risco do paciente, não apenas pelo seu nível de LDL. Uma vez que todos os pacientes com diabetes têm maior risco para doenças cardiovasculares, é apenas uma questão de decidir a dose do remédio”, diz Richard Grant, pesquisador do Comitê de Prática Profissional da Associação Americana de Diabetes.
Pressão — A nova diretriz também orienta que a pressão diastólica (mínima) ideal para os diabéticos seja 90 mmHg, em vez de 80 mmHg. “Embora estudos observacionais tenham mostrado que a pressão baixa seja melhor, novas pesquisas revelaram que a pressão diastólica ideal é 90 mmHg”, diz Grant.
Outra recomendação é que os diabéticos façam treinos de musculação pelo menos duas vezes por semana. Além disso, para descendentes de asiáticos, o limite de índice de massa corpórea (IMC) cai para 23, ante 25 do resto da população.
“Nós revisamos nossas recomendações, como fazemos todos os anos, com base nos mais recentes modelos de tratamento e cuidados de pessoas com diabetes”, explica Jane Chiang, vice-presidente da Associação Americana de Diabetes para Assuntos Médicos e Informações para a Comunidade.
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nova-cartilha-orienta-que-diabeticos-acima-de-40-anos-tomem-estatina

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

PERDER BARRIGA: MUSCULAÇÃO ou ATIVIDADE AERÓBICA?

O que é melhor para perder barriga: musculação ou exercício aeróbico?

Pesquisa de Harvard constatou que homens que faziam 20 minutos de treinamento com peso por dia apresentavam uma menor circunferência abdominal do que os que faziam atividades aeróbicas

Circunferência abdominal: 20 minutos de treinamento com peso por dia evita o aumento da gordura abdominal associado à idade
Circunferência abdominal: 20 minutos de treinamento com peso por dia evita o aumento da gordura abdominal associado à idade (Thinkstock/VEJA)
Quer evitar o acúmulo de gordura na barriga que costuma aparecer com o passar dos anos? Prefira exercícios de peso, como a musculação, a atividades aeróbicas. Ou, para perder ainda mais medidas, combine as duas modalidades. A revelação é de uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, publicada na segunda-feira no periódico Obesity.
Os cientistas analisaram a rotina de atividade física, a circunferência abdominal e o peso corporal de 10.500 homens de 40 anos ou mais. Todos foram acompanhados durante doze anos.
Resultado — Os voluntários que faziam 20 minutos de treinamento com peso por dia tinham menos circunferência abdominal do que os que faziam 20 minutos de atividade aeróbica em intensidade moderada ou intensa. A combinação dos dois tipos de atividade levou a ainda melhores resultados.
“Esse estudo ressalta a importância do treinamento com peso para reduzir a gordura abdominal principalmente para os mais velhos. Para manter um peso e circunferência abdominal saudáveis, o fundamental é aliar o treinamento de peso com exercícios aeróbicos”, diz Frank Hu, coautor do estudo.
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/o-que-e-melhor-para-perder-barriga-musculacao-ou-exercicio-aerobico

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

GORDURA e DIÓXIDO DE CARBONO

Corpo elimina maioria da gordura pela respiração, diz estudo

Pesquisadores descobrem que, no processo de perda de peso, grande parte da gordura é transformada em dióxido de carbono e eliminada pelos pulmões

Dieta
Dieta: ao perder 10 quilos, 8,4 quilos são excretados em forma de dióxido de carbono (Hemera Technologies/Thinkstock/VEJA)
Ao perder peso, a gordura precisa ir para algum lugar. De acordo com um estudo australiano publicado na terça-feira na edição de Natal do periódico BMJ, quando uma pessoa emagrece, a gordura é excretada primeiramente pelo pulmão em forma de dióxido de carbono (CO2).
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico BMJ

Quem fez: Ruben Meerman e Andrew J Brown.

Instituição: Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.

Resultado: Ao perder 10 quilos de gordura, o corpo a excreta 8,4 quilos pelos pulmões em forma de dióxido de carbono (CO2) e 1,6 quilos em forma de água.
A explicação seria a de que as células de gordura armazenam triglicérides, um composto formado por três átomos: carbono, hidrogênio e oxigênio. Para perder gordura, é necessário liberar esses átomos da molécula de triglicérides por um processo chamado de oxidação.
O estudo constatou que quando 10 quilos de gordura são oxidados, 8,4 quilos são excretados pelos pulmões em forma de dióxido de carbono. O restante, 1,6 quilos, se transforma em água (H2O), que pode ser excretada pela urina, suor, respiração, lágrimas, fezes ou outros fluidos corporais.
Os autores chegaram a essa conclusão depois de traçarem o caminho percorrido por cada átomo excretado pelo corpo. “Essa bioquímica não é nova. Mas por razões incertas parece que ninguém tinha feito esses cálculos antes. As quantidades fazem total sentido, mas os resultados foram surpreendentes”, explicam os autores.
Respiração — A análise mostrou ainda que o oxigênio inalado necessário para realizar o processo metabólico de perda de peso precisa ser quase três vezes maior do que a quantidade de gordura a ser perdida. Isto é, para completar o processo de oxidação de 10 quilos de gordura, são necessários 29 quilos de oxigênio inalado. No montante, são criados 28 quilos de CO2 e 11 quilos de água.
Os pesquisadores analisaram, também, que uma pessoa com 70 quilos excreta 200 gramas de carbono por dia e um terço da perda de peso é alcançada durante o sono. Correr por uma hora, por exemplo, elimina 40 gramas de CO2 a mais — elevando a média diária para 240 gramas.
“Perder peso requer liberar o carbono armazenado nas células de gordura. Isso reforça a recomendação de comer menos e se mover mais”, explicam os autores, que ainda recomendaram que esse conceito seja incluído no currículo de ciências nas escolas e nas universidades de bioquímica.

A edição de Natal do BMJ é conhecida por selecionar estudos com temas engraçados, mas que passaram pelos critérios usuais de revisão de pares e são “reais”, na definição da publicação. 

FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/estudo-explica-para-onde-vai-a-gordura-do-corpo-quando-a-pessoa-emagrece

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

EQUILÍBRIO CORPORAL e SAÚDE CEREBRAL

Não se equilibra sobre uma perna só? Previna-se contra o derrame

Estudo revelou que pessoas que não ficaram mais de 20 segundos na posição tinham uma doença cerebral que eleva o risco de AVC

Conseguir se equilibrar por mais de 20 segundos em uma perna só indica boa saúde cerebral
Conseguir se equilibrar por mais de 20 segundos em uma perna só indica boa saúde cerebral (Thinkstock)
Faça um teste rápido: você consegue se equilibrar em uma perna perfeitamente durante 20 segundos? Se a resposta for negativa, melhor ficar atento. Uma pesquisa publicada nesta quinta-feira no periódico Stroke constatou que essa dificuldade é relacionada com um maior risco de derrame e redução da função cognitiva.
CONHEÇA A PESQUISA


Onde foi divulgada: periódico Stroke.

Quem fez: Yoko Okada, Maya Ohara, Eri Uetani, Tomoko Kido, Namiko Ochi, Tokihisa Nagai, entre outros.

Instituição: Universidade de Kioto, no Japão.

Resultado: Não conseguir ficar mais de 20 segundos se equilibrando numa perna só é sinal da presença de pequenas lesões cerebrais, que podem ocasionar um derrame.
“Nosso estudo constatou que a habilidade de se equilibrar em uma perna é um teste importante para verificar a saúde do cérebro. Aqueles que não têm muito equilíbrio devem ter a atenção dos seus médicos, mesmo que não apresentem nenhum sintoma clínico”, explica Yasuharu Tabara, coautor do estudo e professor da Universidade de Kioto, no Japão.
Método — Participaram do estudo 1387 pessoas com idade média de 67 anos. Os pesquisadores pediram que os participantes se equilibrassem em uma perna com os olhos abertos duas vezes, e usaram como parâmetro a melhor tentativa. Já a saúde cerebral foi examinada por meio de uma ressonância magnética.
Ao compararem os resultados do teste e do exame, os autores concluíram que os voluntários que não conseguiam se equilibrar por mais de 20 segundos sobre uma perna tinham maior incidência da chamada doença dos pequenos vasos cerebrais, uma condição que antecede o derrame, provoca pequenas lesões nos vasos do cérebro e não apresenta sintomas. 
Dos participantes com dificuldade de equilíbrio, 34,5% tinham duas lesões no cérebro e 16% possuíam uma lesão. Os pesquisadores verificaram que, quanto mais lesões cerebrais a pessoa tinha, por menos tempo ela conseguia se equilibrar.
Esse não é o único estudo a analisar a relação entre habilidades físicas e o risco de derrame. Porém, os autores explicam que esse é o primeiro trabalho a estudar detalhadamente como o equilíbrio em uma perna pode ser um indicativo da saúde cerebral. “O teste de manter o participante em uma perna só é uma maneira fácil de determinar se existem sinais que indicam maiores riscos para o derrame”, explica Tabara.
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nao-se-equilibra-sobre-uma-perna-so-previna-se-contra-o-derrame

domingo, 14 de dezembro de 2014

LAPSO DE MEMÓRIA e AVC

Cognição

Sofre com lapsos de memória? Então previna-se contra o AVC

Estudo sugere que problema cognitivo pode indicar risco até 38% maior de derrame no futuro

Problemas de memória podem indicar risco maior de AVC no futuro, sugere pesquisa holandesa
Problemas de memória podem indicar risco maior de AVC no futuro, sugere pesquisa holandesa (Thinkstock/VEJA)
Um dos possíveis danos deixados pelo acidente vascular cerebral (AVC) são problemas de memória. Agora, pesquisadores sugerem que o efeito contrário também pode acontecer: lapsos de memória podem indicar que o indivíduo possui um risco alto de sofrer um derrame.
A conclusão faz parte de um estudo feito na Universidade de Roterdã, na Holanda, e publicado nesta quinta-feira na revista científica Stroke. A pesquisa se baseou nos dados de 9 152 pessoas com mais de 55 anos que foram submetidas a testes de memória e de saúde mental entre os anos de 1990 e 1993 e novamente entre 2000 e 2001.
Desde o início do estudo e até 2012, houve 1 134 casos de AVC entre os participantes. Os pesquisadores observaram uma relação entre queixas de problemas de memória e probabilidade mais elevada de derrame nos anos seguintes. Surpreendentemente, o maior risco, de 38%, foi observado entre pessoas com os maiores níveis de escolaridade. 
“Pesquisas futuras poderão confirmar nossa conclusão, e então as pessoas com queixas sobre mudanças em sua memória passarão a ser consideradas como um grupo de risco para derrame cerebral no futuro”, diz Arfan Ikram, professor de neuroepidemiologia da Universidade de Roterdã e coordenador do estudo.

Como evitar o derrame
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: 
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/sofre-com-lapsos-de-memoria-entao-previna-se-contra-o-avc

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

AÇÚCAR É UM VILÃO, MESMO!

Açúcar, mais que o sal, é o vilão da pressão alta, dizem médicos americanos

Um grupo de profissionais pede que diretrizes alimentares enfatizem mais o açúcar que o sal no combate à hipertensão

Açúcar
Segundo os médicos, o açúcar dos alimentos processados é o vilão da hipertensão (Thinkstock/VEJA)
Os programas alimentares voltados para reduzir a pressão arterial costumam focar na redução do consumo do sal. Mais do que cortar o sal, as pessoas deveriam tirar da mesa alimentos industrializados enriquecidos com açúcar. Essa é a constatação de um estudo feito por médicos da Faculdade de Medicina Albert Einstein e do Saint Luke's Mid America Heart Institute, nos Estados Unidos, e publicado nesta quarta-feira no periódico Open Heart.

Opinião do especialista

Luiz Bortolotto
Cardiologista, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia e diretor da unidade de hipertensão do Instituto do Coração (Incor).


Existem extensas evidências do papel do sal no desenvolvimento da hipertensão, assim como dos benefícios de reduzir o sal para diminuir a pressão. Isso está consolidado, apesar de criticado por alguns autores.
Quanto ao açúcar, começam a surgir evidências de que o excesso de frutose pode causar processos inflamatórios. Além disso, existe uma relação entre o consumo do açúcar e a obesidade, que é ligada à hipertensão. Logo, há fundamento em dizer que excesso de açúcar pode levar à hipertensão. O estudo que mais mostrou isso foi o que relacionou refrigerantes com maior risco de hipertensão. 

No entanto, não há um estudo comparativo entre redução de sal e de açúcar e o impacto na pressão, e também nenhuma pesquisa avaliou a queda da pressão promovida pela redução do açúcar.
Doenças cardiovasculares, como o infarto e o derrame, são a causa de morte número um no mundo. Um dos principais fatores de risco para elas é a pressão arterial elevada, que atinge um em cada cinco brasileiros, de acordo com um levantamento do IBGE divulgado na quarta-feira.

Para esse grupo de médicos americanos, a queda na pressão arterial proporcionada pela redução no consumo de sal é “relativamente pequena”, e há evidências de que consumir de 3 a 6 gramas de sal por dia faz bem à saúde, e de que ingerir de menos de 3 gramas é prejudicial ao organismo.



No artigo, eles dizem que a maioria do sal da dieta é obtido por meio de comidas processadas, também ricas em açúcar. “O açúcar pode estar mais relacionado à pressão arterial do que o sódio. Evidências científicas, estudos populacionais e ensaios clínicos revelam que o açúcar, particularmente a frutose, é o protagonista do desenvolvimento da hipertensão”, escreveram os autores.

Xarope de milho — Os médicos condenam especialmente o xarope de milho, adoçante comum em sucos industrializados e refrigerantes. Eles afirmam que uma ingestão diária de mais de 74 gramas de frutose está associada com um risco 30% maior de ter pressão acima de 14 por 9, e 77% maior de ter pressão superior a 16 por 10. Uma alimentação rica em frutose também está relacionada à elevação do colesterol, altos índices de insulina e risco de síndrome metabólica.

Os autores enfatizam que o açúcar natural encontrado em frutas e vegetais não é prejudicial à saúde. Ao contrário, comer frutas e vegetais certamente faz bem ao organismo.
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/acucar-mais-que-o-sal-e-o-vilao-da-pressao-alta-dizem-medicos-americanos

SAÚDE DO BRASILEIRO ESTÁ PÉSSIMA!

Quase metade dos brasileiros é sedentária, 15% fumam e 28% veem muita TV

Paula Bianchi
Do UOL, no Rio

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    Quase 50% dos brasileiros fazem menos exercícios do que o recomendado
    Quase 50% dos brasileiros fazem menos exercícios do que o recomendado
Esqueça a imagem do brasileiro saudável, que passa boa parte do tempo ao ar livre. Quase a metade da população com 18 anos ou mais do país –46%, segundo dados do IBGE--, é sedentária, 28,9% assistem a três horas ou mais de televisão por dia e 15% fumam ou usam produtos derivados do tabaco. Os dados fazem parte da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), divulgada nesta quarta-feira (10). Esta é a primeira vez que a pesquisa é realizada.
Por sedentária entende-se a parcela da população considerada "insuficientemente ativa", ou seja, que pratica menos de 150 minutos de atividade física por semana, seja nos momentos de lazer, no trabalho ou nos deslocamentos até o trabalho.
O Estado de Roraima foi apontado como o mais sedentário, com 57,3% da população insuficientemente ativa. Já Minas Gerais aparece como o menos sedentário, com 41%.
No geral, homens são mais ativos que mulheres --27,1% contra 18,4%. Segundo técnicos do IBGE, a diferença pode ser resultado da tripla função exercida pela população feminina, que, cada vez mais, se divide entre o trabalho, afazeres domésticos e cuidados com os filhos, e teria menos tempo para exercícios.
Já o Rio de Janeiro é campeão entre os Estados colados na telinha.  Ao menos 40,4% da população fluminense passa três horas ou mais em frente à televisão por dia. Na sequência aparecem o Sergipe e o Rio Grande do Norte, com 37,9% e 35,5%, respectivamente. 
Entre os brasileiros com mais de 18 anos, 15% admitiram fumar ou usar produtos derivados do tabaco. A proporção é maior na área rural que na área urbana – 17,4% contra 14,6% - e três pontos percentuais menor que a registrada há cinco anos pela PNAD 2008 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), único dado possível de ser comparado à PNS, devido à metodologia semelhante.
FONTE: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2014/12/10/quase-metade-dos-brasileiros-e-sedentaria-15-fumam-e-28-veem-muita-tv.htm

domingo, 7 de dezembro de 2014

ESCLEROSE MÚLTIPLA e o TRATO GASTROINTESTINAL

Evidências crescentes sugerem que quando nossa biota residente está desequilibrada, seus microrganismos contribuem para muitas doenças, inclusive diabetes, artrite reumatoide, autismo e, aparentemente, esclerose múltipla.


Por Bret Stetka

A esclerose múltipla (EM, em português; MS, em inglês) é uma disfunção elétrica, ou melhor, um problema de mielina danificada. Essa substância lipídica isolante, que cobre os nervos, facilita a transmissão de corrente elétrica através de nossos neurônios e a liberação de neurotransmissores que ajudam a operar nossos corpos e cérebros.

Pesquisadores vêm especulando há algum tempo que a deterioração de mielina observada em portadores de EM se deve, pelo menos em parte, a uma atividade autoimune contra o sistema nervoso. Trabalhos recentes, apresentados na conferência MS Boston 2014 Meeting, sugerem que essa resposta anormal de defesa começa no intestino.

A razão disso é que 80% do sistema imune humano residem no trato gastrointestinal. Em seu interior habitam os trilhões de bactérias simbióticas, fungos e outros organismos unicelulares que compõem os microbiomas de nossos intestinos. Normalmente todo mundo sai lucrando: os microrganismos se beneficiam de um “lar” e de um suprimento estável de alimentos, e nós desfrutamos do auxílio essencial que eles oferecem em várias funções metabólicas e digestivas.

Como nossos microbiomas também ajudam a calibrar o sistema imune, nossos corpos reconhecem quais coabitantes deveriam estar lá e quais não. Mas evidências crescentes sugerem que quando nossa biota [conjunto de microrganismos] residente está desequilibrada, os microrganismos contribuem para inúmeras doenças, inclusive diabetes, artrite reumatoide, autismo e, aparentemente EM, ao incitar uma atividade imune malévola que pode se espalhar por todo o corpo e pelo cérebro.

Um estudo realizado por especialistas do Brigham and Women Hospital (BWH) e apresentado na conferência de Boston, constatou que um organismo unicelular chamado metanobrevibacter, que ativa o sistema imune, é fortalecido no trato gastrointestinal de pacientes com EM, enquanto bactérias que suprimem a atividade imune são depauperadas, ou enfraquecidas.

Outro trabalho, fruto de uma colaboração entre 10 centros de pesquisa acadêmicos nos Estados Unidos e no Canadá, relatou uma flora intestinal significativamente alterada em pacientes pediátricos com esclerose múltipla, enquanto um grupo de pesquisadores japoneses descobriu que o consumo de levedura reduz as chances de camundongos desenvolverem uma doença semelhante à EM ao alterar sua flora intestinal.

Sushrut Jangi, um médico da equipe do Beth Israel Deaconess Medical Center, em Boston, que foi coautor do estudo BWH, acredita que até influências alimentares regionais podem estar em jogo. “Os biomas de pessoas que vivem em diferentes áreas e que consomem dietas ocidentais versus não-ocidentais são demonstrativamente diferentes”, observa. “Consequentemente, pessoas que emigram de países não-ocidentais, inclusive a Índia, onde as taxas de EM são baixas, desenvolvem um risco elevado de doença nos Estados Unidos. Uma possibilidade para explicar isso é que o ‘bioma indiano’ pode se transformar em um ‘bioma americano’”, embora ainda não existam dados para apoiar essa teoria, acrescenta.

A teoria do microbioma está ganhando tanta força no meio acadêmico que uma coalizão de quatro centros de pesquisa americanos, chamada MS Microbiome Consortium (Consórcio do Microbioma de EM), se formou recentemente para investigar o papel dos microrganismos intestinais na doença.

Em Boston, o grupo apresentou dados que mostram populações bacterianas gastrointestinais significativamente diferentes em portadores de EM tratados com a droga acetato de glatirâmer em comparação com pessoas não tratadas.

Não se sabe exatamente como o fármaco suprime a atividade da EM, mas os resultados sugerem que talvez ele funcione, em parte, ao alterar a flora intestinal e, como resultado, suprimir a atividade imune anormal.

“O intestino está bem posicionado para desempenhar um papel importante no desenvolvimento de doenças autoimunes, incluindo EM”, observa Ilana Katz Sand, uma professora assistente de neurologia no Mount Sinai Medical Center,em Nova York, e membro do MS Microbiome Consortium. “Mas persistem questões importantes; por exemplo, como os medicamentos para EM afetam o microbioma, como o microbioma de uma pessoa pode afetar as respostas ao tratamento, se espécies bacterianas específicas estão associadas a uma doença mais severa e, finalmente, se podemos manipular o microbioma para beneficiar nossos pacientes”, acrescenta.

De acordo com Katz Sand, vale à pena estudar abordagens dietéticas e probióticas para tratar de EM, assim como uma possibilidade menos palatável: o transplante fecal. Mas ela também lembrou que, em ciência e medicina, respostas raramente são simples.

Katz Sand argumentou que, com toda probabilidade, a EM resulta de uma complicada confluência de influências genéticas e ambientais que, em última instância, podem desencadear uma atividade autoimune.

Além de nossa flora intestinal, sabe-se que bem mais de 100 variantes genéticas, muitas delas associadas a funções imunes, contribuem para a doença; assim como fatores externos, inclusive a deficiência de vitamina D (EM é mais comum em latitudes mais altas), o tabagismo e a ingestão exagerada de sal.

Para confundir ainda mais nossa capacidade de identificar as causas básicas da doença está o fato de que nosso código genético influencia o modo como nossos corpos e cérebros respondem a esses fatores externos.

É possível que tanto genes como estímulos ambientais levem a microbiomas patológicos, ou que alguma combinação infeliz desses fatores conduza a um caminho autoimune comum que devasta a mielina. “Sabemos que o microbioma molda nosso sistema imune e que a EM é uma doença mediada por esse sistema de defesa. Também sabemos que genes influenciam nossos microbiomas e sistemas imunológicos”, salienta David Hafler, professor de neurologia e imunobiologia na Yale University School of Medicine, que participou da conferência, mas não esteve envolvido no trabalho sobre microbioma.

No entanto, em vista do fato de que as incidências de EM e outras disfunções autoimunes estão aumentando, também deve haver fatores não genéticos contribuindo para a doença.

“Talvez seja uma somatória de vários pequenos fatores, como baixa contagem de vitamina D, índice de massa corporal aumentado, e ingestão excessiva de sal”, pondera Hafler, acrescentando, “mas eu não ficaria surpreso se fosse apenas algo grande, como quando se descobriu que a bactéria Helicobacter pylori, mais conhecida como H. pylori, provoca úlceras. Até agora, ninguém descobriu um microrganismo específico que esteja por trás da EM, mas acho importante continuarmos procurando”.

Scientific American 8 de outubro de 2014

FONTE: http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/esclerose_multipla_pode_comecar_no_intestino.html

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

SÍNDROME DE WILLIAMS



O que é?
A Síndrome de Williams também conhecida como síndrome Williams-Beuren é uma desordem genética que, talvez, por ser rara, freqüentemente não é diagnosticada. Sua transmissão não é genética. O nome desta síndrome vem do médico, Dr. J.C.P. Williams que a descreveu em 1961 na Nova Zelândia e pelo Dr. A. J. Beuren da Alemanha em 1962 .
Acometendo ambos os sexos, na maioria dos casos infantis (primeiro ano de vida), as crianças têm dificuldade de se alimentar, ficam irritadas facilmente e choram muito.
A síndrome de Williams é uma doença caracterizada por "face de gnomo ou fadinha”, nariz pequeno e empinado, cabelos encaracolados, lábios cheios, dentes pequenos e sorriso freqüente. Estas crianças normalmente têm problemas de coordenação e equilíbrio, apresentando um atraso psicomotor. Seu comportamento é sociável e comunicativo embora utilizem expressões faciais, contatos visuais e gestos em sua comunicação.
Embora comecem a falar tarde, por volta dos 18 meses, demonstram facilidade para aprender rimas e canções, demonstrando muita sensibilidade musical e concomitantemente boa memória auditiva.
Seu desenvolvimento motor é mais lento. Demoram a andar, e tem grande dificuldade em executar tarefas que necessitem de coordenação motora tais como: cortar papel, desenhar, andar de bicicleta, amarrar o sapato etc..

Tratamento e Prevenção das Complicações
É muito importante identificar portadores desta síndrome logo na primeira infância, pois, tem influência em diversas partes do desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor.
As medidas preventivas devem-se iniciar logo após o diagnóstico com um estudo minucioso para descarte de anomalias do coração e rins. É necessário monitorar freqüentemente a hipertensão arterial, incluindo a avaliação da tensão arterial nos quatro membros.
A otite crônica exige avaliações auditivas freqüentes e quando necessário o envio para uma consulta de otorrinolaringologia. O tratamento de problemas dentários necessita da profilaxia da endocardite. Face às infecções urinárias freqüentes torna-se necessário avaliar a função renal periodicamente e realizar um estudo minucioso na infância e na adolescência.
Na adolescência, para além de se manter a vigilância dos sistemas já descritos, deve-se pesquisar a presença de escoliose e contratura das articulações. Os problemas alimentares observados nos mais novos são ultrapassados, sendo a obesidade encontrada em 29% dos adultos. O comportamento e aproveitamento escolar, quando problemáticos carecem de medidas de apoio. A ansiedade pode estar associada à úlcera péptica e a litíase biliar é um diagnóstico possível em doentes com dores abdominais.
Personalidade e comportamento
Nas crianças portadoras desta síndrome é grande a sociabilidade, entusiasmo, grande sensibilidade, tem uma memória fantástica para pessoas, nomes e local; ansiedade medo de alturas, preocupação excessiva com determinados assuntos ou objetos, distúrbios do sono, controle do esfíncter É normal crianças com esta síndrome serem amigas de adultos e procurarem a companhia deles ao mesmo tempo tem dificuldade em fazer amizades outras crianças da sua idade. Muitas crianças com esta síndrome demonstram medo ao escutarem ruídos de bater palmas, liquidificador, avião, etc., por serem hipersensíveis ao som.
Referências Bibliográficas:
  • MACHADO, M. T., et al. Achados Neuro-Urológicos da Síndrome de Williams: Relato de Caso. Arquivos de Neuro-Psiquiatria, 1998, 56 (3-b): 683-687.
  • EWART A.K.; et al: A human vascular disorder, supravalvular aortic stenosis, maps to chromosome 7. Porc Natl Acad Sci USA 90:3226-30, 1993.
  • FRANGISKAKIS J. M.; et al; Lim-kinase hemizigosity implicated in impaired visuospatial constructive cognition. Cell 86:59-69, 1996.
  • DUTLY, F , Schnitzel, A: Unequal interchromosomal rearrangements may result in elastin gene deletions causing Williams Beuren syndrome. Hum Mol Genet 12:1893-98, 1993.
  • ASHKAN LASHKARI, B.S., et al. Williams- Beuren Syndrome: An update and review for the primary Physician. Clinical Pediatrics, 1999; 38: 189-208.  
Texto de Ivana Silva
FONTE: http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/infantil/sindrome-willians.htm

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ZUMBIDO NO OUVIDO: SETE CAUSAS

Sete causas do zumbido no ouvido

Depressão e doenças neurológicas estão entre os fatores que desencadeiam a sensação auditiva desagradável

Patricia Orlando
zumbido
Zumbido no ouvido: alguns tratamentos podem diminuir ou eliminar o problema (ThinkStock/VEJA)
O zumbido no ouvido é um barulho incômodo que uma pessoa escuta sem a existência de uma fonte sonora. De acordo com a Associação Americana de Zumbido (ATA, na sigla em inglês), 20% das pessoas convivem com o problema. Entre os idosos acima dos 70 anos, a incidência é de 25%.
Há zumbido agudos e graves, semelhantes a barulhos como apito, chiado, cachoeira, panela de pressão, motor e grilo. O incômodo é comum depois que um indivíduo frequenta ambientes ruidosos, como festas e shows, que podem destruir as células do ouvido. Caso o ruído permaneça no dia seguinte ao evento, é preciso procurar um médico. "O zumbido costuma ser consequência da perda de audição. Ele é uma tentativa do sistema responsável pela audição em compensar a falta do estímulo que deveria estar presente", explica Rinaldo Lopes de Melo, otorrinolaringologista do Hospital Norte D’Or, no Rio de Janeiro.  
Causas — Além da perda de audição, doenças neurológicas, acúmulo de cera no ouvido, depressão e dieta inadequada estão entre as causas do problema. No caso dos fatores fisiológicos, a sensação é desencadeada por falhas na vascularização do ouvido. Com a passagem sanguínea insuficiente, as células têm menos oferta de oxigênio e não conseguem se nutrir adequadamente, o que prejudica o metabolismo da região. Já a depressão altera os neurotransmissores responsáveis pela audição. 

Outra causa é o uso excessivo de medicamentos como ácido acetilsalicílico, anti-inflamatórios e antibióticos. "Essas drogas podem prejudicar a irrigação sanguínea na orelha interna ao promover a vasoconstrição ou modificar a oferta de nutrientes para as células da região ao alterar o metabolismo de carboidratos e lipídeos", explica Estelita Betti, otorrinolaringologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.  

Tratamento – De acordo com Lopes de Melo, não existe um único tratamento eficaz para todos os tipos de zumbido. "Algumas medidas diminuem e eliminam o problema. O sucesso do tratamento depende das causas do zumbido e da resposta individual", diz Lopes de Melo.
As terapias mais utilizadas são à base de medicamentos — vasodilatadores, anticonvulsivantes, ansiolíticos ou antidepressivos —, uso de aparelhos de amplificação sonora, estimulação magnética transcraniana e a chamada Tinnitus Retrainig Therapy (TRT), que consiste em habituar o paciente a conviver com o som a ponto de não notá-lo. Em casos de depressão, recomenda-se acompanhamento psicológico. 
FONTE PARA A REPORTAGEM COMPLETA: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/sete-causas-do-zumbido-no-ouvido