Risdiplam, remédio para atrofia muscular espinhal, é incorporado ao SUS
Medicamento estará disponível no SUS em até 180 dias.
Por g1
O Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (14), a incorporação
do remédio risdiplam, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal
(AME) ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Segundo o ministério, a previsão é de que o risdiplam esteja
disponível no SUS
em até 180 dias. Ele foi incorporado para o tratamento do tipo 1 e 2 da
doença.
De acordo com a Roche, que comercializa o remédio sob o nome de Evrysdi,
"os estudos clínicos que embasaram a incorporação do medicamento no
Sistema Público de Saúde comprovam a eficácia de risdiplam não apenas
para atrofia muscular espinhal dos tipos 1 e 2, como também do tipo 3".
Além do risdiplam, o medicamento Spinraza também foi incorporado ao SUS,
em 2019, para tratar o tipo 1 da AME. Um terceiro remédio, o Zolgensma,
também para o tipo 1, recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) em 2020, mas ainda não foi incorporado ao SUS.
O que é a AME?
A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença genética rara,
degenerativa,
que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial
para
a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos
gestos voluntários
vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Varia do tipo 0 (os sintomas aparecem dentro do útero, antes do
nascimento)
ao 4 (sintomas surgem na segunda ou terceira década de vida).
Geralmente,
os bebês com o tipo 0 sobrevivem apenas alguns meses após o
nascimento.
O tipo 1 se desenvolve em bebês com menos de 6 meses e é o mais grave – a maioria
deles morre durante os primeiros anos de vida, geralmente como resultado de sérias
dificuldades respiratórias, segundo informações do NHS (equivalente britânico do
SUS).
O tipo 2 aparece em bebês de 7 a 18 meses e é menos grave que o tipo 1. A maioria
das crianças com
esse tipo vive até a idade adulta; normalmente, são capazes de sentar sem ajuda,
mas não ficar em pé ou andar.
O tipo 3 costuma aparecer após os 18 meses de idade e é o tipo menos grave que afeta crianças. Geralmente, elas são capazes de ficar de pé e andar sem ajuda, mas
podem ter problemas de equilíbrio, dificuldade em correr ou subir degraus e um
leve tremor nos dedos. Andar pode ficar mais difícil com o passar do tempo, e as
pessoas afetadas podem perder essa capacidade à medida que ficam mais velhas.
O tipo 4 afeta adultos e pode causar fraqueza nas mãos e pés, dificuldade em
andar e deixar os músculos trêmulos. O problema vai piorando lentamente com o
passar do tempo, mas não costuma causar problemas com a respiração ou
deglutição (engolir).
https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/03/14/remedio-para-atrofia-muscular-espinhal-e-incorporado-ao-sus.ghtml
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