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sexta-feira, 18 de março de 2022

AME: ATROFIA MUSCULAR ESPINHAL

 

Por g1

 

Ministério da Saúde anunciou, nesta segunda-feira (14), a incorporação 

do remédio risdiplam, usado no tratamento da Atrofia Muscular Espinhal 

(AME) ao SUS (Sistema Único de Saúde).

Segundo o ministério, a previsão é de que o risdiplam esteja 

disponível no SUS 

em até 180 dias. Ele foi incorporado para o tratamento do tipo 1 e 2 da 

doença.

De acordo com a Roche, que comercializa o remédio sob o nome de Evrysdi, 

"os estudos clínicos que embasaram a incorporação do medicamento no 

Sistema Público de Saúde comprovam a eficácia de risdiplam não apenas 

para atrofia muscular espinhal dos tipos 1 e 2, como também do tipo 3".

Além do risdiplam, o medicamento Spinraza também foi incorporado ao SUS

em 2019, para tratar o tipo 1 da AME. Um terceiro remédio, o Zolgensma, 

também para o tipo 1, recebeu registro da Agência Nacional de Vigilância 

Sanitária (Anvisa) em 2020, mas ainda não foi incorporado ao SUS.


O que é a AME?


A atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença genética rara, 

degenerativa, 

que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial

 para 

a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos 

gestos voluntários 

vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.

Varia do tipo 0 (os sintomas aparecem dentro do útero, antes do 

nascimento) 

ao 4 (sintomas surgem na segunda ou terceira década de vida). 

Geralmente, 

os bebês com o tipo 0 sobrevivem apenas alguns meses após o 

nascimento.

O tipo 1 se desenvolve em bebês com menos de 6 meses e é o mais grave – a maioria 

deles morre durante os primeiros anos de vida, geralmente como resultado de sérias 

dificuldades respiratórias, segundo informações do NHS (equivalente britânico do 

SUS).

O tipo 2 aparece em bebês de 7 a 18 meses e é menos grave que o tipo 1. A maioria 

das crianças com 

esse tipo vive até a idade adulta; normalmente, são capazes de sentar sem ajuda,

 mas não ficar em pé ou andar.

O tipo 3 costuma aparecer após os 18 meses de idade e é o tipo menos grave que afeta crianças. Geralmente, elas são capazes de ficar de pé e andar sem ajuda, mas 

podem ter problemas de equilíbrio, dificuldade em correr ou subir degraus e um 

leve tremor nos dedos. Andar pode ficar mais difícil com o passar do tempo, e as 

pessoas afetadas podem perder essa capacidade à medida que ficam mais velhas.

O tipo 4 afeta adultos e pode causar fraqueza nas mãos e pés, dificuldade em 

andar e deixar os músculos trêmulos. O problema vai piorando lentamente com o 

passar do tempo, mas não costuma causar problemas com a respiração ou 

deglutição (engolir).



https://g1.globo.com/saude/noticia/2022/03/14/remedio-para-atrofia-muscular-espinhal-e-incorporado-ao-sus.ghtml

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