Basquete 3x3 é novidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio
O 3x3 É A OPORTUNIDADE PARA NOVOS JOGADORES, ORGANIZADORES E PAÍSES LEVAREM O BASQUETE DAS RUAS PARA O “PALCO MUNDO”
Com início marcado para o segundo semestre deste ano, os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio trarão algumas novidades. Entre elas, está uma variação do basquete tradicional, o Basquete 3x3, que estará presente na competição pela primeira vez. De nome, a modalidade pode não parecer muito popular, mas conta com mais de 250 milhões de jogadores e está entre os desportos recreativos mais jogados no mundo.
O jogo é disputado normalmente em quadras abertas e tem várias diferenças em relação ao basquete convencional, a começar pelo tamanho da quadra e o número de tabelas. As regras são feitas para tornar o jogo mais rápido e empolgante. Além disso, a atmosfera com muita música e cultura urbana ajuda a atrair o público jovem. Aliás, foi com a intenção de dar um apelo “jovem e urbano” aos Jogos Olímpicos, que o esporte foi incluído, conforme informou o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Até chegar ao reconhecimento máximo do esporte, a modalidade percorreu um caminho relativamente curto. O primeiro evento teste de 3×3 organizado pela Federação Internacional de Basquetebol (FIBA) aconteceu em 2007, durante os Asian Indoor Games (Jogos Asiáticos em Local Coberto, na tradução livre), em Macau, na China.
Outros torneios foram organizados na sequência, na República Dominicana e na Indonésia. A estreia internacional ocorreu durante os Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010. Com o sucesso da modalidade, a federação internacional desenvolveu um programa de regras para que pudesse organizar torneios específicos e inserir a modalidade oficialmente no contexto olímpico. No Brasil, as competições do basquete 3×3 são organizadas pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).
A agilidade do reconhecimento, como explica Francisco Oliveira, gerente de desenvolvimento da modalidade, se deve ao grande empenho da FIBA em promover a modalidade por todo o mundo, realizando grandes competições, como Copa do Mundo, World Tour, Copas intercontinentais, Pan Americano, entre outras. “O 3x3 tornou-se um motor essencial do desenvolvimento do Basquetebol”, indica.
REGRAS DO JOGO
Como o nome sugere, no 3x3 cada equipe é composta por três jogadores em quadra mais um substituto. O jogo é disputado em uma área menor (15m x 11m) que funciona como metade da quadra padrão, com uma só cesta, mantendo as marcações originais. As regras, no entanto, mudam: o que, em um jogo normal é uma bola que vale três pontos, no 3x3 são pontuados dois. Ganha a equipe que marcar 21 pontos primeiro ou a que estiver com maior número de cestas feitas ao final de 10 minutos.
Cada uma possui 12 segundos para executar suas jogadas e marcar sua pontuação, que pode variar entre lances de dois pontos (atrás da linha demarcada), e um ponto (dentro da linha ou lances livres, semelhantes ao do basquete convencional). Em caso de empate, a disputa vai para uma prorrogação, onde a primeira equipe a marcar dois pontos é a vencedora.
PARCERIA QUER EXPANDIR ESPORTE
Recentemente, 15 treinadores se formaram no Curso de Esporte de Alto Rendimento - Basquete 3x3, ação conjunta da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), do Instituto Olímpico do Brasil, braço do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), e a Academia Brasileira de Treinadores (ABT). A expectativa é que a modalidade possa expandir ainda mais.
“Em parceria com os Conselhos Federal e Regionais de Educação Física, iremos utilizar os profissionais formados no CEAR 3x3 para que eles possam preparar professores por todo o país. Assim, será possível ampliar o conhecimento sobre o basquete 3x3 e aumentar a capacidade de descoberta de novos talentos, além de massificar a prática”, indica o gerente de desenvolvimento da modalidade.
Além do trabalho específico do alto rendimento, os formandos terão o papel de facilitadores na formação de novos técnicos. “Esse é o caminho para que possamos ter mais pessoas jogando o basquete 3x3. Tudo começa na escola. Com esses facilitadores preparando professores para que eles possam ensinar o 3x3 nas escolas. Depois disso, seguimos a lógica natural do descobrimento de talentos, da inserção em clubes em parceria com os colégios, levando ao aumento da quantidade e da qualidade dos jogadores da nossa modalidade”, explicou Francisco Oliveira.
https://www.confef.org.br/confef/comunicacao/revistaedf/4653
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