Como preparar crianças com Autismo para ler e escrever
A leitura e escrita no autismo é algo possível, embora muitos pais e mães acreditem que tal possibilidade seja distante da vida de seus filhos. É preciso reiterar que quanto antes a criança ser submetida a intervenções, maiores serão as chances de o pequeno conseguir desempenhar essa habilidade.
Interessante salientar que saber ler e escrever nos permite muita coisa, entre elas aprimorar o conhecimento. No caso de pessoas que vivem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), vale lembrar que isso é possibilitado por meio de tratamentos que visam ao aprendizado de competências que farão toda a diferença na vida do indivíduo.
Sendo assim, podemos presenciar essas pessoas em diferentes ambientes, seja na escola, na universidade e em postos profissionais que demandam talento e prestígio. Sim, isso é possível. Mas para que tal situação ocorra, relembrem a seguir quais são os tratamentos mais usados a fim de proporcionar tal progresso.
Alfabetização: um estímulo mais que necessário
Vocês sabiam que é possível estimular a alfabetização no TEA? Esse aspecto é importante para a leitura e escrita no autismo. Por meio de técnicas, educadores possuem os parâmetros para possibilitar esse aprendizado. Vejam como a seguir
– Unindo as letras e formando palavras
Quando os educadores trabalham o som da letra, a criança com autismo passa a ter a percepção de unir as letras e formar as sílabas. Importante relembrar que o processo de alfabetização se torna mais simples e mais adequado. Além disso, alfabetizá-las passa também a ser algo mais efetivo para essas crianças, contribuindo para o aprendizado da leitura e da escrita no autismo.
– Utilizando o visual
Os professores podem trabalhar o aspecto da necessidade visual do aluno por meio de uma série de imagens enquanto eles ensinam o conteúdo. Vale ressaltar que tudo isso sem abrir mão de conduzir discussões e explicações. Confiram a situação abaixo, utilizada como exemplo.
Quando os alunos estão estudando sobre um filme, o professor pode fornecer às crianças com autismo (e talvez a toda a classe) uma linha de tempo dos eventos na história do filme. Essa tática ajuda não só no estabelecimento de um raciocínio, mas da comunicação oral também.
Metodologia fônica
Esse método visa a dar enfoque não só ao nome das letras, mas ao som que elas reproduzem também. Isso significa que os pedagogos que atuam junto a crianças com autismo ajudam a trabalhar a sonorização das letras, quando os pequenos estão em processo de alfabetização. Tal metodologia considera o fato de que o som é assimilado de maneira mais satisfatória no cérebro.
O funcionamento da metodologia fônica
As crianças com autismo precisam de um acompanhamento que seja efetivo no ensinamento da leitura e da escrita. Sendo assim, a metodologia fônica tem um papel fundamental no desenvolvimento de tais certas habilidades.
A técnica funciona da seguinte maneira: quando o professor vai apresentar o som das letras, peguemos como exemplo as vogais, o nome da letra já é o som que ela emite (a, e, i, o, u).
No caso das consoantes, precisamos fazer um pouco diferente e trabalhar não só o nome da letra, mas o som que ela faz. Por exemplo:
– Letra F
– Qual o som que ela faz? Mordemos levemente o lábio inferior e soltamos o ar entre os dentes (ffff…)
– Letra M
– Qual o som que ela faz? Juntamos o lábio superior e inferior, então soltamos a voz com a boca fechada (mmmm….)
Leitura e escrita no autismo: trabalho em equipe
Mais uma vez é preciso lembrar que o trabalho deve ser feito em equipe. Em se tratando de TEA, a multidisciplinaridade é o que pode garantir resultados satisfatórios, pois cada profissional trabalha uma habilidade, uma necessidade; e são esses quesitos que podem proporcionar o progresso da criança e do adolescente.
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