Máscara que mata vírus pode sair do laboratório em tempo recorde
Redação do Diário da Saúde
Hun Park (esquerda) e Haiyue Huang são os autores da ideia da máscara que mata vírus.
[Imagem: Northwestern University]
[Imagem: Northwestern University]
Máscara auto-higienizante
Pesquisadores da Universidade Northwestern (EUA) criaram uma máscara facial que mata rápida e automaticamente os vírus contidos no ar que se respira ou nas gotículas exaladas pela pessoa durante a respiração.
As máscaras atuais funcionam apenas como uma barreira física, reduzindo o número de gotículas respiratórias que se tornariam uma nova fonte de infecção depois de entrar na atmosfera, ter contato com outras pessoas ou cair sobre objetos e superfícies.
A nova máscara auto-higienizante contém um composto químico antiviral que mata os vírus que estejam passando para dentro ou para fora da máscara.
"A disseminação de doenças respiratórias infecciosas, como a covid-19, geralmente começa quando uma pessoa infectada libera gotículas respiratórias carregadas de vírus através da tosse ou espirro. Para retardar ainda mais e até impedir que o vírus se espalhe, precisamos reduzir bastante o número e a atividade dos vírus nas gotículas respiratórias recém-liberadas," disse o professor Jiaxing Huang.
Máscara que mata vírus
A proposta de Huang e seus colegas Hun Park e Haiyue Huang é transformar a barreira antiviral em uma espécie de revestimento que possa ser adicionado no processo de fabricação de qualquer máscara, facilitando a produção e chegada do produto ao mercado.
Tão logo ficou sabendo da proposta, a Fundação Nacional de Ciências dos EUA (NSF) correu para oferecer financiamento de emergência para que os primeiros experimentos de laboratório feitos até agora possam ser desenvolvidos e passem para a etapa de testes, necessários para que o material se torne um produto comercial.
Ainda não é possível prever quando o material chegará ao mercado, dizem os pesquisadores, mesmo porque o financiamento chega em um momento em que as universidades estão pedindo que seus pesquisadores e alunos fiquem em casa.
Mas parece que a quarentena não está interrompendo ou desencorajando o trabalho da equipe.
"Mais pesquisadores - e especialmente estudantes de ciências físicas e engenharia - podem estudar proativamente os problemas e pensar em novas maneiras de mitigar a transmissão e a propagação de vírus. Mesmo aqueles que precisam ficar em casa por enquanto ainda podem continuar a debater," disse Huang.
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