Terapia genética para tipo de distrofia muscular, testada em
animais, apresenta bons resultados
Por Liliane Jochelavicius, em 8.10.2019
Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma doença genética degenerativa, que acomete principalmente meninos. Ela é causada por mutação em um gene ligado ao sexo, que para a produção de distrofina, proteína ligada à construção muscular.
Com isso, os músculos se deterioram. Aos 12 anos, a maioria dos pacientes já não pode andar e costumam morrer em consequência de problemas cardíacos ou respiratórios quando chegam aos 30 anos. No entanto, aparelhos respiratórios ajudam alguns a viver mais tempo.
Diante desse quadro, um time multidisciplinar da Universidade da Pensilvânia usou
os vetores do adenovírus para levarem uma proteína “substituta”, com o objetivo de manter os músculos intactos. O teste em ratos e cachorros recém-nascidos teve sucesso,
com o uso de uma proteína sintética para substituição daquela que falta no organismo.
Ela foi produzida com base em uma proteína natural chamada utrofina.
A busca por substituir a distrofina no corpo humano tem passado por exame minucioso, por causa da reação adversa a substâncias que o sistema imunológico considera como sendo estranhas. E assim pode ser considerada a distrofina, uma vez que os pacientes tem pouca ou nenhuma quantidade dela no organismo. Por isso os cientistas escolheram a utrofina, uma prima distante da distrofina, encontrada em outras partes do corpo. Dessa forma, o organismo pode considerá-la uma substância familiar e, portanto, não ver sua presença como uma ameaça.
Esse é o primeiro grande estudo realizado com animais para comprovar que o uso da utrofina é efetivo e não causa resposta imunológica. As descobertas apontam essa terapia genética com utrofina como um possível caminho para a cura da DMD. [ Medical Xpress, Penn Medicine]
Nenhum comentário:
Postar um comentário