Sensor de grafeno promete identificar infecções em 15 minutos
Redação do Diário da Saúde
[Imagem: Fraunhofer IZM]
Sensor de infecções
Os sensores atuais não estão ajudando muito a lidar com os desafios da pandemia de covid-19, por exemplo, o que vem ressaltando a importância de se detectar infecções com rapidez e precisão.
Por isso, pesquisadores do Instituto Fraunhofer de Confiabilidade e Microintegração (Alemanha) uniram forças com parceiros da indústria e de hospitais para desenvolver um sensor capaz de detectar em minutos infecções agudas, como a sepse, ou anticorpos contra o coronavírus.
Uma das dificuldades é que muitas infecções têm sintomas semelhantes, de forma que os sinais coletados pelos sensores podem ser facilmente interpretados incorretamente, levando a um diagnóstico incorreto da doença. Os exames de sangue são bastante bons, mas exigem um pedido médico, uma ida ao laboratório, o retorno ao médico e, como não são muito específicos, os médicos costumam prescrever um antibiótico que pode ser desnecessário.
A equipe então criou um sensor à base de óxido de grafeno para enfrentar precisamente esses desafios no diagnóstico de infecções.
Uma única gota de sangue ou saliva é o suficiente para realizar uma análise precisa. Poucos minutos após a gota ser aplicada na superfície do sensor, sinais elétricos transmitem o resultado do teste ao consultório do médico.
Sensor para múltiplos usos
Este teste rápido fornece resultados precisos em apenas 15 minutos, prometendo substituir o demorado exame de sangue no laboratório e permitir que o médico possa prescrever o tratamento ou antibióticos adequados.
O teste também pode ser configurado para detectar anticorpos que estão presentes depois que o paciente se recuperou de uma infecção.
Os pesquisadores agora estão se concentrando justamente nesta aplicação, para detectar infecções anteriores com o vírus covid-19.
"Também pensamos em ir além do campo médico atual, desenvolvendo sensores onde eles são muito necessários hoje, isto é, em direção à tecnologia ambiental e à detecção de impactos ambientais. Mas é claro que a aplicação do coronavírus é nossa primeira prioridade," disse o professor Manuel Bäuscher.
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